Livro do Professor 3ª. série - 1°. volume

Livro do Professor
3ª. série - 1°. volume
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Ana Cristina Dakiw Piaceski Lagos / CRB 9-1166 / Curitiba, PR, Brasil)
F387
Ferretti, Eliane Regina
Geografia : 2ª série, 1º volume / Eliane Regina Ferretti ; ilustrado por Angela
Giseli – Curitiba: Positivo, 2011.
: il.
Sistema Positivo de Ensino
ISBN 978-85-385-5309-0 (Livro do aluno)
ISBN 978-85-385-5310-6 (Livro do professor)
1. Geografia. 2. Ensino médio − Currículos. I. Ferretti, Eliane Regina. II. Giseli,
Angela. III. Título.
CDU 910:373.5
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Geografia
3ª. série – 1º. volume
Livro do Professor
1. Concepção de ensino
Nas últimas décadas, a Geografia vem convivendo com intensas transformações em praticamente todos os aspectos que envolvem a análise de seu objeto
de estudo: o espaço geográfico. A Geografia explica
as causas e as consequências dessas transformações,
tornando possível a compreensão da dinâmica natural
e social na construção de um cidadão capaz de atuar
na sociedade em que vive.
Nessa perspectiva, uma das principais linhas
metodológicas que orientam a Geografia nos dias
atuais é a valorização do conhecimento empírico do
aluno, como ponto de partida para a análise dos fenômenos geográficos.
O ensino da Geografia visa à aprendizagem ativa
dos alunos, valorizando seus conhecimentos prévios
e do senso comum, saberes e experiências que eles
já trazem para a sala de aula. Esse é o palco inicial no qual o professor vai atuar como mediador da
construção de capacidades cognitivas e operativas
no aluno, levando-os a pensar teoricamente, a partir
do corpo conceitual da Geografia e da prática de
observações diárias.
No entanto, o ensino da Geografia não se reduz
à faculdade de observação. A consciência crítica tem
um importante papel nesse processo. Ao ser interrogado sobre uma carta ou uma fotografia, o aluno
precisa estar preparado para fazer escolhas e separar
o que é essencial do que é secundário. Assim, ele
aprende a raciocinar com método, ao mesmo tempo
que adquire o hábito de estabelecer relações entre
os fatos.
O ensino da Geografia favorece a construção
dos conceitos de tempo e de evolução, levando os
alunos a compreenderem o cronotopo social em que
estão inseridos. Dessa forma, o senso de realidade,
a percepção do processo contínuo de transformação
do espaço e da complexidade das relações que nele
ocorrem, não são capacidades que desenvolvem
apenas a inteligência, são auxiliares poderosos na
construção de valores éticos e morais.
Segundo Santos (1996, p. 114): “O espaço é
tempo acumulado, é história geografizada”. Portanto,
como produto histórico, a Geografia não pode descuidar da historicidade dos fatos.
Para Giroux (1986, p. 263):
Em termos mais concretos, os estudantes deveriam aprender a não apenas a avaliar a sociedade de acordo com suas próprias pretensões,
mas devem também ser ensinados a pensar e
agir de forma que tenham a ver com diferentes possibilidades da sociedade e diferentes
modos de vida. Embora não se vislumbrem
condições concretas de mudança, cabe à escola
desenvolver no aluno a capacidade de perceber
que as coisas, as formas de desenvolvimentos
e organização da sociedade são construções
históricas dos homens e, portanto, passíveis
de questionamentos. Já que o grande desafio
é tornar as coisas mais concretas e mais reais.
Um ensino consequentemente deve estar ligado
à vida, ter presente a historicidade das vidas
individuais e dos grupos. A Geografia, na atualidade, se preocupa com o meio ambiente, com
o aumento populacional, com o fenômeno da
urbanização, com a pobreza, a marginalização
e com todo o espaço mundial.
GIROUX, Henry. Teoria e resistência em educação. Petrópolis: Vozes, 1986. In: PAULINO, Clenice. A educação e o ensino da geografia. Disponível em: <http://
www.webartigos.com/articles/8559/1/A-Educacao-EO-Ensino-Da-Geografia/pagina1.html>. Acesso em: 26
out. 2010.
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É importante ressaltar que a Geografia ensinada a
partir de modelos estanques da realidade é decorativa,
repetitiva e sem atrativos. Quando ensinada no contexto
das relações espaciais, econômicas, políticas e físicas,
ganha um novo sabor, o sabor da descoberta.
Essa abordagem exige uma nova postura pedagógica, na qual haja espaço para outros temas (consumo, tecnologia, cultura, segregação humana, entre
outros) necessários à compreensão das relações entre
os homens.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço. Nele
se desenrolam as relações socioeconômicas e políticas
das sociedades humanas, bem como a dinâmica da
natureza, sem a intervenção do homem ou transformada
por ele.
Os mapas fazem parte da linguagem geográfica
e, por meio deles, podemos desenvolver, no aluno, domínio espacial e a capacidade de elaborar a síntese
dos fenômenos que ocorrem num determinado espaço.
A Geografia é uma ciência construída de maneira
contínua, seja formalmente (academia), seja informalmente (pela contribuição da sociedade). Tal construção se dá por meio da interpretação e da análise dos
fatos ou acontecimentos que ocorrem diariamente no
mundo, bem como da reflexão sobre eles. Objeto de
estudo da Geografia, o espaço geográfico é composto por elementos naturais e sociais, sendo uma
importante referência para o entendimento desses
acontecimentos.
Os elementos naturais e sociais interagem o
tempo todo e determinam, conforme as regras dessa
convivência, a reconfiguração desse espaço. Portanto,
para a compreensão da relação entre Geografia e
cotidiano, é necessário conhecer as características
ambientais, socioeconômicas e geopolíticas do espaço
geográfico.
Os elementos naturais são a estrutura física do
espaço geográfico e foram se constituindo no decorrer
do tempo geológico. A influência do clima sobre os
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Livro do Professor
minerais e rochas, principalmente pela ação da água,
foi configurando as formas de relevo e os solos. Foram
necessários milhões de anos para formar um ambiente
adequado ao desenvolvimento de formas de vida e
para que o espaço fosse ocupado pela vegetação e
pelos animais.
Com o passar do tempo, o ser humano passou a
utilizar os recursos naturais (elementos naturais), a
fim de garantir sua sobrevivência e evolução. Assim,
foi se organizando em sociedades e aprendendo a
fazer uso de instrumentos específicos que facilitavam
a sua vida. Essas transformações geraram a necessidade da criação dos elementos sociais, como
organização política e econômica (rural e urbano,
principalmente), classes sociais, cultura, religião,
leis, educação, etc.
A tecnologia foi sendo aprimorada, deixando “marcas” diferenciadas na estrutura do espaço geográfico.
As decisões (geralmente realizadas sob o foco da política e das atividades econômicas) sobre o emprego dessa
tecnologia foram determinando diferentes formas de
usos e ocupação do espaço geográfico. À medida que
a sociedade humana evoluía, essas decisões geraram
mudanças no uso do espaço e, consequentemente, no
comportamento dos elementos ambientais.
Tais modificações impostas aos elementos naturais
podem desencadear mudanças também na forma de a
sociedade ocupar determinado espaço. Por exemplo, o
comportamento alterado do clima impõe situações de
risco ao ser humano, afetando sua vida e sua situação
socioeconômica. Enchentes, secas, furacões, tornados
e ciclones, entre outros, podem comprometer safras
agrícolas, destruir cidades e vilas, levando as pessoas
a perderem seus bens e até mesmo a vida.
Como os elementos naturais e sociais são interdependentes, é necessário estudá-los de forma
integrada, a fim de garantir a compreensão da dinamicidade do espaço geográfico, como mostra o esquema
a seguir:
Geografia
3ª. série – 1º. volume
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Elementos naturais
Geologia
Clima
Relevo
Elementos sociais
Demografia
Economia
Política
Solos
Vegetação/animais
Água
História
Cultura
Tecnologia
Realimentação (alterações)
Decisão
Mudanças no uso do espaço geográfico Uso do espaço geográfico
Fonte: DREW, David. Processos interativos homem-meio ambiente. São Paulo: Difel, 1994. p. 2. Adaptação.
Em função das infinitas possibilidades de relações
entre os elementos naturais e sociais, a Geografia é
uma ciência complexa, por isso os pesquisadores buscaram auxílio na Teoria Geral dos Sistemas ou análise
sistêmica.
A Teoria Geral dos Sistemas foi desenvolvida por
Ludwig von Bertalanffy (biólogo austríaco) com base em
seu trabalho publicado em 1950, intitulado Esboço de
uma Teoria Geral dos Sistemas.
De uma maneira geral, segundo Branco (1999,
p. 77), a Teoria Geral dos Sistemas possui conceitos
fundamentais:
Interação – ação recíproca que poderá modificar
o comportamento dos elementos que compõem o
sistema. Poderá ser uma interação de causa-efeito,
temporal, principalmente.
Totalidade – um sistema não é simplesmente a
soma de elementos que o compõem, é o todo não
esquecendo as suas partes.
Organização – refere-se à organização tanto estrutural quanto funcional. Ambas se complementam.
Complexidade – o grau de complexidade dependerá
do número de elementos que compõem o sistema,
o tipo e o número de inter-relações existentes entre
esses elementos e a sua hierarquização.
Já para Christofoletti (1979, p. 01), os sistemas
devem ter:
elementos ou unidades – partes componentes;
relações – as unidades estão inter-relacionadas,
uma dependendo da outra, apresentando fluxos
de energia;
atributos – são qualidades que caracterizam os
elementos do sistema. As qualidades auxiliam na
descrição desses elementos. Os atributos referem-se ao comprimento, área, volume e características
da composição, densidade dos fenômenos;
entrada (input) – constituída por aquilo que o sistema recebe de energia para seu funcionamento. Cada
sistema é alimentado por diversos tipos de entrada;
saída (output) – a energia que entra no sistema sofre
transformações no interior do sistema e, posteriormente, o que não é mais utilizado é encaminhado
para a saída.
Considerando o espaço geográfico de um sistema,
é possível dividi-lo em subsistemas integrados, quais
sejam: o subsistema natural (formado pelos elementos
naturais) e o subsistema social (formado pelos elementos
sociais). Todas as relações existentes no espaço geográfico comprovam a interdependência e as conexões
entre esses subsistemas. Dessa forma, aliar a análise
sistêmica com a perspectiva socioambiental fortalece
a necessidade de uma abordagem integrada do espaço
geográfico. Presente nas ideias desenvolvidas há cem
anos, principalmente as defendidas por Elisée Reclus,
a perspectiva socioambiental volta a ser disseminada e
aprimorada na contemporaneidade.
Para a Geografia, a noção de ambiente não envolve
somente os recursos naturais, mas designa, igualmente,
as relações de interdependência existentes entre a sociedade humana, “as demais sociedades e os componentes
físicos, químicos, bióticos do meio e integra também os
aspectos econômicos, sociais e culturais”. (MENDONÇA,
2001, p. 117)
A ligação dos termos “sócio” e “ambiental” enfatiza
a inter-relação da sociedade humana como sujeito e
componente importante dos processos relativos à problemática ambiental. A partir das discussões sobre o ambiente ocorridas no século XX, principalmente na Rio-92,
a dimensão social tornou-se o centro dessas discussões,
o que possibilitou o uso do termo socioambiental.
Nessa perspectiva, como declara Mendonça (2001,
p. 121), “a natureza não deve mesmo ser enfocada a
partir de métodos específicos aos estudos da sociedade, assim como a sociedade não o deve ser a partir de
métodos das ciências naturais, ainda que a abordagem
da problemática ambiental parta de uma ótica social”.
Ainda para esse autor (2001, p. 123), “a característica de ambiental de um estudo não o faz melhor ou pior
que nenhum outro em conformidade com outras correntes, quer sejam da Geografia ou de outra ciência – o faz
apenas distinto dos demais”.
A concepção da Geografia socioambiental complementa a concepção da análise sistêmica, pois ambas partem da inter-relação da sociedade com a natureza, sendo
que o enfoque, mais voltado para a dimensão natural ou
mais para a dimensão social, dependerá da diversidade
dessa inter-relação. A ênfase será sempre a busca da
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Livro do Professor
compreensão do dinamismo do espaço geográfico, pois
as inter-relações construídas a partir do uso da tecnologia
impregnarão características àquele espaço, influenciando
tanto os elementos sociais quanto os naturais.
Tal dinamismo também está presente na Geografia
escolar, uma vez que ela se baseia na ciência geográfica.
Aprender a perceber as inúmeras relações entre os dois
subsistemas (natural e social), sob a perspectiva socioambiental, é de extrema importância para que o aluno
se perceba como agente e, ao mesmo tempo, receptor
das consequências dessas relações.
A Geografia, principalmente como disciplina escolar,
é uma ferramenta que o cidadão pode utilizar com o
objetivo de compreender e atuar no mundo, pois saber
acompanhar as constantes transformações do espaço
geográfico é fundamental para a sobrevivência da sociedade humana.
A ciência geográfica (tanto como ciência quanto
como disciplina escolar) está presente no dia a dia de
qualquer ser humano, e o espaço vivido (o local) é o início
dos estudos. Com o tempo, o conhecimento prévio do
aluno será ampliado e a sua escala de compreensão aumentará: a partir da sua casa, irá conhecer a rua, o bairro,
a cidade, a área rural, o município, o estado (unidade da
federação), o país, os continentes, até atingir o planeta.
É nesse contexto que o presente projeto pedagógico
se insere. A intenção é pautar esta obra numa perspectiva desenhada a partir de uma concepção sistêmica e
socioambiental. Assim, a coleção proposta aborda temas
da atualidade e faz referência aos problemas contemporâneos, “recortados” de forma a estabelecer a relação
entre o local e o global.
Cada concepção é composta de um conjunto de termos e definições próprios que precisam ser explicitados
e explicados, a fim de garantir a coerência teórico- -metodológica desta proposta pedagógica.
Como já foi mencionado, o espaço geográfico
se caracteriza pela relação sociedade/natureza, sendo,
portanto, produto e resultado das interações ambientais
na superfície terrestre.
O trabalho sempre gerou transformações no ambiente. Após a Revolução Industrial, essas foram intensificadas, provocando sensíveis alterações no comportamento
dos elementos naturais.
Geografia
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As transformações mostram a dinamicidade do
espaço geográfico. Na proporção em que é alterado,
ele apresenta reações a essas mudanças. Isso pode ser
comprovado não só na paisagem cultural, mas também
na paisagem natural, isto é, nos ecossistemas, no clima
e na extinção de espécies vegetais e animais.
A análise do espaço geográfico abarca os conceitos
de lugar, de paisagem, de território e de região.
Nesta coleção, o termo lugar é concebido como o
conjunto de referências afetivas que o cidadão desenvolve no decorrer de sua vida, dependendo das condições
socioeconômicas, culturais, educacionais, profissionais,
etc. vividas por ele.
Ao mesmo tempo que o lugar é resultado da afetividade, também é a intersecção entre o local – como
especificidade concreta e momentânea – e o global, a
mundialidade (CARLOS, 1996, p. 16).
Para Santos (1988, p. 34), quanto mais os lugares se
mundializam, mais se tornam singulares e específicos.
A particularidade determina configurações únicas aos
lugares: ao mesmo tempo que eles interagem entre si,
movidos principalmente pelas forças econômicas, as
relações afetivas, que se desenvolvem entre a população
e o espaço ocupado, garantem a unicidade.
Já o conceito de paisagem considera o conjunto
de formas em determinado lugar em determinado período de tempo. Santos (1999) define a paisagem como o
conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente caracterizam uma área. Segundo esse autor, ela
é transtemporal, porque se constrói permanentemente
por meio da convivência do antigo com o novo.
As características predominantes das paisagens
(físicas, econômicas, sociais e culturais) estruturam uma
região, a qual se constitui em uma categoria de análise própria da Geografia, visto que o estudo regional é
um dos principais campos de atuação do conhecimento
geográfico.
O conceito de região é bastante utilizado, na Geografia, como unidade administrativa e, nessa perspectiva, a
divisão regional é o meio pelo qual se exerce a hierarquia
e o controle na administração dos estados.
A região também pode ser considerada uma “parte”
ou área da superfície terrestre que possui características
naturais e sociais que a diferenciam de áreas vizinhas,
configurando uma unidade ou identidade interna.
O conceito de território foi desenvolvido a partir
do surgimento das primeiras sociedades politizadas,
sendo indissociável da noção de poder, pois não há
organização sem poder. Comumente, a palavra território (territorium, em latim) referencia uma porção de
terra delimitada, relacionada a um país. Para Raffestin
(1993), o território é um cenário para as relações de
poder e, consequentemente, pode-se considerar que
uma mesma área possa ter simultaneamente vários
territórios.
A partir do conceito de território, Raffestin (1993)
elaborou outro conceito análogo, o da territorialidade,
que se associa às ações práticas e simbólicas visando
à apropriação ou manutenção de determinado território. Isso é resultado das decisões e das estratégias
que certo grupo social define para se apropriar e/ou
controlar um espaço.
Para Santos (1985), a estruturação do território e
suas configurações econômicas, políticas e sociais estão
atreladas à periodização da História.
Já Haesbaert (2004) analisa o território sob três
enfoques: o jurídico-político, pois é um espaço delimitado
e controlado, sobre o qual é exercido determinado poder
(principalmente o de caráter estatal); o cultural, visto
que o território é interpretado como produto da apropriação realizada por dimensões simbólico-subjetivas,
e por meio do imaginário e/ou da identidade social; e o
econômico, sendo que o território é produto da relação
capital-trabalho.
O território não é produzido isoladamente, ele advém das articulações conjunturais e estruturais a que os
grupos sociais são submetidos em um período histórico,
tornando-se, portanto, intimamente ligado ao tempo e
ao modo de produção vigente.
Em virtude de esta obra adotar a concepção sociopolítica, o conceito de território é considerado resultado das
relações sociais projetadas no espaço concreto, a partir
do qual se delineia a interdependência dos elementos
naturais e sociais.
2. Organização didática
A opção pela análise sistêmica e socioambiental
neste material didático se faz não somente como forma
de interpretar os elementos naturais, mas em razão de
ser uma tendência em método analítico no que se refere
aos estudos do campo da Geografia, diante das demandas
de um mundo em constante transformação. Portadores
de um legado científico de conexão entre a natureza e a
sociedade, esses estudos exigem um repensar a respeito
da nova conformação do mundo, a fim de nele saber e
poder agir.
Em consonância com esses pressupostos e para
tratar das questões geográficas de forma que os alunos
consigam incorporar gradativamente conhecimentos e
comportamentos voltados à transformação do seu mundo
vivido, a presente obra está dividida em três séries.
A primeira série apresenta, tanto em escala mundial quanto em escala regional (Brasil), as “bases” da
Geografia, as quais são:
as bases conceituais – em que se retomam os
conceitos fundamentais para o estudo geográfico e
a interação com a Cartografia, ramo da ciência que
possibilita a representação dos fatos e acontecimentos ocorridos no espaço geográfico;
as bases naturais – em que, em um primeiro momento, se trabalham a litosfera e a hidrosfera e,
posteriormente, a atmosfera e a biosfera, elementos
que caracterizam os subsistemas naturais;
as bases sociais do espaço – em que se trabalham a estrutura demográfica, os indicadores
demográficos e as diferentes formas de ocupação
e uso do solo, elementos que constituem o subsistema social.
A segunda série é dedicada ao espaço rural, ao
espaço urbano, ao espaço industrial e ao espaço energético. Esses espaços são abordados sob o enfoque da
formação dos elementos que os compõem e, também, das
inter-relações existentes a partir da ocupação e do uso
do solo. No decorrer deste material, são contempladas
as inter-relações mundiais e regionais, principalmente
as que acontecem em território brasileiro.
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Livro do Professor
A terceira série traz uma perspectiva mundial, sob
o foco dos contextos histórico, econômico, técnico-científico, social e ambiental.
O conteúdo de cada série (correspondente a um
ano específico) está estruturado em quatro volumes,
subdivididos em unidades temáticas.
Cada unidade é composta de conteúdos distribuídos
de maneira a apresentar os conceitos fundamentais da
ciência geográfica a partir da observação, da descrição,
da mensuração, da comparação, da interpretação e da
análise.
As atividades que envolvem o conteúdo estudado
são apresentadas sob a forma de perguntas e respostas
(que visam tanto à revisão do conteúdo, quanto à reflexão
sobre o que está sendo estudado); leituras, interpretação e análise de imagens (mapas, fotos, obras de arte,
gráficos); leitura, interpretação e análise de textos; pesquisas que serão desenvolvidas por meio de bibliografias
específicas; e saídas a campo.
Para organizar didaticamente os conteúdos e as
atividades, foram criadas seções. Por se tratar de uma
obra integrada, algumas seções são comuns a todas
as disciplinas, outras são específicas desta. Elas não
obedecem a uma ordem previamente estabelecida e não
são usadas, necessariamente, em todas as unidades. As
seções são:
Utilizada, geralmente, no início de cada
unidade, a fim de possibilitar provocar
um debate entre os alunos acerca dos
temas a serem trabalhados.
Atividades de investigação e estudo,
apresentadas com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre o tema
que está sendo trabalhado, desenvolver
o hábito de pesquisa, bem como a capacidade de trabalhar em equipe.
Relações estabelecidas entre os conteúdos das várias áreas de conhecimento.
Geografia
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Informações, curiosidades, charges, quadrinhos, etc. sobre os temas abordados
no capítulo que tenham relação com
situações vivenciadas no dia a dia.
Textos, atividades, situações que remetem
ao desenvolvimento histórico da disciplina.
Questões ou situações-problema que
exijam que os alunos ultrapassem do
conteúdo básico, representando realmente uma atividade desafiadora.
Sequência de questões ao final de cada
unidade. Deverão contemplar questões
autorais, de vestibulares e do ENEM,
discursivas e objetivas, de acordo com
a possibilidade de cada conteúdo.
Textos reflexivos com o objetivo de promover a conscientização dos alunos a respeito de questões éticas e de cidadania.
Seção que possibilita aos alunos o conhecimento de profissões relacionadas
à área de Geografia.
As seções específicas da Geografia são:
Seção que corresponde à leitura de mapas, gráficos, tabelas, charges, quadrinhos e textos complementares.
Seção reservada a situações reflexivas
a respeito dos temas abordados, acompanhada de questões que levam os
alunos a relacionarem aquele tema ao
local onde vivem.
Seção que tem como objetivo questionar
os alunos sobre um lugar ou uma região
em que está ocorrendo o fato ou acontecimento estudado. Os alunos deverão
identificar o lugar ou região. Essa seção
estará presente eventualmente.
A abordagem teórico-metodológica desta obra
está em consonância com os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) estabelecidos para o Ensino Médio de
Geografia. A ideia central é instigar o entendimento da
interface sociedade/natureza, sem alienação, possibilitando a participação ativa dos alunos no mundo à sua
volta.
3. Conteúdos privilegiados
As principais competências da ciência geográfica
são: a representação e a comunicação; a investigação e
a compreensão do espaço; e a contextualização sociocultural e socioambiental. Os conteúdos privilegiados
neste material didático são:
1. Bases conceituais
Conceitos fundamentais da ciência geográfica
Princípios de astronomia de posição (movimentos
da Terra)
Orientação e localização
Representação e comunicação (escalas cartográficas, mapas e projeções)
Escalas geográficas
Regionalização
2. Bases naturais – ambientais
Evolução geológica da Terra
Estrutura da crosta terrestre
Estrutura hidrológica do planeta
Demanda da água no mundo e no Brasil
Estrutura da atmosfera terrestre
Fatores e elementos de formação do clima
Principais biomas terrestres
O ambiente terrestre: preservação e degradação
3. Bases sociais
Estrutura e indicadores demográficos mundiais
Configuração econômica da população mundial e
brasileira
Configuração espacial da população mundial e brasileira
Dinâmica populacional
5. Bases geopolíticas (histórica, tecnológica
e ambiental)
Contexto histórico geopolítico mundial
Nova Ordem Mundial
Organização econômica mundial: as organizações
internacionais e suas atribuições socioeconômicas
Fluxos econômicos mundiais
4. Bases econômico-ambientais
Diversos tipos de economia: desenvolvidas, emergentes, subdesenvolvidas
Espaço rural e sua dinâmica
Ambiente do espaço rural
A revolução técnico-científico-informacional e suas
consequências socioeconômicas
Espaço urbano e sua dinâmica
O processo de mundialização e de globalização e
suas consequências socioeconômicas
Ambiente do espaço urbano
Processos de urbanização do mundo e do Brasil e
suas consequências socioambientais
Processo de industrialização: as revoluções industriais
Organização do espaço industrial
Redes e fluxos mundiais
Formação de tecnopolos no mundo e no Brasil
6. Bases socioambientais
Diferenças entre a industrialização do mundo desenvolvido e do subdesenvolvido
Gênese dos conflitos atuais: pobreza, militarização,
refugiados, questões étnicas e religiosas
Estrutura energética do mundo
Impactos da sociedade no ambiente mundial
Fontes alternativas de energia
Ações positivas: acordos, conferências internacionais, protocolos
Produção, consumo e ambiente: a energia atuando
no mundo contemporâneo
4. Objetivos gerais
O principal objetivo da Geografia escolar, no Ensino
Médio, é possibilitar aos alunos o aprimoramento da
capacidade de observar, identificar, refletir, interpretar,
analisar e representar as relações entre a sociedade e
a natureza, bem como os fenômenos naturais e sociais
que compõem o espaço geográfico, possibilitando a
elaboração de hipóteses e possíveis explicações. Para
tanto, o processo ensino-aprendizagem está vinculado à
percepção das relações sociais e à construção da própria
identidade do aluno no espaço vivido.
10
Livro do Professor
A proposta também está fundamentada nas seguintes ações que conduzem ao desenvolvimento de
competências e habilidades:
Compreender as relações que ocorrem no espaço
geográfico, contextualizando-as no tempo, global e/
ou local. Assim, os alunos poderão perceber que são
parte integrante do espaço e, também, agentes que
interferem nesse espaço de várias formas: social,
econômica, cultural e politicamente. Para isso, o
Geografia
3ª. série – 1º. volume
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trabalho enfoca o presente, mas, muitas vezes, recorre a fatos históricos, a fim de relacioná-los com
a realidade atual.
Analisar e comparar determinados fenômenos
relacionados à Geografia (geológicos, meteorológicos, antropológicos, etc.) nas diferentes escalas
geográficas (local, regional, nacional e global).
Reconhecer a importância da Cartografia na Geografia, além de utilizar a escala cartográfica e
a geográfica para a localização, identificação,
distribuição, analisando as consequências e a
frequência dos fenômenos estudados (naturais
e humanos).
Ler, interpretar e analisar as diferentes formas de
representação geográfica – símbolos e códigos
–, como os mapas, as tabelas, os gráficos e os
esquemas, relacionando-os ao tema e aos fenômenos espacializados.
Identificar características, singularidades e generalidades dos lugares, das paisagens ou das
regiões.
Reconhecer, interpretar e analisar as consequências da ocupação e do uso do solo, sob o foco das
diferenciações culturais, políticas, econômicas,
sociais e legais de cada região.
5. Avaliação
A avaliação não deve ser entendida como o momento final de um período de atividades escolares, mas como
parte integrante do processo de ensino-aprendizagem.
Isso equivale a dizer que a avaliação deve ter um caráter
diagnóstico e processual. Diagnóstico porque permite que
o professor acompanhe o desempenho e o desenvolvimento de seu aluno. Processual porque, dependendo das
dificuldades e dos avanços detectados, o professor pode
rever os procedimentos que vem utilizando e redirecionar
a sua prática pedagógica.
Nessa perspectiva, a avaliação representa uma
prática fundamental para verificar o alcance das metas estabelecidas, as aprendizagens construídas pelos
educandos e o impacto dessas aprendizagens na vida
de cada um.
A prática avaliativa necessita, portanto, integrar
todo o processo educativo, de início ao fim. Seu resultado
precisa ser fonte de informação para nortear a aprendizagem de cada educando ou do grupo e, ao mesmo tempo,
servir como instrumento de regulação do planejamento
e de verificação de sua adequação às necessidades de
aprendizagem.
A avaliação é uma atividade ampla e complexa. É
importante que, ao exercê-la, o professor tenha em vista
não um instrumento de dar nota, mas o domínio gradativo
das atividades propostas. Essa possibilidade expressa o
caráter formativo da avaliação, para além de sua função
meramente classificatória.
Ao procurar identificar e interpretar, mediante
observação, diálogo e instrumentos apropriados,
sinais e indícios das competências desenvolvidas
pelos alunos, o professor pode julgar se as capacidades indicadas nos objetivos estão se desenvolvendo a contento ou se é necessário reorganizar a
atividade pedagógica para que isso aconteça (PCN
- BRASIL, 1998).
Vista dessa forma, a prática da avaliação só vem a
enriquecer o processo, pois, mais do que quantificar por
meio de uma nota, a escola passa a se responsabilizar
pela qualidade do ensino.
Diante disso, antes de avaliar, deve-se ensinar, é
preciso ter em mente os aspectos gerais do processo de
avaliação, a forma de intervenção, o projeto curricular
elaborado pela escola, entre outros.
O processo avaliativo, considerado em seu aspecto
qualitativo e construtivo, deve auxiliar o aluno a ler, localizar, interpretar, estabelecer relações, compreender e
expressar-se. Segundo Hoffmann (1998), para que isso
ocorra, a avaliação precisa estar embasada nos conhecimentos, nas competências e nas habilidades adquiridas.
Considerando essas proposições, ao final do processo educativo, o aluno deverá ter desenvolvido as
competências:
conceitual – a partir da formalização dos conceitos
teóricos, isto é, dos processos formativos de suas
habilidades;
social – por meio do estabelecimento e da compreensão das relações sociais, do papel das atividades
humanas na construção da sociedade e do espaço
que ela ocupa;
experiencial – conjunto de saberes adquiridos e
praticados na vida escolar e social dos alunos.
Para Hoffman (1998), sob essa perspectiva, a
avaliação solicita o acompanhamento permanente do
professor, dinamiza oportunidades de ação-reflexão,
desenvolve uma atitude reflexiva e crítica acerca do
mundo.
6. Referências
ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representação. 6. ed. São
Paulo: Contexto, 1998.
ANDRADE, Manuel Corrêa de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do pensamento
geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.
BRANCO, Samuel Murgel. Ecossistêmica: uma abordagem integrada dos problemas do meio ambiente. 2. ed.
São Paulo: Edgard Blücher, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Livros Didáticos 2005: Geografia – PNLD. Brasília: MEC/FNDE, 2005.
BUTTIMER, Anne. Aprendendo o dinamismo do mundo vivido. In: CHRISTOFOLETTI, Antônio Carlos (org.). Perspectivas
da Geografia. São Paulo: Difel, 1985.
CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio. (Org.). Ensino
de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2002.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
CHRISTOFOLETTI, Antonio. Análise de sistemas em Geografia. São Paulo: Hucitec, 1979.
COLL, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 1994.
CORREA, Roberto Lobato; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CASTRO. Ina Elias de. (Org.). Geografia: conceitos e temas.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
DREW, David. Processos interativos homem – meio ambiente. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
GEBAN, Raimunda Abou. Geografia na educação básica: ensino e redimensão pedagógica. Revista do Programa
de Pós-Graduação em Educação da Unimep, Ano 12, n. 1, junho de 2005.
GENTILE, Paola. Avaliar para crescer. 13. ed. São Paulo: Revista Nova Escola, 2000.
GOMES, Paulo Cesar da Costa. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 14. ed.
Porto Alegre: Mediação, 1998.
_____. Avaliação para promover. Porto Alegre: Educação e Realidade, 2001.
LACOSTE, Yves. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 15. ed. São Paulo: Papirus, 2009.
LENCIONE, Sandra. Região e Geografia. São Paulo: Edusp, 2002.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
MENDONÇA, Francisco. Geografia socioambiental. Terra livre, São Paulo: AGB, n. 16, p. 113-132, 1.º semestre 2001.
12
Livro do Professor
Geografia
3ª. série – 1º. volume
13
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. 16. ed. São Paulo: Hucitec, 1998.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre:
Artmed, 1999.
RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal. São Paulo: Record,
2001.
______. A natureza do espaço e tempo: razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
______. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
______. Espaço & método. 3. ed. São Paulo : Nobel, 1985.
SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CORREA,
Roberto Lobato; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CASTRO. Ina Elias de. (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar. São Paulo: Difel, 1983.
14
Livro do Professor
1.o VOLUME
Espaço rural
1. Uso do espaço rural
•Atividades econômicas do espaço rural
•Agricultura
•Pecuária
•Extrativismo animal e vegetal
2. Produção econômica do espaço rural
mundial
•Produção rural nos países desenvolvidos
•Produção rural nos países emergentes
•Produção rural nos países
subdesenvolvidos
3. Produção econômica do espaço rural
brasileiro
•Políticas do espaço rural: Estatuto da
Terra e reforma agrária
•Produção agropecuária
•Agronegócios
•População rural e relações de trabalho
4. Situação atual do espaço rural
•Questões ambientais agrárias
•Inovações tecnológicas: Biotecnologia e
transgênicos
•Agricultura orgânica
•Interdependência campo/cidade
1. Conceitos fundamentais
•Teoria geral dos sistemas
•Conceitos geográficos fundamentais
2. Movimentos da Terra, orientação e
localização
•Movimento de rotação
•Movimento de translação
•Movimento de revolução
•Precessão e nutação
•Formas de orientação
•Coordenadas geográficas
•Fusos horários
3. Mapas: tipologia e componentes
•Projeções cartográficas
•Tipos de mapas
•Elementos que compõem os mapas
•Escala
4. Cartografia e diferentes formas de
regionalizar o espaço geográfico
•Escala mundial
•Escala regional: Brasil
2.a SÉRIE
Bases conceituais da Geografia
1.a SÉRIE
3.a SÉRIE
1. Evolução geopolítica no século XX
•O mundo antes da Primeira Guerra
Mundial
•O mundo entre as duas Grandes Guerras
•O mundo após a Segunda Guerra Mundial
•Mundo bipolar
•Corrida armamentista
•OTAN e Pacto de Varsóvia
2. Mundo socialista
•Fim da URSS
•Fragmentação do mundo socialista
3. Nova ordem mundial
•Divisão Norte x Sul
•Economias em transição: últimos
socialistas (Cuba, Vietnã, Coreia do
Norte) – situação atual
•Multipolaridade
4. Organizações internacionais
•Organização das Nações Unidas (ONU)
•Grupo dos 7 e Grupo dos 8
Espaço mundial: contexto histórico-geográfico
Programação de conteúdos para o Ensino Médio
2.o VOLUME
5. Estrutura da Terra
•Evolução geológica da Terra
•Estrutura interna da Terra
•Tectônica de placas
•Processos internos de formação de relevo
•Formas de relevo
6. Estrutura da crosta terrestre
•Estrutura litológica
•Recursos minerais
7. Hidrografia
•Ciclo hidrológico e distribuição da água
na Terra
•Águas superficiais
•Águas oceânicas
•Águas subterrâneas
8. Formas de uso da água
•Demanda agropecuária
•Demanda residencial e comercial
•Demanda industrial
•Geração de energia
•Questões ambientais: contaminação e
poluição de recursos hídricos
Bases naturais do espaço: litosfera e
hidrosfera
1.a SÉRIE
5. Organismos comerciais internacionais
•Organização Mundial do Comércio
•Banco Mundial
•Fundo Monetário Internacional
•Blocos econômicos
6. Fluxos comerciais
•Comércio internacional
•Empresas transnacionais
•Regras do comércio internacional
7. Economias desenvolvidas
•EUA
•Alemanha
•França
•Reino Unido
•Japão
8. Economias emergentes
•Federação Russa
•China
•Brasil
•México
•Índia
•África do Sul
5. Atividades econômicas do espaço
urbano
•Setor secundário: atividade industrial
•Setor terciário: atividades comerciais e
prestação de serviços
•Terceiro setor
6. Do rural ao urbano: processos de
urbanização
•Fatores da urbanização
•Migrações internas
•Interação cidade-campo
7. Urbanização
•Processo de urbanização
•Rede e hierarquia urbana
•Brasil: regiões metropolitanas, Plano
Diretor e Estatuto da Cidade
8. Situação do espaço urbano
•Questões ambientais urbanas: poluição,
poluição do ar, poluição das águas
(dejetos urbanos), poluição do solo (lixo
sólido)
•Desigualdades e segregação espacial
•Violência urbana
Geografia
Espaço mundial: contexto econômico
3.a SÉRIE
Espaço urbano
2.a SÉRIE
3ª. série – 1º. volume
15
16
Livro do Professor
3.o VOLUME
9. Estrutura e características da
atmosfera
•Camadas da atmosfera
•Tempo e clima
10.Interação entre elementos e fatores do
clima
•Temperatura
•Pressão atmosférica
•Umidade do ar e nebulosidade
•Circulação da água na atmosfera
•Ventos
•Massas de ar
•Classificação climática: Köppen e Strahler
11.Biomas
•Fatores de formação da vegetação
•Interação entre clima, recursos hídricos e
vegetação
•Biomas (mundiais e brasileiros)
•Unidades de conservação
•Hotspots de biodiversidade
12. Clima e biomas: questões ambientais
•Contaminação e poluição do ar
•Protocolo de Kyoto
•Efeito estufa
•El Niño e La Niña
•Chuva ácida
•Ilhas de calor
•Inversão térmica
•Queimadas
•Desmatamento e suas consequências
•Retirada da vegetação para produção de
carvão vegetal
•Desertificação e arenização
Bases naturais do espaço: atmosfera e
biosfera
1.a SÉRIE
9. Processo de industrialização
•Primeira Revolução Industrial
•Segunda Revolução Industrial
•Terceira Revolução Industrial
10.Espaço industrial
•Fatores de localização de indústrias
•Relação entre o setor energético e as
indústrias
•Agroindústria
11.Industrialização em países
desenvolvidos
•Estados Unidos
•Alemanha
•Reino Unido
•França
•Japão
12.Industrialização em países
subdesenvolvidos
•Brasil
•Rússia (Federação Russa)
•China
•Índia
Espaço industrial
2.a SÉRIE
9. Globalização
•Globalização da produção
•Globalização do consumo
•Há uma real globalização?
10.Revolução técnico-científicoinformacional
•Evolução nas formas de produção
•Divisão Internacional do Trabalho
•Qualificação subsidiando a produção
técnica
•Novas exigências de qualificação para o
mercado de trabalho
•Desemprego estrutural
11.Redes e fluxos
•Eixos de circulação
•Vias de comunicação
•Rede informacional
12.Tecnopolos
•Principais tecnopolos do mundo (EUA, UE,
Japão)
•Tecnopolos no Brasil (São Paulo,
Campinas, São José dos Campos)
Espaço mundial: contexto técnicocientífico
3.a SÉRIE
4.o VOLUME
Espaço energético
13.Estrutura energética
•O que são fontes de energia?
•Diferentes fontes de energia
14.Fontes alternativas de energia
•Etanol
•Eólica
•Solar
•Biomassa
15.Produção e consumo
•Utilização econômica da energia
•Produção e consumo de energia
•Energia e recursos minerais do Brasil
16.Ambiente e produção energética
•Alteração do relevo pela atividade
mineradora
•Contaminação e poluição pela produção
de energia nuclear
•Alteração do comportamento hídrico
do rio devido à construção de usinas
hidrelétricas
13.Estrutura demográfica
•Teorias demográficas
•Estrutura da população e pirâmide etária
14.Indicadores demográficos
•Principais indicadores demográficos
•IDH
•Desnutrição e obesidade
15.População e trabalho
•Distribuição da população nas atividades
econômicas
•Distribuição dos rendimentos
•Empregados, desempregados e inativos
16.Ocupação e uso do solo
•Distribuição geográfica da população
•Diferentes formas de ocupação do espaço
geográfico: rural e urbano
•Dinâmica populacional (migrações)
2.a SÉRIE
Bases sociais do espaço
1.a SÉRIE
13.Gênese dos conflitos
•Causas: pobreza, direitos, sistema
político, etnia
•Questão militar: gastos, efetivos,
comercialização
•Consequências: mortes, refugiados,
minas, jovens soldados
•Acordos de paz: acordos, manutenção e
processos de paz
14.Conflitos culturais e étnico-religiosos
•Problemas populacionais atuais:
migrações, preconceitos (xenofobia),
fome, nutrição
•Principais conflitos mundiais (conflitos
culturais, religiosos, minorias étnicas).
•Crime internacional organizado
(narcotráfico e pirataria)
•Terrorismo (grupos terroristas)
15.Questões ambientais
•Impactos da ação da sociedade nas áreas
urbanas (resíduos sólidos, efluentes,
enchentes, deslizamentos), IPCC,
Protocolo de Kyoto
•Conferências internacionais
(Estocolmo-72, Rio-92, Rio + 10)
•Acordos internacionais relacionados ao
ambiente
Espaço mundial: contextos sociais e
ambientais
3.a SÉRIE
Geografia
3ª. série – 1º. volume
17
Anotações
18
Livro do Professor