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IMÓVEIS
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Residenciais BH a Outros
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1) IMÓVEIS 3) TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
2) VEÍCULOS 4) NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES
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GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS – 29/10/08
P Á G I N A 1 7 ● D O M I N G O, 1 1 D E A B R I L D E 2 0 1 0 ● E D I T O R A - A S S I S T E N T E : Te r e s a C a r a m ● E - M A I L : i m o v e i s . e m @ u a i . c o m . b r ● T E L E F O N E : ( 3 1 ) 3 2 6 3 - 5 7 7 9
Todos os tipos de reparos e
instalações devem contar
com produtos adequados
para a função que vão
exercer e um especialista
capacitado para o serviço
T
JÚNIA LETICIA
rocar a resistência do chuveiro e tomadas, instalar um circuito. Esses são apenas alguns
exemplos de serviços que muitos optam por
fazer em casa, sem a ajuda de um eletricista. Seja por comodismo, seja por economia, o fato é
que muitos se arriscam a mexer em equipamentos elétricos sem o conhecimento de seus riscos. A rede, mesmo em baixa tensão (127V, 220V), é muito perigosa, conforme alerta o professor do Departamento de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicação da PUC Minas e diretor da Kascher Engenharia, Ronaldo Kascher Moreira.
“A eletricidade não é visível e, dependendo da rota da
corrente de choque pelo corpo humano, milésimos de
ampères (unidade de intensidade de corrente elétrica)
podem matar”, alerta.
Os moradores também ficam em risco, pois uma
instalação elétrica malfeita pode eletrocutá-los, como
adverte Kascher. “Além disso, há o risco de incêndio da
residência. A maior parte deles tem origem nas instalações elétricas. Um leigo pode realizar a instalação de
um circuito que, de início, funcionará, mas, devido ao
seu subdimensionamento e à operação contínua, poderá aquecer ao ponto de iniciar chamas”, explica.
Outro problema comum relacionado a instalações
elétricas residenciais, conforme a engenheira eletricista
Cláudia Deslandes, é a substituição do dispositivo de
proteção, em vez de solucionar a causa da falha elétrica.
Um erro muito comum relacionado a isso ocorre com
os chuveiros. Como o preço dos produtos mais potentes tem caído no mercado nacional, muitas pessoas trocaram os modelos antigos pelos mais modernos. Desta
forma, é normal o dispositivo de proteção disjuntor, a
chave preta que fica no quadro de energia, se desarmar
durante o banho. Segundo Cláudia, a peça está operando corretamente, porque, quanto mais potente o chuveiro, maior a corrente elétrica.
“Corrente acima do normal para o disjuntor é uma
falha, então ele opera (abre-se), interrompendo o circuito elétrico. Um eletricista não capacitado normalmente trocaria o disjuntor por um de corrente maior”,
comenta. A partir daí, o cabo elétrico não trocado vai
conduzir uma corrente elétrica maior que o normal. Isso vai ocasionar aquecimento e o disjuntor não vai
perceber a anomalia, pois para ele a corrente maior é
normal. Desta forma, ele não interrompe a falha. “O cabo vai esquentar e até se incendiar. O correto seria a
troca do cabo e do disjuntor, dimensionados pela nova
potência do chuveiro”, comenta.
Outro erro comum cometido por amadores e profissionais não qualificados em residências é manipular
os dispositivos elétricos com o sistema ainda energizado. “Desligar o disjuntor antes de trocar uma lâmpada,
interruptor ou instalar um chuveiro não é sinal de covardia. É segurança”, acrescenta a engenheira.
DETALHES O engenheiro eletricista especialista em siste-
mas elétricos de potência e diretor da Dalben Consultoria, Ademir Archangelo Dalben, chama a atenção para alguns cuidados que os profissionais devem ter na hora de
fazer qualquer tipo de serviço na rede elétrica. “Antes de
começar o serviço, é preciso analisar detalhadamente as
recomendações dos manuais de instalação e pedir orientação a um colega ou a um profissional da loja onde comprou o material”, aconselha.
Segundo o engenheiro, um cuidado especial é desligar o circuito por meio do disjuntor do quadro de distribuição de circuitos (QDC), usando um voltímetro ou
chave de teste com lâmpada de sinalização para se certificar de que está realmente desligado. “Além disso, é
necessário utilizar ferramentas e equipamentos de
proteção individual (EPIs) adequados.” Para evitar
transtornos, Ademir Dalben recomenda que seja feita
uma simulação mental antecipada das tarefas passo a
passo. “O serviço deve ser realizado em ambiente iluminado e arejado, e a pessoa deve estar descansada e
com disposição para executar o trabalho”, ressalta.
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LEIA MAIS SOBRE REDE ELÉTRICA
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Executar
serviços de
manutenção
de redes
elétricas dentro
de casa exige
conhecimento
profissional
para evitar
danos,
princípio
de incêndios
e acidentes
graves
Sem lugar para
amadores
A engenheira eletricista Cláudia Deslandes alerta para riscos de substituições sem antes identificar as causas das falhas
FOTOS: EDUARDO ALMEIDA/RA STUDIO
O serviço deve ser
realizado em
ambiente
iluminado e
arejado, e a pessoa
deve estar
descansada e com
disposição para
executar o trabalho
■ Ademir Archangelo Dalben,
engenheiro eletricista