Histologia II

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16/11/05
Sistema Urinário
Transcrição e digitação – Ana Carolina (T. 04)
Professora – Alessandra
Histologia II
Sistema Urinário
Serve para eliminar substâncias que não serão mais utilizadas pelo organismo através daurina.
Esta urina é produzida nos rins. Esta, através dos ureteres, que são ductos mais alongados que desembocam na
bexiga, passa à esta, que é um órgão muscular que permite distensão, onde fica armazenada, e a uretra, por onde a urina
sai do organismo.
Rim
Pode se dividido em duas partes:
Cortical – toda a periferia, que aparece mais clara, e as colunas renais, que são faixas que se estendem para a região
interna, as quais se localizam entre a pirâmides renais. É onde ocorre a filtração do sangue, pois é onde existem várias
estruturas, chamadas de nefrons, que atuam filtrando o sangue, formando a urina.
Medular – região de aspecto estriado, formada pelas pirâmides renais. Nesta região é observada a formação das vias
secretoras. Há os cálices menores, que vão coletando a urina e vão se unir para forma os cálices maiores, e estes se unem,
formando a região da pelve renal, que segue então para o ureter.
Nesta região, onde é observada a pelve renal, é possível conservar a saída da artéria renal, das veias. É esta a
região chamada de hilo.
Depois de formado o filtrado, este segue para a região medular, passando pelos tubos coletores localizados nesta
região medular.
A base da pirâmide fica voltada para a região cortical. A urina formada vai migrar no espaço que corresponde ao
cálice menor estando o ápice votado para o cálice menor. E a porção chamada de papila renal, na ponta da pirâmide, onde
há vários orifícios, que são os ductos coletores que desembocam naquela região.
No rim, então, uma porção cortical, uma porção medular e uma cápsula de tecido conjuntivo envolvendo o órgão.
Os cálices menores coletam a urina. Eles se unem formando cálices maiores.
Na região cortical é onde ocorre a filtração do sangue; onde há néfrons (onde tem o glomérulo renal).
A urina se forma na porção cortical, passa ao cálice menor, daí à papila renal, e desta para a área crivosa, onde
existe vários orifícios, como se fosse uma peneira onde os ductos coletores estão perfurando.
Organização do sistema de túbulos
Unidade fundamental – nefron
Corpúsculo renal – cápsula de Bowman e glomérulo renal (emaranhado de capilares, por onde o sangue passa e é
filtrado).
Obs: estes capilares são do tipo fenestrado, mas os poros não têm diafragma, permitindo a livre passagem das substâncias
através da parede de células endoteliais.
A arteríola aferente se ramifica em capilares e tem-se a saída pela arteríola eferente. Então, o filtrado começa a
passar para o espaço e é recolhido por um sistema de túbulos, que servem de passagem para o filtrado. A medida em que
o filtrado vai passando por esse sistema de túbulos, este vai reabsorvendo as substâncias que ainda são necessárias ao
organismo, através das paredes desses túbulos. Portanto, não se tratam apenas de via de passagem, eles também atuam
na reabsorção de substâncias.
A primeira porção, que é bastante curva, toda contorcida, é o chamado de túbulo contorcido proximal. Ele fica na
região cortical do rim. Depois desse, segue uma alça bastante longa que vai à região medular e volta para a região cortical.
Esta alça longa, em forma de U, recebe o nome de alça de Henle. Quando volta, observa-se novamente um aspecto
contorcido, chamado túbulo contorcido distal.
O filtrado, depois de passar por todos esses túbulos, vai desembocar num sistema coletor, entrando no tubo coletor.
Este, a princípio, é arqueado, chamado por isso também de tubos coletores arqueados. E vários ductos coletores
desembocam num único ducto coletor, e é este que vai gotejar a urina na região da papila renal, sendo esta recolhida pelo
cálice menor.
Existem dois tipos de néfrons:
- Corticais – são a maioria dos néfrons; se espalham por toda região cortical
- Justamedulares – ficam bem próximos da região limite entre a região cortical e a região medular; são estes os mais
importantes na formação da urina, porque a alça de Henle dos néfrons corticais chega à medula, mas não vai a tanta
profundidade quanto chega a alça de Henle dos nefrons justamedulares, onde são mais envolvidas com o tecido conjuntivo.
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Sistema Urinário
Córtex – corpúsculo renal ou de Malpighi, túbulo contorcido proximal, túbulo contorcido distal
Medular – alça de Henle e tubo coletor.
. Glomérulo
Formado por vários capilares fenestrados, sem diafragma, entre os quais há células que são chamadas de células
mesangiais, que tem várias funções no meio dos glomérulos, localizadas dentro do conjuntivo. Essas células apresentam
diversas funções no meio dos capilares. Elas são células fagocitárias.
A membrana basal é responsável por filtrar o sangue. Então, toda vez que passam várias proteínas, pela pressão do
sangue, que é muito grande no nível dos capilares, assim como outras diversas substâncias que tentam passar pela
barreira de filtração, que é a lâmina basal, ela ficam impedidas por esta por um tempo, ficando ela saturada. Com isso,
então, as células mesagiais fazem a fagocitose no sentido de renovar esta lâmina basal. Além disso, dá apoio aos capilares.
As células mesangiais também têm um receptor para angiotensina II, que, quando na circulação, vai fazer com que
essas células se contraiam, podendo, dessa forma, controlar o fluxo sangüíneo.
. Cápsula de Bowman
A porção mais externa da cápsula é formada por epitélio pavimentoso simples, que se continua sobre os capilares
(ao redor). Mas, sobre os capilares, o epitélio sofre uma diferenciação. Ele não se apresenta idêntico ao da porção mais
externa. Nele aparecem os podócitos, que são células que apresentam várias projeções citoplasmáticas, abraçando como
um “polvo” os capilares.
Então, são observados dois folhetos: um parietal, mais externo, com epitélio pavimentoso simples e um folheto
visceral, voltado para os capilares, com os podócitos.
Entre o folheto visceral e o folheto parietal, existe um espaço, que é o espaço capsular. É onde o filtrado começa a
gotejar. Foi filtrado através da lâmina basal, ficando entre os podócitos e as células endoteliais, e sendo recolhido pela
primeira porção, que é o túbulo contorcido proximal.
Os folhetos se apresentam da seguinte forma:
- folheto parietal – epitélio pavimentoso simples
- folheto visceral – podócitos (com núcleo mais esférico), que formam projeções primárias e destes, projeções
secundárias, que ficam intercruzados, sendo chamados de pedicelos.
Obs: entre os pedicelos há um espaço, que a chamada fenda de filtração. É por esta fenda que o filtrado passa.
. Barreira de filtração
É promovida pela lâmina basal. Ela é bastante espessa, devido ao fato de existe uma fusão entre a lâmina basal da
célula endotelial e a lâmina basal dos podócitos. É formada por:
- lâmina rara interna – voltada para a célula endotelial; observa-se a presença de fibronectina, que vai aderir as células
endoteliais e podócitos à lâmina basal.
- lâmina densa – é uma camada mais densa, que fica no meio; apresenta colágeno tipo IV e laminina, que formam uma
rede que serve como barreira para diversas moléculas. Então, as moléculas maiores não conseguem passar nessa rede.
- lâmina rara externa – fica voltada para os podócitos presença de fibronectina, que vai aderir as células endoteliais e
podócitos à lâmina basal.
. Túbulo contornado proximal
Apresenta epitélio cúbico simples, várias microvilosidades grandes, que se projetam para a luz do túbulo contorcido,
sendo também chamada de orla em escova. Aqui, também é encontrada uma grande quantidade de mitocôndrias que
fornece energia para os transportes ativos que ocorrem nesta via. Estas células vão então reabsorver dos túbulos para o
conjuntivo.
A luz do túbulo proximal pode parece menor, mais estreita, devido ao fato dela apresentar várias microvilosidades.
Mas isto é um artefato de técnica, pois in vivo esta luz se apresenta bem evidente.
As células desse túbulo são bastante acidófilas, bem mais coradas do que no túbulo distal. Esta característica é
dada pelo fato de apresentar um grande número de mitocôndrias.
É nesta região, que diversas substâncias são reabsorvidas, como glicose, aminoácidos, proteínas, sódio e água.
Elas retornam para o conjuntivo e deste para o interior dos capilares sangüíneos.
Esta região também secreta creatinina. No exame de urina, quando se observa uma grande quantidade de
creatinina, isto indica uma baixa taxa de filtração pelos nefrons. Isto porque a creatinina passa livremente pela membrana
de filtração. Então, quando ela deixa de passar pela membrana basal, e se tem uma queda da taxa de creatinina, o túbulo
contorcido proximal começa a secretar uma maior quantidade de creatinina. Como não esta passando pela membrana
basal, o túbulo contorcido proximal vai secretar uma maior quantidade de creatinina.
. Alça de Henle
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Sistema Urinário
É uma porção tubular, que segue para a região medular, ficando em contato com uma maior quantidade de
conjuntivo.
Tem-se uma maior concentração de água na alça e uma menor no conjuntivo. Mas essa quantidade de água vai ter
de fica em maior quantidade no conjuntivo. Para isso, ela vai ter de sair da estrutura tubular e passar para o conjuntivo.
Então, é nesta alça de Henle em que vai se observada a retenção de água para o organismo.
A água que sai do túbulo contorcido proximal não retorna a alça de Henle, formando-se uma urina concentrada,
hipertônica.
Nesta alça são observadas duas porções:
- Porção delgada – epitélio pavimentoso simples
- Porção espessa – epitélio cúbico simples
. Túbulo contornado distal
Neste, tem-se o epitélio cúbico simples e a presença de microvilosidades, que se apresentam em menor quantidade,
e é por isso que, nos preparados histológicos, a luz se apresenta mais ampla, mais limpa do que a observada no túbulo
contorcido proximal. Além disso, não há muitas mitocôndrias, sendo, por isso, mais claras.
Aqui, observa-se a liberação de íons H+, o que contribui para o equilíbrio ácido-básico.
O túbulo contorcido distal toca a arteríola, principalmente a aferente.
Nesta região onde ele toca a arteríola, o epitélio do túbulo contorcido distal, que era um epitélio cúbico, se torna
mais alto, as células ficam maiores e mais compactadas e seus núcleos ficam então bem mais próximos uns dos outros.
Assim, é observada uma mancha nesta região devido à disposição dos núcleos, ficando mais escura que o restante das
estruturas. E é essa mancha próxima ao pólo vascular é a chamada mácula densa.
A mácula densa tem uma função sensorial: ela percebe o volume hídrico e iônico naquela região. Quando a pressão
está baixa, ela estimula as células da parede das arteríolas, onde há células especializadas, que são as chamadas células
justaglomerulares.
Obs: algumas das células musculares das arteríolas se diferenciam em células justaglomerulares.
São estas células justaglomerulares que vão secretar renina, a qual ativa a cascata de angiotensinogênio para
formar angiotensina II que se liga às células mesangiais, a qual fica no meio do emaranhado de capilares sangüíneos,
promovendo a contração desses vasos, aumentando-se, assim, a pressão.
Há, então, um controle hídrico pelo próprio sistema de filtração, pois existe o aparelho justaglomerular.
Além das células mesangiais que são atingidas diretamente pela angiotensina II, existem, ainda, as células
extraglomerulares, ocupando o espaço entre as arteríolas e o túbulo distal, com função ainda desconhecida.
. Tubo coletor
Apresenta epitélio cúbico simples. Mas o que caracteriza esta porção é que é possível se observar bem os limites
entre as células.
Um único deste serve para vários néfrons.
Eles ficam mais na região medular, tendo também função de retenção de água no organismo, mantendo a urina
hipertônica.
Com a ação do ADH, promovendo retenção de água, a urina fica concentrada.
Nesta região também existem células no meio do conjuntivo que secretam a eritropoietina (que são produzidas por
células da medula óssea).
Ureter
Num corte transversal, é possível se observar uma mucosa com um epitélio de transição, contendo várias camadas
de células. Estas células podem ser mais globosas quando o ureter está mais relaxado e que pode se distender quando a
urina vai fazendo volume, ficando o epitélio um pouco mais achatado.
Na lâmina própria, é observado tecido conjuntivo e uma grande quantidade de fibras elásticas e são observadas
duas camadas de músculo liso: uma longitudinal interna e uma circular externa.
Bexiga
Apresenta um epitélio de transição, com tecido conjuntivo e fibras elásticas na lâmina própria.
ai se diferençar do ureter pelo fato de apresentar três camadas de músculo liso: uma camada muscular longitudinal
interna, uma longitudinal externa e uma circular média.
As células epiteliais mais superficiais apresentação uma especialização em sua membrana, que são chamadas de
placas de membrana.
Na parte apical, a membrana dessa células é toda invaginada pra dentro da célula. Quando esta célula se distende,
quando a bexiga incha cheia de urina, essas peças se abrem na superfície celular. Essas pregas abertas formam uma
superfície mais espessa, impedindo que a urina passe pelas células e retorne ao conjuntivo, fornecendo, então, uma
barreira osmótica a urina.
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