DESAFIOS EDUCACIONAIS NA ERA DIGITAL: os novos

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DESAFIOS EDUCACIONAIS NA ERA DIGITAL: os novos papéis de
professores e alunos
Denise Marques Santos1, Angela Maria Alves2
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Aluna do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Método de São Paulo (FAMESP).
Orientadora: Mestranda em Educação (UMESP) Especialista em Alfabetização e Letramento (FAMESP),
Bacharelado em Matemática (Centro Universitário Fundação Santo André) e Licenciatura Plena em Matemática
(CEUCLAR).
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RESUMO
O presente artigo pretende abordar o uso das novas tecnologias educacionais durante o
processo de ensino-aprendizagem e o papel do professor frente a possíveis mudanças no modo
de ensinar/aprender. Considera-se que a escola não precisa se preocupar em acompanhar o
ritmo da evolução tecnológica, basta ter consciência de que existem potencialidades
pedagógicas nas tecnologias e que os meios de comunicação influenciam e trazem
aprendizado aos alunos. Oferecer uma aula diferenciada na sala de informática pode significar
para os alunos uma maior proximidade com um mundo que faz sentido para eles. O perfil
docente também é redefinido, pois ele não é mais um mero transmissor de conteúdos. Nesse
novo cenário frente às tecnologias o docente tem o papel de mediar o conhecimento de forma
que o sujeito aprendente passe a construir seu conhecimento. Como metodologia utilizou-se
uma pesquisa de campo qualitativa, bem como a pesquisa bibliográfica tendo como
instrumento de coleta de dados um questionário contendo cinco perguntas, respondido por
quatro professoras de ensino fundamental I, da rede pública da cidade de São Paulo. Sendo
assim, destaca-se o avanço tecnológico como um processo irreversível, cabe ao docente
adaptar-se a um possível novo modelo de educação e adequá-lo às necessidades dos alunos
com quem compartilha informações.
Palavras- Chave: Novas Tecnologias. Ensino-aprendizagem. Perfil docente.
INTRODUÇÃO
As significativas mudanças na sociedade atual em decorrência do uso das novas
tecnologias requerem inovações e mediações no processo de ensino e aprendizagem. O visível
avanço das tecnologias mobiliza profissionais da educação a respeito do seu uso, tendo em
vista que este permite mediação entre sujeito e conhecimento. Estando a sociedade em
constante mudança, cabe à escola repensar suas práticas que deverão ir mais além do que os
recursos tradicionais, e é claro que o professor não deve ser o mesmo, é necessário pensar na
formação inicial e continuada dos docentes. De nada adianta investir em tecnologia se não
houver profissionais habilitados para a função. A introdução das novas tecnologias de
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comunicação substituiu as formas tradicionais de relacionamento, trazendo mudanças na
percepção e na linguagem, seja no modo de viver, de olhar, de fazer, de agir, de aprender e
sentir, é importante relacionar as ferramentas tecnológicas com esses novos modelos de ser
das pessoas. O papel docente também é redefinido, pois ele não é somente transmissor de
conhecimentos, é mediador e facilitador da aprendizagem significativa, visando que seus
alunos sejam sujeitos de escolhas conscientes sobre si mesmos e em sua relação com o
mundo, para isso é necessário educar nosso olhar enquanto educadores, em direção a
realidade do estudante.
Era da informação: mudanças no sistema educacional
A escola é um espaço que favorece a interação social fazendo pontes entre
conhecimentos tornando-se um novo elemento de transformação.
A escola continuará durante muito tempo dependendo da sala de aula, do quadronegro, dos cadernos. Mas as mudanças tecnológicas terão impacto cada vez maior na
educação escolar e na vida cotidiana. Os professores não poderão ignorar a
televisão, o vídeo, o cinema, o computador, o telefone, o fax, que são veículos de
informação, de comunicação, de aprendizagem, de lazer, porque há tempos o
professor e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes do conhecimento. Ou
seja, professores, alunos, pais, todos precisamos aprender a ler sons, imagens,
movimentos e a lidar com eles (LIBÂNEO, 2013, p. 40).
Oferecer uma aula diferenciada na sala de informática pode significar para os alunos
uma maior proximidade com um mundo que faz sentido para eles. Por meio dos
computadores, por exemplo, os estudantes se conectam em redes, exercem o direito de serem
vistos e ouvidos e encontram oportunidades para a formação de vínculos sociais, e a escola
não pode ficar alheia a essa realidade.
[...] Entendo que a introdução de microcomputadores pode representar, sim, uma
possibilidade de lidar melhor e mais eficientemente com alguns tópicos do ensino;
que o enriquecimento constante dessa tecnologia talvez permita ampliar e
flexibilizar suas possibilidades enquanto instrumentos auxiliar no processo de
escolarização; que através de atividades com microcomputadores o professor pode
fazer modificações importantes e interessantes em sua didática, de forma a alterar o
próprio processo de aprendizagem[...] (COX, 2003, p.23).
A escola oferecendo suporte que são os computadores e o acesso a essa ferramenta,
pode aumentar a possibilidade do professor modificar suas aulas de forma contextualizada,
permitindo a troca de ideias e experiências, além de favorecer a percepção sobre dificuldades
e avanços dos alunos em relação aos conteúdos ensinados. A nova configuração de sociedade
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em que os alunos estão inseridos exige que a educação e as novas tecnologias caminhem no
mesmo rumo, pois as pessoas que frequentam as escolas são as mesmas que conversam e
interagem por meio das redes de comunicação (LIBÂNEO, 2013).
Para Lévy (2001), toda tecnologia inserida no contexto escolar traz em sua essência a
necessidade do envolvimento de todos os agentes da escola, sendo os professores em primeiro
plano, depois os estudantes e, por último, os agentes administrativos, equipe pedagógica e a
comunidade.
O desenvolvimento das tecnologias no contexto educacional não vai mudar o ensino
milagrosamente, nem resolver problemas econômicos e sociais de imediato, mas abrem novas
possibilidades de comunicação interativa, pesquisa, novos modos de conhecimento e
aprendizagem.
As demandas atuais exigem que a escola ofereça aos alunos sólida formação cultural
e competência técnica, favorecendo o desenvolvimento de conhecimentos,
habilidades e atitudes que permitam a adaptação e a permanência no mercado de
trabalho, como também a formação de cidadãos críticos e reflexivos, que possam
exercer sua cidadania ajudando na construção de uma sociedade mais justa, fazendo
surgir uma nova consciência individual e coletiva, que tenha a cooperação, a
solidariedade, a tolerância e a igualdade como pilares (BRASIL, 1997, p. 138).
Com as mudanças que vem ocorrendo, a escola tem que favorecer o aprendizado para
seus estudantes tornarem-se cidadãos críticos e reflexivos.
Nessa perspectiva o aluno torna-se sujeito de sua aprendizagem e o docente tem novas
ferramentas de trabalho que fazem parte tanto do seu cotidiano quanto dos alunos. Deve-se
considerar que nem todos os alunos têm acesso às novas tecnologias, e não podemos nos
enganar acreditando que os que têm acesso fazem uso de forma adequada e produtiva, por
isso o papel do professor como orientador, facilitador, mediador desse processo é muito
importante, sendo necessário conhecer o que o universo digital oferece as formas de trabalhar
com essas ferramentas e informações em um contexto pedagógico (MORAN, 2000).
Libâneo (2013) afirma que a escola precisa deixar de ser meramente uma agência
transmissora de informação e transformar-se num lugar de análises críticas e produção da
informação, onde o conhecimento possibilita a atribuição de significado à informação. Lévy
(1993, p. 84) explana que “dominamos a maior parte de nossas habilidades observando,
imitando, fazendo, e não estudando teorias na escola ou princípios nos livros”.
Não significa que a escola será totalmente modificada, mas devemos fazer o possível
para acompanhar as transformações tecnológicas da atualidade, e não tem como achar que os
meios de comunicação não influenciam e nem trazem aprendizado aos alunos, pois eles
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chegam à escola com muitas informações que ouviram ou de alguma forma viram nessas
ferramentas tecnológicas. Não é porque vivemos na era digital que o professor tenha que
saber tudo sobre as novas tecnologias, mas saber o suficiente para orientar seu aluno sobre o
que é positivo e negativo para sua aprendizagem é a mudança do tradicional para o interativo,
não é fácil sugere a quebra de paradigmas, por isso é muito importante que o professor seja
flexível, esteja sempre em formação continuada e que a formação inicial ofereça oportunidade
para que os novos professores tenham acesso a essas ferramentas tecnológicas e que saibam
da importância delas para o aprendizado.
Buscar sempre motivar seus alunos, pois somente as ferramentas, as técnicas, não
farão isso, interligar o conteúdo com a tecnologia, para que o aprendizado de seus estudantes
seja significativo. A qualidade do ensino pode melhorar e muito com o uso das novas
tecnologias, por meio da ação do professor que deve incentivar o uso dessas ferramentas,
estimular pesquisas, assim transformando o trabalho entre professores e alunos mais
participativo e estimulante (LÉVY,1999).
Formação inicial e continuada dos professores: re-significando o papel do professor
A chegada das novas tecnologias no contexto escolar provocou mudanças e quebra de
paradigmas. Diante das propostas de integração dos conhecimentos pedagógicos com a
realidade social e as transformações tecnológicas, não tem como negar que o papel do
professor já não é mais o de transmissor do conhecimento.
A mudança da função do computador como meio educacional acontece juntamente
com um questionamento da função da escola e do papel do professor. A verdadeira
função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar
condições de aprendizagem. Isso significa que o professor precisa deixar de ser o
repassador de conhecimento – o computador pode fazer isso e o faz tão eficiente
quanto professor – e passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o
facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno (VALENTE, 1993,
p. 06).
Nesse novo cenário frente às tecnologias o docente tem o papel de mediar o
conhecimento de forma que o sujeito aprendente passe a construir seu conhecimento. Mas
para que de fato essa mudança aconteça, o professor como mediador da aprendizagem precisa
deixar de lado o medo diante da possibilidade do aluno ter autonomia de desenvolver suas
capacidades afetivas, cognitivas e sociais.
Concordando com Nóvoa (1995, p. 25), estar em formação implica um investimento
pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projetos próprios, com vista à
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construção de uma identidade, que é também uma identidade profissional. A introdução das
novas tecnologias de comunicação substituiu as formas tradicionais de relacionamento,
trazendo mudanças na percepção e na linguagem, seja no modo de viver, de olhar, de fazer, de
agir, de aprender e sentir, é importante relacionar as ferramentas tecnológicas com esses
novos modelos de ser das pessoas.
Os estudantes tornam-se sujeitos de seu aprendizado, de acordo com sua realidade
uma vez que farão uso das novas tecnologias para isso, o professor exerce papel de orientador,
colaborador, mediador e também parceiro, transformando o ambiente escolar um espaço de
reflexão, desenvolvendo a habilidade de pesquisa, mostrando que eles têm a possibilidade de
utilizar esses meios a favor de sua aprendizagem.
“[...] Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece ao
mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede [...]”
(LÉVY, 1999, p. 158). Tem que ser pensado também na formação inicial e continuada dos
professores, não adianta ter a consciência de que a sociedade já não é a mesma, se não houver
mudança.
O papel docente é redefinido, pois ele não é somente transmissor de conhecimentos é
mediador e facilitador da aprendizagem significativa, visando que seus alunos sejam sujeitos
de escolhas conscientes sobre si mesmos e em sua relação com o mundo, para isso é
necessário educar nosso olhar quanto educadores, em direção a realidade do estudante.
Não adianta que o professor mude diante dessa nova realidade, as condições de
trabalho também tem que ter transformações, oferecendo os meios necessários para sua
atuação.
Num processo de ensino, estará mais voltado para a aprendizagem do aluno,
assumindo que o aprendiz é o centro desse processo e em função dele e de seu
desenvolvimento é que precisará definir e planejar ações. Esta concepção de
aprendizagem há que ser vivida e praticada. Não basta ao professor apenas ter
ouvido algumas conferências sobre o tema. Trata-se de uma ação contínua sua e de
seus alunos, sabendo esperar, compartilhar, construir juntos. Entender e viver a
aprendizagem como interaprendizagem (MORAN, 2000, p. 168).
Ficar atento ao aprendizado dos seus alunos, ter segurança para entender e saber lidar
com as diversidades. A utilização consciente das ferramentas tecnológicas pode auxiliar o
professor a transformar alienação e isolamento em motivação e colaboração, tornarem-se
cidadãos participativos, que aprendam a aprender, a respeitar e ajudar os colegas. Professores
e alunos trabalhando juntos para transformar a sala de aula em um espaço de aprendizagem
ativa, de reflexão e posicionamento crítico.
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Com o advento de novas concepções de aprendizagem, a necessidade de ligação do
conhecimento cientifico com os problemas da sociedade e do cotidiano e o
desenvolvimento acelerado das novas tecnologias da comunicação e informação, é
preciso colocar a autoformação contínua como requisito da profissão docente. O
exercício do trabalho docente requer, além de uma sólida cultura geral, esforço
contínuo de atualização cientifica na sua disciplina e em campos de outras áreas
relacionadas, bem como incorporação das inovações tecnológicas ( LIBÂNEO,
2013, p. 43).
Com a rapidez da evolução dos recursos que envolvem a área de tecnologia e as
mudanças ocorridas consideravelmente, afetam a sociedade e direta ou indiretamente a vida
diárias das pessoas, impondo uma atualização na mesma velocidade para que seja possível
acompanhar tais mudanças.
A formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de
complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que inclui,entre outros,
um razoável conhecimento de uso do computador, das redes e de demais suportes
midiáticos (rádio, televisão, vídeo, por exemplo) em variadas e diferenciadas
atividades de aprendizagem. É preciso saber utilizá-los adequadamente. Identificar
quais as melhores maneiras de usar as tecnologias para abordar um determinado
tema ou projeto específico ou refletir sobre eles, de maneira a aliar as
especificidades do „‟suporte‟‟ pedagógico (do qual não se exclui nem a clássica aula
expositiva nem, muito menos, o livro) ao objetivo maior da qualidade de
aprendizagem de seus alunos (KENSKI, 2003, p. 106).
A formação continuada permite ao professor entender melhor as novas tecnologias,
como integrá-las em sua prática pedagógica, também pode auxiliar e muito na parte
administrativa, possibilitando ao docente levar para sala de aula o que aprendeu,
proporcionando ao estudante oportunidade para construção de seu conhecimento. Tem o
benefício de saber como intervir na relação aluno-computador, como criar ambientes de
aprendizagem, no qual o aluno faz e vivencia uma determinada experiência, ao invés de
receber do professor o assunto já pronto.
[...] A demanda de formação não apenas conhece um enorme crescimento
quantitativo, ela sofre também uma profunda mutação qualitativa no sentido de uma
necessidade crescente de diversificação e de personalização. Os indivíduos toleram
cada vez menos seguir cursos uniformes ou rígidos que não correspondem a suas
necessidades reais e à especificidade de seu trajeto de vida. Uma resposta ao
crescimento da demanda com uma simples massificação da oferta seria uma resposta
„‟industrialista‟‟ ao modo antigo, inadaptada à flexibilidade à diversidade necessária
de agora em diante (LÉVY, 1999, p.169).
De modo geral, a pessoa que busca formação deseja que seja compatível a sua
realidade, tudo muda então não é possível continuar com as mesmas práticas, há sempre uma
necessidade de atualizar-se. Cada docente deve encontrar uma maneira mais adequada de
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integrar as ferramentas tecnológicas em suas aulas, sempre ampliando seu aprendizado e de
seu aluno.
Mediação pedagógica: considerações sobre a prática docente
O papel do professor como facilitador desse processo de aprendizagem, é muito
importante, pois é ele que vai orientar o aprendizado de seus alunos mediados pelas
tecnologias. “Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor
que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem [...]”
(MORAN, 2000, p. 144).
O professor no processo de mediação pedagógica torna-se um facilitador,
incentivador e motivador da aprendizagem, entendendo que a aprendizagem passa por
diversas transformações para que o aprendiz alcance os objetivos. Facilitando que seu aluno
consiga produzir conhecimento que se integre a sua vivencia cotidiana e o ajude a
compreendê-la.
As novas tecnologias melhoram a postura do docente em sala de aula, pois ele auxilia
os estudantes a estabelecerem um elo entre os conhecimentos científicos com os vivenciados
no cotidiano, proporcionando uma troca de ideias e experiências, em que muitas vezes o
professor se coloca no lugar do aluno, aprendendo com a experiência dele. Nas aulas os
aprendizes são levados a pesquisar, estudar individualmente e em grupo, tornado a aula
interativa e com descobertas dirigidas. Orientar o aluno a transformar informação em
conhecimento.
O novo perfil do professor destaca-se em variados papéis, seja mediador, orientador da
aprendizagem, comunicativo, criativo, em constante aperfeiçoamento, flexível e também
buscando sempre motivar, liderar, coordenar e adaptar-se a diversas situações (LÉVY, 1999).
De acordo com Libâneo (2013), as modernas tecnologias não substituem a força de
trabalho, mas necessita de trabalhadores mais qualificados e bem treinados, o
desenvolvimento de habilidades cognitivas e comportamentais é importante nesse processo.
Alguns pré-requisitos são exigidos para esse novo profissional como: a necessidade de
trabalhar em equipe, gerenciar processos e escolher prioridades. Se a formação inicial desses
professores for rígida, eles terão dificuldades em se adaptar aos novos desafios da sala de
aula. Por isso é preciso repensar o perfil profissional e os programas de formação,
qualificação e requalificação de diferentes instituições formadoras.
A possibilidade da utilização das novas tecnologias para o processo de aprendizagem
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não pode ser desconsiderada, a desvalorização dessas ferramentas mostra muitas vezes a falta
de interesse com o processo de aprendizagem, pois fazem parte do cotidiano da maioria dos
estudantes e por meio delas os alunos podem construir novas formas de conhecimentos, de
pesquisa, de buscar coisas novas, estimular a criatividade para de expressar e refletir.
Para isso, há muitas tarefas pela frente, entre elas, a de resgatar a profissionalidade
do professor, redefinir, as características da profissão, fortalecer as lutas sindicais
por salários dignos e condições de trabalho[...]. É preciso,também uma ligação
maior da formação que se realiza na faculdade com a prática das escolas, trazendo
professores em exercício para a universidade, para a discussão de problemas
comuns. Seria fundamental que em cada escola os professores formassem uma
equipe unida, centrando a organização dos professores no local de trabalho, em
torno de projetos pedagógico ( LIBÂNEO, 2013, p. 49).
É importante que os professores possam compartilhar experiências de sala de aula.
Neste mundo de constantes transformações tecnológicas, as práticas educativas e os meios de
comunicação estão cada vez mais ligados, por causa dos avanços tecnológicos na
comunicação e na informática, essas mudanças implicam em novas qualificações e em novos
requisitos educacionais.
O docente neste sentido é muito importante, ele não será substituído pelas novas
tecnologias, ele será o mediador entre o aluno e sua aprendizagem, motivador, facilitador
desse processo. Onde o docente é parceiro e aprende com seu aluno, trabalha em equipe,
buscando os mesmo objetivos (MORAN, 2000).
O processo de aprendizagem envolve o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor,
sendo assim a tecnologia usada tem que ser diversificada e deve atender os objetivos. O
professor incentiva a participação dos alunos, a interação entre eles, a pesquisa, o debate, o
diálogo, o respeito a opinião do colega, trabalhar em equipe, fazer pesquisa na biblioteca,
desenvolvendo atitudes de valores e tornando-se cidadãos críticos (LÉVY, 1999).
É importante não nos esquecermos de que a tecnologia possui um valor relativo: ela
somente terá importância se for adequada para facilitar o alcance dos objetivos e se
for eficiente para tanto. As técnicas não se justificarão por si mesmas, mas pelos
objetivos que se pretenda que elas alcancem que no caso serão de aprendizagem
(MORAN, 2000, p.144).
O professor deve ter um planejamento de suas aulas que tenha um objetivo, seja
flexível, para que a aprendizagem de seus alunos seja significativa. O papel docente é
redefinido, pois ele não é somente transmissor de conhecimentos é mediador e facilitador da
aprendizagem significativa, visando que seus alunos sejam sujeitos de escolhas conscientes
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sobre si mesmos e em sua relação com o mundo, para isso é necessário educar nosso olhar
quanto educadores, em direção a realidade do estudante.
A mediação pedagógica coloca em evidência o papel de sujeito do aprendiz e o
fortalece como ator de atividades que lhe permitirão aprender e conseguir atingir
seus objetivos; e dá um novo colorido ao papel do professor e aos novos materiais e
elementos que ele deverá trabalhar para crescer e se desenvolver (MORAN, 2000, p.
146).
Por meio da mediação do professor o aluno torna-se sujeito de sua aprendizagem e o
docente tem novas ferramentas de trabalho que fazem parte tanto de seu cotidiano quanto dos
alunos. O professor sai do papel tradicional e passa a construir conhecimentos junto com seus
alunos, questiona, duvida, enfrenta conflitos, contradições e divergências ampliando essas
ações pelo apoio da tecnologia.
Os benefícios da utilização de novos recursos no processo de ensino- aprendizagem
As ferramentas tecnológicas ampliaram o nosso modo de registrar e representar a
informação escrita, sonora e visual, trazendo diversos benefícios a todos. Com o avanço
tecnológico há um aumento no recebimento de mensagens textuais, sonoras e visuais, os
estudantes precisam estar preparados para saber o que é necessário para eles e o que devem
descartar.
O professor diante desta nova realidade utiliza estes recursos a seu favor, abrindo
espaço para a construção coletiva de conhecimentos, ele media e orienta, favorecendo o
processo de construção de conhecimento. Ele pesquisa junto com os alunos, problematiza e
desafia-os, por meio da tecnologia, à qual a maioria deles está acostumada, assim facilitando a
interatividade. Utilizando cada vez menos o quadro-negro, o livro didático, aumentando a
utilização das novas tecnologias e vai desaparecendo aos poucos o professor conteudista.
O professor pode utilizar as tecnologias para beneficiar o aprendizado se seus
estudantes, assim proporcionando a eles a oportunidade de uma aprendizagem significativa.
[...]o surgimento da informática e da telemática proporcionando a seus usuários – e
entre eles, obviamente, alunos e professores – a oportunidade de desenvolver a
autoaprendizagem e a interaprendizagem a distância, a partir dos
microcomputadores que se encontram nas bibliotecas, nas residências , nos
escritórios, nos locais de trabalho; fazendo surgirem novas formas de se construir o
conhecimento [...] (MORAN, 2000, p. 136).
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Esse universo digital que se amplia continuamente exige que os estudantes
desenvolvam habilidades para analisar e avaliar a informação digital, para usá-la de forma
segura e participativa. As tecnologias permitem aos estudantes várias possibilidades, se
utilizadas de forma consciente (LÉVY, 1999). Quanto mais diversificadas, complexas e
relacionadas forem as práticas em computadores e ambientes digitais, melhor será o
desenvolvimento dos alunos.
Os estudantes têm que saber tirar proveito das leituras e informações a que temos
acesso com a internet para que possam tornar-se cidadãos informados, ativos, críticos e que
usufruem, com segurança e responsabilidade, das oportunidades que são oferecidas nos
ambientes digitais. Por isso a escola é muito importante na formação de pessoas que vão se
beneficiar com as novas tecnologias.
Confiar no aluno; acreditar que ele é capaz de assumir a responsabilidade pelo seu
processo de aprendizagem junto conosco; assumir que o aluno, apesar de sua idade,
é capaz de retribuir atitudes adultas de respeito, de diálogo, de responsabilidade, de
arcar com as consequências de seus atos, de profissionalismo, quando tratado como
tal; desenvolver habilidades para trabalhar com tecnologias que em geral não
dominamos, para que nossos encontros com os alunos sejam mais interessantes e
motivadores- todos esses comportamentos exigem,certamente, uma grande mudança
de mentalidade, de valores e de atitude de nossa parte (MORAN, 2000, p. 142).
Sabemos que nem todos têm acesso as novas tecnologias, e não podemos nos enganar
achando que os que têm acesso fazem uso de forma adequada, produtiva e explorando os
vários recursos que esses ambientes disponibilizam, por isso o papel do professor como
orientador, facilitador, mediador desse processo é muito importante, por isso deve estar
preparado, conhecer o que o universo digital oferece, as formas de trabalhar com essas
ferramentas e informações em um contexto pedagógico.
De acordo com Cox (2003), o uso das tecnologias na escola, auxilia na criação de
atividades produtivas, em que os estudantes são criadores de conteúdo e envolvem-se em
situações de aprendizagem significativas. Oferecer uma aula diferenciada na sala de
informática significa oferecer aos alunos um mundo que faz sentido para eles, que precisam
conhecer melhor esse universo, apropriar-se de suas ferramentas e constituírem-se como
cidadãos no ambiente digital assim como nos não digitais.
Por meio dos computadores os estudantes se conectam em redes, exercem o direito de
serem vistos e ouvidos e encontram oportunidades para a formação de vínculos sociais.
A utilização das novas tecnologias pode trazer benefícios e malefícios, diante disso o
docente orienta seus alunos que nós somos as melhores tecnologias, pois raciocinamos e
podemos fazer escolhas sobre o que achamos melhor para nossa vida, desenvolvendo em seu
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estudante atitude que o beneficie e altere seu modo de pensar, se expressar e comunicar.
Não significa que o livro didático e o professor serão substituídos, nem tem como,
pois, são muito importantes, somente o docente e o aluno juntos poderão descobrir novos
caminhos para aquisição do saber. Proporcionar um ambiente de ensino e aprendizagem
agradável, que ofereça oportunidades para que seus estudantes pesquisem e participem com
autonomia. Sabendo que o computador é um auxiliar, sempre disponível e muito útil quando
bem utilizado.
A pesquisa pela internet é muito rápida, facilitou e muito para todos, sendo que antes
ou até hoje pra quem não tem acesso, tem que sair de casa e procurar uma biblioteca, mas tem
o lado negativo, pois a pesquisa pelo computador exige atenção, pois são várias respostas para
a mesma busca, o docente faz a mediação para que o estudante saiba selecionar o que
pretende. O aprendizado torna-se mais significativo quando aprendemos de acordo com a
nossa realidade, relacionamos, estabelecemos vínculos, o que não fazia sentido integra-se ao
nosso cotidiano.
O computador pode ser usado também como ferramenta educacional. Segundo esta
modalidade o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a
ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo, e, portanto, o aprendizado ocorre
pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador [...].
(VALENTE, 1993, p. 12).
O computador proporciona uma aprendizagem significativa, pois o aluno tem a
possibilidade executar tarefas e buscar diversas informações com a mediação do professor.
Ainda Valente (1993), certifica que o objetivo da utilização do computador na escola não
deve ser centrado no que o aluno desenvolve, mas na filosofia de uso do computador e como
ele está facilitando a assimilação de conceitos que permeiam as diversas atividades.
Não é porque vivemos na era digital que o professor tenha que saber tudo sobre as
novas tecnologias, mas ele deve saber o suficiente para saber orientar seu aluno sobre o que é
positivo e negativo para sua aprendizagem, é a mudança do tradicional para o interativo.
Essas ferramentas tecnológicas fazem parte do cotidiano de grande parte dos
estudantes, o docente pode utilizá-las como benefício no aprendizado deles, adaptando sua
aula no ritmo de cada um, não temer ser substituído por elas, mas sim como um auxílio que
pode inovar de forma positiva as aulas.
Pesquisa de Campo
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Objetivos
Teve-se como principal objetivo verificar se o docente utiliza ferramentas tecnológicas
durante o processo de ensino-aprendizagem.
Metodologia
O presente trabalho utilizou-se de levantamento bibliográfico sobre o uso das novas
tecnologias e o papel docente. Além disso, buscou-se também verificar se os professores se
consideram aptos para mediar esse processo de utilização de recursos inovadores
incorporados à sua prática pedagógica.
Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo qualitativa e quantitativa utilizando
como ferramenta um questionário contendo cinco (05) perguntas, sendo duas (02) fechadas e
três (03) abertas.
Sujeitos
Tabela 01. Perfis dos sujeitos que participaram da pesquisa de campo.
SUJEITO
IDADE
GÊNERO
TEMPO
FORMAÇÃO
ESCOLA
Licenciatura
Estadual
FORMAÇÃO
A
45
Feminino
15 anos
em Pedagogia
B
51
Feminino
20 anos
Licenciatura
Estadual
em Pedagogia
C
40
Feminino
10 anos
Licenciatura
Estadual
em Pedagogia
D
35
Feminino
5 anos
Licenciatura
Estadual
em Pedagogia
Fonte: Autoria própria.
A presente pesquisa contou com a participação de quatro (04) professores do ensino
fundamental I de instituições públicas localizadas na cidade de São Paulo.
Para preservar a identidade dos docentes foram nomeados de A, B, C, D. Como
critério de escolha dos docentes levou-se em consideração o fato de atuar na rede pública e
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em escolas com laboratório de informática à disposição dos professores, independente da
quantidade de equipamento disponível. Antes do questionário foi entregue a cada professor
um termo de consentimento livre e esclarecido para que eles lessem e assinassem, caso
concordassem com a participação na pesquisa e utilização das informações concedidas em
ambiente acadêmico.
Análise dos dados
Para análise dos dados, seguem sequencialmente as perguntas acompanhadas das
respectivas discussões com base nas informações coletadas.
1 - Você considera importante incluir o uso de ferramentas tecnológicas como o
computador, por exemplo, nas escolas para auxiliar no processo de aprendizagem dos
alunos?
A primeira pergunta teve como objetivo saber se os docentes acreditam que as novas
tecnologias auxiliam no processo de aprendizagem dos estudantes.
( ) SIM
( ) NÃO
Os quatro sujeitos pesquisados consideram importante incluir ferramentas tecnológicas
no processo de aprendizagem dos estudantes.
2 – Você já usou o laboratório de informática?
( ) SIM
( ) NÃO
Novamente houve unanimidade nas respostas. Pode-se considerar que por algum
motivo os professores já fizeram uso do laboratório de informática, mas devido à questão ser
fechada não há como garantir que a utilização se deu durante as aulas do referido docente.
3 - Cite alguns aspectos positivos e/ou negativos sobre o uso do computador na escola.
A pergunta teve o intuito de investigar o que o docente considera importante ou não no uso do
computador na escola e sua influência na aprendizagem.
Os professores acreditam que as tecnologias trazem benefícios para aprendizagem. A
educadora A respondeu que o uso de computadores proporciona novas formas de ensinar e
aprender '' de maneira criativa, reflexiva, crítica e construtiva'', a resposta deste docente
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assemelha-se com o que fala o autor Levy (1999) O novo perfil do professor destaca-se em
variados papéis, seja mediador, orientador da aprendizagem, comunicativo, criativo, em
constante aperfeiçoamento, flexível e também buscando sempre motivar, liderar, coordenar e
adaptar-se a diversas situações.
A educadora B diz que '' serve para pesquisas mais aprofundadas, para desenvolver o
raciocínio com alguns jogos e para uma formação mais ampla''. A educadora C acredita que ''
é uma forma de dinamizar as aulas diversificando e atendendo os que não têm esses recursos
em casa, possibilitando que o aluno tenha um desenvolvimento pedagógico satisfatório em
equilíbrio com os que fazem uso desses recursos frequentemente. A educadora D diz que ''as
crianças se interessam mais em aprender usando o computador e de certa forma eles estão se
divertindo. ''
4- Você encontra dificuldades para usar essas ferramentas tecnológicas. Se a resposta
for sim, explique em quais aspectos?
A pergunta teve o objetivo de verificar se há dificuldades para o uso das tecnologias
que estão à disposição dos professores na escola, seja em relação ao uso do laboratório de
informática, à formação do professor ou até mesmo recusa ou resistência de alunos e/ou
docente.
A educadora A relata que a maior dificuldade para o uso das ferramentas
tecnológicas, no caso o computador, é que “não há o suficiente para todos os alunos.” A
educadora B diz “não encontro objeção, procuro sempre estar atualizada, para que não fique
uma educação ultrapassada". Nesse caso, pode-se considerar que a docente respondeu a
questão relacionando-a com a sua prática docente. A educadora C acredita que, por meio do
uso do computador as crianças podem fazer "pesquisas na internet, jogos eletrônicos, até
mesmo leitura eletrônica." Pode-se dizer que não houve uma resposta direta sobre encontrar
ou não dificuldades. A educadora D diz que não encontra dificuldades para o uso das
ferramentas tecnológicas, sem mais a acrescentar.
5- Você considera ter adquirido, durante sua formação docente, conhecimento suficiente
para o uso de novas tecnologias? Justifique sua resposta.
Nesta questão pretende-se saber um pouco mais sobre a formação inicial e continuada dos
docentes e se eles procuram manter-se atualizados.
Nessa questão os pesquisados tinham três opções de resposta: “SIM”,
“PARCIALMENTE”, “NÃO”.
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Percebe-se que a maioria das docentes acredita que sua formação seja insuficiente
para o uso das ferramentas tecnológicas, o que nos remete à fala de Libâneo (2013): [...]” é
preciso colocar a autoformação contínua como requisito da formação docente [...]”.
Dos sujeitos, 3 responderam não ter adquirido conhecimento suficiente e consideram
a necessidade de formação continuada. Somente 1 pesquisado respondeu sim sem
justificativa.
Dessa forma, A docente A respondeu que não, pois tudo que aprendeu foi fazendo
cursos por conta própria. "Em minha formação não aprendi nada sobre as novas tecnologias.
A docente B acredita que sua formação é suficiente para o uso das ferramentas. A docente C
considera: “temos que nos reciclar continuamente, pois as tecnologias evoluem rapidamente e
a maioria dos meus alunos está sempre atualizada e em contato com essas tecnologias.” “O
professor deve estar em constante formação”. A docente D acredita que sua formação “não foi
suficiente”, mas não acrescentou se busca ou não adquirir novos conhecimentos ou de que
maneira se mantém atualizado, considerando o fato de que na questão 3 respondeu não
encontrar nenhuma dificuldade no uso das ferramentas tecnológicas.
CONSIDERAÇÕES
Sobre a prática e o preparo dos professores para lidar com o novo público de alunos
abordamos a importância do uso das novas tecnologias para auxiliar a aprendizagem e foi
constatado por meio de estudos onde autores como Lévy e Moran afirmam que com a
utilização dessas ferramentas os estudantes tem possibilidades de aprender de maneira
significativa se utilizar de forma consciente, por isso o papel do docente de mediador é
essencial.
Considerando o avanço tecnológico como um processo irreversível, cabe ao docente
adaptar-se a um possível novo modelo de educação e adequá-lo às necessidades dos alunos
com quem compartilha informações.
A escola não precisa se preocupar em acompanhar o ritmo da evolução tecnológica,
basta ter consciência de que existem potencialidades pedagógicas nas tecnologias. Nem tudo
que surge de novo pode ser considerado com potencial, o docente precisa conhecer e testar
primeiro para depois adequar e incorporar à sua prática pedagógica.
A ferramenta sozinha não auxilia nem muda ninguém. É preciso que as mudanças
ocorram de dentro pra fora, querer mudar, inovar é o que faz ter verdadeiro significado para
quem se encontra em processo de formação.
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A utilização de recursos tecnológicos, conforme a análise de pesquisa requer que os
docentes
tenham
conhecimentos
específicos
para
aplicação
e
adequação
desses
conhecimentos à sua prática pedagógica e que nem sempre os cursos de formação consideram
essas tecnologias, o que faz com que os docentes busquem conhecimento em outros
ambientes que nem sempre garantem qualidade do aprendizado. E não há formação
continuada neste sentido, o que dificulta a intervenção do docente na sala de informática.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Mec./ SEE, 1997.
COX, K. C. Informática na educação escolar. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
(Coleção polêmicas do nosso tempo, 87)
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. Campinas, SP:
Papirus, 2007. (Coleção Papirus Educação).
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era da informática.
Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
______. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p. (Coleção TRANS)
______. Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora
34, 2001.
LIBÂNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e
profissão docente. São Paulo: Cortez, 2013. (Coleção questões da nossa época. v. 2)
MORAN, J. M. Novas Tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.
(Coleção Papirus educação)
NÓVOA, A. Os professores e sua formação. 2 ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995.
VALENTE, J. A. Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas, São
Paulo: UNICAMP/NIED, 1993.
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