PERFIL DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUAS ESTRANGEIRA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Luana Arrial Bastos1 - PUCPR Dilmeire Sant`Anna Ramos Vosgerau2 - PUCPR Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo O presente estudo é uma revisão sistemática cujo objetivo foi analisar a qualificação dos professores não nativos de Língua Estrangeira indicada pelas pesquisas científicas. Para isso, nesta revisão sistemática primeiramente concentrou-se na formação dos professores de Língua Estrangeira, isto porque, para a pesquisa final será importante delimitar ou mostrar como se dá a formação dos professores de Língua Estrangeira no Âmbito Educacional. A pesquisa foi efetuada nas bases de dados eletrônicas da CAPES e a palavra-chave utilizada para a busca foi “Formação de Professores” por meio da qual foram encontrados 7.929 artigos. Percebendo-se que o campo era muito amplo, optou-se por delimitar a pesquisa para “Formação de Professores em Língua Estrangeira” e nesta busca encontrou-se 115 artigos, sendo que dentre estes artigos foram selecionados somente os que atendiam ao critério de inclusão, totalizando 12 artigos. A análise de conteúdo, com indicadores definidos "a priori", foi a técnica utilizada: a) foco do estudo; b) ano e local de publicação; c) objetivos; d) participantes; e) instrumentos e f) principais conclusões. A partir desta codificação seguiram-se os seguintes passos: a) organizar a descrição dos estudos em categorias lógicas; b) analisar os resultados dentro de cada categoria; c) sintetizar os resultados transversais aos estudos. Para apresentação e discussão dos resultados utilizou-se a síntese narrativa, um dos métodos mais utilizados nas Revisões Sistemáticas da Literatura. Nos resultados percebemos que os estudos do tema são recentes entre os anos de 2009 e 2012 sendo todos de natureza qualitativa e possuem o mesmo ideário de Almeida Filho (2009); este se preocupa com a formação didático-pedagógica dos professores de Língua Estrangeiras. Palavras-chave: Educação. Formação do professor. Ensino de língua estrangeira. Didática. 1 Pós-graduada em Língua Espanhola pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Ensino – Aprendizagem da Língua Espanhola e suas Literaturas, Estudos de Traduções e Interpretações, Prática Pedagógica, Análise e Elaboração de Materiais Didáticos, Análise do Discurso, Tópicos em Linguística Aplicada, Prática de Textos Escritos e Orais e Norma e Variação do Espanhol. Graduada em Licenciatura – Letras – Língua Portuguesa e Espanhola (2000). Atualmente faz disciplinas isoladas de Mestrado em Educação na PUCPR. Formada no curso de Magistério, com especialização em Pré-Escola. E-mail: [email protected]. 2 PhD em Educação: Technologies Educationelles pela Université de Montréal - Canadá. Professora Adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Pesquisadora Associada do CrifPE - Canadá. E-mail: [email protected]. ISSN 2176-1396 8224 Introdução Esta pesquisa faz um enlace entre as duas áreas Letras e Educação, por meio das questões da língua e cultura e em relação às representações sobre o ensino dos professores não nativos como professores de Língua Estrangeira (LE) e traçando o perfil dos professores de LE e sua formação. Durante minha trajetória como professora de LE ocupei a função de coordenadora em Língua Espanhola, na qual pude ter contato com várias pessoas que desejavam trabalhar como professores de Língua Estrangeira. Nestes anos vivenciando a coordenação e a docência foi possível constatar que existem pessoas que querem e atuam na prática de professores de LE e em sua maioria não possuem qualificação para tanto. Percebi, por meio de vivências e conversas entre outros coordenadores de outras línguas, que existem três tipos de conhecimentos quanto ao perfil de docentes no ensino de LE: os conhecimentos experienciais (conhecimento da língua por ser nativo mesmo ciente de que ninguém se capacita professor por simplesmente ser conhecedor da língua); os conhecimentos acadêmicos e conhecimentos acadêmicos e experienciais. Destes três tipos elencados o terceiro é o professor adequado e ideal para o ensino, mas sabemos que nem toda instituição de ensino de LE prioriza os professores formados e qualificados para o ensino de LE. Por esse motivo, surgiu meu desejo de mostrar um estudo do perfil da formação dos professores não nativos. Este trabalho, especificamente, é uma revisão sistemática, verificando as pesquisas que já existem sobre o tema em questão e seu ideário. Sabemos que existem vários autores (FREIRE, 2001; PERRENOUD, 2002; CRANDALL, 2000; BEHRENS, 1996; BEHRENS; ENS, 2010; MORIN, 2003) que tratam da formação de professores em geral. E, ainda, há autores que tratam sobre a formação de professores de cada área específica, como é o caso de Língua Estrangeiras (ALMEIDA FILHO, 2005, 2009; FRANCO; ALVARENGA, 2012). Franco e Alvarenga (2012), tendo como fundamentação básica o modelo proposto por Almeida Filho (2005, 2009), reforça a importância do desenvolvimento de cinco competências para ensinar línguas: a competência linguístico-comunicativa, a competência implícita, a competência teórica, a competência aplicada e a competência profissional. Apesar da ciência da necessidade dessas competências na formação dos professores de LE, nas últimas décadas não existem estudos empíricos sobre os tipos ou perfil de professores 8225 que ministram aulas no contexto educacional de LE, pois mesmo com as cinco competências, enunciadas, esses (ALMEIDA FILHO, 2001, 2005, 2006, 2009; FRANCO; ALVARENGA, 2012) e outros autores (BOHN, 1997, 2000; BROWN, 2000; GIMENEZ, 2005a, 2005b) não cogitam a possibilidade dos professores de Ensino de Língua Estrangeira não serem graduados para o exercício da docência. Em tese, todos os professores seriam ou deveriam ser graduados e qualificados para a docência, entretanto nem sempre isso acontece. Sabemos que independente do campo de atuação, o professor precisa possuir determinadas competências e conhecimento didático pedagógico para atuar como docente, pois cada área de ensino possui suas especificidades, não sendo diferente para os professores que ministram aulas de Língua Estrangeira como podemos ver em Consolo e Silva (2007). A inclusão de diferentes teorias para discutir a questão das competências do professor apresentando resultados de pesquisas na área de formação de professores oferece ao leitor uma visão menos inocente das inúmeras possibilidades de se pensar a formação e o desempenho do professor de línguas estrangeiras. Os termos ‘competência’ e ‘capacidade’ são, na obra como um todo, tomados como sinônimos ou como algo muito próximo, sendo este um campo de discussão que vem sendo amplamente investigado e discutido, revelando a dificuldade em definir tais conceitos conforme aumenta a necessidade de utilizá-los (CONSOLO; SILVA, 2007, p.113). No entanto, percebe-se nos discursos publicitários de alguns cursos de Idiomas (Língua Estrangeira) que utilizam professores nativos como chamariz (Quadro 1), como se isso fosse a verdadeira e efetiva segurança na aprendizagem de Língua Estrangeira, pois tratam os “professores” nativos como o verdadeiro e único detentor do conhecimento da língua. Quadro1 - Propagandas Mensagens “Aulas ao vivo com professores Americanos” “[...] 15 milhões confiam no nosso curso de inglês devido à alta qualidade. A English Town oferece professores nativos e professores qualificados escolhidos a dedo.” “professores nativos e bilíngues certificados por Macmillan” Fonte http://www.openenglish.com.br/ acesso 22/07/2014 http://www.englishtown.com.br/online/yourteachers.aspx acesso 22/07/2014 http://englishup.com.br/ acesso25/07/2015 Fonte: As autoras Não são somente as propagandas que evidenciam as preferências por pessoas nativas, quando se entrega o currículo nestas Escolas de Idiomas conclui-se que o discurso e a preferência por professores nativos é grande. Não importando se a pessoa que ministrará aulas é formada ou não na língua, o que importa é se esta pessoa é nativa ou se viveu pelo menos 8226 dois anos em um país da língua a qual irá ensinar; não a qualificando para o exercício da docência. Existe um mito acerca do profissional de línguas, Gómez (2007) constatou a forte presença do “mito do nativo” no ensino de espanhol como Língua Estrangeira. Esse mito funciona como um ideal de língua a ser alcançado que, por ocupar um lugar de verdade, não costuma ser questionado. A mídia massiva exerce um poder sobre os telespectadores e ouvintes com sua comunicação midiática e com isso vê-se que a preferência por pessoas nativas para a aprendizagem de LE, pois acredita-se que assim a aprendizagem será efetiva. Este discurso envolve o ensino de qualquer idioma de Língua Estrangeira (MATOS, 2008). Essa percepção do mito dos professores nativos, como sendo os mais adequados, é confirmada na pesquisa de Graddol (2009). O discurso publicitário faz com que muitos interessados em aprender um idioma acreditem que este juízo comum seja uma verdade e estes acabam escolhendo essas escolas ou até procurem nativos para estudo em aulas partículas. Esse senso comum sobre o nativo sempre foi uma questão que muitos professores indagavam, mas poucos se sentiam à vontade para tratar do tema, pois como são crescentes as propagandas de escolas de idiomas colocando em evidência o fato de terem como professores pessoas nativas e chegando ao ponto de professores graduados não serem aceitos nessas escolas, portanto se faz necessário uma investigação sobre a qualificação da formação dos professores de Língua Estrangeira. Competências para o Ensino de Língua Estrangeira Muitos professores e até linguistas não concordam com o tipo de apelação publicitária e mito que vem surgindo no meio midiático e, há poucos anos, se iniciaram debates e significativos estudos sobre o tema. Confirmamos isso com Graddol (2009), quando ele afirma categoricamente, em uma entrevista, que o melhor professor de Língua Estrangeira é o professor não nativo, pois é o professor que tem o conhecimento da Língua Materna (LM) do aluno e da Língua Estrangeira (LE) que ministrará. Para este linguista, Ao contrário do senso comum, o melhor professor de idiomas não é o nativo, mas aquele que fala também a mesma língua do aluno. A vantagem desse profissional está na capacidade de interpretar significados no idioma do próprio estudante. Com a hegemonia ameaçada no caso do inglês, professores americanos e britânicos devem reavaliar a maneira como ensinam o idioma (GRADDOL, 2009). 8227 As competências do trabalho docente refletem a história de desenvolvimento do profissional/intelectual do professor e língua. Desenvolver-se é crescer na consciência de como se tem ensinado, de que tipo de ensino se produz, com que efeitos e de que justificativas há para se ensinar assim (ALMEIDA FILHO, 2009). Cada professor age a partir de um combinado específico de conhecimentos ou competências desenvolvidas no decorrer de seu estudo e aprendizado na vida acadêmica e profissional, bem como nas vivências adquiridas em sua vida pessoal após seus estudos. O pesquisador Almeida Filho (1992, 1998) potencializa o conceito na área de formação de professores ao propor um modelo com cinco competências mínimas para o professor de Língua Estrangeira, a saber: a implícita, a linguístico-comunicativa, a teórica, a aplicada e a profissional (vide figura 1). Figura 1– Representação das competências do professor de LE Fonte: Almeida Filho (2009, p.18) A evolução do desenvolvimento obedece a alguns parâmetros, esta caminha do implícito subconsciente típico de quem está emerso numa cultura de ensinar línguas para o explícito consciente, da crença implícita ou difusa para o pressuposto explicitado e de articulação cada vez mais compacta e convergente com o paradigma vigente ou desejado de abordagem da época (ALMEIDA FILHO, 2009). 8228 Nesta perspectiva, percebemos que trabalhar a luz do Ensino não é para qualquer pessoa, o professor é um agente de mudanças, não importando a idade do discente, ainda mais quando se trata de nossas crianças. E para tal função, necessita ter algumas características, como mostra a figura 2, e como se percebe, há sempre a necessidade de ter habilitação e qualificação para a docência de LE. Figura 2 - Características Necessárias ao Profissional de Língua Estrangeira para Crianças (LEC) Fonte: Santos e Benedetti (2009, p. 356) Como podemos perceber a formação dos professores de Língua Estrangeira vem sendo estudada e aprimorada no decorrer dos anos, isso vem mostrar seu valor na sociedade e nos âmbitos educacional e pessoal, mostrando que para ser professor de LE se faz necessários estudos envolvendo as abordagens de ensino, competência, habilidades e conhecimento não sendo admissível ter somente a vivência ou ser nativo para que se qualifique como um professor de LE. Para Martinez (2009, p.15) 8229 O indivíduo, a sociedade e as línguas entram em jogo em relação didática que não escapa às regras da comunicação humana. O ensino de línguas estrangeiras só pode, com efeito, ser examinado como uma forma de troca comunicativa: ensinar é pôr em contato, pelo próprio ato, sistemas linguísticos, e as variáveis da situação refletem-se tanto sobre a psicologia do indivíduo falante quanto sobre o funcionamento social em geral. Quem começa a aprender uma língua, adquire-a e a pratica em um contexto biológico, biográfico e histórico. Não se tem certeza de que tudo seja objetivável e, portanto, posteriormente utilizável na ação. Mas a posição da didática é, em principio, uma busca de informação e, na medida máxima do possível, uma consideração de tudo o que ajudar a facilitar a aprendizagem. É uma posição prudente e lúcida, mas otimista, que se impõe a todos nós. Definir uma política de ensino de LE não é uma tarefa fácil, ainda mais quando voltada para crianças, mas o referido trabalho não se direcionará para essa linha. Esse processo de ensino de LE para crianças envolve questões como a participação de professores de LE, linguistas aplicados, pedagogos, pesquisadores e, quem sabe, autoridade de Governo. Contudo há uma preocupação com a busca e o entendimento dos alicerces que compõem a prática do professor de Língua Estrangeira. Percebe-se isso com as diversas dissertações, pesquisas, teóricos interessados em pesquisas que oferecem um suporte mais sólido para que os professores de LE, bem como proprietários de escolas de línguas, (re) conheçam a necessidade de serem graduados e qualificados para exercer a docência. Encaminhamento Metodológico Este estudo aborda uma revisão sistemática, modalidade de pesquisa que utiliza como fonte de dados a produção científica sobre determinado tema. Esse tipo de investigação disponibiliza um resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada. Este estudo procurou, por meios dos contributos dos estudos individuais, fornecer uma visão da investigação existente no campo da Formação de Professor de Língua Estrangeira. O primeiro passo efetuado foi a construção de uma ficha de pesquisa, tendo como referência Kofinas e Saur-Amaral (2008), cujo propósito foi sistematizar os critérios para a revisão sistemática a efetuar, a equação e o âmbito da pesquisa, bem como, definir os critérios de inclusão e exclusão no decorrer da pesquisa (Quadro 2). Quadro 2 - Ficha de pesquisa da revisão sistemática acerca da formação dos professores de Língua Estrangeira. Conteúdo Objeto de pesquisa Equação de Pesquisa a Explicação Identificar a tipologia de estudos empíricos realizados acerca da Formação dos Professores de Língua Estrangeira Formação de professores em Língua Estrangeira (L2 ou LE) 8230 experimentar Âmbito da pesquisa Critérios de Inclusão Critérios de Exclusão Competências dos Professores de Língua Estrangeira no Brasil. A pesquisa será realizada nos dados eletrônicos CAPES focado nos artigos voltados aos temas de Formação de Professores em Língua Estrangeira. Serão considerados artigos empíricos publicados em jornais, pelo fato de ser fonte de informação científica reconhecidas pela comunidade acadêmica associada às ciências sociais e humanas. Serão apenas incluídos os trabalhos publicados e teses que envolvem as grandes temáticas: “Educação”, “Língua Estrangeira”, “Formação de Professores em Língua Estrangeira”. Artigos de revisão de literatura e não relacionados com o tema em causa ou publicados em revistas fora do âmbito do assunto mencionado. Discutirem o ensino de língua estrangeira em outros países que o Brasil. Fonte: Adaptado de Kofinas e Saur-Amaral (2008). Como se pode observar na ficha de pesquisa os estudos foram recolhidos de uma base de dados eletrônicas (CAPES), utilizando numa primeira fase a equação de pesquisa: “Formação de Professores”, onde foram encontrados 7.929 artigos e ao percorrer os artigos percebeu-se que estes abrangiam o campo muito amplo. Foi, então, que se escolheu aprofundar e delimitar recorrendo a uma segunda equação de pesquisa “Formação de professores de Línguas Estrangeira” onde foram encontrados 115 artigos, dentre estes artigos foram selecionados somente os que atendiam ao critério de inclusão, totalizando 12 artigos, tendo em conta os critérios de exclusão apresentado no quadro 2. Dos 115 artigos encontrados em uma primeira busca, somente 12 estudos empíricos foram integrados à revisão. No Quadro 3 estão apresentados os artigos analisados, identificando os seguintes aspectos: 1) autor e ano; 2) objetivo do estudo e 3) participantes do estudo. Quadro 3 - Sinopse de estudos relativos à Formação dos professores de Línguas Estrangeiras. Autor/ Ano SOUZA/2012 PAVAN/2012 COSTA/2012 QUEVEDOCAMARGO/2011 OLIVEIRA /2010 Objetivo de Estudo [...] Tecer problematizações sobre a constituição identitária de professores brasileiros de línguas chamadas estrangeiras, a partir da análise das representações de língua, de professor, aluno e de ensino-aprendizagem que emergem em seus dizeres. [...] busca analisar [...] as várias dimensões pressupostas de um curso de formação inicial de professores de língua estrangeira para conhecer sua relativa força contribuidora [...]. O presente artigo tem como objetivos apresentar e discutir as implicações da incorporação de práticas de letramento crítico na formação inicial de professores de línguas estrangeiras. Objetivo geral desta pesquisa foi propor elementos para um construto de avaliação de professores de língua inglesa tanto em formação inicial quanto continuada. De estudo da prática do professor de línguas estrangeiras em sala de aula no contexto educacional sergipano. Embora o enfoque tenha sido dado ao aspecto prático da profissão, a teoria não poderia ser negligenciada como parte integrante e imprescindível do fazer docente. Participantes Alunos e Professores de Língua Inglesa, Espanhola e Francesa Professores 8231 ARAUJO/2010 FARIA/2010 DURAN e ORTALE/2009 JALIL e PROCAILO/2009 SANTOS/2006 CLAUS/2005 P. SANTOS/2005 Trata-se de um estudo de caso qualitativo, que visou a investigar os três cursos de Licenciatura em Língua Estrangeira (Línguas Espanhola, Francesa e Inglesa) em uma Universidade Federal do Brasil, quanto ao modo como estão preparando os professores para a prática docente, se faz isso em conformidade com os parâmetros teóricos contemporâneos para formação de professores de língua. O objetivo de levantar os reflexos que um curso como esse teve no processo de (re)construção e/ou desenvolvimento da competência comunicativa das participantes. O curso, que se respaldou nos pressupostos teóricos e práticos da fonética e fonologia do inglês, teve duração de cinco meses, e contou com um encontro por semana de quatro horas, totalizando sessenta e quatro horas. Objetivo de contribuir para a formação desses professores, este artigo apresenta um inventário de falas típicas de sala de aula elaborado a partir das dificuldades observadas no corpus de estudo. A partir da reflexão acerca da importância de se levar em consideração a particularidade de cada contexto, a prática docente e a pedagogia da possibilidade, pilares do Pósmétodo. incentiva-se uma mudança de postura do professor e dos formadores de professores de línguas estrangeiras, visando a uma seleção crítica e mapeada dos encaminhamentos metodológicos que circundam a sua prática Uma abordagem qualitativa, objetivo investigar o complexo tema crença, abordando u universo do professor. Identificar as crenças de duas professoras em exercícios. O objetivo desta pesquisa é analisar como um curso de Letras de uma universidade pública apresenta as teorias de ensino/aprendizagem durante a graduação e se essas teorias são relacionadas na prática pelos alunosprofessores durante os Estágios Supervisionados de Língua Inglesa. Trata-se de uma pesquisa exploratória do tipo qualitativo e os instrumentos de pesquisa empregados foram um questionário e uma entrevista, e seu objetivo geral foi estabelecer a configuração da competência profissional (CP) de dois professores de LE da escola pública do DF. A triangulação foi obtida pela análise documental dos diários de classe dos sujeitos da pesquisa (P1 e P2). Três professoras em formação cursando o último semestre e uma professora formadora de cada um desses cursos de Licenciatura, perfazendo um total de 12 participantes. As participantes da pesquisa, todas professoras de inglês, brasileiras e com formação superior em Letras Fonte: As autoras. Entretanto no Quadro 4 estão apresentados os artigos analisados, identificando os seguintes aspectos: 1) autor e ano; 2) instrumentos utilizados para o seu desenvolvimento e 3) as principais conclusões. 8232 Quadro 4 - Sinopse de estudos relativos à Formação dos professores de Línguas Estrangeiras. Autor/ Ano SOUZA/2012 Instrumentos Entrevistas Principais resultados Concluímos que a formação do professor não deve ser considerada como fechada em um determinado período, pois as identificações acontecem ao longo da vida, e constroem as indissociáveis representações de língua, ensinoaprendizagem, professor e aluno, o que interfere diretamente na prática e nos dizeres sobre a mesma. Os resultados obtidos nos mostram deficiências na formação de professores de línguas e no processo reflexivo, de modo que novas mudanças se fazem necessárias. Os resultados deste estudo devem animar professores formadores a se aprofundarem na área e alertá-los igualmente de que há limitações importantes em análises como a desta pesquisa. Proposta defendida aqui é que os professores de LE na licenciatura procurem (re)pensar seus cursos e suas aulas para possibilitar, ao futuro professor, experiências de ensinar e de aprender LE por meio da reflexão crítica sobre os modos atuais de usar a escrita e a leitura. Essa proposta prevê a incorporação efetiva das tecnologias no ensino/aprendizagem da LE e destaca a importância de discutir questões sobre as implicações sociais e culturais das novas práticas letradas. PAVAN/2012 Observação COSTA/2012 Pesquisa e discussão QUEVEDOCAMARGO/2011 Foram identificadas, assim como os construtos subjacentes a sete arquitextos referentes à avaliação de professores (de línguas) e de proficiência linguística. Essas análises foram subsidiadas por pressupostos teórico-metodológicos provenientes do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 1999/2009, entre outros), da área de avaliação (DIAS SOBRINHO, 2003; McNAMARA, 2000; SCARAMUCCI, 2009, entre outros), e da área de avaliação docente (PORTER; YOUNGS; ODDEN, 2001, entre outros). Este estudo propõe que todo o conjunto de capacidades seja trabalhado e avaliado sistematicamente na formação do (futuro) professor de língua inglesa OLIVEIRA/2010 Pesquisa empírica junto aos três professores de línguas: espanhol, francês e inglês, foi adotada a metodologia da pesquisa-ação crítico colaborativa. Os resultados obtidos sinalizaram a emergência de novas atitudes por parte dos professores e daqueles que fazem a educação como um todo, no sentido de alcançarem uma prática docente mais crítica e emancipatória, fazendo emergir daí o professor pesquisador de sua própria prática, inaugurando o paradigma do professor reflexivo. 8233 ARAUJO/2010 Foram utilizados questionários abertos com questões sobre o curso, as disciplinas e alguns conhecimentos considerados necessários ao professor em formação. Houve também análise documental das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Letras, em que fizemos uma avaliação de que elementos devem estar presentes nos cursos de formação de professores de línguas. FARIA/ 2010 Responder questionários aberto e fechado, antes e ao final do curso, os quais nos possibilitaram identificar reflexos positivos advindos desse tipo de instrução. DURAN e ORTALE/2009 A análise das gravações de mini aulas ministradas por professores de língua estrangeira em formação permitiu verificar a carência de um léxico específico para a situação de sala de aula. Essa evidência revela que o desenvolvimento de uma proficiência linguística geral não é suficiente na formação inicial de professores de línguas estrangeiras: é necessário que se realize também um trabalho sistemático sobre a linguagem específica de sala de aula. JALIL e PROCAILO/2009 Bibliográfico possa compreender um pouco mais sobre os caminhos tomados no ensino de línguas estrangeiras, apresenta-se a seguir um panorama do que os principais métodos e abordagens postulavam desde o começo do século XX. SANTOS/2006 Metodologia interpretativista, com a utilização de questionário, narrativas pessoas e entrevistas, Os resultados sugerem que os cursos de Licenciatura ainda têm sua base mais próxima do paradigma estruturalista que do paradigma comunicativo contemporâneo. As participações sugerem que a base teórica oferecida aos professores em formação não mostra ser completamente consistente com os preceitos fundamentais para a Abordagem Comunicativa e para o ensino da Competência Comunicativa, e que os professores egressos não demonstram compreender bem a natureza complexa da Competência Comunicativa, constituída de suas diferentes subcompetências interrelacionadas. Possibilitaram identificar reflexos positivos advindos desse tipo de instrução, como a melhora nos níveis de confiança das professoras participantes, tanto ao produzir linguagem oral quanto ao ter de dar instruções a seus alunos acerca da pronúncia/entonação da língua-alvo em sala de aula. Utilizar esse inventário como base para atividades que proporcionem ao professor em formação a oportunidade de adquirir proficiência lexical específica para sua prática profissional em língua estrangeira. Os métodos de ensino devem ser considerados um referencial a ser adaptado por parte do professor de acordo com a situação particular ou contexto em que está inserido. Dessa maneira, o professor estará utilizando abordagens e métodos que refletem seus princípios deforma mais acurada, o que diminuiria o abismo entre a teoria elaborada por estudiosos da Linguística Aplicada e a prática, vivenciada pelo professor em seu dia-a-dia. Investigação da relação prática pedagógica de professores atuantes com as crenças que elas apresentam, e a forma como essa prática age na formação e alteração dessas crenças vem a acrescentar alguns novos dados às pesquisas sobre crenças de professores e formação continuada. 8234 CLAUS/2005 P. SANTOS/2005 Os instrumentos utilizados para a coleta de registros foram: observações de aulas de Linguística Aplicada (35: 20h) e de Prática de Ensino (7:00h) gravadas em áudio; questionário semi-estruturado para os alunos-professores com o objetivo de estabelecer o seu perfil; entrevistas com os alunosprofessores, professores de Linguística Aplicada, de Prática de Ensino e de Língua Inglesa; observações de alguns mini cursos apresentados pelos alunosprofessores em ambientes externos à universidade. Constituintes competências, isto é, a explicitação dos recursos que a constituem, sejam os próprios do indivíduo ou os do seu entorno, é parte importante do arcabouço teórico que embasa o trabalho. Além do estudo dos recursos, são feitas considerações sobre a pessoa do profissional e a necessidade imperiosa de que ele conheça e interaja com o meio em que está inserido. A caracterização do conceito de competência ficou melhor definida com a inclusão das dimensões da competência profissional, como sendo a) a do conhecimento específico, b) a política, c) a ética e e) a estética. Os resultados mostram que as (in)formações trazidas pelos professores formadores podem colaborar na configuração das competências de Ensinar dos alunos-professores que compreenderam que a reflexão é a palavra-chave para o (des) envolvimento de um ensino que requer, acima de tudo, constantes transformações advindas, principalmente, da formação continuada. Concluiu-se que a competência profissional do professor de LE é um conceito mutante, evolutivo, sempre inacabado: é um alvo móvel. A pesquisa atingiu seu objetivo de definir a configuração da CP dos professores observados. Fonte: As autoras. Discussão Os dados representados nos Quadros 3 e 4 revelaram que aos participantes dos estudos englobam professores de Língua Estrangeira visto que os artigos se dirigem à formação de professores. São direcionados a professores de Língua Estrangeiras (LE ou L2) de ensino regular de escolas públicas ou privadas e escolas de idiomas, mesmo que estas não se preocupem em contratar professores graduados. No que concerne à data de publicações dos estudos, nota-se um recente aumento na pesquisa acerca da Formação de Professores de Língua Estrangeira. Dentre as 12 pesquisas escolhidas, somente três são artigos publicados, estes publicados nos anos 2009 e 2012 respectivamente. Por ser um tema novo no campo da pesquisa nas áreas de Letras e Linguística e no Âmbito da Educação. Isso se vê pelos anos que aparecem as teses, os estudos de caso, as dissertações e artigos que são no ano de 2005, de 2006, de 2008, de 2009, de 2010, 8235 de 2011 e de 2012. Já quanto ao local de realização das pesquisas, todos os selecionados são do Brasil, pois era um dos critérios de seleção. Relativamente aos instrumentos de investigação houve uma variabilidade, contudo, a entrevista e a observação foram os instrumentos mais utilizados, seguindo-se os questionários (aberto, fechado e semiestruturados), pesquisas empíricas, discussão e as reflexões dos participantes. Estas pesquisas mostram um claro direcionamento em instrumentos de natureza qualitativa. Dando, agora, ênfase aos principais resultados dos estudos verifica-se que os estudos estão no ideário de Almeida Filho (2009). Percebe-se que nos estudos de Souza (2012) e P. Santos (2005), o foco foi não considerar a formação do professor como fechada, LE é um conceito mutante, evolutivo, sempre inacabado. Nos estudos de Pavan (2012), Costa (2012), Oliveira (2010), Duran e Ortale (2009) direcionam para que os professores formados devam se aprofundar na área, investindo em pesquisas sobre Língua Estrangeira, Oliveira (2010) diz, ainda, em serem professores-pesquisadores. Já Quevedo-Camargo (2011) propõe que todo o conjunto de capacidades seja trabalhado e avaliado sistematicamente na formação do (futuro) professor. Contudo Araújo (2010) sugere que os Cursos de Licenciaturas se direcionem para o paradigma comunicativo contemporâneo. E seus participantes sugerem que a base teórica oferecida aos professores em formação mostra não ser completamente consistente com os preceitos fundamentais para a Abordagem Comunicativa e para o ensino da Competência Comunicativa. Entretanto outras evidências foram mostradas no estudo de Faria (2010) possibilitando identificar reflexos positivos, como a melhora nos níveis de confiança das professoras participantes, tanto ao produzir linguagem oral quanto ao ter de dar instruções a seus alunos acerca da pronúncia/entonação da língua-alvo em sala de aula. Para Jalil e Procailo (2009) os métodos de ensino devem ser considerados um referencial a ser adaptado por parte do professor de acordo com a situação particular ou contexto em que está inserido. Numa outra vertente Santos (2006) e Claus (2005) compreenderam que a reflexão, relação prática pedagógica de professores, o (des)envolvimento de um ensino que requer constantes transformações advindas, principalmente, da formação continuada. Os resultados dos presentes estudos dão ênfase ao desenvolvimento profissional e suas competências como sendo o principal meio de (re)construção do Perfil de Formação do Professor de Línguas Estrangeira, realçando a luz do ideário de Almeida Filho (2009) que a sua construção é um processo “precocemente” ativado pelas vivências e crenças anteriores à formação inicial de professores, que continuam durante a formação e no decorrer de toda a carreira profissional. 8236 Neste entendimento, pode-se concluir que a Identidade Profissional é uma construção contínua resultante do exercício das funções docentes, e formação continuadas. Considerações Finais Com essa revisão pode-se perceber que como o Ensino de Línguas Estrangeiras, (L2) está entrando no âmbito da pesquisa e mostra como o ensino e a formação de professores de Línguas Estrangeira não se resumem em possuir somente o conhecimento nativo de uma determinada língua. Estes artigos, dissertações e teses evidenciam a preocupação na formação dos professores de línguas e como o ensino vem sendo abordado, bem como, as metodologias que existem e estão sendo ministradas na formação dos professores de Língua Estrangeiras. Esta revisão sistemática visa contribuir com a corrente de estudos empíricos que tem investigado a identidade profissional do professor de línguas, por sua vez, parte da minha pesquisa e uma discussão acerca do diferencial do ensino de Língua Estrangeira por professores não nativos e o mito do nativo que é visto pelo senso comum como único detentor do ensino em línguas. REFERÊNCIAS ALMEIDA FILHO, J. C. P. O professor de língua estrangeira sabe a língua que ensina? A questão da instrumentalização linguística. Revista Contexturas, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 7785, 1992. ______. A formação auto-sustentada do professor de língua estrangeira. São Paulo: APLIESP, 1998. ______. Por uma política de ensino de (outras) línguas. Revista Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 37, n. 4, p. 103-108, 2001. ______. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 2005. ______. O ensino de línguas no Brasil de 1978. E agora? Revista Brasileira de Linguística Aplicada no Brasil, v. 1, n. 1, p. 15-29, 2006. ______ (Org.). O professor de língua estrangeira em formação. 3. ed. Campinas: Pontes, 2009. ARAÚJO, A. C. N. Cursos de formação de professores de língua estrangeira e o paradigma contemporâneo – um estudo de caso. 2010. 142 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2010. 8237 BEHRENS, M. A. Formação continuada e a prática pedagógica dos professores. Curitiba: Champagnat, 1996. BEHRENS, M. A.; ENS, R. T. (Org.). Formação do professor. Curitiba: Champagnat, 2010. v. 1. BOHN, H. I. Implementação de uma política de ensino de línguas: a responsabilidade do estado. In: REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 49., 1997, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Universidade de Belo Horizonte, 1997. p. 251-255. ______. Os aspectos ‘políticos’ de uma política de ensino de línguas e literaturas estrangeiras. Linguagem e Ensino, v. 3, n. 1, p. 117-138, 2000. BROWN, H. D. Principles of language learning and teaching. 4. ed. New York: Pearson Education, 2000. CLAUS, M. M. K. A formação da competência teórica do professor da língua estrangeira: o que revelam os estágios. 2005. 150 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005. CONSOLO, D. A.; SILVA, V. L. T. Olhares sobre a competência do professor de língua estrangeira: da formação ao desempenho profissional. São José do Rio Preto: HN, 2007. COSTA, E. G. M. Práticas de letramento crítico na formação de professores de línguas estrangeiras. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 12, n. 4, p. 911-932, 2012. CRANDALL, J. Language teacher education. Annual Review of Applied Linguistics, n. 20, p. 34-55, 2000. DURAN, M. S.; ORTALE, F. L. A linguagem de sala de aula na formação do professor de língua estrangeira. Trabalho em Linguística Aplicada, Campinas, v. 48, n. 1, p. 87-98, jan./jun. 2009. FARIA, F. A. T. O desenvolvimento da competência comunicativa a partir da instrução explícita de pronúncia em um curso de formação continuada de professores de línguas. 2010. 145 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2010. FRANCO, M. S.; ALVARENGA, M. B. Mapeamento do perfil do (a) professor (a) de inglês das escolas públicas de Piracicaba: formação e competências. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) – Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2012. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 18. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. 8238 GIMENEZ, T. Línguas estrangeiras modernas: questões para debate. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2005a. p.168-173. ______. Políticas governamentais, mídias e o ensino de língua estrangeira. In: GIMENEZ, K. M. P. (Org.). Contribuições na área de línguas estrangeiras. Londrina: Moriá, 2005b. GÓMEZ, M. S. O mito do nativo no ensino de língua estrangeira. 2007. 139 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. GRADDOL, D. Melhores professores de inglês não são britânicos nem americanos. Globo.com, G1, São Paulo, 2009. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1368465-5604,00MELHORES+PROFESSORES+DE+INGLES+NAO+SAO+BRITANICOS+NEM+AMERI CANOS+DIZ+LINGUI.html>. Acesso em: 12 jul. 2014. JALIL, S. A.; PROCAILO, L. Metodologia de ensino de línguas estrangeiras: perspectivas e reflexões sobre os métodos, abordagens e o pós-método. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 9., 2009, Curitiba. Anais... Curitiba: Champagnat, 2009. p. 775-784. KOFINAS, A.; SAUR-AMARAL, I. 25 years of knowledge creation processes in pharmaceutical contemporary trends. Comport Organ Gest., n. 14, p. 257-280, 2008. MARTINEZ, P. Didática de línguas estrangeiras. 5. ed. São Paulo: Parábola, 2009. MATOS, E. K. O. On-line school: práticas discursivas publicitárias sobre o ensino de inglês e a construção da identidade do aprendiz na web. 2008. 102 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade de Franca, Franca, 2008. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. São Paulo: Cortez, 2003. OLIVEIRA, R. S. Por uma prática reflexiva no ensino de línguas estrangeiras: saberes e diálogos. 2010. 367 f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. PAVAN, C. A. G. Por inteiro e por extenso: o processo real de formação inicial de professores de línguas. 2012. 164 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2012. PERRENOUD, P. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. QUEVEDO-CAMARGO, G. Avaliar formando e formar avaliando o (futuro) professor de língua inglesa. 2011. 360 f. Tese (Doutorado em Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011. SANTOS, L. I. S.; BENEDETTI, A. M. Professor de língua estrangeira para crianças: conhecimentos teórico-metodológicos desejados. Trabalho em Linguística Aplicada, 8239 Campinas, v. 48, n. 2, p. 333-351, jul./dez. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tla/v48n2/10.pdf >. Acesso em: 1 nov. 2014. SANTOS, M. M. A prática pedagógica e sua influência nas crenças do professor de LE. 2006. 124 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2006. SANTOS, P. S. Requisitos e expectativas na construção da competência profissional para ensinar LE. 2005. 211 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2005. SOUZA, L. F. A. Entre aprender e ensinar língua(s) estrangeira(s): (re)construindo identidades. 2012. 229 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade Estatual de Campinas, Campinas, 2012.