75 Influência da época e do horário de colheita nos teores de óleo essencial e de taninos em couve-cravinho (Porophyllum ruderale) (Jacq.) Cassini 1* 1 2 FONSECA, M.C.M. ; CASALI, V.W.D. ; BARBOSA, L.C.A. 2 Depto. Fitotecnia-Universidade Federal de Viçosa, Caixa Postal 73, Viçosa - MG, CEP:36570-000; Depto. QuímicaUniversidade Federal de Viçosa, Caixa Postal 73, Viçosa - MG, CEP:36570-000; *[email protected] 1 RESUMO: O presente trabalho visou obter informações sobre a influência do horário e da época de colheita nos teores de óleo essencial e de tanino em couve-cravinho (Porophyllum ruderale). Os experimentos foram conduzidos, em casa de vegetação e em campo, na Universidade Federal de Viçosa, nos período de junho a outubro de 2000 e janeiro a maio de 2001, respectivamente. Foram realizadas extrações de óleo essencial e determinação no teor de taninos durante o desenvolvimento da planta, e nos três horários de colheita (7, 13 e 18 horas). O teor de óleo essencial foi menor na colheita realizada às 18 horas, e não diferiu significativamente entre as colheitas de 7 e 13 horas. O maior teor de tanino foi obtido na colheita de 18 horas. Na préfloração, o conteúdo de óleo essencial das folhas foi maior comparado às outras fases da planta. Houve aumento contínuo do teor de tanino até a planta completar seu ciclo de 120 dias. Palavras-chave: Porophyllum, taninos, metabolismo secundário, plantas medicinais, óleos essenciais. ABSTRACT: Influence of the season and harvest time in essential oil and tannin yield in couve-cravinho (Porophyllum ruderale) (Jacq.) Cassini. The influence of the period and the time of day for harvesting the essential oil and tannin yield in couve-cravinho (Porophyllum ruderale) were evaluated in an experiment conducted in a green house and in the field at the Federal University of Viçosa (Brazil) from June to October, 2000, and January to May, 2001. The extraction of essential oil and tannin was done during the plant development and during the harvest done three times of the day (7 a.m., 13 p.m., and 6 p.m.). The yield of essential oil was lower in the harvest done at 6 pm and there was no significant difference between harvest conducted at 7 am and at 13 pm. Higher yield of tannin was obtained with harvested conducted at 6 pm. Just before blooming stage, the leaf essential oil content was higher as compared to the others plant stages. There was a continuous increase of tannin yield until the plant completed its 120-day cycle. Key words: Porophyllum, tannins, secondary metabolism, medicinal plants., essential oils. INTRODUÇÃO Diversos estudos químicos e farmacológicos têm sido realizados com espécies da flora nativa, ressaltando as potencialidades de várias delas, bem como a necessidade de maiores estudos na riquíssima flora tropical brasileira (Brito & Brito, 1993). A espécie Porophyllum ruderale (Jacq.) Cassini, erva ruderal e aromática, pertence à família Asteraceae. Dentre os nomes comuns, encontramse várias sinonímias: couve-cravinho, erva-fresca, erva-de-veado, arnica-brasileira, arnica-do-campo, arruda-de-galinha, cravo-de-urubu e picão-branco. Considera-se o centro de origem desta espécie a América do Sul, sendo amplamente distribuída por todas as regiões do Brasil (Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul) (Galina et al., 1998). Na medicina popular, Porophyllum ruderale é utilizada como cicatrizante e antiinflamatória (Silva et al., 1996), antifúngica (DevincenziI et al., 1996), antibacteriana, calmante, contra hipertensão arterial, Recebido para publicação em 05/07/2005 Aceito para publicação em 15/03/2006 Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.9, n.2, p.75-79, 2007. 76 contra leishmaniose, no tratamento de edemas e traumatismos, após picada de cobra e nas doenças reumáticas, assim como de inflamações do aparelho genital, dores em geral, machucadura interna causada por batidas (Marquesini, 1996). As espécies do gênero Porophyllum são amplamente utilizadas na medicina popular das Américas do Sul e Central. No entanto, poucas espécies têm sido estudadas quimica e agronomicamente (Locock et al., 1966; Wagner et al., 1972; Herz et al., 1979; Bohlmann et al., 1980; Bohlmann et al., 1983; van Baren et al., 1994; Guillet et al., 1998). Em se tratando de plantas medicinais, os estudos na área fitoquímica têm avançado consideravelmente, porém sem a contrapartida agronômica; em vista disso, pesquisas abordando aspectos fitotécnicos tornam-se necessárias (Mattos, 1996). Considerando a deficiência de informações fitotécnicas e fitoquímicas sobre Porophyllum ruderale, o objetivo do trabalho foi obter informações quanto ao horário de colheita e quanto a fase da planta, visando obter os maiores teores de óleo essencial e de taninos. MATERIAL E MÉTODO A espécie Porophyllum ruderale foi taxonomicamente identificada e incorporada ao acervo do Herbário VIC (Herbário de Viçosa) sob o número 25169. Experimento 1 – Época de colheita O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, no período de janeiro a maio de 2001. A semeadura foi feita em bandejas de isopor contendo 128 células e terra como substrato, no dia 23 de janeiro. Realizou-se o transplantio das mudas para vasos de 8 litros, contendo solo e 30% de húmus, quando elas tinham aproximadamente 30 dias. A irrigação foi feita manualmente, por meio de mangueira, até o umidecimento do solo. As plantas foram coletadas em intervalos regulares de 15 dias, a partir de 30 dias após o transplantio, até completar o ciclo da planta (120 dias), sendo a altura de corte das plantas rente ao solo. Os tratamentos consistiram de cinco épocas de colheita, realizadas quinzenalmente, até que a planta completasse o seu ciclo. O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições e duas plantas por parcela, totalizando 40 plantas. As extrações de óleo essencial e tanino foram realizadas no Laboratório de Melhoramento de Hortaliças, quinzenalmente, ao longo do ciclo da planta. Na extração do óleo essencial das folhas frescas e botões florais de Porophyllum ruderale foi utilizado o aparelho Clevenger modificado, adaptado a um balão de fundo redondo com capacidade de 1000 mL (Skrubis, 1982; Ming et al., 1996), sendo cada repetição composta por 100g do material vegetal. O hidrolato obtido após 60 minutos de extração foi colocado em funil de separação e adicionou-se pentano (3 x 30 mL) visando separar a fase aquosa da fase orgânica. Retirou-se o pentano em evaporador rotativo, obtendo assim o óleo essencial. O óleo foi transferido para frascos de vidro rosqueados, pesados anteriormente em balança analítica, obtendo-se assim o teor de óleo essencial. Na extração de tanino utilizou-se 100 mg da folha desidratada e triturada, sendo adotado na determinação de tanino o método preconizado pela Association of Official Analitical Chemists (AOAC, 1970). Fundamenta-se na redução do ácido fosfomolibídico – fosfotungístico pelos taninos, em meio básico, produzindo coloração azul forte, que é quantificada espectrofotometricamente no comprimento de onda 760 nm. Os dados foram interpretados estatisticamente por análises de variância e regressão. A análise estatística foi feita no programa SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas). As médias foram comparadas pelo teste de Tukey, adotando-se o nível de 5% de probabilidade. As equações foram ajustadas testando-se os coeficientes de determinação pelo teste F. Experimento 2 – Horário de colheita O experimento foi conduzido no Viveiro de Plantas Ornamentais da UFV (Departamento de Fitotecnia), no período de junho a outubro de 2000. As mudas foram obtidas a partir de sementes. Utilizou-se bandeja de isopor composta por 128 células, em cada célula foram colocadas três sementes. Utilizou-se solo como substrato. O transplantio para o campo foi realizado em agosto, no espaçamento de 40 cm entre linhas e plantas, quando as mudas atingiram cerca de 15 cm de altura. Na adubação, foi utilizado 0,5 L de húmus por cova. A irrigação foi feita quando necessária, além de capinas manuais periódicas quando a presença de plantas indesejáveis se tornava excessiva. Os tratamentos consistiram de três horários de colheita (7, 13 e 18 horas), na fase de pré-floração da planta. A altura de corte das plantas foi rente ao solo, quando a planta se encontrava na fase de pré-floração. O delineamento foi blocos casualizados, com sete repetições e quatro plantas por parcela, totalizando 84 plantas numa área útil de 10 m2. A quantidade de material vegetal e os métodos de extração do óleo essencial e do tanino foram os mesmos do experimento 1. Os resultados foram analisados estatisticamente por meio de análise de variância. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey, adotando-se o nível de 5% de probabilidade. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.9, n.2, p.75-79, 2007. 77 RESULTADO E DISCUSSÃO Experimento 1 – Época de colheita Verificou-se que nas plantas colhidas aos 105 dias após o plantio, período de pré-floração, houve maior teor de óleo do que em outras épocas (Tabela 3). Resultado que concorda com o obtido por Correa Junior (1991), em trabalho realizado com Melissa e Mentha. O teor de óleo essencial diminuiu entre 60 e 75 dias (Figura 1-B). Neste período a planta estava emitindo folhas novas, e o número de ductos foliares que armazenam o óleo essencial aumentam à medida que a folha se desenvolve (Fonseca, 2001)1. Por isso, houve efeito de diluição no teor de óleo essencial. Observou-se o aumento no teor de óleo essencial a partir dos 75 dias, atingindo-se o pico de produção na fase de pré-floração (105 dias). A partir desta fase verifica-se o decréscimo no teor de óleo das folhas (Figura 1-B), e aumento proporcional de óleo nos botões florais, promovendo a defesa e favorecendo a propagação da espécie (Harborne, 1993). O teor de tanino teve aumento contínuo durante o ciclo da planta (Figura 1-A e Tabela 4), resultado semelhante ao observado por Monteiro (1986) e Monteiro et al. (1995) trabalhando com Porophyllum lanceolatum. Os dados corroboram a relação com a defesa da planta favorecendo a sobrevivência durante o seu ciclo conforme Santos & Mello, 2002. TABELA 1. Teor de óleo essencial (mg de óleo essencial 100g-1 de folhas frescas), em plantas de Porophyllum ruderale, nos horários de colheita. Viçosa/ MG, UFV, outubro de 2001. As Figuras 1 (A e B) apresentam a estimativa dos teores de óleo essencial e de tanino ao longo do desenvolvimento de Porophyllum ruderale. Experimento 2 – Horário de colheita O teor de óleo essencial foi maior nas colheitas realizadas às 7 e às 13 horas e menor na colheita realizada às 18 horas (Tabela 1). É interessante destacar a visita de abelhas, durante o período da manhã, entre 7 e 13 horas, na fase de floração. Atualmente, considera-se a existência de funções ecológicas dos óleos essenciais. O aroma destes óleos voláteis pode estar envolvido na atração de polinizadores. Daí a presença de maior teor coincidindo com os horários de maior visita das abelhas e das borboletas que são insetos atraídos por aromas de diversas flores (Harborne, 1993). O maior teor de tanino foi na colheita das 18 horas (Tabela 2). O papel biológico dos taninos, assim como dos óleos essenciais, nas plantas tem sido investigado e admite-se que estejam envolvidos na defesa química contra herbívoros ou invertebrados e contra microrganismos patogênicos (Mole & Waterman, 1987a; 1987b; Butler, 1989; Bernays et al., 1989; Santos & Mello, 2002). Sendo assim, o conhecimento do horário de colheita ideal das plantas e da influência do ambiente, visando obter maiores teores de princípios ativos, é fundamental nas decisões agronômicas de cultivo e colheita. TABELA 2. Teor de tanino (%), em plantas de Porophyllum ruderale, nos horários de colheita. Viçosa/ MG, UFV, outubro de 2001. As médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. TABELA 3 .Teor de óleo essencial (mg de óleo essencial 100 g-1 de folhas frescas) durante o desenvolvimento de plantas de Porophyllum ruderale. Viçosa/ MG, UFV, março a maio de 2001. As médias seguidas de mesma letra na linha não diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. 1 Fonseca, M.C.M. Comunicação pessoal, 2001. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.9, n.2, p.75-79, 2007. 78 TABELA 4. Teor de tanino (%) durante o desenvolvimento em plantas de Porophyllum ruderale. Viçosa/ MG, UFV, março a maio de 2001. As médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. A B FIGURA 1: (A) - Estimativa do rendimento de tanino, (B) - Estimativa do teor de óleo essencial, em Porophyllum ruderale em função do tempo. Viçosa/ MG, UFV, março a maio de 2001. CONCLUSÃO - O melhor horário de colheita visando maior teor de óleo essencial é na parte da manhã e visando maior teor de tanino é no final da tarde. - A melhor época de colheita visando maior teor de óleo essencial é no período de pré-floração e visando maior teor de tanino é no final do ciclo de Porophyllum ruderale (aproximadamente 120 dias). AGRADECIMENTO Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) pela concessão da bolsa de estudo e aos funcionários Francisco Glicério Ribeiro, Domingos Sávio da Silva e Itamar Duarte Santos pelo auxílio no laboratório. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AOAC. Official methods of analysis. 11. ed. Washington, 1970. 1015p. BERNAYS, E.A.; COOPER DRIVER, G.; BILGENER, M. Herbivores and plants tannins. Advances in Ecological Research, v.19, p.263-302, 1989. BRITO, A.R.M.S.; BRITO, A.A.S. Forty years of brazilian medicinal plant research. Journal of Ethnopharmacology, v.39, p.53-67, 1993. BOHLMANN, F. et al. A diethienylacetylene from Porophyllum ruderale. Phytochemistry, v.19, n.12, p.2760, 1983. BOHLMANN, F. et al. Thymol derivatives from Porophyllum riedelii. Phytochemistry, v.22, n.4, p.10356, 1980. BUTLER, L.G. Effects of condensed tannin on animal nutrition. In: HEMINGWAY, R.W.; KERCHESY, J.J.; BRANHAM, S.J. (Eds.). Chemistry and significance of condensed tannins. 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