ENSINO DE ARTE NA CONTEMPORANEIDADE: reflexões e desafios Aula 02 MÓDULO II Profª Drª Guiomar Josefina Biondo Profº Esp. José Vitor Fernandes Bertizoli PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU Estado de São Paulo SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO Departamento de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais FORMAÇÃO CONTINUADA - EAD Ensino de arte na contemporaneidade: reflexões e desafios Profª Drª Guiomar Josefina Biondo Profº Esp. José Vitor Fernandes Bertizoli MÓDULO II – AULA 02 Bauru 2013 Atividades – Módulo II – Aula 02 Ensino de arte na contemporaneidade: reflexões e desafios Leitura de trecho do texto: Arte, Conhecimento e Paixão na Formação Humana de Newton Duarte. Assistir ao vídeo: Mônica Nador: Autoria Compartilhada. Atividade: Pensar um processo de mediação estética/artística. APRESENTAÇÃO Após um semestre de estudos, estamos chegando ao final do nosso curso. Como foi dito, no início dos nossos estudos não tínhamos a pretensão de chegarmos a uma resposta quanto aos desafios que se colocam contemporaneamente ao ensino, e mais especificamente falando ao ensino de arte. Muitas foram as questões levantadas e houve uma boa produção por parte de vocês cursistas que responderam às tarefas solicitadas. Esperamos que essa oportunidade tenha servido como abertura de um novo canal de comunicação entre nós todos que pensamos e fazemos a arte educação nas escolas municipais de nossa cidade. Para essa nossa última aula, trouxemos, como material de estudo, um pequeno trecho do livro de Newton Duarte – Arte, Conhecimento e Paixão na Formação Humana. LEITURA Existem aspectos nos quais a vivência estética se assemelha à atividade educativa, como o fato de que nenhuma delas transforma diretamente a sociedade, nem mesmo transforma diretamente a vida do indivíduo. Ambas, porém, podem exercer influência decisiva seja na transformação da sociedade, seja na vida do indivíduo. Como afirma Heller (1994, p. 203): A arte por si só não pode humanizar a vida; porém, quando se tem a necessidade de humanizar a própria vida e a dos demais também em outros níveis – o nível político, moral etc. –, a arte proporciona um parâmetro e cumpre a função de apoio sentimental e intelectual para operar a transformação. Mas as analogias entre a vivência estética e a atividade educativa têm limites. A atividade educativa requer a mediação do professor na relação entre o aluno e o conhecimento, seja a ciência, a arte ou a filosofia. O ensino é indispensável em se tratando da relação escolar entre o indivíduo e o conhecimento. O professor age deliberadamente visando alcançar objetivos previamente estabelecidos em termos da aquisição de conhecimentos pelos alunos. Além disso, o professor está em contato direto com o aluno. Esse contato direto não existe, por exemplo, no caso da relação entre o autor de um romance e seus leitores. A relação do leitor é com o romance, isto é, com a obra, e somente por meio dela ele se relaciona com o autor. Por sua vez, na maioria dos casos, o professor não é autor, no sentido estrito da palavra, do conhecimento que ensina a seus alunos. A sociedade exige resultados positivos do trabalho do professor em termos do rendimento da aprendizagem realizada por seus alunos. No caso do escritor, basta que existam pessoas interessadas em ler seu livro – não há nenhuma exigência em termos de quanto elas assimilam por meio da leitura. Também o leitor não é avaliado em termos dos “resultados” de sua leitura. A situação muda quando o romance passa a ser usado na educação escolar. Sem deixar de ser uma obra de arte, o romance passa também a ter a função de objeto pedagógico e, como tal, é avaliada sua adequação ou inadequação aos objetivos educacionais, às circunstâncias nas quais transcorre a atividade educativa, às características do aluno etc. Também são avaliados o trabalho que o professor realiza com esse romance e a aprendizagem dos alunos em termos de sua formação como leitores. Pensando nessa ideia de mediação no processo artístico, ou contato estético com a obra de arte, apresentamos a todos vocês o projeto autoria compartilhada, trabalho da artista visual Mônica Nador. O trabalho desenvolvido por Mônica na periferia de São Paulo conhecido como JAMAC – Jardim Mirian Arte Clube – traz a tona as representações dos envolvidos acerca da vida por meio de desenhos que apresentam lembranças e histórias de vida. É abordado o conceito de autoria compartilhada, uma das variadas possibilidades de criação na contemporaneidade, ou mesmo os conhecidos coletivos artísticos que apresentam a visão de um grupo que se expressa esteticamente. Possibilidades essas que podem ser transpostas pedagogicamente para o ambiente escolar. No vídeo fica clara a intenção de valorizar o papel humanizador e sensível da arte, aproximandoa da vida cotidiana. Enfim, democratizando o acesso a esses bens culturais. Esse é um dos papéis fundamentais da arte na escola. Vejamos então o vídeo: O vídeo está disponível em nossa plataforma, mas caso tenha alguma dificuldade em visualiza-lo basta copiar e colar o link a baixo em seu navegador. http://www.youtube.com/watch?v=xD41kCtxihY Atividade Para esse período de estudos propomos como tarefa duas atividades: A elaboração de uma reflexão – pequeno texto entre 15 e 20 linhas relacionando o trecho do texto lido e o trabalho de Mônica Nador apresentado no vídeo. A seleção de uma obra de arte contemporânea ou algumas obras que se relacionem e uma estratégia, que faça a mediação entre tal/tais obras e os alunos. Essa tarefa deverá ser realizada em Power Point. Atenção Essas duas atividades deverão ser entregues até o dia 24/06/2013 às 12hs. Peço, por favor, que respeitem o prazo, pois precisaremos dessas atividades para o nosso segundo encontro presencial, que está previsto para o dia 25/06/2013. AUTORES PROFª DRª GUIOMAR JOSEFINA BIONDO PROFº ESP. JOSÉ VITOR FERNANDES BERTIZOLI REFERÊNCIAS DUARTE, Newton; FONTE, Sandra Soares Della. Arte, conhecimento e paixão na formação humana: sete ensaios de pedagogia histórico – crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2010. Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça Prefeito Municipal de Bauru Prefeitura Municipal de Bauru Praça das Cerejeiras, 1-59 - Vila Santa Isabel PABX: (14) 3235-1000 Prof.ª Dr.ª Vera Mariza Regino Casério Secretária Municipal da Educação Secretaria Municipal da Educação Rua Padre João, 8-48 – Vila Noemi Fone: (14) 3234-1977 Prof.ª Esp. Fernanda Carneiro Bechara Fantin Diretora do Dep. de Planejamento, Projetos e Pesquisas Educacionais Prof.ª Dr.ª Maria Angélica Savian Yacovenco Diretora de Divisão de Formação Continuada Profª. Esp. Meire Cristina dos Santos Dangió Diretora de Divisão de Projetos e Pesquisas Educacionais Prof.ª Ms. Sirlei Sebastiana Polidoro Campos Diretora de Divisão de Coordenação de Áreas Prof.ª Esp. Adriana Yara Dantas Canuto Minozzi Prof.º Esp. José Vitor Fernandes Bertizoli Prof.ª Regina Conceição do Amaral Santos Prof.ª Ms. Rita de Cássia Bastos Zuquieri Prof.ª Esp. Rita Regina Santos Prof.º Esp. Roberto Vergílio Soares Prof.ª Esp. Sara Regina Rossi Felipe Prof.ª Esp. Solange da Silva Castro Prof. Esp. Wagner Antonio Junior Prof.ª Esp. Yaeko Nakadakari Tsuhako Prof.ª Esp. Yara Moraes Rapini Zalaf Maria Lucia Bueno Toledo Milano - Secretária do Departamento Capa: Estamparias (2011) Mônica Nador Exposição Autoria Compartilhada Fonte: http://autoriacompartilhada.wordpress.com