Seminário Concórdia Curso de Mestrado Data: 12 a 23 de julho de 2004 Disciplina: Atitudes e missões cristãs entre os muçulmanos desde a Idade Média, em Lutero e até os nossos dias Professor: Dr. David Coles – E-mail: [email protected] Aluno: Dari Trisch Knevitz – E-mail: [email protected] Rua Voluntários da Pátria, 1641. 96.015-730 – PELOTAS, RS Tel.: (53) 222.7008 Trabalhos: 1) Conteúdo e Apreciação do livro: TOSTES, Silas. O ISLAMISMO E A CRUZ DE CRISTO. ECP Editora. São Paulo 2001. 2) Trabalho de Classe: Pesquisa no Alcorão sobre o Islã e o conceito de SUBMISSÃO, DECLARAÇÃO DE CRENÇA e MAOMÉ TOSTES, Silas. O ISLAMISMO E A CRUZ DE CRISTO. ECP Editora. São Paulo 2001. APRECIAÇÃO INICIAL O programa do livro (1) apresentado no seu sumário desenvolve os temas: Apresentação, Prefácio e Introdução (pp. 7-15); Cap. 1: O Alcorão: A fonte da crença islâmica de uma crucificação aparente (pp.19-25); Cap. 2: O que diz a Sura 4.157 (pp. 29-39); Cap. 3: Explicações islâmicas quanto ao que teria ocorrido com Jesus (pp. 43-72); Cap. 4: Realidade cristã quanto à morte e Crucificação de Jesus (pp. 75-108); Cap. 5: Detalhes importantes sobre o túmulo de Jesus (pp. 111-116); Cap. 6: Posições antagônicas sobre a crucificação e morte de Jesus (pp.119-129); Cap. 7: Como pregar as verdades cristãs aos muçulmanos (pp. 133-135), e, por último a Bibliografia relacionando 36 fontes de pesquisa, sendo 25 na língua inglesa e as demais em língua portuguesa. Destacam-se os seguintes: “Christians Answer Muslims” de Gerhard Nehls e “Historical Evidences For The Christian Faith” de McDoweel, J. (ambos sobre o entendimento cristão sobre a crucificação e morte de Jesus); “The Holy Our’na” de A. Yasuf Ali; “O Significado os versos do Alcorão Sagrado” de Samir El Hayek; e “What Did Jesus Really Say?” de M. Abdulaah e “Al-Qur’an The Miracle of Miracles e Crucifixion ou Cruci-Fiction” de Ahmed Deedat (Estes cinco para compreender a fé islâmica). A obra em referência não traz um capítulo de conclusão. Talvez o autor tenha deixado isto por conta da chamada da Quarta capa, onde sobre o logotipo da ICP editora, diz o mesmo que está na apresentação como palavras do Editor Jamierson Oliveira: Neste livro, Silas Tostes procura abordar os diferentes entendimentos islâmicos e cristãos sobre a crucificação e morte de Jesus. Segundo seus estudos, a posição islâmica baseia-se tão somente na Sura 4.157, que ensina que Jesus não teria sido crucificado nem morto por esse meio: fora substituído por alguém na cruz. Essa pessoa, na teoria islâmica, teria se passado pelo Filho de Deus. Claro fica, pela exposição do autor, que os argumentos islâmicos são fracos em evidências. Assim, a teoria da substituição não pode estabelecer-se como uma opção digna para comprovar, corretamente, o que de fato aconteceu com Jesus em seus momentos finais na terra. Ele demonstra que várias pessoas do primeiro século – entre elas os discípulos e autoridades romanas e judaicas – testemunharam a crucificação e morte de Jesus Cristo na cruz. Essas evidências contam, ainda, com as provas extrabíblicas e a forma judaica de sepultamento. Silas Tostes conclui, portanto, que o entendimento cristão sobre a crucificação e morte de Jesus não é uma mera convicção religiosa sem base bíblica para seu estabelecimento. Antes, é a compreensão real e verdadeira dos últimos fatos da vida de Jesus na terra (2). Apresentação, Prefácio e Introdução (pp. 7-15) Na apresentação está resumido o propósito e conteúdo do livro, conforme acima citado. Dados interessantes são citados, no prefácio, como motivo que justifica esta obra: O avanço numérico islâmico, o ardor missionário islâmico em ação, o ataque do islamismo às doutrinas cristãs, ocupação das terras bíblicas pelo islamismo e o avanço do movimento missionário evangélico entre os muçulmanos e as Testemunhas de Jeová, pois esta seita também ataca a crucificação de Jesus (3). Outros dados inquietantes e desafiadores ao cristianismo, são também mencionados no prefácio: O Islamismo tem hoje 1,2 bilhões de prosélitos. Isto representa um quinto da população mundial... o islã governa cinqüenta países no mundo... esforço por difundir-se por todo o mundo livre... construções de mesquitas e publicações de vários livros... doações do Alcorão... 80% das terras bíblicas, onde viveram os pais da Igreja, estão hoje tomadas por este sistema... O templo em que Jesus ensinou transformou-se, há treze séculos, numa mesquita... Jesus nasceu em Belém da Judéia e foi criado em Nazaré. Estes lugares hoje possuem população islâmica... Tiro e Sidom, regiões visitadas por Jesus e onde ele abençoou a filha da mulher cananéia, hoje sul do Líbano, encontram-se sob o controle do Hezbollah. As terras dos pais da Igreja, ao norte da África, do Marrocos ao Egito, foram tomadas pelo Islamismo. A Alexandria, outrora um grande centro teológico cristão, está dominado pelo Islã. As terras das sete igrejas do Apocalipse, hoje Turquia, vivem a mesma situação. Os lugares em que o apóstolo Paulo empreendeu a sua primeira viagem missionária sobre o mesmo drama do domínio islâmico, inclusive a Antioquia, na Síria, de onde Paulo e Barnabé saíram para realizar missões (4) Não queremos justificar as cruzadas, mas isto tudo representa fortes restrições a pregação do Evangelho. Para que a igreja brasileira realize missões nestes lugares, ela precisa também conhecer estes fatos e entender a posição islâmica e se equipar com conhecimento para apresentar com segurança os últimos fatos da vida de Jesus, especialmente a crucificação e a morte na cruz. Cap. 1: O Alcorão: A fonte da crença islâmica de uma crucificação aparente (pp.19-25) Tal como afirmamos a inspiração divina e a infalibilidade da palavra de Deus, também os muçulmanos fazem tais afirmações sobre o Alcorão, sustentando-as com o próprio texto do Alcorão e argumentando que, sendo Maomé analfabeto, não poderia ele mesmo alterar este texto. Alguns dos textos citados são: Sura 29.52; 29.48; 4.82; 26.192-195; 2.97; 85.21.22; 17.105-106 e Sura 3.9. Os muçulmanos crêem de fato que o Alcorão foi revelado à humanidade por Alá, que fez descer as Tábuas Eternas à atmosfera terrestre... no entendimento muçulmano, o que está contido no Alcorão possui autoridade e credibilidade como palavra revelada de Deus e sem corrupção. A fonte e autoria do Alcorão é Alá, que o revelou e o preservou. Sendo este o caso, criamos, através de nossa explanação, a base para entendermos a fonte islâmica para a idéia de que a crucificação de Jesus foi aparente. O Alcorão em seu status de palavra divina para os muçulmanos é esta fonte. Mais especificamente, nos referimos a uma passagem do Alcorão, o Sura 4.157. (5) Quando os muçulmanos enfatizam que o Alcorão é verdadeiro, sem corrupção, etc. com isto pretendem colocá-lo em confronto com a Bíblia Sagrada, que foi escrita em linguagem por homens e que por isso contêm falhas e inverdades. Cap. 2: O que diz a Sura 4.157 (pp. 29-39) O Sura 4.157 diz o seguinte: E por dizerem: matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. (6) O muçulmano Deedat também sustenta o Sura.4.157: A crucificação de Cristo, no qual todo o cristianismo de baseia, se tornou um assunto sério em seus estudos. Realmente queria saber do que se trata e comecei a estudar a autoridade deles no assunto, o Novo Testamento. Honestamente, não espero que alguém me pergunte sobre minha crença como muçulmano a respeito da crucificação. Minha crença é alcorânica, como categoricamente declarada no capítulo 4, no verso 157 (7) De acordo com a crença islâmica, houve uma substituição: Jesus foi substituído, na hora de sua morte por crucificação, por outra pessoa que se fez passar por Ele. E este substituto tinha a sua semelhança. É por isso que os judeus e os cristãos pensaram que Jesus foi crucificado, quando na verdade isso não aconteceu, afirmam os islâmicos. Estamos falando da clausula wa laakin shubbila lahum. Que quer dizer assim foi feito lhes parecer... imaginaram apenas tê-lo feito... senão que isso lhes foi simulado... mas pensaram que o fizeram... e somente a semelhança disto foi-lhes mostrada.(8) Quanto a morte de Jesus, os muçulmanos estão divididos em duas opiniões: Uma corrente de opinião sustenta que Jesus não teve uma morte humana comum, outrossim ainda vive, fisicamente no céu; outra, sustenta que ele deveras morreu, mas não quando se supôs que tivesse sido crucificado... (9) Porém há textos no Alcorão que perturbam estas afirmações islâmicas, como por exemplo, o Sura 19.33, que diz: A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado. (10) Este Sura (19.33) contradiz o Sura 4.157. Há várias outras contradições como, por exemplo, 2.253 e 3.33 x 2.136; 7.8-9 x 5.18; 11.7 e 10.3 x 41.9-12. Segundo os muçulmanos, “estas e outras contradições são originária de que Alá podia mudar e anular parte da revelação. É o que afirma o Sura 16.101 e 22.52” (11). Cap. 3: Explicações islâmicas quanto ao que teria ocorrido com Jesus (pp. 43-72) Existem muitas teorias islâmicas sobre o que aconteceu com Jesus. Tabari selecionou as duas mais prováveis, conforme assegura Andersom: Os judeus cercaram Jesus e dezenove discípulos dele estavam na casa. Jesus, então, disse para seus discípulos: ‘Quem tomará a minha semelhança e será morto, pois o paraíso será dele?’. Um dos discípulos aceitou e Jesus foi elevado. Quando os discípulos saíram, os judeus confirmaram que o número dos discípulos era dezenove. Os discípulos disseram aos judeus que Jesus havia subido ao céu. Os judeus contaram e descobriram que estava faltando um entre eles, Viram, contudo, aquele que havia aceitado Ter a semelhança de Jesus. Assim ficaram na dúvida acerca dele, Então o crucificaram, pensando que era Jesus, e o mataram. (12) A outra suposição (tradição) diz que todos os discípulos foram tornados à sua semelhança, ao que um deles disse, Sou eu, sendo que foi morto um que tinha a semelhança de Jesus. (13) Ainda uma outra suposição diz que um discípulo o entregou aos judeus, e, depois de terem a certeza de que era ele, o amarraram com cordas, mas Jesus foi elevado às alturas e eles crucificaram o homem que mais se parecia com ele, sendo que Jesus veio confortar as mulheres que choraram por sua morte.(14) O interessante é que estas tradições dizem que Jesus pediu para ser substituído, o que contraria o que está no Sura 4.157. Argumentação: Então Deus seria injusto condenando um inocente? Seria Deus enganoso(enganando os judeus e os próprios cristãos)? A saída dos muçulmanos: Tabari preferia a tradição que afirma que todos os discípulos foram feitos semelhança de Jesus, com a ressalva de que Jesus não havia pedido para que nenhum deles o substituísse. Dessa forma, ele conseguiria resolver a dificuldade de que os discípulos não estavam conscientes da substituição e, com isso, Ter por certas as conjeturas mencionadas no Sura 4.157. (15) Mas isto não satisfaz a nossa interrogação sobre a injustiça e o engano divinos. Outros tentaram amenizar esta questão de que o substituto não era inocente, mas digno de morte e por isso Deus não é injusto. A teoria de Ibn’Abbas tenta também resolver este problema da injustiça dizendo que Jesus foi substituído por um homem mau, chamado Titanus (tinha rosto de Jesus e corpo de Titanus). Mas ainda que isso fosse verdadeiro, permaneceria o engano divino Al-Razi diz que “duvidar dos relatos históricos dos cristãos, por fim, gerará problemas de aceitação de todos os profetas, inclusive Mohammad. ... quem estava na cruz poderia ter protestado e falado a todos que não era Jesus, mas isso não aconteceu” (16) Al-Razi tenta resolver o problema do engano criando a seguinte teoria: Os judeus espalharam a informação de que a pessoa que eles próprios haviam matado era Jesus porque não puderam localizar Jesus, pois Ele tinha sido elevado aos céus. Os presentes não perceberam que a pessoa morta não era quem pensavam que fosse porque Jesus era de pouco contato social. E, por isso, não era conhecido de muitos. (17) Assim ele procura resolver o caso da injustiça divina e atribuindo a culpa do engano sobre os judeus, inocentando Deus. Porém este raciocínio não condiz com o Sura 4.157 que afirma o “apenas parecer”, incorrendo no mesmo erro de Tabari. Mais tarde surge outra teoria. É a do Evangelho de Barnabé a qual baseada neste falso evangelho, sugere que Judas tenha sido crucificado no lugar de Jesus, mas “tudo issso não passa de uma reedição do engano divino”. (18) A teoria de Ahmed Deedat, promovida pela seita Ahmadiyya do Paquistão, de que Jesus apenas desmaiou, mas não morreu, não encontra muitos adeptos no islamismo e muito menos no cristianismo. Admitia a crucificação de Jesus, mas negava a sua morte. Dizia que “Jesus era um homem fraco de temperamento e caráter, que planejou um fracassado golpe em Jerusalém e, mesmo assim, sobreviveu à crucificação” (19). Não é aceita pelos muçulmanos porque diz que Jesus foi crucificado e não é aceita pelos cristãos porque diz que Jesus não morreu. Cap. 4: Realidade cristã quanto à morte e Crucificação de Jesus (pp. 75-108) O autor considera o testemunho de Policarpo (65-105 a. D), Inácio (30-107 a. D.) e Irineu (120-202 a. D.) sobre a aparente crucificação e morte de Jesus, colocando seus ensinos em contraposição aos ensinos islâmicos. O docetismo sustentava idéias do gnóstico Basílides o qual cria que o substituto de Jesus na cruz foi Simão Cireneu, o que foi obrigado a ajudar Jesus a carregar a cruz (Mt 27.32; Lc 23.26; Mc 15.21) e que: O corpo de Jesus não era real, mas parecia ser, e, assim, seu sofrimento (a crucificação) foi apenas aparente... Esta posição era a conseqüência lógica da pressuposição de que a matéria era má. Se a matéria era má, então Cristo, que era puro, não poderia ter-se encarnado: assim sendo, seu corpo era como o de fantasma. (20) Resposta bíblica usada por Policarpo: “Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus...” (1 Jo 4.2-3 cf. 1 Jo 1.1-4). Paralelo extrabíblico de Policarpo: Quem quer que não confesse que Jesus Cristo veio em carne é o anticristo, e quem não confessar o testemunho da cruz é o diabo ... retornemos para a palavra que nos tem sido deixada desde o princípio. (21) O testemunho de Inácio: Jesus Cristo foi, de acordo com a nomeação de Deus, concebido no útero de Maria (se encarnou), da semente de Davi; pelo Espírito Santo, nasceu e foi batizado ... comeu, bebeu (realmente se encarnou)... Foi verdadeiramente crucificado e verdadeiramente morreu... Alguns que estão sem Deus, que são descrentes, dizem que ele somente sofreu aparentemente, eles mesmos somente parecem existir (22). Irineu vincula seu testemunho à tradição (sucessão) apostólica, considerando fiel a palavra pregada por estes e descartando as heresias gnósticas de Valentinus, Maarcião e Basílides. No século VII Mohammad retoma estas idéias heréticas no Sura 4.157, apoiando-se na teoria da substituição. McDowell, menciona nove pontos importantes (23), para o debate com o muçulmano Deedat, conforme a obra de Tostes que estamos verificando: 1) Jesus não estava com medo de morrer. Confira: Mt 26.39; Mc 14.36; Jo 10.17-18; Mt 17.22-23 e 20.18,19. 2) Jesus não se escondeu para evitar sua morte. Confira: Jo 18.2; Jo 13.18; Jo 18.4; Mt 26.39, 53. 3) Os judeus não foram culpados pela crucificação de Jesus. Confira: Jo 10.18; Mt 16.21; Rm 3.23; 1 Co 5.21. 4) Os cristãos são chamados a uma fé inteligente e intelectual. A fé cristão não é cega, mas, sim baseada em acontecimentos que são fatos históricos. 5) A Bíblia evidencia a exatidão histórica. a) Os manuscritos antigos comprovam a exatidão histórica dos fatos do Novo Testamento. b) Os Evangelhos passaram pelo crivo da era apostólica. c) Os evangelhos foram escritos ou aprovados pelas testemunhas dos fatos sobre Jesus. A oposição de que os evangelhos foram escritos por terceiros, pois “Deixando-o todos, fugiram (Mc 14.50), não é cabível, pois os discípulos o seguiram a distância (Mc 14.54; Jo 18.15; Jo 19.26). d) A mensagem do evangelho foi anunciada para uma platéia hostil, que não discordou de seus fatos. Os ouvintes antagonistas (At 2 a 7, 0 e 13 a 28) iriam protestar imediatamente. Os discípulos estavam dispostos a morrer pela verdade (quem faria isso por uma mentira?). Os judeus aceitaram que Jesus foi crucificado e morto, apenas discordam do fato que ele seja o Messias prometido. 6) Jesus foi crucificado. Temos o testemunho bíblico. a) O Novo Testamento testifica que Jesus foi crucificado (Jo 19.17-19), mas não lhe quebraram as pernas (Sl 22.16-17), porque ele já havia morrido, isto foi testificado por experientes algozes romanos sob averiguação; b) Jesus foi açoitado. Os romanos davam mais de 40 açoites, enquanto que os judeus davam só 39 para não ultrapassar o número de 40, exposto por Moisés (Dt 25.3). 7) Jesus morreu. Confira: Jo 10.17; Jo 19.30. a) A morte de Jesus testificada pelos discípulos (Mt 27.33-50; Mc 15.22-37; Lc 23.3349; Jo 19.16-30), e por outras pessoas (Maria e outras mulheres, Jo 19.25-27; Mt 27.55; outros seguidores, Lc 23.49; o apóstolo João, Jo 19.26-27; Nicodemos e José de Arimatéia, Lc 23.5053; Jo 19.38-42). E todos os conhecidos, Lc 23.49); b) A morte de Jesus testificada pela medicina. Confira: Jo 19.30, 34-35; c) A morte de Jesus testificada pelas autoridades romanas. Confira: Jo 19.33-34; Mc 15.44-45. Pilatos ainda ordenou que um centurião averiguasse se ele realmente estava morto (a lei romana exigia que isso fosse feito por quatro pessoas; o centurião não iria arriscar a própria vida mediante o descuido de deixar Jesus vivo, cf. At 12.19; ou deixá-lo escapar da vista, cf. At 16.28); d) A morte de Jesus testificada pelos judeus. Confira: Mt 27.36 “enquanto vivia”; Mt 27.64, 62-66; Mc 15.31-32 e Jo 19.31 – estavam certos de que Jesus havia morrido e queriam impedir a sua ressurreição); e) A morte de Jesus testificada por diversos historiadores. Além dos citados Policarpo, Inácio e Irineu ainda temos outros: Cornelius Tacitus: “Cristo, o fundador, foi morto por Pôncio Pilatos, procurador da Judéia durante o reinado de Tibério...” (24) Luciano de Samosata: “O homem que foi crucificado na Palestina, porque havia introduzido este novo culto...” (25) Talmud Judaico: “Jesus foi condenado... o penduraram (crucificaram) na véspera da Páscoa” (26) Flávio Josefo (66 a. D.): “Ele era o Cristo, e quando Pilatos, segundo a sugestão dos principais homens entre nós, havia condenado-o à cruz, aqueles que o amavam não o abandonaram, pois apareceu para eles vivo de novo, no terceiro dia, como os profetas tinham predito isto, e milhares de outras coisas sobre ele...” (27) Thallus (52 a. D.): “Explica que a escuridão foi como a de um eclipse do sol, não razoável como parece ser, não razoável? Claro, porque um eclipse solar não pode ocorrer durante a lua cheia, e foi durante a lua cheia da Páscoa que Cristo morreu.” (28) Phlegon: “O eclipse ocorreu durante a crucificação do Senhor Jesus Cristo... e isto também está narrado nos registros históricos de Tibério César.” (29) A carta de Mara Bar-Serapion (73 a. D.): “...o rei sábio não morreu em vão, ele vive no ensino que deixou.” (30) 8) O procedimento judaico de sepultamento. Ao contrário do que muitos pensam, Jesus podia ser sepultado no Sábado. O que não podiam era deixar o seu corpo na cruz duante qualquer noite e devia ser enterrado no mesmo dia (Dt 21.22-23). Eram usados cerca de 50 quilos de especiarias na preparação do sepultamento (Jo 19.39). Duas tiras de pano de 30 centímetros de largura eram enroladas ao defunto para prender as especiarias: uma no corpo e outra na cabeça. E, ao secar a substância especial, as tiras grudavam no corpo e no rosto, tornando impossível a respiração. Não há como negar que após os açoites, a crucificação e o sepultamento, Jesus tivesse morrido, como testificam a Bíblia e a história. (31) 9) O túmulo de Jesus foi totalmente protegido. Este ponto é tratado com capítulo específico a seguir. Cap. 5: Detalhes importantes sobre o túmulo de Jesus (pp. 111-116) 1) As precauções da guarda e do selo romana para evitar a ressurreição, pressupõe que ele de fato havia morrido. a) O túmulo fechado com uma pedra grande e pesada (muito grande, Mc 16.4). b) O túmulo protegido pela guarda romana. Medida de precaução. c) O túmulo selado com a insígnia romana (Mt 27.66). O selo indica que estava sob o poder e autoridade romana, com uma guarda de 16 soldados. d) Depois de três dias e três noites o túmulo fica vazio. Deedat ataca dizendo que a palavra de Jesus não se cumpriu como ele havia profetizado. Ao que McDowell explica que as palavras três dias e três noites “mostram que o entendimento cultural é necessário para que alguém possa compreender a expressão associada a um mesmo período de dias, oude noites... não significa literalmente um período exato de dias e noites”. (32). O Talmud e o Talmud Babilônico Jerusalém afirmam que, para os judeus, qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. De Sexta até Domingo contam-se três dias. Gilchrist diz que este uso não literal foi assim também empregado em Ex 24.18 (quarenta dias e quarenta noites); Jo 1.17 (três dias e três noites) e em Jó 2.13 (sete dias e sete noites). Em Mt 20.18-19, Jesus deixa claro que é no terceiro dia (= três dias e três noites). Os judeus também entenderam assim, relacionando o “três dias e três noites” de Mt 27.63 com o “terceiro dia” de Mt 27.64. O texto de Mt 12.40 (Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe não deve ser entendido também no sentido literal). 2) Crucificação e morte do Messias: as profecias se cumpriram evidenciando que ele era o Messias. Algumas foram catalogadas por McDowell, Small, Gilchrist e outros (33). a) O Messias seria traído por alguém que comeria com Ele (Sl 41.9). Cumprimento em Jo 13.18-30. b) O Messias seria traído e vendido por 30 moedas de prata (Zc 11.12). Cumprimento em Mt 26.14. c) Com o dinheiro da traição, seria comprado um campo do oleiro (Zc 11.13). Cumprimento em Mt.27.3-8. d) As ovelhas do Messias seriam espalhadas (Zc 13.7). Cumprimento em Mc 14.50. e) O Messias não protestaria (Is 53.7, 12). Cumprimento em Jo 18.1-11 e Lc 22.47-53. f) O Messias seria açoitado nas costas (Is 50.6). Cumprimento em Mt 27.26 e Jo 19.1. Cap. 6: Posições antagônicas sobre a crucificação e morte de Jesus (pp.119-129) Posições islâmicas e posições cristãs sobre a crucificação e morte de Jesus. 1) Posição islâmica. a) É crença de um verso só (Sura 4.157). No entanto os Suras 3.55 e 19.33 evidenciam que a morte de Jesus não está bem definida para os muçulmanos. De um modo geral crêem que Jesus ainda não morreu. A posição islâmica depende mais da interpretação e explicação das tradições do que do próprio Alcorão (34). b) A crença islâmica requer um substituto para Jesus na cruz. Parece que o Islamismo precisa explicar porque Jesus não foi crucificado, para que a posição do Sura 4.157 seja estabelecida, porém ela não consegue negar o testemunho bíblico e histórico da crucificação. c) Não há no Alcorão base sólida para a teoria da substituição. A teoria de substituição por alguém parecido com Ele, não tem respaldo em nenhuma outra parte do Alcorão. d) A teoria da substituição é subjetiva. Ela não afirma de forma direta que Ele foi substituído. O “imaginaram apenas tê-lo feito” do Sura 4.157, não trás nenhuma afirmação que não o fizeram. Os muçulmanos têm problemas para explicar isto. e) A teoria da substituição apresentada pelo Islã não é suficiente. As muitas teorias sobre a substituição criam sempre maior impasse aos muçulmanos: As teorias que afirmam esse entendimento não possuem evidências suficientes. Sejam as que dizem que um dos discípulos foi conscientemente o substituto, ou as que asseveram que teria sido um inocente desconhecido, ou um homem mau, fosse ele Judas ou não, como afirma Al-Razi, ou ainda as que propagam que tudo não passou de invenção dos judeus, não importa, nenhuma delas consegue provar nada. Não passam de especulações baseadas em tradições sem fundamentos. (35) Na concepção de Al Razi, “não dava para perceber que tal pessoa não era Jesus devido ao desfiguramento provocado pelas aflições”. (36) f) A crença islâmica assemelha-se ao gnosticismo, mas não pode apoiar-se nele. O gnosticismo é politeísta enquanto que o Islamismo é monoteísta. Por outro lado o gnosticismo também diz que a matéria é má e Jesus não poderia ter-se encarnado e por não possuir um corpo físico também não poderia ser crucificado. A posição gnóstica é sem proveito para o Islamismo. g) A crença islâmica não conta com o apoio dos pais da Igreja. Eles jamais ensinaram a teoria da substituição. h) A crença islâmica não conta com o testemunho de historiadores não-cristãos. Os historiadores são unânimes ao dizer que Jesus foi crucificado e morreu. Eles nunca falam em substituição. i) A crença islâmica é destituída de tradições não-islâmicas que atestem que Jesus ainda está vivo. Nenhuma outra crença diz isso. j) A crença islâmica apoia-se somente em convicção religiosa. Ela está destituída de evidência história da crucificação e morte de Jesus e da revelação de Deus nas Escrituras Sagradas. 2) A crença cristã tem ampla base bíblica. Os últimos fatos da vida de Jesus na terra estão amplamente narrados nos evangelhos. Jesus, de fato, foi preso, julgado, crucificado, morto e ressuscitado. a) A menção da crucificação e morte de Jesus não se limita aos relatos dos últimos momentos de sua vida, mas já são mencionados desde o Antigo Testamento. b) A crença cristã possui inúmeras testemunhas. Além dos discípulos, também os judeus, autoridades romanas, historiadores e muitos outros.c) A crença cristã conta, ainda, com o apoio da forma de sepultamento judaico. Além de comprovar a sua morte, também expressa preocupação quanto a ressurreição. d) A crença cristã conta com o apoio das medidas de segurança impostas por Pilatos para proteger o túmulo de Jesus. Havia um selo, uma guarda romana e uma pedra muito grande, portanto não era só um desmaio. Nossa crença não é apenas religiosa, ela tem base histórica, testemunhas oculares, testemunho dos judeus, testemunho dos soldados romanos, testemunho dos pais da igreja, testemunho de historiadores não-cristãos e o testemunho vivo e sem contradições das Escrituras Sagradas, livro anterior ao Alcorão em seis séculos. Cap. 7: Como pregar as verdades cristãs aos muçulmanos (pp. 133-135) Alguns passos para apresentar a verdade cristã aos muçulmanos a respeito da crucificação e morte de Jesus: Devemos conhecer a posição islâmica. Devemos ter paciência ao lidarmos com pessoas, como os muçulmanos, com fortes convicções não cristãs. Devemos estar conscientes que os muçulmanos estão fechados para o evangelho. Devemos demonstrar a fragilidade alcorânica e histórica da posição islâmica, que não possui uma boa teoria de substituição. Devemos demonstrar que a posição cristã está alicerçada na Bíblia e na história, gozando de vários testemunhos que confirmam sua veracidade. (37) Tudo deve ser feito no espírito cristão sem ofensas ou maldades. APRECIAÇÃO FINAL Descontados os lapsos de digitação e do uso correto da língua portuguesa, gostei muito do livro “O Islamismo e a Cruz”. A argumentação do autor é muito boa. O capítulo 6 é um resumo do livro e conclusão do autor. Recomendo a leitura do mesmo. NOTAS: 1) TOSTES, Silas. O ISLAMISMO E A CRUZ DE CRISTO. ECP Editora. São Paulo 2001. 2) Idem. Pp.7-8 e Quarta capa. 3) Idem. P. 9. 4) Idem. Pp. 12-13. 5) Idem. P.25. 6) Idem. P. 30. 7) Idem. Pp. 30, 31 8) Idem. Pp. 32, 33. 9) Idem. P. 34 10) Idem. P.35 11) Idem. P. 36 12) Idem. P. 46 13) Idem. P. 47 14) Idem. P.47, 48 15) Idem. P. 51 16) Idem. P. 55 17) Idem. P. 56 18) Idem. P. 62 19) Idem. P. 71 20) Idem. Pp. 76, 77 21) Idem. P. 77 22) Idem. Pp. 78, 79 23) Idem. Pp. 83-108 24) Idem. P. 103 25) Idem. P. 103 26) Idem. P. 104 27) Idem. P. 104 28) Idem. P. 105 29) Idem. P. 105 30) Idem. P. 106 31) Idem. P. 108 32) Idem. P. 113 33) Idem. P. 116 34) Idem. P. 120 35) Idem. P. 122 36) Idem. P. 123 Dari Trisch Knevitz Rua Vol. Da Pátria, 1641 – PELOTAS, RS Tel.: 222.7008 – E-mail: [email protected] Seminário Concórdia Curso de Mestrado Data: 12 a 23 de julho de 2004 Disciplina: Atitudes e missões cristãs entre os muçulmanos desde a Idade Média, em Lutero e até os nossos dias Professor: Dr. David Coles – E-mail: [email protected] Aluno: Dari Trisch Knevitz – E-mail: [email protected] Rua Vol. Da Pátria, 1641 – PELOTAS, RS. Tel.: 222.7008 Trabalho de Classe: Pesquisa no Alcorão sobre o Islã e o conceito de SUBMISSÃO, DECLARAÇÃO DE CRENÇA e MAOMÉ SUBMISSÃO: É um significado forte. Na raiz do nome está algo essencial: o homem deve se entregar a Deus e se submeter à sua vontade em todas as áreas da vida. Trata-se de condição para ser muçulmano, palavra árabe que tem a mesma origem que íslam. A seguir citamos testos do Alcorão que falam sobre o conceito de submissão. 2. 112 – Qual! Aqueles que se submeteram a Deus e são caritativos obterão recompensa, em seu Senhor, e não serão presas do temor, nem se atribularão. 131 – Abraão legou esta crença aos seus filhos, e Jacó aos seus, dizendo-lhes: Ó filhos meus, Deus vos legou esta religião; apegai-nos a ela, e não morrais sem serdes submissos (a Deus). 3. 19-20 – Para Deus a religião é o Islam. E os adeptos do Livro só discordaram por inveja, depois que a verdade lhes foi revelada. Porém, quem nega os versículos de Deus, saiba que Deus é Destro em ajustar contas. E se eles discutirem contigo (ó Mohammad), dize-lhes: Submeto-me a Deus, assim como aqueles que me seguem! Pergunta aos adeptos do Livro e aos iletrados (A palavra para iletrado é Ummi-i, que também quer dizer árabe): Tornai-vos-ei muçulmanos? Se se tornarem encaminhar-se-ão; se negarem, sabe que a ti só compete a proclamação da Mensagem. E Deus é observador dos Seus servos. 83-85 – Anseiem, acaso, por outra religião, que noa a de Deus? Todas as coisas que há nos céus e na terra, quer queiram, quer não, estão-Lhe submetidas, e a Ele retornarão. Dize: Cremos em Deus, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos. E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que noa seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados. 102 – Ó fiéis, temei a Deus, tal como deve ser temido, e não morrais, senão como muçulmanos. 5.3 – Estão-vos vedados: a carniça, o sangue, a carne de suíno e tudo o que tenha sido sacrificado com a invocação de outro nome que não seja o de Deus; os animais estrangulados, os vitimados a golpes, os mortos por causa de uma queda, ou chifrados, os abatidos por feras, salvo se conseguirdes sacrificá-los ritualmente; o (animal) que tenha sido sacrificado nos altares(333). Também vos está vedado fazer adivinhações com setas, porque isso é uma profanação. Hoje, os incrédulos desesperam por fazer-vos renunciar à vossa religião. Não os temais, pois, e temei a Mim! Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente sem intenção de pecar, se vir compelido a (alimentarse do vedado), saiba que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo. 6.14 – Dize: Tomareis por protetor outro que não seja Deus, Criador dos céus e da terra, sendo que é Ele Quem vos sustenta, sem ter necessidade de ser sustentado? Dize ainda: Foi-me ordenado ser o primeiro a abraçar o Islam; portanto, não sejais dos idólatras. 125 – A quem Deus quer iluminar, dilata-lhe o peito para o Islam; a quem quer desviar (por tal merecer), oprime-lhe o peito, como aquele que se eleva na atmosfera. Assim, Deus cobre de abominação aqueles que se negam a crer. 163 – Que não possui parceiro algum, Tal me tem sido ordenado e eu sou o primeiro dos muçulmanos. 10. 72 – Caso contrário, sabei que não vos exijo retribuição alguma por isso, porque minha recompensa só virá de Deus; e foi-me ordenado que fosse um dos submissos. 22. 78 – E combatei com denodo pela causa de Deus; Ele vos elegeu. E não vos impôs dificuldade alguma na religião, porque é o credo de vosso pai, Abraão. Ele vos denominou muçulmanos, antes deste e neste (Alcorão), para que o Mensageiro seja testemunha vossa, e para que sejais testemunhas dos humanos. Observai, pois, a oração, pagai o zakat e apegai-vos a Deus, Que é vosso Protetor. E que excelente Protetor! E que excelente Socorredor! 33. 35 – Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos fiéis e às fiéis, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa. 39. 22 – Porventura, aquele a quem Deus abriu o coração ao Islam, e está na Luz de seu Senhor...(não é melhor do que aquele a quem sigilou o coração)? Ai daqueles cujos corações estão endurecidos para a recordação de Deus! Estes estão em evidente erro! 54 – E voltai, contritos, porque, então, não sereis socorridos. 41. 33 – E quem é mais eloqüente do que quem convoca (os demais) a Deus, pratica o bem e diz: Certamente sou um dos muçulmanos? 49. 14 – Os beduínos dizem: Cremos! Dize-lhes: Qual! Ainda não credes; deveis dizer: Tornamo-nos muçulmanos, pois que a fé ainda não penetrou vossos corações. Porém, se obedecerdes a Deus e ao Seu Mensageiro, em nada serão diminuídas as vossas obras, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo. 17 – Dizem que te fizeram um favor por se terem tornado muçulmanos. Dize-lhes: não considereis a vossa conversão um favor para mim; outrossim, é a Deus que deveis o mérito de vos Ter encaminhado à fé, se sois verazes. 61. 7 – Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus, apesar de ter sido convocado ao Islam? Sabei que Deus não encaminha os iníquos. DECLARAÇÃO DE CRENÇA: A declaração de crença está concentrada na frase: “Não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu Profeta”. Esse credo é repetido pelos fiéis várias vezes todos os dias, e proclamado do alto dos minaretes nas oras de oração. Este ato de fé se encontra nas paredes das mesquitas. É a primeira coisa que se deve sussurrar ao ouvido da criança recém nascida e a última coisa a se murmurar no ouvido dos moribundos. O ato de fé é o ponto chave na religião islâmica. A seguir citamos alguns textos do Alcorão sobre a sua declaração de crença. 2. 163 – Vosso Deus e Um só. Não há mais divindade além d’Ele, o Clemente, o Misericordiosíssimo. 3. 51 – Sabei que Deus é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois. Essa é a senda reta. 111 – Sabei que Deus é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois. Essa é a senda reta. 144 – Mohammad não é senão um Mensageiro, a quem outros mensageiros precederam. Porventura, se morresse ou fosse morto, voltaríeis à incredulidade? Mas quem voltar a ela em nada prejudicará Deus; e Deus recompensará os agradecidos. 7. 158 – Dize: Ó humanos, sou o Mensageiro de Deus, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra. Não há mais divindades além d’Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis. 9. 129 – Mas, se te negam, dize-lhes: Deus me basta! Não há mais divindade além d’Ele! A Ele me encomendo, porque é o Soberano do Trono Supremo. 18. 110 – Dize: Sou tão-somente um mortal como vós, a quem tem sido revelado que o vosso Deus é um Deus único. Por conseguinte, quem espera o comparecimento ante seu Senhor que pratique o bem e não associe ninguém ao culto d’Ele. 21. 108 - Dize: Em verdade, tem-me sido revelado que o vosso Deus é Único. Sereis portanto submissos? 33. 41 – Ó fiéis, mencionai freqüentemente Deus. 34. 28 – E não te enviamos, senão como universal (Mensageiro), alvissareiro e admoestador para os humanos; porém, a maioria dos humanos o ignora. 46. 9 – Dize-lhes (mais): Não sou um inovador entre os mensageiros, nem sei o que será de mim ou de vós. Não sigo mais do que aquilo que me tem sido revelado, e não sou mais do que um elucidativo admoestador. 48. 8 – Em verdade, enviamos-te por testemunha, alvissareiro e admoestador, 29 – Mohammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles que estão com ele são severos para com os incrédulos, porém compassivos entre si. Vê-los-ás genuflexos, prostrados, anelando a graça de eus e a Sua complacência. Seus rostos estarão marcados com os traços da prostração. Tal é o seu exemplo na tora e no Evangelho, como a semente que brota, se desenvolve e se robustece, e se firma em seus talos, compraz aos semeadores, para irritar os incrédulos. Deus prometeu aos fiéis, que praticam o bem, indulgência e uma magnifica recompensa. MAOMÉ: Maomé ou Mohammad, nasceu em 570 e morreu em 633. Era órfão de pai. Aos oito anos perde também a mãe. Foi criado por um tio. Seu primeiro casamento foi com a viúva Cadija. Casou-se onze vezes. Só uma das suas mulheres não era viúva ou separada. Teve sete filhos, dos quais destaca-se a quarta filha, Fátima, que ao casar-se com Ali, deu origem à escola xiita. A seguir citamos alguns textos do Alcorão que falam sobre Maomé. 32. 3 – Ou dizem: ele o (Alcorão) tem forjado! Qual! É a verdade do teu Senhor, para que admoestes (com ele) um povo, ao qual antes de ti não chegou admoestador algum, para que se encaminhe. 48. 29 – Mohammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles que estão com ele são severos para com os incrédulos, porém compassivos entre si. Vê-los-ás genuflexos, prostrados, anelando a graça de eus e a Sua complacência. Seus rostos estarão marcados com os traços da prostração. Tal é o seu exemplo na tora e no Evangelho, como a semente que brota, se desenvolve e se robustece, e se firma em seus talos, compraz aos semeadores, para irritar os incrédulos. Deus prometeu aos fiéis, que praticam o bem, indulgência e uma magnifica recompensa. Começa sua missão aos 40 anos – 10. 16 – Dize: Se Deus quisesse, não vo-lo teria eu recitado, nem Ele vo-lo teria dado a conhecer, porque antes de sua revelação passei a vida entre vós. Não raciocinais ainda? É alvo de mofas e de zombarias – 9. 61- Entre eles há aqueles que injuriam o Profeta e dizem: Ele é todo ouvidos. Dize-lhes: É todo ouvidos sim, mas para o vosso bem; crê em Deus, acredita nos fiéis e é uma misericórdia para aqueles que, de vós, crêem! Mas aqueles que injuriarem o Mensageiro de Deus sofrerão um doloroso castigo. 16. 103 - Bem sabemos o que dizem: Foi um ser humano que lho ensinou (o Alcorão a Mohammad). Porém, o idioma daquele a quem eludem tê-lo ensinado é o persa, enquanto que a deste (Alcorão) é a elucidativa língua árabe. 25. 4-5 – Os incrédulos dizem: Este (Alcorão) não é mais do que uma calúnia que ele (Mohammad) forjou, ajudado por outros homens! Porém, com isso, proferem uma iniqüidade e uma falsidade. E afirmam: São fábulas dos primitivos que ele mandou escrever. São ditadas a ele, de manhã e à tarde! É o postermo dos profetas – 33. 40 – Em verdade, Mohammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o prostremos dos profetas; sabei que Deus é Onisciente. É predito pelas Escrituras – 7. 157 – São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora e no Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e que proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e vedalhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que o deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados. 46. 9 – Dize-lhes (mais): Não sou um inovador entre os mensageiros, nem sei o que será de mim ou de vós. Não sigo mais do que aquilo que me tem sido revelado, e não sou mais do que um elucidativo admoestador. 61. 6 – E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Tora antecipou no tocante às predições, e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad! Entretanto, quando lhes foram apresentadas as evidências, disseram: Isto é pura magia! É repreendido – 80. 1-11 – Tornou-se austero e voltou as costas, Quando o cego foi ter com ele. E quem te assegura que não poderia vir a ser agraciado, Ou receba (admoestação) e, a lição lhe será proveitosa? Quanto ao opulento, Tu o atendes, Não tens culpa se ele não crescer (em conhecimentos espirituais). Porém, quem a corre a ti, E é temente, Tu o negligenciais! Qual! Em verdade, (o Alcorão) é uma mensagem de advertência Não é poeta, não padece de demência, nem é adivinho – 7. 184 – Não refletem no fato de que seu companheiro não padece de demência alguma? Que não é mais do que um elucidativo admoestador? 188 – Dize: Eu mesmo não posso lograr, para mim, mais benefício nem mais prejuízo do que o que for da vontade de Deus. E se estivesse de posse do incognoscível, aproveitarme-ia de muitos bens, e o infortúnio jamais me açoitaria. Porém, não sou mais do que um admoestador e alvissareiro para os crentes. 21. 5 – Porém, afirmam: É uma miscelânea de sonhos! Ele os forjou! Qual! É um poeta! Que nos apresente, então, algum sinal, como os enviados aos primeiros (mensageiros)! 48. 2 – Para que Deus perdoe as tuas faltas, passadas e futuras, agraciando-te e guiando-te pela senda reta. 69. 40, 41 – Que este (Alcorão) é a palavra do Mensageiro honorável. E não a palavra de um poeta. – Quão pouco credes- 81. 22 - E o vosso companheiro (ó povos), não é um energúmeno! Profeta iletrado – 7. 157 - 158 – São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora e no Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e que proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e vedalhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que o deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados. Dize: Ó humanos, sou o Mensageiro de Deus, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra. Não há mais divindades além d’Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis. 62. 2 – Ele foi Quem escolheu, entre os iletrados, um Mensageiro da sua estirpe, para ditar-lhes os Seus versículos, consagrá-los e ensinar-lhes o Livro e a sabedoria, porque antes estavam em evidente erro. Recebe a revelação por intermédio do anjo Gabriel – 53. 5-11 Sua devoção – 73. 20 – Em verdade, o teu Senhor sabe que tu te levantas para rezar, algumas vezes durante dois terços da noite, outras, metade, e outras, ainda, um terço , assim como (o faz) uma boa parte dos teus; mas Deus mede a noite e o dia, e bem sabe que não podeis precisar (as horas), pelo que vos absolve. Recitai, pois, o que puderdes do Alcorão! Ele sabe que, entre vós, há enfermos, e outros que viajam pela terra, à procura da graça de Deus, e outros, que combatem pela causa de Deus. Recitai, oferecei espontaneamente a Deus. E todo o bem que fizerdes, será em favor às vossas almas; achareis a recompensa em Deus, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo. Sua viagem noturna – 17. 1 – Glorificado seja Aquele que, durante a noite, transportou o Seu servo, tirando-o da Sagrada Mesquita (em Makka) e levando-o à Mesquita de Alacsa (em Jerusalém), cujo recinto bendizemos, para mostrar-lhe alguns dos Nossos sinais. Sabei que Ele é Oniouvinte, o Onividente. Dari Trisch Knevitz Rua Vol. da Pátria, 1641 96.015-730 – PELOTAS, RS E-mail: [email protected]