Publicação Interna da Rede VITA - Ano VIII - 2° Trimestre de 2008 Médicos Sem Fronteiras, a medicina praticada durante calamidades Pneumologistas indicam caminho para largar o cigarro VITA Batel inaugura novo setor de hemodinâmica APRENDENDO A VOAR A vida das ginastas brasileiras no Centro de Capacitação Esportiva em Curitiba 1 www.redevita.com.br 2 www.redevita.com.br ÍNDICE ÍNDICE Capa Juliana Santos, no Mundial da Dinamarca 2007 Imagem da Confederação Brasileira de Ginástica Opinião 4 • Editorial: Trabalhar Juntos Negócios em Saúde 5 6 7 8 • Crédito, Acreditar e Acreditação Saúde • Porque e como largar o Cigarro • As muitas faces do Reumatismo • Consulte seu Oftalmologista e mantenha a saúde dos olhos • Ultra-Som Morfológico revela o desenvolvimento do bebê • Endoscopia nasal pode curar a Sinusite Artigo Médico 9 • Cuidados Intensivos em Pediatria, por Celso Fiszbeyn Ping Pong 10 12 14 • Entrevista com Simone Rocha, diretora executiva da Médicos Sem Fronteiras Brasil Gente • De Curitiba, fotos do estande do Grupo VITA no Crystal Fashion e da entrega do certificado de Acreditação Internacional Canadense CCHSA; de Volta Redonda, imagens da comemoração do Aniversário do Hospital Capa • Ginastas Brasileiras disputam vagas para Pequim 2008, com o apoio do Grupo VITA Em Rede 17 18 19 20 21 • Volta Redonda alcança Zero de Mortalidade Materna Túnel do Tempo • Há Doze Anos surgia o Grupo VITA Em Rede • Corpo clínico do Hospital VITA Volta Redonda recebe Nova Geração de médicos • Conheça a atividade das Enfermeiras Gestoras • Hospital VITA Batel inaugura nova Hemodinâmica • Conheça o Perfil da Rosimare, de Volta Redonda • O retorno de Maria Lucia como nova diretora operacional do Grupo VITA Cida Bandeira 22 • A Colunista Social que Sabe de Tudo e Conta Todas 3 www.redevita.com.br Trabalhar Juntos Francisco Balestrin Não se deve confundir espírito de unidade, que anima a vida comunitária, com uniformidade, que exclui a diversidade! A primeira vez que ouvi esta frase, ou aforismo, como tivemos oportunidade de falar no editorial passado, fiquei intrigado com o seu poderoso conteúdo. Quem a pronunciou foi o pastor da igreja que freqüento com minha família, que queria exemplificar como a tolerância, exercida de forma correta e vigilante, é um importante impulsionador do sucesso. Sucesso, pois, garante a liberdade de criação, de procura de alternativas inovadoras e de firme adesão a princípios morais e éticos. Mais que isto, a diversidade conduz à união de propósitos, ao admitir que o pensar diferente é se não um forte amalgamador filosófico. Julgo, humildemente, ser este um dos pilares do sucesso (e aqui não tão humildemente) do Grupo VITA. Conseguimos reunir o mais formidável grupo de profissionais da área de saúde de diferentes partes do Brasil: Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Juntos e sempre aprendendo uns com os outros e, principalmente, respeitando uns aos outros, desenvolvemos hoje um modelo de atenção médico hospitalar respeitado em nosso país, e em apenas 12 anos. Tarefa árdua, pois criar-se do zero um modelo empresarial e institucional sem a ajuda de muitos teria sido impossível se não fosse nossa firme visão do respeito às diferenças como forma de suplantar dificuldades, ao mesmo tempo em que se padronizavam todos os processos gerencias e técnicos. Parece contraditório, mas foi esta nossa fórmula de sucesso (sic) que hoje posso revelar. Vamos falar de nossa VITAL. Este número, para nós, tem um quê de nostalgia. Se de um lado temos como matéria de capa uma extensa apresentação do trabalho realizado pela equipe feminina de ginástica olímpica, orgulho de todo país e exemplo contundente do sucesso do trabalho conjunto, também temos a sua despedida de Curitiba, pois, após as Olimpíadas, irão para nova sede. Nós, do VITA, acompanhamos, com muito carinho a saúde destas formidáveis garotas há anos e desejamos muito sucesso a todas. Fica aqui nossa homenagem. Temos muitas matérias que visam passar para nosso leitor uma postura de cuidado com sua própria saúde. Sabiam que o maior responsável pela saúde de um indivíduo é ele próprio? Não são os médicos, hospitais e demais profissionais de saúde os responsáveis. Aliás, estes só interferem quando algo, muitas vezes, precisa de correção. É a pessoa que deve manter hábitos saudáveis e posturas preventivas de danos visando se proteger e a sua família. Assim, apresentamos reportagens sobre o hábito de fumar, de cuidados com a visão e de um cuidado inicial com dores reumáticas. Apresentamos, também, algumas novidades tecnológicas nos nossos hospitais, como a UTI Pediátrica e o novo Serviço de Hemodinâmica, em Curitiba. Na seção Ping-Pong apresentamos, imbuídos de grande responsabilidade social, uma interessante e esclarecedora entrevista com a Diretora Executiva da organização de ajuda humanitária, Médicos Sem Fronteiras. Imperdível. Falamos, também, de algo que nos é de muito valor. Nossas enfermeiras comprometidas não só com a qualidade da assistência prestada, mas também com a visão de gestão de sua área. Quando fechávamos este número recebemos uma fantástica notícia! A VITAL obteve um reconhecimento Internacional, ao receber o prêmio Aster Awards 2008 por excelência em marketing no setor saúde. Prometemos para o próximo número uma matéria exclusiva sobre o prêmio. Expediente VITA www.redevita.com.br Presidente: Edson Santos Hospital VITA Batel (41) 3883-8482; [email protected] Vice-Presidente Executivo: Francisco Balestrin Hospital VITA Curitiba (41) 3315-1900; [email protected] Hospital VITA Volta Redonda (24) 2102-0001; [email protected] Maternidade VITA Volta Redonda (24) 3344-3333; [email protected] Grupo VITA (11) 3817-5544; [email protected] 4 www.redevita.com.br Diretor Regional Rio de Janeiro: José Mauro Rezende Diretor de Controladoria e Finanças: Ernesto Fonseca Diretora de Operações: Maria Lucia Ramalho Martins Superintendente Hospital VITA Batel: Claudio Lubascher Superintendente Hospital VITA Curitiba: Carla Soffiatti Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo VITAL é uma publicação interna da Rede VITA. Editor: Francisco Balestrin Conselho Editorial: Maria Lucia Ramalho Martins, Ligia Piola, Lorena Nogaroli, Márcia Almeida e Hajla Haidar. Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478). Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola. Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão Gráfica Josemar (11.3865-6308) Email: [email protected]. Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788 São Paulo SP Cep 05420-002 Crédito, Acreditar e Acreditação Edson Santos da América Latina somente o México aparece nessa lista, ocupando o nono lugar. Para evitar ser traído, decidi escrever este artigo com o dicionário Houaiss ao meu lado. Para quem não o conhece, se não é o mais completo, sem dúvida é o maior e mais pesado e isso me faz ter muita confiança (sentimento de respeito; concórdia; segurança mútua) nele. Crédito significa confiança - que já defini anteriormente - crença alimentada pelas qualidades de uma pessoa ou coisa. Acreditar é o ato de admitir, aceitar, estar ou ficar convencido da veracidade. Acreditação, acreditem ou não (sem trocadilho), é uma palavra que não existe no dicionário, a qual é classificada como neologismo, criada a partir do termo em inglês “accreditation”, que corresponderia ao-pé-da-letra a credenciamento, podendo, também, classificarse tal palavra como mais um anglicismo. Enfim, todos nós sabemos o que quer dizer e não há motivo para iniciarmos um estudo sobre a mesma. De qualquer forma, essas três palavras têm muito a ver entre si, a começar pela sua origem, todas com a raiz do latim “creditu”, que significa confiança, e de “credere”, que significa ter confiança ou emprestar em confiança. Neste ultimo mês utilizamos muito essas palavras em nossa Empresa. Tudo começou ao sermos acreditados (aqui vale a pena voltar ao dicionário que nos mostra “bem conceituado; digno de confiança; qualificado”) pelo Canadian Council on Health Accreditation. É exatamente assim que vemos nossa Empresa. Passado pouco tempo dessa excelente notícia, recebemos outra (essa de caráter macro, com efeito econômico, e nem por isso pode ser considerada macro-econômica), que o Brasil havia conseguido obter o “investment-grade rating”. Meus amigos, foi um festival de interpretações e manifestações, muitas delas sem ter a menor noção ou idéia da significância dessa notícia. Na verdade, é um ato administrativo que reflete a posição formalizada publicamente de uma Agência Autônoma de Análise de Crédito, no caso a Standard & Poor’s (existem, pelo menos, outras três de mesmo nível que ainda não se pronunciaram), que classificou o Brasil como suficientemente confiável para honrar seus débitos de longo prazo. Esse “rating” foi de “BBB-“, ou seja, existem ainda os níveis BBB+, A, duplo A, triplo A com sinal de positivo e negativo. Mas como dizer isso na prática? Significa, diretamente, que tal Agência acredita que nosso País merece por parte dos seus credores a confiança suficiente para que continuem nos concedendo empréstimos e tenham a tranqüilidade de estar suficientemente seguros em receber seus créditos no prazo acordado. Indiretamente, significa que somos merecedores de receber investimentos de investidores que têm como regra só investir em países que possuam esse mínimo “rating” de crédito. Para que vocês tenham uma idéia, de acordo com o “World Investment Report 2007Transnational Corporations, Extractive Industries and Development”, documento oficialmente publicado pela ONU, o total de investimento produtivo no mundo, em 2006, foi de US$1,306 trilhões, sendo que aqueles gerados em um País e aplicados em outros (o que nós convencionamos chamar de investimento estrangeiro) foi 35% desse valor, ou algo próximo a US$ 457 bilhões. De acordo com o ranking elaborado pelas Nações Unidas nesse mesmo estudo acima citado, o Brasil é o quinto País classificado como os “Mais Atrativos Países para receberem Investimentos Estrangeiros, perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Rússia. Vale constar que esse trabalho da ONU foi desenvolvido junto as 192 maiores Empresas do mundo que possuem investimento em diversos países. Além do Brasil, entre os países Existe a concordância de várias fontes em admitir que 40% do total disponível para investimento estrangeiro no mundo se encontra em Fundos de Investimento, e são destinados a países que detenham o “investment-grade rating”, ou seja, um volume de capital ao qual não tínhamos acesso, pois as normas correntes nesse Fundos simplesmente não os permitiam investir em nosso País. Ainda assim, nesse ano de 2006 o Brasil recebeu US$18,8 bilhões de FDI (Foreign Direct Investment), que praticamente dobrou em 2007 e chegou a US$ 37,4 no mesmo ano. Esse número foi atingido sem que tivéssemos o “investment-grade rating”. De janeiro a abril de 2008, o Brasil já havia recebido US$ 12.7 bilhões, que nos faz antever que iremos ultrapassar a marca de US$ 40 bilhões em 2008 ou, até, chegar a US$ 47 bilhões, como especulam algumas das maiores Financeiras do mundo, uma vez que agora podemos receber esses investimentos atrelados ao “rating”. Isso dentro de um cenário de turbulência mundial causada pela crise norte-americana dos créditos mal-concedidos, internacionalmente conhecida como “sub-prime”. Tudo isso para, de forma simplória, porém brilhante, ser resumido pela frase de nosso Presidente: “agora eles (o mundo) sabem que somos um País sério”, obviamente se lembrando da frase nunca dita, creditada ao Presidente Charles De Gaulle, de que “o Brasil não pode ser um País sério”. Somos sérios e o mundo passou a nos depositar confiança e acreditar que teremos um posicionamento de destaque no mundo dentro das próximas décadas. Temos crédito, precisamos dele para crescer, seja como Empresa ou como País; somos acreditados internacionalmente e isso faz com que as pessoas que nos cercam tenham confiança em nosso trabalho; e aqueles que investem, vejam-nos como um risco altamente viável. É isso que importa. 5 www.redevita.com.br Adeus, Cigarro Se você ainda não disse, está mais do que na hora de dizer adeus a esse companheiro falso e traiçoeiro, o cigarro; saiba porque fumar é tão perigoso e as estratégias para se livrar do vício Você ainda é fumante? Então pedimos licença para alertá-lo de algo que você certamente já sabe: esse cigarro que lhe causa uma sensação tão boa é um inimigo sutil e mortal. Sutil, porque seus efeitos podem demorar décadas para se manifestar; mortal, porque causa uma dependência forte e progressiva, que leva milhões de pessoas a doenças que poderiam ser evitadas. São enfermidades que não só reduzem a expectativa de vida dos fumantes, como também podem arruinar os seus últimos anos de vida, com sofrimento, limitações e gastos com tratamentos. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), seja fumante. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia (fonte: Instituto Nacional do Câncer). Os pneumologistas Jaime Veras Correia, do Hospital VITA Volta Redonda, e Ricardo Alves, dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, atendem diariamente pacientes vítimas de problemas causados pelo cigarro. Nesta reportagem eles alertam sobre os riscos do tabagismo, mas garantem: essa doença tem cura. É possível parar de fumar, e você poderá poupar a si mesmo e à sua família um grande sofrimento no futuro. Doenças do Tabagismo Existem três grupos de doenças causadas pelo tabagismo: as doenças respiratórias, as cardiovasculares e o câncer. Das respiratórias, a mais comum é a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), chamada popularmente de “enfisema” ou “bronquite crônica”. Entre as vasculares, estão a trombose e infarto do coração; e o tabagismo também eleva a incidência de diversos tipos de câncer, particularmente o de pulmão. A DPOC é a perda da função pulmonar, devido ao estreitamento dos brônquios causado pelo alcatrão do cigarro, explica Veras, professor de clínica médica da UNIFOA. “O paciente vai perdendo aa capacidade capacidade de de respirar, respirar, com com 6 www.redevita.com.br conseqüente cansaço, falta de ar, tosse, chiado no peito”, diz. Isso impede que a pessoa leve uma vida normal, porque lhe causa uma série de restrições. “Infelizmente, quando o paciente percebe, já está numa fase crônica e irreversível”, diz Veras. “Se ele tivesse esses problemas no primeiro cigarro, ninguém fumaria”. Outra doença é câncer de pulmão, um dos mais fatais, por ser um dos menos suscetíveis a tratamento. Segundo Veras, calcula-se que um não-fumante vive em média dez anos mais que um fumante. “E o problema maior não é a longevidade, mas a qualidade de vida do fumante, que fica muito comprometida”, diz Veras. “Vemos pessoas de 60 anos dependendo de um equipamento de oxigênio, totalmente limitadas”. Parar de Fumar Com tantas evidências sobre os malefícios do cigarro, por que ainda há tantos fumantes? “O maior empecilho para o paciente parar de fumar é ele próprio”, diz Alves. “Ele gosta do hábito, precisa dele, e continua achando que fumar é normal”. Alves compara o cigarro ao crack: é também um vício e causa danos mais graves que o crack, mas num prazo muito mais longo. “As pessoas falam em liberdade de fumar, mas cadê a liberdade? O fumante não tem direito de escolha. Ele não consegue parar de fumar, normalmente começou numa idade em que não tinha discernimento para avaliar”, argumenta Alves. “Trato de doentes que em plena agonia não conseguem ficar sem fumar”. Ele comenta sobre pacientes que perderam membros devido ao fechamento dos vasos sangüíneos de pequeno calibre, causado pelo cigarro, e muitos deles continuam fumando. Para Veras, a síndrome de abstinência da nicotina faz fracassar as tentativas de quem quer parar de fumar sozinho. “Sem tratamento, o fumante sente mal-estar, a boca seca, tremores, nervosismo, irritação. Então ele volta a fumar”, explica. Segundo Veras, um médico pode ajudar o paciente a enfrentar a crise de abstinência com ajuda de medicamentos. “ Algo que deve ficar muito claro é que, sendo uma doença, tem tratamento. Existem tratamento, reposição nicotínica, anti-depressivos, “Quando os sintomas aparecem, já é tarde”, diz Correia “O fumante não tem direito de escolha”, argumenta Alves tudo para ajudar o paciente a parar de fumar”, completa. “A primeira coisa que eu pergunto é: ‘você quer parar de fumar?’ “, conta Alves. Sem ferir, sem agredir, ele procura sensibilizar, mostrar o lado bom de parar de fumar, convencer os pacientes contando, inclusive, que fumou dos 18 aos 25 anos, para mostrar empatia. “Fumar é gostoso. Se não fosse, ninguém fumaria. O problema é que esse prazer faz mal. Então o paciente vai perder algo de que gosta e nós o ajudamos a enfrentar essa perda imediata para um benefício futuro”, explica. Dicas para Parar de Fumar Algumas pessoas conseguem parar de fumar sozinhas, mas a maioria precisa de ajuda. Se você acha que é capaz, tente parar sozinho. Se não conseguir, insista. Não desista e procure ajuda médica para diminuir o incômodo que o afastar-se do vício pode causar. Por Conta Própria • Esteja convencido(a) de que quer parar de fumar; • Evite situações que causam desejo de fumar (pausa do café, cerveja com salgadinhos, etc.) pelo menos inicialmente, enquanto a vontade de fumar estiver muito intensa; • Programe uma data para parar de fumar e nesse dia jogue fora os maços de cigarros, isqueiros, cinzeiros, enfim, tudo que lembra “cigarros”; • Caso não consiga parar, insista e procure ajuda profissional. Com Apoio Externo Parar de fumar com apoio de um especialista é mais fácil e mais seguro. Procure ajuda de um profissional, como um médico pneumologista ou cardiologista, psiquiatra ou outro especialista, que tenha experiência com o problema. São profissionais que poderão dar apoio medicamentoso e emocional para que você se livre do vício. Os medicamentos atenuam os sintomas da abstinência de nicotina. Qual É o Seu Reumatismo? Dores nas articulações são características que unem um amplo conjunto de doenças conhecidas como reumatismo, que afeta não só idosos, mas pessoas de todas as idades Reumatismo não escolhe vítimas pela idade, diz Melo Sabia que o reumatismo não é uma doença, apenas? Na verdade, são mais de cem. Reumatismos são afecções que têm em comum o fato de provocarem dor nas articulações. Mas as causas e efeitos são muitos e variados, e um médico reumatologista deve estar preparado para reconhecê-las e tratá-las. “Existe um folclore de que as doenças reumatológicas só acometem idosos, mas isso não é verdade”, explica o reumatologista Flávio Fernando Nogueira de Melo, do Hospital VITA Volta Redonda e professor assistente de clínica médica da UNIFOA. Segundo ele, as enfermidades reumatológicas não escolhem a idade das vítimas e é comum crianças apresentarem febre reumática, artrite idiopática juvenil, também chamada de artrite reumatóide juvenil, além de artrites relacionadas a viroses e infecções. Mulheres adultas são mais propensas que homens a desenvolverem doenças imunológicas, como artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico, que afetam pequenas e grandes articulações, principalmente das mãos e punhos, diz Melo. Em homens adultos é comum observar artrites reativas, após infecções uro-genitais, e também a artrite gotosa, conhecida como gota. Já na terceira idade, pacientes de ambos os se- De Olho nos Olhos xos tendem a desenvolver alterações involutivas, como a osteoporose e artroses, nos joelhos, quadris e coluna vertebral. Melo explica que os sintomas de reumatismo podem facilmente ser confundidos com os de outras doenças. Mas existem sinais que indicam o caminho do reumatologista: “Caso se observe inchaço, vermelhidão, calor em uma ou mais articulações, por tempo maior do que seis semanas, juntamente com sinais de doença, como febre, emagrecimento, manifestações cutâneas (na pele), um quadro como esse realmente sugere uma consulta com um reumatologista”, explica Melo. Por ser um conjunto tão amplo de doenças, o paciente não deve aceitar um diagnóstico de “reumatismo” simplesmente, mas pedir que o médico seja mais específico. “É importante saber o nome e sobrenome do seu reumatismo”, orienta. “Óculos de sol deveriam ser obrigatórios”, diz Bermudez Descansar os olhos durante trabalho no computador, usar bons óculos de sol e fazer pelo menos uma visita anual ao oftalmologista ajudam a preservar sua saúde ocular O aumento do uso do computador e do videogame está causando uma verdadeira corrida aos consultórios de oftalmologistas. Mas não é preciso entrar em pânico: especialistas asseguram que usar o computador ou ficar em frente à TV não causa danos aos olhos, como informa a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (http://www.sbrv.com.br/VerdadesMitos/). O oftalmologista Roberto Bermudez, dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, explica que hoje, com esse uso intenso e prolongado dos olhos, uma pequena deficiência incomoda muito mais. Por isso aumentou a procura por lentes corretivas: “Antigamente as pessoas não forçavam tanto os olhos”, diz Bermudez. A oftalmologista Mônica Frizas, do Hospital VITA Volta Redonda, é também testemunha desse fenômeno, e recomenda que as pessoas procurem piscar com mais freqüência quando estão em frente ao computador, e que também des- cansem pelos menos dez minutos a cada hora trabalhada. Mônica lamenta que as pessoas só se lembrem dos olhos quando não estão enxergando direito: “Existem outras enfermidades que podem ser prevenidas com pelo menos uma visita anual ao oftalmologista”, alerta. O glaucoma, por exemplo, doença caracterizada pelo aumento da pressão intra-ocular, é uma doença silenciosa, que não causa dor e só é descoberta pelo exame oftalmológico, mas que pode causar danos ao nervo ótico e levar à cegueira. Outras enfermidades dos olhos que podem ser tratadas ou atenuadas são a degeneração macular, que causa perda no centro do campo de visão, e a catarata, que costuma se manifestar a partir dos 60 ou 65 anos. Para manter a saúde dos olhos, Bermudez recomenda o uso constante de óculos de sol de boa qualidade, com filtro. “Os óculos têm de ser de boa qualidade, com filtro solar, adquiridos “O glaucoma só é descoberto por exames”, alerta Mônica em lojas confiáveis”, diz Bermudez. “Não adianta comprar óculos falsificados, porque não vão proteger”. Segundo ele, os óculos escuros podem evitar ou retardar várias doenças, como catarata precoce, alterações de retina ou ceratites: “No meu entender, óculos de sol deveriam ser obrigatórios”, alerta. 7 www.redevita.com.br Ultra-som Morfológico Acompanha Evolução do Bebê O ultra-som morfológico deve ser realizado em determinados períodos da gravidez e traz informações importantes sobre o desenvolvimento da criança O ultra-som obstétrico é sempre um evento importante para a gestante, o pai e toda a família: é quando se vê pela primeira vez aquela nova vida. Existe, entretanto, um outro tipo de exame menos conhecido, chamado ultra-som morfológico, que tem o objetivo de rastrear malformações no bebê, algumas das quais poderão ser tratadas ainda durante a gestação. Segundo a médica Érica Jasmim, ginecologistaobstetra e ultra-sonografista do Hospital VITA Volta Redonda, o ultra-som morfo- lógico precisa ser realizado em dois períodos específicos durante a gestação: entre a 10ª e a 13ª semanas e entre a 20ª e a 24ª semanas. “Nesses dois períodos podemos ver determinados marcadores, que são sinais específicos do desenvolvimento do bebê”, diz Érica. Ela explica que o ideal é realizar o ultrasom morfológico nestes períodos e que em cada um deles o médico vê diferentes informações. “No primeiro período, identificamos sinais de al“Ultra-som morfológico é fundamental no prénatal” , diz Érica terações cromossômicas, como síndrome de Down”, diz Érica; “já no segundo período os marcadores dão informações sobre o desenvolvimento do sistema nervoso central, coração, sistema renal e outros”. Caso o ultra-som morfológico indique alguma malformação, são solicitados novos exames para confirmar as suspeitas. Érica explica que o ultra-som morfológico é realizado com aparelhos semelhantes ao do ultra-som convencional, mas com recurso de Doppler. Outra diferença é a duração do exame, em média uma hora, muito mais longo do que o comum. Ela garante que o mito de que o ultra-som pode causar surdez no bebê não tem fundamento científico: “O exame não causa qualquer dano ou sofrimento à criança, e pode ser feito quantas vezes a mãe quiser ou o médico achar necessário”, afirma. Como não é um exame muito comum, as gestantes podem solicitar o ultra-som morfológico a seus médicos. Elas devem, entretanto, respeitar os períodos em que o exame pode ser feito. Além do desenvolvimento da criança, ele também mostra todas as informações do ultra-som comum. Ela também vai poder ver o nariz, os dedinhos e até descobrir o sexo do bebê.. se ele deixar.. Sinusite Tem Cura O endoscópio nasal, instrumento que exige do médico grande experiência e conhecimento de anatomia, permite altos índices de cura e rápida recuperação O tratamento da sinusite crônica tem um grande aliado, que permite procedimentos minimamente invasivos e elevados níveis de cura: é o endoscópio nasal, largamente utilizado pelos otorrinolaringologistas do Grupo VITA. “Com o endoscópio nasal, podemos tratar sinusite crônica, poliposes e, até mesmo, criar uma via de acesso para tratamento de tumores na base do crânio”, diz Cláudia Ciuffi, otorrino do Hospital VITA Curitiba. Ela explica que a sinusite ocorre quando o paciente tem uma infecção nas cavidades internas da face (os seios da face) e as comunicações entre elas se fecham. Isso faz com que as secreções se acumulem, o que causa inchaço e dor. “Em Curitiba, podemos ter as quatro estações do ano em um só dia, tantas são as variações de temperatura”, diz o médico Carlos Newton Hatshbach, do Hospital VITA Batel. “Isso causa a queda da imunidade e provoca infecções das vias aéreas superiores, tornando a sinusite mui8 www.redevita.com.br Claudia Ciuffi to comum na cidade”, explica Hatschbach. Outro problema comum, tratado com endoscópio, é o sangramento nasal. Segundo o médico José Geraldo de Castro Barros, do Hospital VITA Volta Redonda, o aparelho também é amplamente utiliza- José Geraldo de CastroBarros do para diagnósticos: “Com ele Carlos Newton podemos fazer exames para diagnosticar, além Hatschbach de sinusite, também tumores e pólipos”. Ele explinusite exigia uma cirurgia no rosto do paciente, ca que o endoscópio é um tubo fino com uma traumatizante e que freqüentemente não tinha câmera de vídeo e um instrumento cirúrgico, que bons resultados, já que o cirurgião não conseo médico opera a partir de um painel, e assim guia alcançar todas as áreas afetadas. Assim, consegue alcançar as regiões afetadas passanmuitos pacientes preferiam conviver com a sido pelas vias naturais que existem dentro do rosnusite a enfrentar o tratamento, difícil e de reto. O procedimento é feito com anestesia geral e sultado incerto. “Até hoje as pessoas têm resispermite rápida recuperação. tência a tratar a sinusite, porque não sabem que as técnicas evoluíram”, diz Claudia. Antes do endoscópio nasal, o tratamento de si- Qualidade e Responsabilidade Social na Implantação de uma UTI Pediátrica Celso Fiszbeyn* O Hospital VITA Curitiba atendeu em 2006 uma média de 1.500 crianças por mês, mesmo sem possuir área própria para internação e UTI para crianças. Isso fez com que na época tivéssemos que transferir as crianças atendidas na emergência para outros hospitais com área pediátrica. Um levantamento demográfico da Região Metropolitana de Curitiba mostra que a população de crianças até 14 anos é de 829.496 crianças, correspondendo a 26% da população geral. Segundo dados do Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), a Região Metropolitana de Curitiba possuía em 2005 cerca de 70 leitos de UTI Pediátrica - número insuficiente para atendimento da demanda, já que 9,76% de todas as internações realizadas neste período foram pediátricas. infantil. Em maio de 2007 começaram as atividades da UTI Pediátrica, com uma equipe jovem e altamente gabaritada. Planejou-se uma ocupação de 60% dos leitos até o final do primeiro ano, mas o resultado alcançado no mês de março de 2008 foi superior a 90% - o que nos faz pensar na ampliação do número de leitos. Isto é Responsabilidade Social. Pensar nas necessidades da população que nos cerca e oferecer a ela um serviço de qualidade. E este será o lema que norteará sempre as nossas atividades no Grupo VITA. Qualidade é geralmente empregada para significar “excelência” de um produto ou serviço. O Hospital VITA é o único hospital do Paraná com selo de qualidade em excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e com Certificação Internacional Canadense fornecida pela CCHSA (Canadian Council on Health Services Accreditation) – o que demonstra a busca contínua pela excelência. Durante a implantação da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica nunca se pensou em concorrência, mas sim na necessidade da população infantil e na carência de leitos. Hoje, a UTI Pediátrica do VITA Curitiba é uma realidade viva, pronta para atender às necessidades da população. *Celso Fiszbeyn é gerente médico do Hospital VITA Curitiba Baseados nestes números e nos valores de ética, qualidade e sustentabilidade, em fevereiro de 2007 o Hospital VITA Curitiba começou a planejar uma área própria para internação pediátrica, bem como uma UTI 9 www.redevita.com.br Médicos Sem Fronteiras, Um Aprendizado de Vida Imagine uma população vivendo em um país em guerra, assolado por epidemias e pela fome, no qual não chegam nem auxílio nem medicamentos. É aí, justamente onde não há esperança, que atua a Médicos Sem Fronteiras (MSF), organização de ajuda humanitária não-governamental com ações em mais de 70 países em contextos de guerra, catástrofes naturais, epidemias, fome e exclusão social. Simone Rocha, diretora executiva da MSF Brasil, jornalista, trabalha com Médicos Sem Fronteiras há dez anos. Ela já trabalhou em mais de dez países, atuando em regiões de conflito armado, sem estrutura, e hoje trabalha na sede brasileira da MSF no Rio de Janeiro. Simone Rocha, trabalhando no projeto de Angola Vital - Como e por que você decidiu trabalhar para os médicos sem fronteiras? Simone - Trabalhar para a MSF foi uma escolha literalmente estudada. Eu estava preparando minha tese de mestrado em Relações Internacionais, que tinha como tema as intervenções humanitárias após a guerra fria, e isso me levou a estudar profundamente a MSF. Passei a admirar essa organização e decidi trabalhar com eles. Na época também estudei outras organizações não-governamentais, como a Cruz Vermelha, mas nenhuma me atraiu tanto quanto a MSF. Eu era colaboradora do Human Rights Watch, uma organização que observa a situação dos direitos humanos no mundo todo, que na época tinha escritório no Brasil. Mas queria estar mais próxima, passar mais tempo com essas populações que eu estudava, objetos do meu trabalho. Hoje avalio essa escolha e posso garantir que a faria novamente. A MSF é a organização que melhor representa, para mim, uma mistura de eficácia e independência, que não se contenta em levar assistência. Também temos ações de nutrição, de prevenção, de educação. Por exemplo: não nos conformamos que a maioria da população do continente africano não tenha acesso aos medicamentos anti-retrovirais, para tratamento da AIDS, porque o preço é exorbitante. Então temos uma campanha de acesso aos medicamentos essenciais. Isso faz com que a MSF seja uma organização que de fato se 10 www.redevita.com.br empenha e investe recursos na busca de soluções médicas apropriadas e mais duradouras para essa massa de pacientes de países com menos recursos. Temos esse aspecto prático, de ir até eles para oferecer tratamento, mas também trabalhamos para que essa população tenha acesso a medicamentos a preços possíveis. Vital - Como foi sua atividade na MSF? Simone - Estive quase seis anos trabalhando em campo, em países da África e Ásia. Na África, em Angola, Argélia, Zâmbia, Moçambique, Quênia e outros; na Ásia, Afeganistão e Timor Leste. Os períodos nesses países eram geralmente curtos, de um mês, mas cheguei a passar seis meses em Angola. Depois fui trabalhar na sede da MSF em Barcelona. Depois, na sede belga e retornei ao Brasil há três anos, em fevereiro de 2005. Neste período também estive no Haiti, trabalhando em pesquisas da MSF. Vital - O que leva alguém a se oferecer como voluntário? Simone - As motivações são muitas. Existem médicos que sonham com isso, que já entram na faculdade pensando em trabalhar para a MSF; outros descobrem essa atividade durante o curso ou durante a atividade profissional; e até pessoas que nos procuram depois de se aposenta- rem. No caso dos médicos, essa inclinação me parece bem natural, de querer colocar o seu conhecimento em benefício de outras pessoas. E o que o médico faz, ninguém mais faz. Simone - Existem, também, aquelas pessoas que querem ajudar os mais desfavorecidos entre os mais desfavorecidos do mundo, no interior da África, ou no Sudeste Asiático, lugares onde não existe absolutamente nada em termos de serviços de saúde. Outros querem atuar em situações de conflito armado, porque se dão conta de que a população civil, que não tem nada a ver com aquilo, é a que mais sofre. Em geral, quem nos procura são pessoas que desejam colocar o seu tempo e seu conhecimento em favor do outro e, no nosso caso, esse outro freqüentemente está do outro lado do mundo. Não é estranho atravessar o mundo para ajudar alguém com quem não se tem relação alguma, quando muito mais perto há problemas também graves? Uma coisa não exclui a outra. O fato de você ter problemas no seu país, ou no país vizinho, não quer dizer que você não queira ajudar alguém que está longe, até porque uma vida é longa e você pode ir e voltar. Além disso, ao comparar a situação sanitária entre países, e por mais que o Brasil tenha deficiências no sistema de saúde, a situação é incomparável com os países africanos ou do Sudeste Asiático. Por exemplo: no Brasil uma pessoa tem toda a condição de di- Vital - Quantos brasileiros participam hoje da MSF? Simone - No ano passado 25 brasileiros saíram para trabalhar em outros países; e neste ano planejamos enviar 40. Estamos procurando aumentar o número de pessoas que queiram trabalhar conosco. Isso acaba acontecendo naturalmente também; mas mantemos contato com esse público que nos interessa, como residentes, faculdades de medicina e conselhos de especialidades. Vital - Qualquer médico pode se candidatar? Como é o processo? Simone - Os voluntários devem nos procurar pelo telefone (21) 2220-8277, ou pelo site www.msf.org.br , na seção recrutamento. O processo de seleção e entrevista pode acontecer rapidamente, em um mês, por exemplo. Mas a primeira missão desse voluntário vai depender da especialidade e da demanda que temos, naquele momento, por um profissional com esse perfil. Em geral as pessoas esperam de três a seis meses, mas pode acontecer até mesmo antes disso. Além de médicos, também precisamos de enfermeiros, engenheiros, arquitetos, jornalistas e outros profissionais, que são chamados conforme a necessidade dos projetos. Quando convocado, esse voluntário primeiramente participa de um treinamento, que acontece na Europa, onde será familiarizado com o trabalho da MSF e suas diferentes vertentes. Também apresentamos as questões de segurança, as dificuldades desse tipo de trabalho, além de uma preparação técnica para os médicos e para o pessoal de logística. Quando finalmente chega a campo, a equipe fica abrigada em uma estrutura da MSF, que pode ser desde uma casa até barracas, dependendo da situação. Às vezes, atuamos no meio do nada, onde não existem construções e montamos barracas de abrigo e até hospitais. Vital - É comum a MSF atuar em situações de conflito? Simone - Cerca de metade dos projetos da MSF acontece em situações de conflito ou pós-conflito. Em 2006, de um total de 396 projetos, 215 foram em conflitos. Quando o voluntário chega a qualquer projeto, ele recebe um briefing de segurança e um manual, com todas as situações de risco possíveis e como agir. Se a situação é de conflito, acontecem reuniões diárias, ou a cada dois dias, com toda a equipe para tratar de segurança. Vital - E o relacionamento com a população? Fotos: Amanda Sans Costuma ser tranqüilo. Quando não falamos a língua local levamos tradutores, que nos apresentam, e sempre procuramos entrar em contato com os líderes da comunidade e respeitar as estruturas sociais existentes. Fazemos tudo com o máximo respeito possível, e é difícil encontrarmos resistência da população. A rejeição, quando acontece, é por parte dos governos, não das comunidades atendidas. Mas costumamos trabalhar sem problemas na maioria dos países. Vital - Tudo isso custa muito caro. De onde vem o dinheiro da MSF? Simone - 80% do financiamento da MSF são de doadores individuais; temos mais de 3,2 milhões de doadores no mundo, inclusive brasileiros. O restante vem de agências de fomento ou de instituições intergovernamentais, como a União Européia, que financiam projetos específicos. Fazemos uma prestação de contas rigorosa, auditada pela KPMG (instituição internacional de auditoria). Profissionais de MSF atendem pacientes em projeto de tratamento de Chagas, Bolívia. Vital - Qual é a experiência profissional que esse médico traz dessa vivência? Simone - Ele traz a experiência de ter salvado um número incontável de vidas, num período relativamente curto, de ter tratado pacientes que não falam a mesma língua que ele, de ter praticado a medicina fora das condições ideais. Dependendo do lugar para onde ele for, salvará vidas todos os dias. São experiências que dificilmente ele terá trabalhando na iniciativa privada. Esse médico volta com um conhecimento impressionante da sintomatologia das doenças, por ter de trabalhar sem auxílio de recursos de diagnóstico, e por conta dessas necessidades, até os especialistas ficam muito polivalentes. Eles dizem que é como se estivessem repassando toda a faculdade, porque têm oportunidade de ver sintomas que nunca tinham observado e até mesmo doenças que não existem no Brasil. Para o médico e para todos os profissionais, é muito mais que um aprendizado profissional, é um aprendizado de vida. Ninguém passa imune por isso: são meses ou anos extremamente intensos, lidando cotidianamente com a vida e com a morte, com o sofrimento e a alegria. Na MSF você tem a oportunidade de realizar uma atividade médica essencial, quando intervém numa epidemia de cólera ou de febre hemorrágica, ou quando vacina 300.000 crianças. Nada se compara a isso em termos de experiência de vida, é inesquecível. Vital - Como se saem os médicos brasileiros na MSF? Simone - Achamos os médicos brasileiros extremamente versáteis, solícitos, adaptáveis, amáveis com a população que atendem. Tra- Stefan Pleger agnosticar e tratar AIDS e ter uma sobrevida relativamente longa; ao passo que na África estar contaminado com o HIV é praticamente uma sentença de morte. Então não acho nada estranho ir atuar do outro lado do mundo, é humano querer ir, e no caso dos médicos é até vocacional querer levar esse conhecimento para quem, de outra forma, não teria outra possibilidade. Profissional de equipe móvel de MSF examina criança, Etiópia. zem uma série de características do relacionamento interpessoal que são muito positivas, além do fato de alguns já terem experiência de trabalho em condições precárias. Recrutamos com freqüência pessoas que já trabalharam com populações indígenas, de baixa renda ou em regiões muito isoladas do País, e estão preparados para não terem todos os tipos de medicamentos e diagnósticos à disposição. É uma combinação muito feliz a que encontramos aqui no Brasil, de uma experiência em campo e uma flexibilidade bastante grande, que facilita a vida em equipe e a adaptação às condições. Os brasileiros têm deixado impressão bastante boa na equipe, tem sempre um que toca violão, outro que dá aula de ioga, outro tem CDs para ouvir. Esse lado contente, de alegria de viver, também faz bem a uma equipe como essa. Além disso, o nível técnico dos médicos brasileiros não deixa nada a desejar em relação aos colegas do resto do mundo, naturalmente. Nem seria necessário falar da competência deles, porque a MSF realmente só recruta quem vem com uma bagagem acadêmica e profissional suficiente para desenvolver um trabalho de qualidade. 11 www.redevita.com.br VITA no Crystal Fashion Aconteceu em Curitiba, de 07 a 12 de abril, a 18ª edição do Crystal Fashion, o mais importante desfile de moda do Sul do País. Este ano o evento contou com o apoio do Grupo VITA, que montou um estande com o tema “estresse”, onde as pessoas podiam buscar avaliação e orientação. Cerca de 20 mil pessoas compareceram ao Crystal Fashion, que aconteceu no Shopping Crystal Plaza. Lounge do Grupo VITA, decorado com relógios, simbolizando o estresse da vida moderna; a criação foi do arquiteto João Freitas O diretor da Servopa, Marco Rossi, com o superintendente do HVBT, Claudio Lubascher A superintendente do HVCT, Carla Soffiatti, com a franqueada da Casa Cor Paraná, Marina Nessi, o arquiteto João Freitas e o superintendente do HVBT, Claudio Lubascher A superintendente do HVCT, Carla Soffiatti, com a filha Débora e a cantora Kelly Key Angelita Feijó com o gerente de processos do Grupo VITA, Arthur de Oliveira O cardiologista do HVBT, Cristiano Hahn, com a filha, Giovanna. 12 www.redevita.com.br A anestesista do HVCT Sandra Wanderley passou pelo lounge do VITA para avaliar o nível de estresse com a psicóloga Maraísa Tozatti O Crystal Fashion recebeu cerca de 20 mil visitantes durante os seis dias do evento VITA Recebe Acreditação Internacional O Hospital VITA Curitiba conquistou a Acreditação Internacional Canadense - CCHSA (Canadian Council on Health Services Accreditation), que certifica sua excelência em gestão e, principalmente, a assistência segura ao paciente. O hospital é o primeiro do Brasil a conquistar a certificação, em um processo iniciado há oito meses e concluído em fevereiro. Veja as fotos do anúncio da Acreditação. O time de colaboradores que venceu mais esta batalha posa para a foto da vitória: foram mais de 4000 horas de treinamentos, orientações e reuniões. Mara Márcia Machado, avaliadora do IQG, Carla Soffiatti, superintendente do Hospital VITA Curitiba, David Vigar, representante do CCHSA, e Francisco Balestrin, vice-presidente executivo do Grupo VITA, erguem um brinde pela conquista A comemoração da conquista lotou o auditório Hospital VITA Volta Redonda Comemora 55 Anos O Hospital VITA Volta Redonda comemorou em abril seus 55 anos de existência, contados a partir da inauguração do novo prédio do antigo Hospital da CSN em 1953. Para marcar a data foi oferecido aos colaboradores um almoço especial, com direito a bolo de aniversário. Na ocasião também foi apresentado o selo comemorativo dos 55 anos. Cristiane, Gustavo, Rosemari, Graziela e Luciene O selo comemorativo esteve presente em todas as peças decorativase também no bolo A fachada do Hospital VITA Volta Redonda ganhou banners com fotos históricas 13 www.redevita.com.br Ginástica, uma Vida de Sacrifícios e Superação Em Curitiba, nove meninas treinam sete horas diárias para ter a chance de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim; para isso, contam com o apoio de uma estrutura de suporte renovada, técnicos de nível internacional e o atendimento médico especializado do Grupo VITA Por fora, o Centro de Capacitação Esportiva da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) lembra muito qualquer outro ginásio. Por dentro, entretanto, logo se vê que seria impossível disputar uma partida de basquete ou futebol de salão entre colchões, barras, traves e cordas que caem do teto. O ginásio também possui três conjuntos completos de equipamentos, como barras paralelas, mesas de salto e carpetes, importados. Nesta tarde, só há meninas: um grupo na faixa dos seis ou sete anos, umas bonequinhas, já começam a rotina que um dia poderá leválas aos pódios. Mas, por enquanto, parece só uma brincadeira. Elas saltam, giram, fazem piruetas no solo sob a orientação do professor; em seguida estão no canto da quadra, Jade Barbosa (centro) recebe a medalha de ouro e Lais Souza (dir.), a de bronze no Pan 2007 subindo uns quatro, cinco metros por uma corda, até quase o teto. Outro grupo, na faixa dos onze, doze anos, usa uma longa cama elástica para aprender a controlar seu vôo: um, dois, três longos passos que terminam em um salto com giro e aterrissagem nos colchões. Cada salto é comentado pela treinadora: “Estica”, “mais rápido”, “não tão alto”, “salta antes”. Com a naturalidade de quem faz uma coisa simples, elas se erguem no ar, giram, caem e repetem, repetem, repetem os movimentos para corrigir erros que a gente não vê. Às quatro da tarde começa o treinamento da equipe brasileira feminina de ginástica artística: nove meninas, com idade mínima de 16 anos e máxima, 25, idade de Daiane dos Santos. Ela é uma exceção, já que a maioria dos ginastas nessa idade já não atinge o nível necessário para disputar uma olimpíada. Nas arquibancadas do estádio há sempre um grupo de estudantes que vêm assistir os treinos da equipe, os exercícios de solo, trave, cavalo e barras paralelas. Diego Hypólito no Pan 2007 14 www.redevita.com.br A equipe é formada por Ana Claudia Silva, Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Ethiene Franco, Khiuani Dias, Jade Barbosa, Juliana Santos, Lais Souza e Milena Miranda. Desse grupo de nove, seis serão escolhidas para representar o Brasil em Pequim. A imprensa esportiva já opina que pelos menos quatro vagas já estão garantidas para as ginastas mais experientes e ganhadoras de medalhas: Daiane, Daniele, Jade e Lais. Restaria saber, portanto, quem vai ocupar as duas vagas restantes. Essas atletas começaram muito cedo na ginástica, muitas vezes antes de completarem seis anos. Freqüentemente deixaram suas famílias para morar em Curitiba, onde está o melhor centro de treinamento para ginastas do País, e têm todo suporte para alcançarem o máximo de sua capacidade, com treinadores, equipamentos, fisioterapia e apoio médico do Grupo VITA. A Fase de Ouro A ginástica artística brasileira pode ser dividida em duas fases: antes e depois da chamada Lei Agnelo/Piva. Sancionada em 16 de julho de 2001, a Lei nº 10.264 determina que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais sejam repassados aos Comitês Olímpico Brasileiro e Paraolímpico Brasileiro. O Centro de Excelência de Ginástica em Curitiba já existia desde 1999, mas foi amplamente beneficiado com a lei - as verbas permitiram a compra de novos equipamentos, reformas e Lais Souza no Mundial da Dinamarca 2007 Daniele Hipólito na Final da Copa do Mundo em São Paulo (2006) a contratação, em 2001, do técnico ucraniano Oleg Ostapenko, sua mulher Nadiia Ostapenko e a auxiliar Irina Ilyaschenko. Ostapenko é conhecido internacionalmente por ter comandado a equipe ucraniana de ginástica olímpica entre 1993 e 2000. No período, treinou as campeãs olímpicas Tatiana Lisenko (Barcelona 92), Liliya Podkopayeva (Atlanta 96) e Viktoria Karpenkko (vice-campeã mundial em 99 e 4º lugar na Olimpíada de Sydney 2000). Uma das maiores mudanças que Ostapenko trouxe foi a criação de uma seleção permanente, que reúne as melhores atletas do País no mesmo local de treinamento. Uma seleção permanente envolve custos elevados: as atletas recebem moradia, alimentação, educação, vestuário e uma bolsa-auxílio para estarem no grupo. As ginastas de Curitiba moram com suas famílias, e as cinco que vêm de outras cidades dividem um apartamento. Só países com tradição em ginástica têm esse nível de organização. Daiane Santos no Mundial da Dinamarca 2007 Victor Rosa no Mundial da Dinamarca 2007 As medalhas não tardaram a surgir: no Mundial de Ginástica de 2001, Daniele Hypólito conquistou prata no solo e foi considerada a quarta melhor ginasta da competição. Daiane conquistou ouro no Mundial de 2003, em Anaheim (Califórnia), e a equipe ficou em oitavo lugar, posição que permitiu ao Brasil levar, pela primeira vez, uma equipe de ginástica completa aos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas. A princípio, as medalhas pareciam até “golpes de sorte”, mas os bons resultados continuaram e tornaram nomes como Daiane, Daniele, Lais e Jade conhecidos em todo o País. Independência aos nove anos Lais Souza, 19 anos, é de Ribeirão Preto (SP), e começou na ginástica antes de completar quatro anos. Ela era o tipo de criança irrequieta, que não parava um instante e ficava o tempo todo correndo e pulando. Um dia, acompanhou o irmão mais velho ao clube onde ele praticava judô e viu um grupo de meninas fazendo ginástica artística. “Quando voltei para casa disse ‘Mãe, quero entrar na ginástica’”, conta Lais. Seus pais concordaram e a matricularam nas aulas; mas ela continuou a mesma criança elétrica, pulando pelos sofás e camas da casa. Lais participou de diversos campeonatos infantis regionais e começou participar de competições estaduais, com viagens a São Paulo, Guarulhos e outras. Ela acabou começando a carreira profissional muito cedo: aos nove anos saiu de casa e foi morar sozinha, em São Caetano (Grande SP) para treinar. Aos treze foi convocada para a equipe brasileira de ginástica e mudou-se para Curitiba. Ela participou da Olimpíada de Atenas e se esforça ao máximo para estar na equipe que vai a Pequim. A busca pela perfeição normalmente causa lesões nos ginastas e Lais não é exceção: “A gente sempre está com uma dorzinha”, diz. Ela foi operada três vezes no Hospital VITA, atendida pelo médico Mário Namba e pela fisioterapeuta Eliza Bagattin, entre outros membros da equipe de medicina esportiva do hospital. O Grupo VITA dá apoio médico às equipes - masculina e feminina - de ginástica artística. Lais também passou algum tempo internada no Hospital VITA quando teve pedras nos rins, e agradece o carinho e atenção com que foi tratada. Lais conquistou a medalha de bronze de salto no Panamericano em 2007, além da medalha de prata por equipe. Também no salto, foi 4ª colocada no Campeonato Mundial, na Dinamarca, em 2006. “Fazer ginástica não é como jogar futebol”, diz Laís; “é preciso muita estrutura, aparelhos, colchões, técnicos que tenham muita experiência. A ginástica nesse nível que a gente está é um trabalho que exige uma grande dedicação (elas treinam em média sete horas por dia) e algumas privações. A gente também cuida muito da alimentação, para não ganhar peso (Lais pesa 49 Kg)”. Lais terminou o segundo grau e, no momento, não está estudando, dedicando-se em tempo integral à preparação para as Olimpíadas. “É uma vida bem diferente da maior parte das pessoas. A gente vive muitas coisas muito cedo, e deixa de fazer coisas que as pessoas fazem nessa 15 www.redevita.com.br idade”, diz Laís. “Eu posso até sair para uma festa de madrugada; mas neste momento, perto de uma olimpíada, eu sei que isso vai prejudicar a minha carreira”. Das cambalhotas às barras paralelas Nascida em 1991, em Porto Alegre, Juliana Santos começou a treinar ginástica aos seis anos. Mas garante que antes mesmo de começar as aulas já dava cambalhotas e queria ensinar as outras crianças. Além da vocação, o acaso acabou contribuindo para que ela entrasse na carreira de ginasta: “Minha mãe tinha saído de um emprego no banco e eu voltei a ficar mais tempo em casa, só que eu não ficava quieta”, conta Juliana. “Na época uma prima fazia estágio como professora de ginástica olímpica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e eu comecei a fazer aulas com ela”. Esse início não durou muito, Juliana logo passou para o Clube Atlético União, que representa até hoje. Ela é mais uma ginasta que teve de sair de casa para seguir carreira. Juliana Santos mudou-se para Curitiba em 2006, para fazer parte da equipe brasileira de ginástica, e no mesmo ano participou do Mundial de Ginástica da Di- Irina Ilyaschenko no Centro de Capacitação Esportiva O treinador Oleg Ostapenko orienta Daiane Santos 16 www.redevita.com.br namarca, onde obteve o 7º lugar por equipe. Ela participou de duas etapas da Copa do Mundo de Ginástica em 2007, em Cottbus (Alemanha) e Paris, onde obteve 9º lugar, tanto nas traves, quanto na barra paralela. Em abril último, Juliana foi a Maribor, Eslovênia, onde disputou paralelas, trave e solo. “Minha vida é bem diferente da Lais Souza e Juliana Santos de minhas amigas; tenho menos tempo para estudar, para sair, mas tamextraordinária de aprender novos movimenbém temos os nossos benefícios”, diz Juliana. tos, que reproduz com perfeição em poucas “Quantas meninas tiveram a oportunidade de tentativas, coisa que poucos conseguem”. Mas viajar tanto e conhecer tantos lugares nesta nem todos podem ter todas essas qualidades idade?”, questiona. “Acho que tudo tem suas reunidas, o que faz com que, às vezes, seja vantagens e desvantagens”. Ela mostra as mãos necessário conversar com uma mãe revoltacobertas de calos e brinca: “Eu treino desde crida, ou porque a filha não entrou na equipe ança; então elas estão sempre assim, calejaou porque foi retirada. “Precisamos explicar que das. Mas ainda quero conhecer minhas mãos”. ela simplesmente não consegue fazer aquilo e não adianta insistir”, diz. A vida no apartamento das ginastas tem certas comodidades: elas não têm que cozinhar, nem Os critérios da ginástica olímpica são rígidos: fazer limpeza, nem cuidar da própria roupa, já um pequeno desequilíbrio, centímetros de erro que as refeições são feitas no restaurante em contam pontos negativos que parecem injusfrente e uma faxineira cuida da casa três vezes tos para o público. Iryna explica que a ginástipor semana. Segundo Juliana, a parte mais dica é um esporte de perfeição, onde o essencifícil do treinamento, para todas, é ficar longe da al é fazer o máximo e errar o mínimo. Felizfamília. Felizmente, as meninas, apesar de commente os exercícios não são idênticos e duas petirem entre si pelas vagas nos Jogos Olímpiatletas podem vencer competições fazendo cos, dão apoio umas às outras: “Os treinos são seqüências diferentes no mesmo aparelho. muito pesados e se nós não ficarmos juntas, fica impossível agüentar”. Em 2007, Juliana teve Ela se entristece com a fixação por medalhas: uma lesão na panturrilha, o que fez com que “Acho tão desagradável quando ouço, ou leio, ela restringisse os treinamentos para poupar a sobre como esta ou aquela ginasta está pasperna. O diagnóstico da lesão também foi feito sando por dificuldades, como não tem condino Hospital VITA Curitiba. ções de disputar uma medalha”, admite. “Atrás do resultado está todo um trabalho, e se ela Com a palavra, a treinadora não ganhou hoje é porque teve outra que foi melhor. A medalha de ouro é uma só, então A ucraniana Iryna Ilyashenko veio para o Branão são todas que podem ganhar”, argumensil em 2001, com Oleg e Nadiia Ostapenko, ta. Ela insiste que é preciso respeitar o trabatrazendo a experiência das vitórias de ouro lho dessas jovens, que treinam desde os cinnas Olimpíadas para passar às nossas atletas. co, seis anos de idade, e respeitar também os Ela observa, orienta, corrige cada uma das gipais que dão apoio, vêem as filhas se sacrifinastas, que precisam se esforçar muito para carem e se machucarem. “Todos eles merecorresponder às expectativas de Iryna, que não cem aplausos”, conclui. se contenta com pouco. Mas ela adverte que para ser uma ginasta, não basta esforço pesA presença dos treinadores ucranianos foi essoal. Algumas pessoas simplesmente não têm sencial para o fortalecimento da ginástica artísos fatores físicos e psicológicos de um camtica no Brasil, que em 2003 já era considerada peão. “Se você insiste muito, pode ultrapassar a 11ª melhor do mundo; depois foi subindo os seus limites, se machucar, até morrer”, diz para 8º, 7º, e ficou em 5º lugar no ano passaela, sem rodeios. do, superando a própria Ucrânia e a Rússia. Entretanto, o contrato de Oleg, Nadiia e Iryna Quando recebem uma nova ginasta, ela fica termina no final deste ano e é bem possível sob observação. Uma ginasta da seleção preque eles retornem ao seu país de origem. Por cisa ter características como explosão de eneraqui ficamos na esperança de que a equipe gia, coordenação e coragem, que os olhos dos brasileira de ginástica mantenha seu nível eletreinadores logo identificam. Ela cita Diego vado sem sua orientação, dedicação e discipliHypólito, que conquistou duas medalhas de na. E por falar em disciplina, Iryna encerra rapiouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americadamente a entrevista e sai, porque já está na nos de 2007: “O Diego tem uma capacidade hora de ir treinar a equipe feminina. Mortalidade Materna Cai a Zero Em Volta Redonda Com Neuza Jordão como secretária da Saúde, o município conseguiu reduzir drasticamente a mortalidade materna e infantil Em 2007, Volta Redonda apresentou um admirável coeficiente de mortalidade materna: zero. Isso mesmo: não houve morte de parturientes e o índice de mortalidade infantil, medido entre os bebês nascidos vivos, com até um ano de vida, foi de 0,92%. Boa parte da responsabilidade por esses números é da vereadora Neuza Jordão (PV), secretária da Saúde do município e médica obstetra com especialização em adolescência, que fez toda sua carreira de médica trabalhando no hospital da CSN e, posteriormente, no Hospital VITA Volta Redonda. Tamanho sucesso foi resultado de vários fatores, entre eles a re-inserção da pediatria e da ginecologia-obstetrícia no Programa Saúde da Família, e a ampliação de 11 para 51 o número de equipes do programa. As unidades da Policlínica da Mulher de Volta Redonda chegaram a 27 e os atendimentos foram expandidos em 50%. “Capacitação da equipe, a presença do pediatra e do ginecologista, a ampliação da rede de atendimento, a alta qualidade da nossa UTI neonatal no hospital público São João Batista, tudo isso contribuiu”, explica Neuza. Neuza Jordão nasceu em Volta Redonda e se formou pediatra na primeira turma de Medicina da UNIFOA. Posteriormente, fez especialização em tratamento de adolescentes e começou a trabalhar no Hospital da CSN em 1976 (que em 1996 passa a ser o Hospital VITA Volta Redonda). Ativa e bem relacionada, Neuza sempre conseguiu conciliar a vida profissional com a atividade voluntária. Em 1995, foi a primeira coordenadora do Pólo Sul-Fluminense da Fundação para a Infância e Adolescência; com a Irmã Elizabete, da Pastoral da Criança, fundou em 1996 a Casa da Criança e do Adolescente de Volta Redonda, em dependências cedidas pela Fundação CSN; em 1999 criou o Grupo de Atendimento Integral ao Adolescente; entre outras atividades. Neuza formou-se na primeira turma da UNIFOA Ela foi eleita vereadora, para o período de 2000 a 2004 pelo PFL, e reeleita, de 2004 a 2008, pelo Partido Verde. Como vereadora, foi responsável por diversas leis sobre Saúde e Meio-Ambiente para Volta Redonda. A partir de 2006, Neuza assumiu a Secretaria de Saúde de Volta Redonda, atividade que lhe exigiu dedicação integral e a fez deixar a legislatura e a atividade profissional de médica. “Valeu a pena, porque conseguimos índices tão baixos de mortalidade infantil e materna que fomos, inclusive, reconhecidos pela Sociedade Brasileira de Pediatria”, diz Neuza. Como secretária da Saúde, Neuza também alcançou avanços nas finanças da Secretaria, com economias na compra de medicamentos e nos gastos do laboratório de análises clínicas. Segundo ela, em 2007 a compra de medicamentos pela Secretaria foi triplicada com a mesma verba de 2005, cerca de R$ 4 milhões de reais. Em sua gestão, Neuza buscou apoio nas empresas da região, na Universidade e nos hospitais. Isso permitiu, por exemplo, que o Hospital VITA Volta Redonda passasse a oferecer cirurgias cardiovasculares pelo Sistema Único de Saúde para a população da região. Neuza diz que tem energia para tanta atividade porque faz tudo com muita satisfação e também busca apoio na religião: “Agradeço muito a Deus todos os resultados que a gente obtém”. Atualmente está afastada do cargo de secretária para dedicar-se à campanha de reeleição como vereadora pelo Partido Verde. 17 www.redevita.com.br 12 Anos de VITA O Grupo VITA completou em março 12 anos de existência. Vejas antigas imagens dos hospitais do Grupo, que estão hoje entre os mais modernos do continente. VITA VOLTA REDONDA VITA CURITIBA Em 1942 a CSN inaugurou em Volta Redonda um hospital provisório, em instalações de madeira, para atender as necessidades de funcionários e familiares. Em 1953 a CSN inaugurou um novo e moderno hospital, com 140 leitos, que tornou-se, a partir de 2008, o Hospital VITA Volta Redonda. Desde sua inauguração, há 55 anos, até hoje, a instituição é orgulho da cidade, pelo alto nível de seus serviços e pelo atendimento humano que sempre prestou. Em 1995, as empresas Care Consultoria e Administração Hospitalar, de Edson Santos, e APPH Administração Planejamento e Participações em Hospitais, de Francisco Balestrin, são contratadas para implementar em Curitiba um hospital para o Fundo de Pensão da Philips. Esse hospital é inaugurado em março de 1996, com o nome VITA Curitiba, e passa a ser administrado, pela Hospitalium Planejamento e Administração Hospitalar, que Santos e Balestrin fundam em sociedade. Inauguração do Hospital VITA Curitiba, em primeiro de março de 1996; na foto Jaime Lerner, governador do Paraná na época, Francisco Balestrin, Edson Santos e Rafael Greca, prefeito de Curitiba na época. 09/09/ 1949 Ambulâncias do antigo Hospital da CSN no bairro Jardim Paraíba Durante a construção do novo hospital, em 1953 Equipe de enfermeiras do novo hospital da CSN, em 1956 Hospital da CSN já em funcionamento, em 1955 18 www.redevita.com.br Edson Santos e Jaime Lerner durante a inauguração Obras na fachada do VITA Curitiba em 1997 Medicina Renovada em Volta Redonda também do hospital, a orientação na escolha da especialidade. A renovação é um processo natural, à medida que os médicos vão se aposentando ou diJovens médicos renovam o corpo clínico do minuem suas cargas Hospital VITA Volta Redonda, com a orientação de trabalho, e também com o crescimento do de colegas mais experientes corpo clínico do hospital. “Eu, por exemplo, estou em atividade há 33 em 2003, tem especialização Uma nova geração de médicos está chegando anos e, como eu, exisem gastroenterologia e enao Hospital VITA Volta Redonda e trazendo a enertem vários colegas, de doscopia digestiva, e é filha gia e o entusiasmo de quem está começando modo que a média de do médico Rônel Mascareuma carreira profissional. É freqüente que filhos atividade profissional nhas, diretor clínico do Hosde médicos sigam a carreira dos pais, e Volta no hospital hoje está pital VITA Volta Redonda. Redonda não é exceção: muitos deles têm pais e Tathiana, Bruno, Rodrigo e Myrna, alguns médicos da nova geração acima de 25 anos”, conmães que atuaram suas vidas inteiras no hospita Rônel Mascarenhas, Marco Antônio Salgueiro Jr. é tal, e cresceram vendo o orgulho, dedicação e gastroenterologista e diretor clínico do Hospital outro representante da nova geração de médiprazer com que eles trabalharam na instituição. VITA Volta Redonda. “O médico não costuma se cos: ele entrou em janeiro de 2006 no corpo clíaposentar cedo; mas a essa altura das nossas nico do Hospital VITA Volta Redonda, atuando na “Na verdade, nunca pensei em fazer outra coisa carreiras, é satisfatório poder abrir espaço para mesma especialidade de seu pai: a Urologia. “Exerque não fosse Medicina”, conta Myrna a chegada de uma geração mais nova”, afirma. cer a Medicina foi uma escolha minha, mas naMascarenhas. “Eu sempre gostei de ver os livros Segundo ele, são cerca de dez médicos em iníturalmente fui influenciado, porque eu convivia de medicina do meu pai, nós conversávamos cio de carreira, em áreas como ortopedia, com a atividade do meu pai e via como ele gosmuito para eu entender como era a profissão e cardiologia, UTI, gastroenterologia, cirurgia e tava de exercê-la”, conta Marco Antônio. Ele tamalgumas vezes o acompanhava ao hospital”. pronto-socorro. bém agradece ao médico Luiz Cezar Lopes Atan, Myrna formou-se em Medicina pela UNIFOA, Enfermeiras Gestoras Fazem Acontecer Conheça a atividade das enfermeiras gestoras de centro cirúrgico, responsáveis por distribuir salas, equipamentos e materiais para que as cirurgias aconteçam Michelly de Almeida é enfermeira com pósgraduação em obstetrícia e está encarregada da administração do Bloco Cirúrgico do Hospital VITA Volta Redonda. Ela define, a cada dia, quais cirurgias serão realizadas nas seis salas de cirurgia do hospital e designa os funcionários e equipamentos necessários para as cirurgias: “Cada cirurgião tem um perfil diferente e é preciso buscar oferecer a sala, instrumental e pessoal de que ele precisa”, explica Michelly. Outra parte de seu trabalho é administrar indicadores da qualidade, autorizações de cirurgia e de material. Também do HVVR, a enfermeira Edna Kaizer está mais próxima da ação: “A Michelly organiza e eu supervisiono”, explica. É Edna quem, a partir das 6h30 da manhã, acompanha se tudo está saindo como planejado. Ela supervisiona a chegada dos pacientes para evitar atrasos, a higienização após uma cirurgia e se houver qualquer acontecimento inesperado durante uma cirurgia, ela é imediatamente acionada. Mensalmente Edna escolhe, pelo menos, dois assuntos que são tema de revisão e discutidos com a equipe cirúrgica, para melhoria constante dos processos e educação continuada. Elina Miyadi, enfermeira gestora do Hospital VITA Curitiba, coordena sete salas de cirurgia simultaneamente, fazendo com que os pacientes cheguem ao local no momento certo, para que nem paciente, nem cirurgião tenham que esperar. Ao mesmo tempo, precisa administrar os equipamentos e salas para as próximas cirurgias. “É um ritmo pesado, mas eu gosto do que faço e já me acostumei”, diz Elina, que trabalha onze anos no hospital. Atualmente, no VITA Curitiba ela implementa novos métodos de gerenciamento de leitos, para diminuir o índice de cancelamentos de cirurgias. Com pós-graduação em urgência e emergência, Raquel Pereira é enfermeira-chefe de Cuidados Críticos do Centro Cirúrgico do Hospital VITA Batel, em Curitiba. “Minha especialização sempre ajudou nas tarefas e facilitou minha chegada a este posto”, diz Raquel. Ela explica que a atividade no centro cirúrgico é estressante, mas ela adora: “É preciso gerenciar a sala, entrada e saída de materiais, se comunicar com os anestesistas e cirurgiões, indicar as melhores salas para determinadas cirurgias e assim por diante”. Ela sabe que quem trabalha no centro cirúrgico raramente é lembrado pelo paciente, “que entra assustado e sai anestesiado”, observa. 19 www.redevita.com.br Vendo o Sangue Pulsar Serviço de hemodinâmica do Hospital VITA Batel permite realizar uma série de procedimentos minimamente invasivos e traz mais segurança para os pacientes No coração de Curitiba e ao alcance (em minutos) de carro no caso de emergências está o novo serviço de Hemodinâmica do VITA Batel, sob o comando do cardiologista Augusto Franco de Oliveira. Além dele fazem parte da equipe Intervita, responsável pela hemodinâmica do VITA Batel: o cardiologista intervencionista Luiz Lessa e os médicos Paulo Cezar de Souza, Ronei Antônio Sandrini e Robertson Pacheco, que atuam na área de neuroradiologia intervencionista. A equipe trabalha com um dos equipamentos mais modernos do mercado, o Axiom Artis U, da Siemens, com o qual é possível realizar diversos tipos de procedimentos minimamente invasivos, como cateterismo cardíaco, embolização de aneurismas e angioplastias com stents, com excelente qualidade de imagem e baixa dose de radiação. Em termos bastante simplificados, hemodinâmica é uma radiografia do sangue. O paciente recebe uma dose de “contraste”, substância que funciona como uma “tinta” que os equipamentos radiológicos conseguem rastrear, para mostrar as artérias e veias em pleno funcionamento. “É um exame essencial para fazer diagnóstico e tratamento de doenças vasculares, principalmente as cardiológicas”, explica Oliveira. Um dos usos mais importantes dos equipamentos de hemodinâmica é o tratamento da insuficiência coronariana por aterosclerose, ou seja, a obstrução das artérias coronárias que pode levar a um infarto e à morte. Segundo Luiz Tavares Lessa Neto (esq.) , Augusto Franco de Oliveira, Paulo Cezar de Souza e Ronei Sandrini 20 www.redevita.com.br O novo equipamento de hemodinâmica do VITA tem alta qualidade para visualização de pequenos vasos, até mesmo em regiões mais densas Oliveira, os equipamentos de hemodinâmica permitem visualizar onde está o problema e ir até ele com um catéter, colocado através de uma artéria do braço ou da perna, fazer a desobstrução e salvar o paciente. “O infarto nada mais é que a interrupção da irrigação do coração, que provoca a morte do tecido”, diz Oliveira. “Quanto antes o paciente procurar tratamento, maiores as chances de recuperação”, completa. A obstrução também pode ocorrer em outros órgãos ou membros. Para Oliveira, a localização do VITA Batel e a disponibilidade de equipamento de última geração garantem muito mais segurança aos pacientes. “No caso de um infarto, tempo é vida”, diz Oliveira, “e quem está na área urbana de Curitiba consegue chegar em minutos até aqui”. Ele recomenda que os pacientes não ignorem sintomas e procurem atendimento logo. De acordo com o diretor clínico do hospital, o cirurgião cardíaco Luiz Fernando Kubrusly, a chegada da nova equipe de hemodinâmica é uma grande conquista. “Desde a inauguração da nossa UTI Cardíaca, que tem quartos individualizados e um grau de humanização altíssimo, estamos investindo nos serviços de cardiologia. Trazer esse time de experts para o VITA Batel é mais um passo para oferecermos sempre o meO nefrologista Miguel Riella, o diretor de corpo lhor a nossos clientes”, clínico do VITA Batel, Luiz Fernando Kubrusly e o diretor regional da Siemens, Francisco Hopker. ressalta. Pessoal e Profissional em Harmonia Rose Borges Cruz, do Hospital VITA Volta Redonda, é uma pessoa que consegue equilibrar responsabilidade profissional e a satisfação de estar sempre junto aos filhos e amigos Para trabalhar no Hospital VITA Volta Redonda, Rosimare Borges Cruz correu um grande risco: em 1996 ela deixou o emprego onde estava há 19 anos e foi cobrir a licença médica de um funcionário da gerência financeira. A aposta deu certo, porque depois da licença ela cobriu as férias de outra pessoa, e finalmente conseguiu uma vaga fixa no hospital. “Eu já trabalhava há 19 anos na empresa anterior, mas resolvi arriscar e estou muito feliz com a minha decisão”, conta. Rosimare, mais conhecida como Rose, é hoje chefe do serviço de faturamento do hospital, cargo para o qual foi promovida em 2001. Sua função é de grande responsabilidade, já que o pagamento de funcionários, fornecedores e do corpo clínico passa pelas suas mãos. Segundo colegas, Rose é uma pessoa extremamente res- ponsável, persistente e dedicada ao hospital. “Às vezes até perco o sono, pensando nas coisas que temos que resolver”, admite. Mas a vida de Rose não é só trabalhar: ela adora ficar com os filhos, Pedro, de oito anos, e Talita, de 23, e também receber os amigos em casa. “Mamãe é uma pessoa que está sempre disposta ajudar todo mundo, e é uma amigona para mim e para o meu irmão”, diz Talita. Mãe e filha são tão amigas que até saem juntas à noite, para ir a um barzinho, um baile ou um show. Assim, os amigos de Talita acabam ficando amigos da Rose e vice-versa, de modo que nos fins de semana a casa delas está sempre cheia. A família mudou-se em janeiro para uma casa nova, maior, e com mais espaço para receber as Perfil Rose Borges Cruz Signo: Libra Prato preferido: camarão Esporte: caminhar Qualidade: Persistência Defeito: um pouco consumista pessoas. Mas como Rose adora uma praia, sempre que tem oportunidade vai a Angra dos Reis pegar um solzinho. Ela também gosta de estar sempre arrumada e comprar uma roupinha nova, mas garante que a consumista em casa é a filha, enquanto Talita diz exatamente o oposto. Agora Rose sonha em ter uma piscina, e do jeito que ela é persistente, com certeza vai conseguir. Ela voltou! Maria Lucia, nova diretora de Operações, fez parte da equipe que criou as bases do que é hoje o Grupo VITA Foi com um misto de muita satisfação e orgulho que, ao retornar após nove anos, Maria Lucia encontrou o Grupo VITA seguindo a rota que ela própria havia contribuído para desenvolver: uma empresa com administração profissional, atenta para a qualidade e excelência de serviços, diferenciados nos seus mercados. Maria Lucia Ramalho Martins, a nova diretora de Operações do Grupo VITA, voltou no final de 2007 e já está totalmente envolvida nos próximos passos da empresa, inclusive a adoção do Lean Six Sigma, um modelo avançado de gestão. Maria Lucia estava no pequeno grupo de sócios da Hospitalium, que Edson Santos e Francisco Balestrin fundaram em 1996, e que posteriormente tornou-se o Grupo VITA. “Desde o início, tínhamos como objetivo a criação de uma empresa de serviços médico-hospitalares que adotasse como vantagem competitiva modelos avançados de gestão profissional, para empresas privadas, diferentes da prática habitualmente adotada no setor”, conta Maria Lucia. No período em que esteve afastada, Maria Lucia atuou como vice-presidente de Operações da Quorum do Brasil, subsidiária da Quorum Health Resurces americana, que gerencia cerca de 250 hospitais nos EUA. Posteriormente, tornou-se diretora administrativa do Hospital Ana Costa, em Santos (SP), de 2005 a 2007. “Ao retornar encontrei a realização dos projetos que havíamos criado na época, e na verdade muito mais”, diz Maria Lucia. “Esse modelo profissional de gestão aca- ba permeando tanto médicos quanto colaboradores, entre estes superintendentes, gerentes, assistentes, enfermeiros, técnicos e auxiliares, e demais membros da equipe. Todos têm orgulho de participar do projeto de melhoria contínua da qualidade, e sentem que fazem parte das conquistas que nossos hospitais alcançaram, reconhecidas pelos órgãos de certificação nacional e internacional em seu mais alto nível”, completa. Maria Lucia passa a semana toda entre São Paulo, Curitiba e Volta Redonda, para orientar a operação dos Hospitais da Rede VITA, analisar resultados, conduzir reuniões gerenciais e trocar informações com os Superintendente e Comitê Gestor local, responsáveis pela gestão dos Hospitais. Aos fins-de-semana vai para casa, em Santos, onde reside com o filho adolescente: “é uma cidade linda que renova as energias. Nada se compara a acordar, tomar café na padaria da praça, ver a praia, caminhar e pedalar na ciclovia à beira-mar, tomar água de coco, tudo isso a quarenta minutos de São Paulo”, garante. 21 www.redevita.com.br Rodrigão do vôlei faz cirurgia no VITA O meio-de-rede da Seleção Brasileira de Vôlei Rodrigão realizou uma cirurgia no início de abril no Hospital VITA Curitiba, em virtude de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. O jogador se machucou no dia 28 de fevereiro em uma partida do seu clube, o Macerata, pela Copa Itália. Liberado pela equipe, Rodrigão veio para Curitiba realizar a cirurgia que durou cerca de uma hora. Segundo o médico da equipe, Dr. Álvaro Chamecki, transcorreu tudo bem na operação. Tudo Pertinho Para Hajla Haidar, a nova coordenadora de marketing do Grupo VITA em São Paulo, nada é longe. São Paulo tem quase 11 milhões de habitantes e uma área de 1.500 km2, mas quando a gente pergunta para Hajla onde fica qualquer bairro, loja ou empresa, ela sempre responde: “Ah, é pertinho!” Isso é que é mobilidade. Rafael Danielewicz Anestesistas Unidos Vladimir Nekhendzy (dir.), professor do Departamento de Anestesia da Universidade de Stanford, Califórnia, está em Curitiba para ministrar o curso Manejo das Vias Aéreas Difíceis. O americano aproveitou a passagem pela cidade para visitar o VITA Curitiba e foi recepcionado por Clóvis Corso (esq.), chefe do serviço de Anestesiologia do VITA Curitiba e presidente da Sociedade Paranaense de Anestesiologia. Nasce Um Astro As festa de confraternização do Hospital VITA Volta Redonda, no final do ano, teve um verdadeiro show de calouros: Se VITA nos 30, VITA Novos Talentos e Concurso Charmoso e Charmosa. O primeiro colocado foi o afinadíssimo Davi Alves (dir.), com Deumy Rabelo, superintendente do hospital. 22 www.redevita.com.br Zibia Gasparetto autografa em Curitiba A escritora Zibia Gasparetto esteve em Curitiba para o lançamento de seu livro “Onde Está Teresa?”, na Livraria Curitiba do Park Shopping Barigui. À tarde, no hotel, ela recebeu um tratamento especial. A fisioterapeuta do Hospital VITA (Profisio), Camila Campêlo Gandolfo, atendeu a escritora antes do evento, que exigiria muito esforço dos braços. Atenção, Vascaínos! Antonino Gomes Barbosa, novo gerente de RH do Hospital VITA Volta Redonda, é flamengo. Antonino é casado, tem uma filha e mora em Volta Redonda há 28 anos. Formado em administração, trabalhou na CSN e também nas Indústrias Químicas de Resende. Flamenguista incorrigível, Antonino está inconsolável: o rubro-negro foi eliminado da Libertadores pelo América, do México. Segurança e Qualidade é com a Marta A partir de 10 de março, a médica Marta Fragoso é a responsável pela gestão do gestão do Núcleo de Segurança e Qualidade Assistencial dos Hospitais VITA em Curitiba. Ela deixa a Gerência Médica do Hospital VITA Batel, e o médico Osni Silvestri, membro do Corpo Clínico do Grupo VITA há mais de 10 anos, assume este cargo. 23 www.redevita.com.br 24 www.redevita.com.br