Augustinho, Douglas, Geison, Fernando, Jocelino, Josiane. Para que serve? A análise das demonstrações financeiras, por meio das suas técnicas, permite aos gestores das organizações um maior conhecimento dos resultados possíveis a serem alcançados, como também, possibilitam a enxergar tendências positivas e negativas dentro de uma organização. Representam um canal de comunicação da empresa com diversos usuários internos e externos. Elas permitem uma rápida visão intuitiva da situação da empresa, um ponto de partida para análises posteriores e também servem de bases para planejar os negócios e elaborar os orçamentos internos. A análise das demonstrações financeiras serve como apoio às tomadas de decisões dos gestores das organizações. DRE – Demonstrativo de Resultado do Exercício O Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) é um relatório que oferece uma síntese econômica completa das atividades operacionais e não operacionais de uma empresa em um determinado período de tempo, demonstrando claramente se há lucro ou prejuízo. Embora seja elaborado anualmente devido às obrigações legais de divulgação, em geral a DRE é gerada também mensalmente para fins administrativos e gerenciais. A DRE deve ser elaborada obedecendo ao princípio do Regime de Competência. Por este princípio, as receitas e as despesas devem ser incluídas na operação do resultado do período em que ocorreram, sempre simultaneamente quando se correlacionam, independente de recebimento ou pagamento. DRE – Demonstrativo de Resultado do Exercício Marion (2003, p. 127) “A DRE é extremamente relevante para avaliar desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. O lucro é o objetivo principal das empresas”. DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa DFC é um termo utilizado para designar uma peça contábil (relatório fundamental para análise da empresa) que evidencia a posição financeira da empresa. Permite saber quais foram as mudanças relacionadas com as entradas e saídas de dinheiro que ocorreram em um período específico, no caixa, no banco e nas aplicações financeiras de liquidez imediata da empresa. Permite ainda averiguar qual o resultado dessas movimentações financeiras. Demonstra onde os recursos financeiros da empresa foram aplicados e qual a origem desses recursos, possibilitando uma melhor gestão das entradas e saídas de dinheiro e evitando desvios. A DFC é importante para o gestor analisar e avaliar a capacidade da empresa, elaborar um planejamento financeiro adequado à realidade do momento e decidir as aplicações mais vantajosas para investir os recursos financeiros da empresa. Método Direto Para elaborar a DFC pelo método direto, o gestor deve evidenciar as classes de recebimento e desembolsos brutos das atividades operacionais, dividindo-as por sua natureza contábil (recebimentos de clientes, pagamentos de fornecedores, dentre outros). Esse método começa a partir da demonstração das entradas e saídas que passaram pelo caixa e equivalentes de caixa. Apesar de ser um método mais caro e mais difícil, tem a vantagem de criar condições favoráveis para desenvolver a classificação das entradas e saídas de acordo com critérios técnicos e não fiscais, permitindo, ainda, que as informações de caixa possam estar disponíveis diariamente. É, atualmente, o método mais utilizado. Método Indireto O método indireto de DFC se baseia nos lucros ou prejuízos do exercício (DRE), que deve ser ajustado pelos itens econômicos como a depreciação e a amortização, além de variações nas contas patrimoniais. Por se basear na DRE e não diretamente em uma análise dos fluxos de caixa. Com a vantagem de oferecer baixo custo, uma vez que basta a utilização dos balanços patrimoniais referentes ao início e ao final do período, a demonstração de resultado do exercício (DRE) e algumas informações extras obtidas na contabilidade, para elaborar esse método, o método indireto pode conciliar o lucro contábil com o fluxo de caixa operacional líquido. DVA – Demonstração do Valor Adicionado A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição. Obviamente, por se tratar de um demonstrativo contábil, suas informações devem ser extraídas da escrituração, com base nas Normas Contábeis vigentes e tendo como base o Princípio Contábil da Competência. A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens e serviços produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa. DVA – Demonstração do Valor Adicionado A utilização do DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da seguinte forma: 1) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e 2) como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas. O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.. A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui, desse modo, uma importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza. Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é a demonstração financeira que tem por finalidade apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de determinados critérios de avaliação. A demonstração confronta os Ativos (bens e direitos) que a empresa possui com seus Passivos (obrigações) ou Patrimônio Líquido (o que foi fornecido pelos proprietários). A grande importância do balanço reside na visão que ele fornece das aplicações de recursos feitas pela empresa (Ativos) e quantos desses recursos são devidos a terceiros (Passivos). Isso evidencia o nível de endividamento, a liquidez da empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) e outras análises a serem vistas no decorrer deste trabalho. No Balanço Patrimonial, os elementos do patrimônio serão agrupados de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa, portanto as contas do Ativo devem ser apresentadas na ordem decrescente de liquidez, ou seja, conforme a capacidade do Ativo de ser convertido em moeda corrente; assim um bem ou direito, quanto mais próximo estiver de se transformar em dinheiro, maior liquidez possuirá, enquanto que as contas do passivo devem obedecer à ordem decrescente das exigibilidades. Notas Explicativas As notas explicativas são informações que visam complementar as demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela empresa, a composição dos saldos de determinadas Contas, os métodos de depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc. As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Notas Explicativas As notas deverão indicar: a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, depreciação, amortização exaustão, provisões; b) Os investimentos em outras sociedades; c) O aumento de valores de elementos do ativo resultante de novas avaliações; d) Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) A taxa de juros, as datas de vencimentos e as garantias das obrigações a longo prazo; f) O número, espécies e classes das ações do capital social; g) As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; h) Os ajustes de exercícios anteriores; i) Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeitos relevantes à situação financeira e os resultados futuros da companhia. DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) fornece a movimentação nas diversas contas que compõe o Patrimônio Líquido. Faz indicação do fluxo de uma conta para outra, a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no Patrimônio Líquido durante o período. São informações que complementam o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados. Sua análise torna-se mais importante quando indica claramente a formação e utilização de todas as reservas e não apenas das originadas pelos lucros, o que serve para compreender melhor a movimentação do patrimônio para cálculo de dividendos obrigatórios. A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída na DMPL, desde que informada numa de suas colunas a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido A preparação da DMPL é relativamente simples. Precisa representar de forma sumária e coordenada a movimentação ocorrida nas diversas contas do Patrimônio Líquido, demonstrando separadamente o montante total atribuível aos proprietários da empresa controladora e a participação dos não controladores. A técnica é fazer a demonstração utilizando uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da empresa e uma coluna para o total, que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas individuais. Transcrever o saldo de cada conta na data do balanço do período anterior, adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas respectivas contas, no período, abrindo linhas para cada natureza de operação, como aumento de capital, lucro do exercício, dividendos distribuídos etc. Totalizar, ao final, as colunas, cujos saldos devem coincidir com os saldos do balanço do período e totalizar também as linhas. DRA – Demonstração de Resultados Abrangentes Demonstração de resultados abrangentes é uma importante ferramenta de análise gerencial, pois, respeitando o princípio de competência de exercícios, atualiza o capital próprio dos sócios, através do registro no patrimônio líquido (e não no resultado) das receitas e despesas incorridas, porém de realização financeira “incerta”, uma vez que decorrem de investimentos de longo prazo, sem data prevista de resgate ou outra forma de alienação. Na prática o resultado abrangente visa apresentar os ajustes efetuados no Patrimônio Líquido como se fosse um lucro da empresa, por exemplo, a conta ajuste da avaliação patrimonial, registra as modificações de ativos e passivos a valor justo, que pelo princípio da competência não entram na DRE, no entanto, no lucro abrangente estas variações serão computadas, a fim de apresentar o lucro o mais próximo da realidade econômica da empresa. DRA – Demonstração de Resultados Abrangentes O CPC 26, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade estabelece que o lucro abrangente seja calculado a partir do lucro líquido apurado na DRE, assim a demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas: Resultado líquido do período; Cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza; Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e Resultado abrangente do período. Segundo o pronunciamento do CPC a apresentação do resultado abrangente deve ser feita separada da DRE, No entanto, considerando que no Brasil, a demonstração das mutações do patrimônio líquido é obrigatória para as companhias abertas, existe ainda, a possibilidade da apresentação da demonstração do resultado abrangente aparecer como parte da DMPL. Índice de Liquidez Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações. Sendo de grande importância para a administração da continuidade da empresa, as variações destes índices devem ser motivo de estudos para os gestores. As informações para o cálculo destes índices são retiradas unicamente do Balanço patrimonial, demonstração contábil que evidência a posição patrimonial da entidade, devendo ser atualizadas constantemente para uma correta análise. Liquidez Corrente Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos, financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são evidenciadas como Ativo Circulante e Passivo Circulante. Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante Ex: 10 000/7 500 = 1,3333 Maior que 1: Resultado que demonstra folga no disponível para uma possível liquidação das obrigações. Se igual a 1: Os valores dos direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes. Se menor que 1: Não haveria disponibilida de suficientes para quitar as obrigações a curto prazo, caso fosse preciso. Liquidez Seca Este indicador tem o cálculo muito parecido com a Liquidez Corrente, com a diferença que a Liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques, por não apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos. Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante Uma dica: o resultado deste índice será sempre igual ou menor ao de Liquidez Corrente, e a empresa deve ser cautelosa ao contar com o estoque como disponibilidade para a liquidação de obrigações, pois depende da venda se concretizar para possuir realmente o capital em mãos. Liquidez Imediata Este índice também é parecido com os anteriores, mas é o mais conservador de todos, pois considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações financeiras em seu cálculo. Ou seja, apenas as contas que possuem de liquidez imediata para quitar as obrigações. Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante Como este indicador exclui de seu calculo todos os estoques, as contas e valores a receber, acaba se tornando de grande importância para análise da situação de curtíssimo prazo da empresa. Liquidez Geral Diferentemente dos três índices anteriores que avaliam a situação de curto prazo da empresa, a Liquidez Geral leva em consideração também todas as previsões de médio e longo prazo, incluindo no cálculo os direitos e obrigações a frente de 12 meses, como vendas parceladas, aplicações de longo prazo e empréstimos a pagar. Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável em Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Exigível em Longo Prazo) Todos estes valores também podem ser obtidos no Balanço Patrimonial da empresa. ( 1 ) Liquidez Geral ( ) Indica a parcela das dívidas de curto prazo que poderiam ser pagas imediatamente por meio dos valores relativos a caixa e equivalente de caixa. ( 2 ) Liquidez Corrente ( ) Revela a capacidade de pagamento de curto prazo da Sociedade Empresária mediante uso basicamente de disponível e valores a receber. ( 3 ) Liquidez Seca ( ) Revela o quanto existe de ativo circulante e ativo não circulante para cada R$ 1,00 de dívida circulante e não circulante. ( 4 ) Liquidez Imediata ( ) Revela quanto existe de Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de dívida também circulante. Lucratividade É uma variável que indica o que se ganhou com a venda de determinados produtos. É importante conhecê-la para poder definir o preço com segurança. O cálculo do preço de custo, por exemplo, é um meio que contribui para que se determine o preço de venda de forma consciente, conhecendo a margem de lucro com a qual vai operar. Custos de venda, preços e estratégias da concorrência são fatores que influenciam a definição do preço do produto. Obter lucratividade vai depender sempre dos resultados das vendas, do lucro obtido (depois de retirados os custos) por item vendido. Lucratividade Implica na relação entre o lucro líquido e a receita total e pode ser encontrada através da fórmula: Lucratividade = Lucro Líquido x 100 ÷ Receita total O lucro bruto se obtém subtraindo, da receita total, os custos e as despesas. Vamos assumir que a sua empresa tenha vendido, em um ano, um total de mil unidades daquele produto de R$ 100,00 ali. Ou seja, teve uma receita total de R$ 100 mil. Agora, imaginemos que o somatório de custos/despesas foi de R$ 40 mil. Assim, o lucro bruto dela foi de R$ 60 mil. Já para calcular o lucro líquido, você deve descontar, do valor do lucro bruto, os impostos e taxas pagos. Suponhamos que esse valor foi de R$ 20 mil. O lucro bruto foi, então, de R$ 20 mil. Lucratividade Agora que você obteve o valor, basta dividi-lo pela receita total e multiplicá-lo por 100. O resultado será o índice de lucratividade da sua operação. Índice de lucratividade = (20.000 / 100.000) x 100 Índice de lucratividade = 20% ao ano A lucratividade esta ligada aos resultados financeiros do negócio. A receita obtida com as vendas vai dizer algo a respeito da lucratividade. É essencial perceber que os resultados financeiros da empresa têm implícito algumas leituras possíveis: insuficiência de recursos para dar continuidade ao negócio, limite de recursos mínimos que apenas mantenham o negócio ou ainda a afirmação de prosperidade da empresa. Rentabilidade A rentabilidade é um importante Indicador de desempenho de um negócio. Serve para medir o potencial que o negócio tem em se pagar, com base no investimento realizado em sua aquisição ou estruturação. Para se chegar à rentabilidade, basta dividir o Lucro da empresa, aferido em um determinado período de tempo, pelo valor do investimento inicial (ou o valor atual da empresa). O resultado, em percentual, representará a rentabilidade deste negócio no período correspondente. Para exemplificar, imagine uma franquia montada há um ano no valor de R$ 350 mil, que gere lucro mensal de R$ 7 mil. Se dividirmos o lucro pelo investimento, chegaremos a 2%. Retorno sobre o patrimônio líquido - ROE Indica quanto de prêmio os acionistas e proprietários estão obtendo em relação aos seus investimentos na empresa, isto é, o patrimônio líquido. A fórmula para calcular o retorno sobre o patrimônio líquido é a seguinte: Retorno sobre o patrimônio líquido = Lucro líquido / Patrimônio Líquido O ROE também é considerado um índice muito importante, pois ele mede a capacidade de uma empresa de agregar valor a ela mesma utilizando recursos próprios, fazendo com que ela cresça usando somente aquilo que ela já tem. Assim como o ROA, é importante verificar a evolução do índice ao longo do tempo, além de comparar com o índice de outras empresas Retorno sobre Investimento - ROI É para o ROI de uma atividade que os investidores costumam olhar ao avaliar a possibilidade de seguir adiante com o processo de investimento. Pois do ponto de vista do proprietário do capital, é essencial saber quanto ele ganhará em rendimentos para cobrir tudo aquilo que foi investido. O cálculo do ROI é simples. Inicialmente subtrai-se o ganho obtido com o investimento pelo próprio valor investido, e, em seguida, divide-se esse resultado por esse mesmo valor de investimento. Com isso, a fórmula fica da seguinte maneira: ROI = (Ganho obtido – Investimento) / Investimento x 100 Retorno sobre Investimento - ROI Logo, se uma aplicação rende um ganho de $200.000 e o investimento inicial foi de $40.000, temos que: (200.000 – 40.000) / 40.000 = 4 Isso significa que o retorno sobre o investimento foi de quatro vezes o valor aplicado inicialmente. Como o ROI normalmente é expresso em forma de porcentagem,multiplica-se tal resultado por 100. Com isso, no exemplo acima, o ROI foi de 400%. Retorno sobre o Ativo Total - ROA É considerado um dos mais importantes, pois indica a lucratividade da empresa em relação aos investimentos totais, representados pelo ativo total médio. Retorno sobre o ativo total = Lucro Líquido / Ativo Total Quanto maior for o rendimento da empresa sobre o total dos ativos, melhor, e quanto mais capitalizada a empresa for, menor será o ROA. Se uma empresa apresentar um baixo índice de retorno sobre o ativo total, sua capacidade de geração de receita operacional será insuficiente, ou ela está pagando altas despesas com juros. Para uma melhor interpretação do ROA, será necessário comparar com períodos passados, a fim de ver a evolução da empresa ao longo do tempo. Além disso, comparar o ROA com outras empresas do setor é fundamental a fim de descobrir se essa empresa apresenta uma vantagem competitiva perante seus concorrentes. Qual a diferença? Enquanto a lucratividade demonstra os ganhos imediatos do negócio em um período específico (um mês, um semestre, um ano, etc.), a rentabilidade nos dá qual é o retorno sobre o investimento que foi feito na empresa em longo prazo. Endividamento Medir uma empresa se ela é muito ou pouco endividada, ou seja, se usa muito ou pouco capital de terceiros. Endividamento = (Passivo / Ativo) x 100 Passivo – corresponde a soma do passivo circulante e do passivo não circulante (de longo prazo) da empresa. Para as empresas que possuem um quantidade significativa de desconto de duplicatas, do lado do ativo, este valor deverá ser somado ao passivo. Ativo – refere-se ao total do ativo da empresa. Nas empresas com desconto de duplicatas expressivo, este valor deverá ser considerado no passivo, pois trata-se de um empréstimo com garantia. Unidade de Medida – O endividamento está expresso em percentagem. Assim, falamos que uma empresa possui 40% de endividamento, significando que o passivo representa 40% do ativo da empresa. Intervalo da medida – A rigor o endividamento pode ser superior a 100%, quando a empresa possui passivo a descoberto (ou seja, patrimônio líquido negativo). O normal é que o índice esteja entre 0 e 100%, sendo que quando maior o índice maior o nível de endividamento. Como Avaliar Endividamento? Quanto MAIOR for o índice encontrado, PIOR será a situação, uma vez que MAIOR será o risco da atividade! Como parâmetro geral, um índice superior a 70% denota grande dependência de recursos de terceiros o que pode significar gastos em excesso e margens insuficientes de comercialização. Receita Líquida A receita líquida geralmente é o último número em uma demonstração de resultados, a linha que fornece aos proprietários de negócios informações cruciais sobre quanto dinheiro sobra depois do pagamento das despesas da empresa. Portanto, ela é uma medida crucial para a rentabilidade do negócio. A receita líquida também pode ser chamada de rendimento, resultado ou lucro líquido, ou apenas de lucro. Apesar da importância, ela é relativamente fácil de calcular usando procedimentos de contabilidade simples que subtraem os gastos da receita. Para se ter uma ideia Receita Bruta é a soma de todo o movimento da empresa, todo o dinheiro que entrou. Desse valor, retira-se o total dos gastos da empresa, o que sobrar é o lucro, a Receita Líquida. Se você quiser convencer alguém de uma bobagem sem tamanho, basta apresentar um número. Mesmo a tolice mais absurda parece plausível quando expressada em termos numéricos. - Seife, Chalres. Os números (não) mentem.