Livro do Professor 3ª. série - 1°. volume Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Ana Cristina Dakiw Piaceski Lagos / CRB 9-1166 / Curitiba, PR, Brasil) F387 Ferretti, Eliane Regina Geografia : 2ª série, 1º volume / Eliane Regina Ferretti ; ilustrado por Angela Giseli – Curitiba: Positivo, 2011. : il. Sistema Positivo de Ensino ISBN 978-85-385-5309-0 (Livro do aluno) ISBN 978-85-385-5310-6 (Livro do professor) 1. Geografia. 2. Ensino médio − Currículos. I. Ferretti, Eliane Regina. II. Giseli, Angela. III. Título. CDU 910:373.5 © Editora Positivo Ltda., 2012 Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora. DIRETOR-SUPERINTENDENTE: DIRETOR-GERAL: DIRETOR EDITORIAL: GERENTE EDITORIAL: GERENTE DE ARTE E ICONOGRAFIA: AUTORIA: EDIÇÃO DE CONTEÚDO: EDIÇÃO: ANALISTA DE ARTE: PESQUISA ICONOGRÁFICA: EDIÇÃO DE ARTE: CARTOGRAFIA: ILUSTRAÇÃO: PROJETO GRÁFICO: EDITORAÇÃO: CRÉDITO DAS IMAGENS DE ABERTURA: PRODUÇÃO: IMPRESSÃO E ACABAMENTO: CONTATO: Neste livro, você encontra ícones com códigos de acesso aos conteúdos digitais. Veja o exemplo: Cálculo de distância entre pontos no planisfério @GEO741 Ruben Formighieri Emerson Walter dos Santos Joseph Razouk Junior Maria Elenice Costa Dantas Cláudio Espósito Godoy Eliane Regina Ferretti Luiza Angélica Guerino Miriam Raquel Moro Conforto Tatiane Esmanhotto Kaminski Jéssica Miara Grevetti Angela Giseli de Souza Julio Manoel França da Silva / Luciano Daniel Tulio / Marilu de Souza / Talita Katty Bora Angela Giseli O2 Comunicação Bettina Toedter Pospissil ©Shutterstock/Denton Rumsey; ©Shutterstock/Jezper; ©Shutterstock/ BibiDesign; ©Shutterstock/boordon/ Glow Images/AP/Weston Haynes Editora Positivo Ltda. Rua Major Heitor Guimarães, 174 80440-120 Curitiba – PR Tel.: (0xx41) 3312-3500 Fax: (0xx41) 3312-3599 Gráfica Posigraf S.A. Rua Senador Accioly Filho, 500 81300-000 Curitiba – PR Fone (0xx41) 3212-5452 E-mail: [email protected] 2013 [email protected] Acesse o Portal e digite o código na Pesquisa Escolar. @GEO741 Todos os direitos reservados à Editora Positivo Ltda. Se preferir, utilize o endereço http://www.saibamais.com.br e digite o código no local indicado. Geografia 3ª. série – 1º. volume Livro do Professor 1. Concepção de ensino Nas últimas décadas, a Geografia vem convivendo com intensas transformações em praticamente todos os aspectos que envolvem a análise de seu objeto de estudo: o espaço geográfico. A Geografia explica as causas e as consequências dessas transformações, tornando possível a compreensão da dinâmica natural e social na construção de um cidadão capaz de atuar na sociedade em que vive. Nessa perspectiva, uma das principais linhas metodológicas que orientam a Geografia nos dias atuais é a valorização do conhecimento empírico do aluno, como ponto de partida para a análise dos fenômenos geográficos. O ensino da Geografia visa à aprendizagem ativa dos alunos, valorizando seus conhecimentos prévios e do senso comum, saberes e experiências que eles já trazem para a sala de aula. Esse é o palco inicial no qual o professor vai atuar como mediador da construção de capacidades cognitivas e operativas no aluno, levando-os a pensar teoricamente, a partir do corpo conceitual da Geografia e da prática de observações diárias. No entanto, o ensino da Geografia não se reduz à faculdade de observação. A consciência crítica tem um importante papel nesse processo. Ao ser interrogado sobre uma carta ou uma fotografia, o aluno precisa estar preparado para fazer escolhas e separar o que é essencial do que é secundário. Assim, ele aprende a raciocinar com método, ao mesmo tempo que adquire o hábito de estabelecer relações entre os fatos. O ensino da Geografia favorece a construção dos conceitos de tempo e de evolução, levando os alunos a compreenderem o cronotopo social em que estão inseridos. Dessa forma, o senso de realidade, a percepção do processo contínuo de transformação do espaço e da complexidade das relações que nele ocorrem, não são capacidades que desenvolvem apenas a inteligência, são auxiliares poderosos na construção de valores éticos e morais. Segundo Santos (1996, p. 114): “O espaço é tempo acumulado, é história geografizada”. Portanto, como produto histórico, a Geografia não pode descuidar da historicidade dos fatos. Para Giroux (1986, p. 263): Em termos mais concretos, os estudantes deveriam aprender a não apenas a avaliar a sociedade de acordo com suas próprias pretensões, mas devem também ser ensinados a pensar e agir de forma que tenham a ver com diferentes possibilidades da sociedade e diferentes modos de vida. Embora não se vislumbrem condições concretas de mudança, cabe à escola desenvolver no aluno a capacidade de perceber que as coisas, as formas de desenvolvimentos e organização da sociedade são construções históricas dos homens e, portanto, passíveis de questionamentos. Já que o grande desafio é tornar as coisas mais concretas e mais reais. Um ensino consequentemente deve estar ligado à vida, ter presente a historicidade das vidas individuais e dos grupos. A Geografia, na atualidade, se preocupa com o meio ambiente, com o aumento populacional, com o fenômeno da urbanização, com a pobreza, a marginalização e com todo o espaço mundial. GIROUX, Henry. Teoria e resistência em educação. Petrópolis: Vozes, 1986. In: PAULINO, Clenice. A educação e o ensino da geografia. Disponível em: <http:// www.webartigos.com/articles/8559/1/A-Educacao-EO-Ensino-Da-Geografia/pagina1.html>. Acesso em: 26 out. 2010. 3 É importante ressaltar que a Geografia ensinada a partir de modelos estanques da realidade é decorativa, repetitiva e sem atrativos. Quando ensinada no contexto das relações espaciais, econômicas, políticas e físicas, ganha um novo sabor, o sabor da descoberta. Essa abordagem exige uma nova postura pedagógica, na qual haja espaço para outros temas (consumo, tecnologia, cultura, segregação humana, entre outros) necessários à compreensão das relações entre os homens. O objeto de estudo da Geografia é o espaço. Nele se desenrolam as relações socioeconômicas e políticas das sociedades humanas, bem como a dinâmica da natureza, sem a intervenção do homem ou transformada por ele. Os mapas fazem parte da linguagem geográfica e, por meio deles, podemos desenvolver, no aluno, domínio espacial e a capacidade de elaborar a síntese dos fenômenos que ocorrem num determinado espaço. A Geografia é uma ciência construída de maneira contínua, seja formalmente (academia), seja informalmente (pela contribuição da sociedade). Tal construção se dá por meio da interpretação e da análise dos fatos ou acontecimentos que ocorrem diariamente no mundo, bem como da reflexão sobre eles. Objeto de estudo da Geografia, o espaço geográfico é composto por elementos naturais e sociais, sendo uma importante referência para o entendimento desses acontecimentos. Os elementos naturais e sociais interagem o tempo todo e determinam, conforme as regras dessa convivência, a reconfiguração desse espaço. Portanto, para a compreensão da relação entre Geografia e cotidiano, é necessário conhecer as características ambientais, socioeconômicas e geopolíticas do espaço geográfico. Os elementos naturais são a estrutura física do espaço geográfico e foram se constituindo no decorrer do tempo geológico. A influência do clima sobre os 4 Livro do Professor minerais e rochas, principalmente pela ação da água, foi configurando as formas de relevo e os solos. Foram necessários milhões de anos para formar um ambiente adequado ao desenvolvimento de formas de vida e para que o espaço fosse ocupado pela vegetação e pelos animais. Com o passar do tempo, o ser humano passou a utilizar os recursos naturais (elementos naturais), a fim de garantir sua sobrevivência e evolução. Assim, foi se organizando em sociedades e aprendendo a fazer uso de instrumentos específicos que facilitavam a sua vida. Essas transformações geraram a necessidade da criação dos elementos sociais, como organização política e econômica (rural e urbano, principalmente), classes sociais, cultura, religião, leis, educação, etc. A tecnologia foi sendo aprimorada, deixando “marcas” diferenciadas na estrutura do espaço geográfico. As decisões (geralmente realizadas sob o foco da política e das atividades econômicas) sobre o emprego dessa tecnologia foram determinando diferentes formas de usos e ocupação do espaço geográfico. À medida que a sociedade humana evoluía, essas decisões geraram mudanças no uso do espaço e, consequentemente, no comportamento dos elementos ambientais. Tais modificações impostas aos elementos naturais podem desencadear mudanças também na forma de a sociedade ocupar determinado espaço. Por exemplo, o comportamento alterado do clima impõe situações de risco ao ser humano, afetando sua vida e sua situação socioeconômica. Enchentes, secas, furacões, tornados e ciclones, entre outros, podem comprometer safras agrícolas, destruir cidades e vilas, levando as pessoas a perderem seus bens e até mesmo a vida. Como os elementos naturais e sociais são interdependentes, é necessário estudá-los de forma integrada, a fim de garantir a compreensão da dinamicidade do espaço geográfico, como mostra o esquema a seguir: Geografia 3ª. série – 1º. volume 5 Elementos naturais Geologia Clima Relevo Elementos sociais Demografia Economia Política Solos Vegetação/animais Água História Cultura Tecnologia Realimentação (alterações) Decisão Mudanças no uso do espaço geográfico Uso do espaço geográfico Fonte: DREW, David. Processos interativos homem-meio ambiente. São Paulo: Difel, 1994. p. 2. Adaptação. Em função das infinitas possibilidades de relações entre os elementos naturais e sociais, a Geografia é uma ciência complexa, por isso os pesquisadores buscaram auxílio na Teoria Geral dos Sistemas ou análise sistêmica. A Teoria Geral dos Sistemas foi desenvolvida por Ludwig von Bertalanffy (biólogo austríaco) com base em seu trabalho publicado em 1950, intitulado Esboço de uma Teoria Geral dos Sistemas. De uma maneira geral, segundo Branco (1999, p. 77), a Teoria Geral dos Sistemas possui conceitos fundamentais: Interação – ação recíproca que poderá modificar o comportamento dos elementos que compõem o sistema. Poderá ser uma interação de causa-efeito, temporal, principalmente. Totalidade – um sistema não é simplesmente a soma de elementos que o compõem, é o todo não esquecendo as suas partes. Organização – refere-se à organização tanto estrutural quanto funcional. Ambas se complementam. Complexidade – o grau de complexidade dependerá do número de elementos que compõem o sistema, o tipo e o número de inter-relações existentes entre esses elementos e a sua hierarquização. Já para Christofoletti (1979, p. 01), os sistemas devem ter: elementos ou unidades – partes componentes; relações – as unidades estão inter-relacionadas, uma dependendo da outra, apresentando fluxos de energia; atributos – são qualidades que caracterizam os elementos do sistema. As qualidades auxiliam na descrição desses elementos. Os atributos referem-se ao comprimento, área, volume e características da composição, densidade dos fenômenos; entrada (input) – constituída por aquilo que o sistema recebe de energia para seu funcionamento. Cada sistema é alimentado por diversos tipos de entrada; saída (output) – a energia que entra no sistema sofre transformações no interior do sistema e, posteriormente, o que não é mais utilizado é encaminhado para a saída. Considerando o espaço geográfico de um sistema, é possível dividi-lo em subsistemas integrados, quais sejam: o subsistema natural (formado pelos elementos naturais) e o subsistema social (formado pelos elementos sociais). Todas as relações existentes no espaço geográfico comprovam a interdependência e as conexões entre esses subsistemas. Dessa forma, aliar a análise sistêmica com a perspectiva socioambiental fortalece a necessidade de uma abordagem integrada do espaço geográfico. Presente nas ideias desenvolvidas há cem anos, principalmente as defendidas por Elisée Reclus, a perspectiva socioambiental volta a ser disseminada e aprimorada na contemporaneidade. Para a Geografia, a noção de ambiente não envolve somente os recursos naturais, mas designa, igualmente, as relações de interdependência existentes entre a sociedade humana, “as demais sociedades e os componentes físicos, químicos, bióticos do meio e integra também os aspectos econômicos, sociais e culturais”. (MENDONÇA, 2001, p. 117) A ligação dos termos “sócio” e “ambiental” enfatiza a inter-relação da sociedade humana como sujeito e componente importante dos processos relativos à problemática ambiental. A partir das discussões sobre o ambiente ocorridas no século XX, principalmente na Rio-92, a dimensão social tornou-se o centro dessas discussões, o que possibilitou o uso do termo socioambiental. Nessa perspectiva, como declara Mendonça (2001, p. 121), “a natureza não deve mesmo ser enfocada a partir de métodos específicos aos estudos da sociedade, assim como a sociedade não o deve ser a partir de métodos das ciências naturais, ainda que a abordagem da problemática ambiental parta de uma ótica social”. Ainda para esse autor (2001, p. 123), “a característica de ambiental de um estudo não o faz melhor ou pior que nenhum outro em conformidade com outras correntes, quer sejam da Geografia ou de outra ciência – o faz apenas distinto dos demais”. A concepção da Geografia socioambiental complementa a concepção da análise sistêmica, pois ambas partem da inter-relação da sociedade com a natureza, sendo que o enfoque, mais voltado para a dimensão natural ou mais para a dimensão social, dependerá da diversidade dessa inter-relação. A ênfase será sempre a busca da 6 Livro do Professor compreensão do dinamismo do espaço geográfico, pois as inter-relações construídas a partir do uso da tecnologia impregnarão características àquele espaço, influenciando tanto os elementos sociais quanto os naturais. Tal dinamismo também está presente na Geografia escolar, uma vez que ela se baseia na ciência geográfica. Aprender a perceber as inúmeras relações entre os dois subsistemas (natural e social), sob a perspectiva socioambiental, é de extrema importância para que o aluno se perceba como agente e, ao mesmo tempo, receptor das consequências dessas relações. A Geografia, principalmente como disciplina escolar, é uma ferramenta que o cidadão pode utilizar com o objetivo de compreender e atuar no mundo, pois saber acompanhar as constantes transformações do espaço geográfico é fundamental para a sobrevivência da sociedade humana. A ciência geográfica (tanto como ciência quanto como disciplina escolar) está presente no dia a dia de qualquer ser humano, e o espaço vivido (o local) é o início dos estudos. Com o tempo, o conhecimento prévio do aluno será ampliado e a sua escala de compreensão aumentará: a partir da sua casa, irá conhecer a rua, o bairro, a cidade, a área rural, o município, o estado (unidade da federação), o país, os continentes, até atingir o planeta. É nesse contexto que o presente projeto pedagógico se insere. A intenção é pautar esta obra numa perspectiva desenhada a partir de uma concepção sistêmica e socioambiental. Assim, a coleção proposta aborda temas da atualidade e faz referência aos problemas contemporâneos, “recortados” de forma a estabelecer a relação entre o local e o global. Cada concepção é composta de um conjunto de termos e definições próprios que precisam ser explicitados e explicados, a fim de garantir a coerência teórico- -metodológica desta proposta pedagógica. Como já foi mencionado, o espaço geográfico se caracteriza pela relação sociedade/natureza, sendo, portanto, produto e resultado das interações ambientais na superfície terrestre. O trabalho sempre gerou transformações no ambiente. Após a Revolução Industrial, essas foram intensificadas, provocando sensíveis alterações no comportamento dos elementos naturais. Geografia 3ª. série – 1º. volume 7 As transformações mostram a dinamicidade do espaço geográfico. Na proporção em que é alterado, ele apresenta reações a essas mudanças. Isso pode ser comprovado não só na paisagem cultural, mas também na paisagem natural, isto é, nos ecossistemas, no clima e na extinção de espécies vegetais e animais. A análise do espaço geográfico abarca os conceitos de lugar, de paisagem, de território e de região. Nesta coleção, o termo lugar é concebido como o conjunto de referências afetivas que o cidadão desenvolve no decorrer de sua vida, dependendo das condições socioeconômicas, culturais, educacionais, profissionais, etc. vividas por ele. Ao mesmo tempo que o lugar é resultado da afetividade, também é a intersecção entre o local – como especificidade concreta e momentânea – e o global, a mundialidade (CARLOS, 1996, p. 16). Para Santos (1988, p. 34), quanto mais os lugares se mundializam, mais se tornam singulares e específicos. A particularidade determina configurações únicas aos lugares: ao mesmo tempo que eles interagem entre si, movidos principalmente pelas forças econômicas, as relações afetivas, que se desenvolvem entre a população e o espaço ocupado, garantem a unicidade. Já o conceito de paisagem considera o conjunto de formas em determinado lugar em determinado período de tempo. Santos (1999) define a paisagem como o conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente caracterizam uma área. Segundo esse autor, ela é transtemporal, porque se constrói permanentemente por meio da convivência do antigo com o novo. As características predominantes das paisagens (físicas, econômicas, sociais e culturais) estruturam uma região, a qual se constitui em uma categoria de análise própria da Geografia, visto que o estudo regional é um dos principais campos de atuação do conhecimento geográfico. O conceito de região é bastante utilizado, na Geografia, como unidade administrativa e, nessa perspectiva, a divisão regional é o meio pelo qual se exerce a hierarquia e o controle na administração dos estados. A região também pode ser considerada uma “parte” ou área da superfície terrestre que possui características naturais e sociais que a diferenciam de áreas vizinhas, configurando uma unidade ou identidade interna. O conceito de território foi desenvolvido a partir do surgimento das primeiras sociedades politizadas, sendo indissociável da noção de poder, pois não há organização sem poder. Comumente, a palavra território (territorium, em latim) referencia uma porção de terra delimitada, relacionada a um país. Para Raffestin (1993), o território é um cenário para as relações de poder e, consequentemente, pode-se considerar que uma mesma área possa ter simultaneamente vários territórios. A partir do conceito de território, Raffestin (1993) elaborou outro conceito análogo, o da territorialidade, que se associa às ações práticas e simbólicas visando à apropriação ou manutenção de determinado território. Isso é resultado das decisões e das estratégias que certo grupo social define para se apropriar e/ou controlar um espaço. Para Santos (1985), a estruturação do território e suas configurações econômicas, políticas e sociais estão atreladas à periodização da História. Já Haesbaert (2004) analisa o território sob três enfoques: o jurídico-político, pois é um espaço delimitado e controlado, sobre o qual é exercido determinado poder (principalmente o de caráter estatal); o cultural, visto que o território é interpretado como produto da apropriação realizada por dimensões simbólico-subjetivas, e por meio do imaginário e/ou da identidade social; e o econômico, sendo que o território é produto da relação capital-trabalho. O território não é produzido isoladamente, ele advém das articulações conjunturais e estruturais a que os grupos sociais são submetidos em um período histórico, tornando-se, portanto, intimamente ligado ao tempo e ao modo de produção vigente. Em virtude de esta obra adotar a concepção sociopolítica, o conceito de território é considerado resultado das relações sociais projetadas no espaço concreto, a partir do qual se delineia a interdependência dos elementos naturais e sociais. 2. Organização didática A opção pela análise sistêmica e socioambiental neste material didático se faz não somente como forma de interpretar os elementos naturais, mas em razão de ser uma tendência em método analítico no que se refere aos estudos do campo da Geografia, diante das demandas de um mundo em constante transformação. Portadores de um legado científico de conexão entre a natureza e a sociedade, esses estudos exigem um repensar a respeito da nova conformação do mundo, a fim de nele saber e poder agir. Em consonância com esses pressupostos e para tratar das questões geográficas de forma que os alunos consigam incorporar gradativamente conhecimentos e comportamentos voltados à transformação do seu mundo vivido, a presente obra está dividida em três séries. A primeira série apresenta, tanto em escala mundial quanto em escala regional (Brasil), as “bases” da Geografia, as quais são: as bases conceituais – em que se retomam os conceitos fundamentais para o estudo geográfico e a interação com a Cartografia, ramo da ciência que possibilita a representação dos fatos e acontecimentos ocorridos no espaço geográfico; as bases naturais – em que, em um primeiro momento, se trabalham a litosfera e a hidrosfera e, posteriormente, a atmosfera e a biosfera, elementos que caracterizam os subsistemas naturais; as bases sociais do espaço – em que se trabalham a estrutura demográfica, os indicadores demográficos e as diferentes formas de ocupação e uso do solo, elementos que constituem o subsistema social. A segunda série é dedicada ao espaço rural, ao espaço urbano, ao espaço industrial e ao espaço energético. Esses espaços são abordados sob o enfoque da formação dos elementos que os compõem e, também, das inter-relações existentes a partir da ocupação e do uso do solo. No decorrer deste material, são contempladas as inter-relações mundiais e regionais, principalmente as que acontecem em território brasileiro. 8 Livro do Professor A terceira série traz uma perspectiva mundial, sob o foco dos contextos histórico, econômico, técnico-científico, social e ambiental. O conteúdo de cada série (correspondente a um ano específico) está estruturado em quatro volumes, subdivididos em unidades temáticas. Cada unidade é composta de conteúdos distribuídos de maneira a apresentar os conceitos fundamentais da ciência geográfica a partir da observação, da descrição, da mensuração, da comparação, da interpretação e da análise. As atividades que envolvem o conteúdo estudado são apresentadas sob a forma de perguntas e respostas (que visam tanto à revisão do conteúdo, quanto à reflexão sobre o que está sendo estudado); leituras, interpretação e análise de imagens (mapas, fotos, obras de arte, gráficos); leitura, interpretação e análise de textos; pesquisas que serão desenvolvidas por meio de bibliografias específicas; e saídas a campo. Para organizar didaticamente os conteúdos e as atividades, foram criadas seções. Por se tratar de uma obra integrada, algumas seções são comuns a todas as disciplinas, outras são específicas desta. Elas não obedecem a uma ordem previamente estabelecida e não são usadas, necessariamente, em todas as unidades. As seções são: Utilizada, geralmente, no início de cada unidade, a fim de possibilitar provocar um debate entre os alunos acerca dos temas a serem trabalhados. Atividades de investigação e estudo, apresentadas com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre o tema que está sendo trabalhado, desenvolver o hábito de pesquisa, bem como a capacidade de trabalhar em equipe. Relações estabelecidas entre os conteúdos das várias áreas de conhecimento. Geografia 3ª. série – 1º. volume 9 Informações, curiosidades, charges, quadrinhos, etc. sobre os temas abordados no capítulo que tenham relação com situações vivenciadas no dia a dia. Textos, atividades, situações que remetem ao desenvolvimento histórico da disciplina. Questões ou situações-problema que exijam que os alunos ultrapassem do conteúdo básico, representando realmente uma atividade desafiadora. Sequência de questões ao final de cada unidade. Deverão contemplar questões autorais, de vestibulares e do ENEM, discursivas e objetivas, de acordo com a possibilidade de cada conteúdo. Textos reflexivos com o objetivo de promover a conscientização dos alunos a respeito de questões éticas e de cidadania. Seção que possibilita aos alunos o conhecimento de profissões relacionadas à área de Geografia. As seções específicas da Geografia são: Seção que corresponde à leitura de mapas, gráficos, tabelas, charges, quadrinhos e textos complementares. Seção reservada a situações reflexivas a respeito dos temas abordados, acompanhada de questões que levam os alunos a relacionarem aquele tema ao local onde vivem. Seção que tem como objetivo questionar os alunos sobre um lugar ou uma região em que está ocorrendo o fato ou acontecimento estudado. Os alunos deverão identificar o lugar ou região. Essa seção estará presente eventualmente. A abordagem teórico-metodológica desta obra está em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) estabelecidos para o Ensino Médio de Geografia. A ideia central é instigar o entendimento da interface sociedade/natureza, sem alienação, possibilitando a participação ativa dos alunos no mundo à sua volta. 3. Conteúdos privilegiados As principais competências da ciência geográfica são: a representação e a comunicação; a investigação e a compreensão do espaço; e a contextualização sociocultural e socioambiental. Os conteúdos privilegiados neste material didático são: 1. Bases conceituais Conceitos fundamentais da ciência geográfica Princípios de astronomia de posição (movimentos da Terra) Orientação e localização Representação e comunicação (escalas cartográficas, mapas e projeções) Escalas geográficas Regionalização 2. Bases naturais – ambientais Evolução geológica da Terra Estrutura da crosta terrestre Estrutura hidrológica do planeta Demanda da água no mundo e no Brasil Estrutura da atmosfera terrestre Fatores e elementos de formação do clima Principais biomas terrestres O ambiente terrestre: preservação e degradação 3. Bases sociais Estrutura e indicadores demográficos mundiais Configuração econômica da população mundial e brasileira Configuração espacial da população mundial e brasileira Dinâmica populacional 5. Bases geopolíticas (histórica, tecnológica e ambiental) Contexto histórico geopolítico mundial Nova Ordem Mundial Organização econômica mundial: as organizações internacionais e suas atribuições socioeconômicas Fluxos econômicos mundiais 4. Bases econômico-ambientais Diversos tipos de economia: desenvolvidas, emergentes, subdesenvolvidas Espaço rural e sua dinâmica Ambiente do espaço rural A revolução técnico-científico-informacional e suas consequências socioeconômicas Espaço urbano e sua dinâmica O processo de mundialização e de globalização e suas consequências socioeconômicas Ambiente do espaço urbano Processos de urbanização do mundo e do Brasil e suas consequências socioambientais Processo de industrialização: as revoluções industriais Organização do espaço industrial Redes e fluxos mundiais Formação de tecnopolos no mundo e no Brasil 6. Bases socioambientais Diferenças entre a industrialização do mundo desenvolvido e do subdesenvolvido Gênese dos conflitos atuais: pobreza, militarização, refugiados, questões étnicas e religiosas Estrutura energética do mundo Impactos da sociedade no ambiente mundial Fontes alternativas de energia Ações positivas: acordos, conferências internacionais, protocolos Produção, consumo e ambiente: a energia atuando no mundo contemporâneo 4. Objetivos gerais O principal objetivo da Geografia escolar, no Ensino Médio, é possibilitar aos alunos o aprimoramento da capacidade de observar, identificar, refletir, interpretar, analisar e representar as relações entre a sociedade e a natureza, bem como os fenômenos naturais e sociais que compõem o espaço geográfico, possibilitando a elaboração de hipóteses e possíveis explicações. Para tanto, o processo ensino-aprendizagem está vinculado à percepção das relações sociais e à construção da própria identidade do aluno no espaço vivido. 10 Livro do Professor A proposta também está fundamentada nas seguintes ações que conduzem ao desenvolvimento de competências e habilidades: Compreender as relações que ocorrem no espaço geográfico, contextualizando-as no tempo, global e/ ou local. Assim, os alunos poderão perceber que são parte integrante do espaço e, também, agentes que interferem nesse espaço de várias formas: social, econômica, cultural e politicamente. Para isso, o Geografia 3ª. série – 1º. volume 11 trabalho enfoca o presente, mas, muitas vezes, recorre a fatos históricos, a fim de relacioná-los com a realidade atual. Analisar e comparar determinados fenômenos relacionados à Geografia (geológicos, meteorológicos, antropológicos, etc.) nas diferentes escalas geográficas (local, regional, nacional e global). Reconhecer a importância da Cartografia na Geografia, além de utilizar a escala cartográfica e a geográfica para a localização, identificação, distribuição, analisando as consequências e a frequência dos fenômenos estudados (naturais e humanos). Ler, interpretar e analisar as diferentes formas de representação geográfica – símbolos e códigos –, como os mapas, as tabelas, os gráficos e os esquemas, relacionando-os ao tema e aos fenômenos espacializados. Identificar características, singularidades e generalidades dos lugares, das paisagens ou das regiões. Reconhecer, interpretar e analisar as consequências da ocupação e do uso do solo, sob o foco das diferenciações culturais, políticas, econômicas, sociais e legais de cada região. 5. Avaliação A avaliação não deve ser entendida como o momento final de um período de atividades escolares, mas como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem. Isso equivale a dizer que a avaliação deve ter um caráter diagnóstico e processual. Diagnóstico porque permite que o professor acompanhe o desempenho e o desenvolvimento de seu aluno. Processual porque, dependendo das dificuldades e dos avanços detectados, o professor pode rever os procedimentos que vem utilizando e redirecionar a sua prática pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação representa uma prática fundamental para verificar o alcance das metas estabelecidas, as aprendizagens construídas pelos educandos e o impacto dessas aprendizagens na vida de cada um. A prática avaliativa necessita, portanto, integrar todo o processo educativo, de início ao fim. Seu resultado precisa ser fonte de informação para nortear a aprendizagem de cada educando ou do grupo e, ao mesmo tempo, servir como instrumento de regulação do planejamento e de verificação de sua adequação às necessidades de aprendizagem. A avaliação é uma atividade ampla e complexa. É importante que, ao exercê-la, o professor tenha em vista não um instrumento de dar nota, mas o domínio gradativo das atividades propostas. Essa possibilidade expressa o caráter formativo da avaliação, para além de sua função meramente classificatória. Ao procurar identificar e interpretar, mediante observação, diálogo e instrumentos apropriados, sinais e indícios das competências desenvolvidas pelos alunos, o professor pode julgar se as capacidades indicadas nos objetivos estão se desenvolvendo a contento ou se é necessário reorganizar a atividade pedagógica para que isso aconteça (PCN - BRASIL, 1998). Vista dessa forma, a prática da avaliação só vem a enriquecer o processo, pois, mais do que quantificar por meio de uma nota, a escola passa a se responsabilizar pela qualidade do ensino. Diante disso, antes de avaliar, deve-se ensinar, é preciso ter em mente os aspectos gerais do processo de avaliação, a forma de intervenção, o projeto curricular elaborado pela escola, entre outros. O processo avaliativo, considerado em seu aspecto qualitativo e construtivo, deve auxiliar o aluno a ler, localizar, interpretar, estabelecer relações, compreender e expressar-se. Segundo Hoffmann (1998), para que isso ocorra, a avaliação precisa estar embasada nos conhecimentos, nas competências e nas habilidades adquiridas. Considerando essas proposições, ao final do processo educativo, o aluno deverá ter desenvolvido as competências: conceitual – a partir da formalização dos conceitos teóricos, isto é, dos processos formativos de suas habilidades; social – por meio do estabelecimento e da compreensão das relações sociais, do papel das atividades humanas na construção da sociedade e do espaço que ela ocupa; experiencial – conjunto de saberes adquiridos e praticados na vida escolar e social dos alunos. Para Hoffman (1998), sob essa perspectiva, a avaliação solicita o acompanhamento permanente do professor, dinamiza oportunidades de ação-reflexão, desenvolve uma atitude reflexiva e crítica acerca do mundo. 6. Referências ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representação. 6. ed. São Paulo: Contexto, 1998. ANDRADE, Manuel Corrêa de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987. BRANCO, Samuel Murgel. Ecossistêmica: uma abordagem integrada dos problemas do meio ambiente. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Livros Didáticos 2005: Geografia – PNLD. Brasília: MEC/FNDE, 2005. BUTTIMER, Anne. Aprendendo o dinamismo do mundo vivido. In: CHRISTOFOLETTI, Antônio Carlos (org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1985. CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio. (Org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2002. CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996. CHRISTOFOLETTI, Antonio. Análise de sistemas em Geografia. São Paulo: Hucitec, 1979. COLL, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 1994. CORREA, Roberto Lobato; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CASTRO. Ina Elias de. (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. DREW, David. Processos interativos homem – meio ambiente. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. GEBAN, Raimunda Abou. Geografia na educação básica: ensino e redimensão pedagógica. Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unimep, Ano 12, n. 1, junho de 2005. GENTILE, Paola. Avaliar para crescer. 13. ed. São Paulo: Revista Nova Escola, 2000. GOMES, Paulo Cesar da Costa. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 14. ed. Porto Alegre: Mediação, 1998. _____. Avaliação para promover. Porto Alegre: Educação e Realidade, 2001. LACOSTE, Yves. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 15. ed. São Paulo: Papirus, 2009. LENCIONE, Sandra. Região e Geografia. São Paulo: Edusp, 2002. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1999. MENDONÇA, Francisco. Geografia socioambiental. Terra livre, São Paulo: AGB, n. 16, p. 113-132, 1.º semestre 2001. 12 Livro do Professor Geografia 3ª. série – 1º. volume 13 MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. 16. ed. São Paulo: Hucitec, 1998. PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999. RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal. São Paulo: Record, 2001. ______. A natureza do espaço e tempo: razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999. ______. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. ______. Espaço & método. 3. ed. São Paulo : Nobel, 1985. SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CORREA, Roberto Lobato; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CASTRO. Ina Elias de. (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar. São Paulo: Difel, 1983. 14 Livro do Professor 1.o VOLUME Espaço rural 1. Uso do espaço rural •Atividades econômicas do espaço rural •Agricultura •Pecuária •Extrativismo animal e vegetal 2. Produção econômica do espaço rural mundial •Produção rural nos países desenvolvidos •Produção rural nos países emergentes •Produção rural nos países subdesenvolvidos 3. Produção econômica do espaço rural brasileiro •Políticas do espaço rural: Estatuto da Terra e reforma agrária •Produção agropecuária •Agronegócios •População rural e relações de trabalho 4. Situação atual do espaço rural •Questões ambientais agrárias •Inovações tecnológicas: Biotecnologia e transgênicos •Agricultura orgânica •Interdependência campo/cidade 1. Conceitos fundamentais •Teoria geral dos sistemas •Conceitos geográficos fundamentais 2. Movimentos da Terra, orientação e localização •Movimento de rotação •Movimento de translação •Movimento de revolução •Precessão e nutação •Formas de orientação •Coordenadas geográficas •Fusos horários 3. Mapas: tipologia e componentes •Projeções cartográficas •Tipos de mapas •Elementos que compõem os mapas •Escala 4. Cartografia e diferentes formas de regionalizar o espaço geográfico •Escala mundial •Escala regional: Brasil 2.a SÉRIE Bases conceituais da Geografia 1.a SÉRIE 3.a SÉRIE 1. Evolução geopolítica no século XX •O mundo antes da Primeira Guerra Mundial •O mundo entre as duas Grandes Guerras •O mundo após a Segunda Guerra Mundial •Mundo bipolar •Corrida armamentista •OTAN e Pacto de Varsóvia 2. Mundo socialista •Fim da URSS •Fragmentação do mundo socialista 3. Nova ordem mundial •Divisão Norte x Sul •Economias em transição: últimos socialistas (Cuba, Vietnã, Coreia do Norte) – situação atual •Multipolaridade 4. Organizações internacionais •Organização das Nações Unidas (ONU) •Grupo dos 7 e Grupo dos 8 Espaço mundial: contexto histórico-geográfico Programação de conteúdos para o Ensino Médio 2.o VOLUME 5. Estrutura da Terra •Evolução geológica da Terra •Estrutura interna da Terra •Tectônica de placas •Processos internos de formação de relevo •Formas de relevo 6. Estrutura da crosta terrestre •Estrutura litológica •Recursos minerais 7. Hidrografia •Ciclo hidrológico e distribuição da água na Terra •Águas superficiais •Águas oceânicas •Águas subterrâneas 8. Formas de uso da água •Demanda agropecuária •Demanda residencial e comercial •Demanda industrial •Geração de energia •Questões ambientais: contaminação e poluição de recursos hídricos Bases naturais do espaço: litosfera e hidrosfera 1.a SÉRIE 5. Organismos comerciais internacionais •Organização Mundial do Comércio •Banco Mundial •Fundo Monetário Internacional •Blocos econômicos 6. Fluxos comerciais •Comércio internacional •Empresas transnacionais •Regras do comércio internacional 7. Economias desenvolvidas •EUA •Alemanha •França •Reino Unido •Japão 8. Economias emergentes •Federação Russa •China •Brasil •México •Índia •África do Sul 5. Atividades econômicas do espaço urbano •Setor secundário: atividade industrial •Setor terciário: atividades comerciais e prestação de serviços •Terceiro setor 6. Do rural ao urbano: processos de urbanização •Fatores da urbanização •Migrações internas •Interação cidade-campo 7. Urbanização •Processo de urbanização •Rede e hierarquia urbana •Brasil: regiões metropolitanas, Plano Diretor e Estatuto da Cidade 8. Situação do espaço urbano •Questões ambientais urbanas: poluição, poluição do ar, poluição das águas (dejetos urbanos), poluição do solo (lixo sólido) •Desigualdades e segregação espacial •Violência urbana Geografia Espaço mundial: contexto econômico 3.a SÉRIE Espaço urbano 2.a SÉRIE 3ª. série – 1º. volume 15 16 Livro do Professor 3.o VOLUME 9. Estrutura e características da atmosfera •Camadas da atmosfera •Tempo e clima 10.Interação entre elementos e fatores do clima •Temperatura •Pressão atmosférica •Umidade do ar e nebulosidade •Circulação da água na atmosfera •Ventos •Massas de ar •Classificação climática: Köppen e Strahler 11.Biomas •Fatores de formação da vegetação •Interação entre clima, recursos hídricos e vegetação •Biomas (mundiais e brasileiros) •Unidades de conservação •Hotspots de biodiversidade 12. Clima e biomas: questões ambientais •Contaminação e poluição do ar •Protocolo de Kyoto •Efeito estufa •El Niño e La Niña •Chuva ácida •Ilhas de calor •Inversão térmica •Queimadas •Desmatamento e suas consequências •Retirada da vegetação para produção de carvão vegetal •Desertificação e arenização Bases naturais do espaço: atmosfera e biosfera 1.a SÉRIE 9. Processo de industrialização •Primeira Revolução Industrial •Segunda Revolução Industrial •Terceira Revolução Industrial 10.Espaço industrial •Fatores de localização de indústrias •Relação entre o setor energético e as indústrias •Agroindústria 11.Industrialização em países desenvolvidos •Estados Unidos •Alemanha •Reino Unido •França •Japão 12.Industrialização em países subdesenvolvidos •Brasil •Rússia (Federação Russa) •China •Índia Espaço industrial 2.a SÉRIE 9. Globalização •Globalização da produção •Globalização do consumo •Há uma real globalização? 10.Revolução técnico-científicoinformacional •Evolução nas formas de produção •Divisão Internacional do Trabalho •Qualificação subsidiando a produção técnica •Novas exigências de qualificação para o mercado de trabalho •Desemprego estrutural 11.Redes e fluxos •Eixos de circulação •Vias de comunicação •Rede informacional 12.Tecnopolos •Principais tecnopolos do mundo (EUA, UE, Japão) •Tecnopolos no Brasil (São Paulo, Campinas, São José dos Campos) Espaço mundial: contexto técnicocientífico 3.a SÉRIE 4.o VOLUME Espaço energético 13.Estrutura energética •O que são fontes de energia? •Diferentes fontes de energia 14.Fontes alternativas de energia •Etanol •Eólica •Solar •Biomassa 15.Produção e consumo •Utilização econômica da energia •Produção e consumo de energia •Energia e recursos minerais do Brasil 16.Ambiente e produção energética •Alteração do relevo pela atividade mineradora •Contaminação e poluição pela produção de energia nuclear •Alteração do comportamento hídrico do rio devido à construção de usinas hidrelétricas 13.Estrutura demográfica •Teorias demográficas •Estrutura da população e pirâmide etária 14.Indicadores demográficos •Principais indicadores demográficos •IDH •Desnutrição e obesidade 15.População e trabalho •Distribuição da população nas atividades econômicas •Distribuição dos rendimentos •Empregados, desempregados e inativos 16.Ocupação e uso do solo •Distribuição geográfica da população •Diferentes formas de ocupação do espaço geográfico: rural e urbano •Dinâmica populacional (migrações) 2.a SÉRIE Bases sociais do espaço 1.a SÉRIE 13.Gênese dos conflitos •Causas: pobreza, direitos, sistema político, etnia •Questão militar: gastos, efetivos, comercialização •Consequências: mortes, refugiados, minas, jovens soldados •Acordos de paz: acordos, manutenção e processos de paz 14.Conflitos culturais e étnico-religiosos •Problemas populacionais atuais: migrações, preconceitos (xenofobia), fome, nutrição •Principais conflitos mundiais (conflitos culturais, religiosos, minorias étnicas). •Crime internacional organizado (narcotráfico e pirataria) •Terrorismo (grupos terroristas) 15.Questões ambientais •Impactos da ação da sociedade nas áreas urbanas (resíduos sólidos, efluentes, enchentes, deslizamentos), IPCC, Protocolo de Kyoto •Conferências internacionais (Estocolmo-72, Rio-92, Rio + 10) •Acordos internacionais relacionados ao ambiente Espaço mundial: contextos sociais e ambientais 3.a SÉRIE Geografia 3ª. série – 1º. volume 17 Anotações 18 Livro do Professor