Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional Av. Itororó, 1445 CEP: 87010-460 - Maringá - Pr Tipos de Imagens em Espelhos Planos e Esféricos Prof°. Antônio Oliveira de Souza 18 / 10 / 2013 1 1.0 - Introdução Imagem Real: É obtida pelo cruzamento dos raios de Luz. Imagem Virtual: é obtida pelo cruzamento do prolongamento dos raios de luz. Imagem imprópria: é dada a partir dos raios que emergem ou incidem paralelamente ao sistema óptico (a imagem característica localiza-se no infinito). Na Figura 1 é possível visualizar estes três tipos de imagens. 2 Figura 1 – Tipos de Imagens Classificação Ponto Objeto Ponto Imagem (a) Imagem Real (b) Imagem Virtual (c) Imagem Impróprio 3 A miragem na pista (imagem virtual)...ilusão óptica... 4 2.0 – Espelhos Planos • Um espelho plano é uma superfície que reflete um raio luminoso em uma direção em vez de absorvê-lo ou espalhálo em todas as direções. Ex. uma superfície polida metálica se comporta como um espelho, mas uma parede de concreto não. • A Figura 2 mostra uma fonte pontual O que vamos chamar de objeto, a uma distância do (= distância do objeto) de um espelho plano. • A luz que incide no espelho está representada por raios que partem de O. 5 Figura 2 – Espelhos Plano • Se prolongarmos os raios refletidos no sentido inverso (para trás do espelho), constatamos que as extensões destes raios se interceptam em um ponto que está a uma distância di (=distância da imagem) do espelho. • Por convenção, as distâncias dos objetos (do) são consideradas positivas e as distâncias das imagens (di) virtuais são consideradas negativas, tal que do di (1) 6 2.1 - Formação de imagens em espelhos planos Imagem Objeto Imagem virtual Características: do = di Reversão de “direita - esquerda” (prolongamento dos raios) O tamanho da imagem é o mesmo do objeto. 7 2.2 - Associação de espelhos planos Representação matemática do número de imagens formadas entre dois espelhos planos. • n • • 360º 1 (2) n = número de imagens = ângulo entre os espelhos 8 I - E1 I - E1 e E2 Objeto α I - E2 E2 http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/exibir.php ?midia=tex&cod=_associacaodeespelhosplanos E1 α = 90° 9 α = 60° 10 α = 45° 11 3.0 – Espelhos Esféricos • Para fazer um espelho côncavo, encurvamos para dentro a superfície do espelho plano (Figura 3(a)), como mostra a Figura 3(b). Figura 3- Espelho côncavo. 12 • Este procedimento modifica várias características do espelho e da imagem que produz de um objeto: O centro de curvatura C (o centro da esfera), que no espelho plano estava a uma distância infinita do espelho; O campo de visão (o tamanho da cena vista pelo observador) diminui em relação ao espelho plano; a distância da imagem aumenta em relação ao espelho plano; O tamanho da imagem aumenta em relação ao espelho plano. É por isso que muitos espelhos de maquiagens são côncavos. 13 14 Os Elementos Geométricos A R V C R B C = centro de curvatura V = vértice (é o pólo da calota esférica) R = raio de curvatura (é o raio da esfera) = ângulo de abertura Eixo Principal Obs.: toda linha que passa por C e pelo espelho forma 90º com a superfície, logo, é uma RETA NORMAL. 15 15 • Para fazer um espelho convexo, encurvamos para fora a superfície do espelho plano (Figura 4(a)), como mostra a Figura 4(b). Figura 4- Espelho Convexo. 16 • Este procedimento modifica várias características do espelho e da imagem que produz de um objeto: O centro de curvatura C (o centro da esfera), agora não está atrás do espelho; O campo de visão (o tamanho da cena vista pelo observador) aumenta em relação ao espelho plano. É por isso que quase todos os espelhos usados nas lojas para observar o movimento dos clientes são convexos; a distância da imagem diminui em relação ao espelho plano; O tamanho da imagem diminui em relação ao espelho plano. É por isso que muitos espelhos de maquiagens são côncavos. 17 3.1 – Os Pontos Focais dos Espelhos Esféricos • Quando raios paralelos são refletidos por um espelho côncavo, Figura 5, os raios próximos ao eixo central convergem para um ponto comum F; o ponto F é chamado de ponto focal; a distância entre F e o centro do espelho é chamado de distância focal f. Figura 5- Foco do espelho côncavo. 18 • No caso de um espelho convexo, Figura 6, os raios paralelos, ao serem refletidos, divergem em vez de convergir. • Entretanto, quando prolongamos os raios para trás do espelho, os prolongamentos convergem para um ponto comum, que é o ponto focal. Figura 6- Foco do espelho convexo. 19 • A distância focal de um espelho de um côncavo é considerada positiva, e a distância focal de um espelho convexo é considerada negativa. • Em ambos os casos a relação entre a distância focal e o raio de curvatura r do espelho é dada por f 1 r 2 (3) onde para manter a coerência com os sinais da distância focal f, o raio r é considerado positivo no caso de um espelho côncavo e negativo no caso de um espelho convexo. 20 3.2 – Imagens produzidas por Espelhos Esféricos • Podemos determinar a relação entre a distância da imagem (di) e a distância do objeto (do), para espelhos côncavos e convexos. • Imagine que o objeto O está entre o ponto focal F e a superfície de um espelho côncavo, Figura 7. Figura 7 - objeto O está entre o ponto focal F e a superfície de um espelho. 21 • Quando o objeto é colocado exatamente no ponto F os raios refletidos são paralelos, e portanto, não se forma uma imagem, conforme Figura 8; • Já que nem raios refletidos pelo prolongamentos dos raios se interceptam. espelho nem os Figura 8- Objeto no ponto F. 22 • Quando o objeto está situado mais longe do espelho côncavo que o ponto focal F, os raios refletidos convergem para formar uma imagem invertida do objeto O, conforme Figura 9. • Trata-se de uma imagem real. • Se afastamos mais ainda o objeto do espelho, a imagem se aproxima do ponto focal e diminui de tamanho. Figura 9 – Objeto longe. 23 Reforçando a ideia... 24 Objeto Antes do Centro De Curvatura C F V 25 Objeto Sobre o Centro C F V 26 Objeto Entre o Centro e Foco C F V 27 Objeto Sobre o Foco θ C F θ V 28 Objeto Entre o Foco e o Vértice θ C FF θ V 29 • Quando os raios luminosos de um objeto fazem apenas pequenos ângulos com o eixo de um espelho esférico a distância do objeto (do), a distância da imagem (di), e a distância focal f, se relaciona por meio da equação: 1 f 1 1 di do (4) Para pequenos ângulos a Eq. (4) se aplica a qualquer espelho côncavo, convexo ou plano. Obs: Os espelhos convexos e planos produzem apenas imagens virtuais, independentemente da localização do objeto. 30 • Seja h a altura de um objeto e h’ a altura da imagem correspondente. • A razão h’/h é chamada de ampliação lateral do espelho e representada por m. • Por convenção, a ampliação lateral é um número positivo quando a imagem tem a mesma orientação que o objeto, e um número negativo quando a imagem tem a orientação oposta. • Por essa razão, a equação de m é dada em módulo m h' h (5) 31 A ampliação lateral também é dada pela equação: di m do (6) No caso de um espelho plano, para o qual di do temos m 1 A ampliação lateral igual a 1 significa que a imagem e o objeto têm o mesmo tamanho; o sinal positivo significa que a imagem e o objeto têm a mesma orientação. 32 Bibliografia NUSSENZVEIG, H. M., Curso de Física Básica, vol.4 – 3ª ed. Editora Edgard Blücher Ltda, São Paulo - 1981. HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J., Fundamentos de Física, vol. 48ªed. Editora Livros técnicos e Científicos S.A. Rio de Janeiro - 2009. 33