Nova jazida de argila supre demanda de 20 anos

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O IMPARCIAL
6b / cidades / DOMINGO, 8 de junho de 2014
TEODORO SAMPAIO
Nova jazida de argila supre demanda de 20 anos
José Reis
Mellina Dominato
DA REDAÇÃO
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) encontrou
em Teodoro Sampaio uma reserva de argila que poderá responder pelo abastecimento do
pólo cerâmico local. Um trabalho com as informações a respeito da área que, conforme
Marsis Cabral Junior, pesquisador da Seção de Recursos
Minerais e Tecnologia Cerâmica do IPT, possui um material
“de excelente qualidade para
produção de telhas e tijolos”,
foi entregue ao município no
fim de maio. “O inconveniente desta área é que possuiu restrições ambientais”, comenta.
A Associação de Ceramistas
do município, no entanto, se
mostra bastante esperançosa e
declara que a reserva existente na área poderá suprir a demanda local por pelo menos
20 anos.
Segundo Cabral Junior, até
o fim do mês, uma apresentação sobre a jazida será realizada na cidade. Para o evento,
estão previstas as participa-
ções de representantes do
DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), da
Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo), do
MPE (Ministério Público Estadual), da Duke Energy, além de
autoridades municipais e empresários do setor. Na segunda-feira, a associação vai se
reunir com o Executivo para
analisar o relatório recebido no
mês passado.
“Essa jazida pode mudar o
cenário. Estávamos esperando
ansiosos por esta notícia. Hoje
temos na cidade sete cerâmicas. Duas buscam material no
Paraná e as outras estão sobrevivendo com o que restou do
estoque, que também já está no
fim”, comenta Fábio Amador,
presidente da associação. Explica que chegou a ficar três
meses com seu estabelecimento parado e voltou a atuar há
pouco tempo, depois de fechar
negócio com um fornecedor
paranaense. “Este custo a mais
de transporte, por exemplo, temos que adicionar no custo.
Por isso, essa nova área nos
ajuda, pois tem ótima localização. Fica no máximo a 5
quilômetros das cerâmicas do
município”, complementa.
Como noticiado neste diário, em agosto de 2013, o prefeito de Teodoro Sampaio,
Ailton César Herling (PSB),
formalizou um convênio com
o Estado para verificar a existência de reservas de argila ao
redor do município, por meio
do Patem (Programa de Apoio
Tecnológico aos Municípios).
O investimento total foi definido em R$ 144.322,00, sendo
R$ 131.662,68 financiados
pela Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Econômico,
Ciência e Tecnologia, e R$
12.659,32 de contrapartida da
administração municipal.
Indiana
O pesquisador lembra que um
outro relatório finalizado pelo
IPT, em abril do ano passado,
apontou a existência de jazidas em quatro áreas da região,
as quais precisam passar por
processo de legalização. Duas
estão ao norte de Indiana e
outras duas ao sul, nas imediações de Presidente Bernardes.
“Estas precisam ser detalhadas ainda. No município de
Indiana não existem áreas com
volume interessante. São essas
quatro que poderiam suprir
aquele pólo”, explica.
Na semana passada, a Associação de Ceramistas de Indiana e Região anunciou que
aguarda uma reunião com a
participação de representantes do setor, do Sebrae (Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas), Executivo, entre
outros, para tratar sobre as jazidas citadas. O encontro, no
qual deverão ser definidos os
próximos passos para a exploração de tais espaços, prevê a
participação da técnica da Secretária Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia, Itanna Motta, responsável pelos APLs (Arranjos Produtivos Locais). A data
ainda não foi definida.
Resíduos de tijolos e telhas devem ser reaproveitados como mistura para argila e cimento
CACO CERÂMICO
IPT avalia reutilização de material
Mellina Dominato
DA REDAÇÃO
A fim de agregar valor e dar
uma destinação mais interessante ao caco cerâmico, o IPT
(Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) iniciou um estudo na região de Presidente
Prudente, que avalia o materi-
al produzido na região. Marsis
Cabral Junior, pesquisador da
Seção de Recursos Minerais e
Tecnologia Cerâmica do órgão,
esclarece que, em análise dos
restos da cerâmica vermelha,
ou seja, de resíduos de blocos,
telhas e tijolos, por exemplo, resultados iniciais apontaram
que o produto é “interessante” e pode ser reutilizado como
mistura para a argila e também
para o cimento. O projeto será
finalizado em outubro e a ideia
é criar na região uma Central
de Processamento de Caco
Cerâmico.
Cabral Junior esclarece que,
com o emprego do caco
cerâmico, é possível diminuir
o uso de matéria-prima. É o
caso da argila e também do cimento. “São novas frentes de
aplicação do material e os resultados são animadores”,
diz. “Estes dados serão apresentados aos ceramistas da
região até outubro”, finaliza.
DOENÇA NOS OLHOS
Especialista aborda sobre riscos do diagnóstico tardio do glaucoma
Rogério Lopes
DA REDAÇÃO
Os idosos estão mais propensos a doenças como o
glaucoma. A patologia ocasiona um aumento da pressão
intra-ocular e danos ao nervo
óptico e pode levar à cegueira.
De acordo com médico oftalmologista Marcussi Palata
Rezende, 36, de Presidente
Prudente, isso pode ocorrer
porque, em certos casos, a doença não apresenta sintomas,
sendo diagnosticada já em estágio avançado.
De acordo com o médico
esta é uma doença que não tem
cura, mas que o tratamento é
bem sucedido na grande maioria dos casos. “Assim que é
diagnosticado, através de exames, o paciente começa fazer o
uso de colírios. Apenas em casos extremos, quando o uso de
medicamentos não resolve, é
feita uma cirurgia”, explica.
Rezende ressalta que não
existe uma idade específica
para apresentar a doença, mas
que na maioria dos casos é referente a pessoas a partir dos
60 anos. Ele esclarece que existem tipos variados de
glaucoma, sendo que um dos
principais, conhecido como
“primário de ângulo aberto”,
pode levar à cegueira. “Este é
o mais comum e o problema é
que ele não apresenta sintomas. Quando a pessoa percebe já esta com a visão comprometida”, alerta.
Para o médico, a prevenção
é o melhor caminho para evitar e descobrir possíveis problemas nos olhos. “O ideal é
fazer uma consulta com um
especialista ao menos uma vez
ao ano. Este é o primeiro passo para sanar consequências
futuras”, aponta.
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