BOLSISTA: GIOVANA TAVARES LOPES 1°ano D A URBANIZAÇÃO Chamamos de processo de urbanização a transformação de espaços naturais e rurais em espaços urbanos, concomitantemente à transferência em larga escala de população do campo para a cidade, em razão de diversos fatores. A urbanização se acelerou com o processo de industrialização. Segundo a ONU a urbanização será uma das tendências demográficas mais importantes do século XXI e cada vez mais a população mundial deve se concentrar em cidades. Entretanto percebe-se que a urbanização é bastante desigual, uma vez que há regiões e países muito urbanizados e outros ainda predominantemente rurais. Mesmo nesses países, porém o processo de urbanização vem se acelerando. Antes de 1850 nenhum país poderia ser considerado predominantemente urbano e por volta de 1900 somente o Reino Unido havia alcançado esse estágio. Embora o processo de urbanização tenha se acelerado com as Revoluções Industriais, foi até meados do Século XX um fenômeno relativamente lento e direcionado aos países que primeiro se industrializaram considerados hoje, em sua maioria países desenvolvidos. Após a Segunda Guerra, o fenômeno urbano estendeu-se para muitos países em desenvolvimento, notadamente na América Latina e no leste e Sudeste Asiático. No entanto com a Revolução Informacional já não se pode mais estabelecer uma associação direta entre urbanização e industrialização. Sobretudo nos países subdesenvolvidos , a urbanização tem se acelerado mesmo sem ocorrência simultânea de industrialização. O capitalismo pode não ter criado a cidade, mas construiu a grande cidade, particularmente a metrópole e a megalópole. Metrópole: não deve ser definida simplesmente como uma cidade grande, mas como um conjunto de cidades conurbadas, interligadas pela expansão periférica da malha urbana. Nelas há sempre um município –núcleo. Megalópole: Se forma quando os fluxos de pessoas, capitais, informações, mercadorias e serviços entre duas ou mais metrópoles estão plenamente integrados por modernas redes de transportes e telecomunicações, mesmo que existam espaços agrícolas em seu interior, ou seja, não é necessário que todas as cidades estejam conurbadas. Exemplos: Recife São Paulo Metrópoles Nacionais Metrópoles Regionais Rio de Janeiro Porto Alegre Alguns fatores condicionam a urbanização, são eles os fatores atrativos e repulsivos Os fatores atrativos: predominantes em países desenvolvidos e em regiões modernas dos emergentes, estão ligados fundamentalmente ao processo de industrialização , ou seja, as transformações provocadas na cidade pela indústria. Os fatores repulsivos: são típicos de países subdesenvolvidos, qualquer que seja seu nível de industrialização. Estão ligados fundamentalmente às péssimas condições de vida existentes na zona rural, por causa da estrutura fundiária bastante concentrada , dos baixos salários, da falta de apoio aos pequenos agricultores, do arcaísmo das técnicas de cultivo etc. O resultado é uma grande transferência da população do campo para as cidades. Agravando os problemas urbanos. Esses problemas são uma consequência de um fenômeno urbano característico de muitos países subdesenvolvidos: a macrocefalia urbana. Macrocefalia Urbana: corresponde ao crescimento desordenado e acelerado dos centros urbanos provocado pelo atração de pessoas para esses centros em um curto espaço de tempo, esse fenômeno é marcado pelo inchaço e pela falta de estrutura em determinadas áreas da cidade. Essa população entra em um processo de marginalização e procura formas variadas para sobreviver. Muitas vezes essas pessoas ocupam áreas irregulares, chamadas de favelas, que não possuem sistema de transporte, água tratada, esgoto – além da falta de empregos, que propicia uma baixa qualidade de vida, tudo isso resulta nos processos de segregação. A segregação urbana – também chamada de segregação socioespacial – refere-se à periferização ou marginalização de determinadas pessoas ou grupos sociais por fatores econômicos, culturais, históricos e até raciais no espaço das cidades. No Brasil, alguns exemplos de segregação urbana mais comuns são a formação de favelas, habitações em áreas irregulares, cortiços e áreas de invasão. Referências ALONSO, Suelen. "Macrocefalia Urbana"; Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/macrocefalia-urbana.htm>. Acesso em 26 de outubro de 2015. MOREIRA, João Carlos. Geografia: Volume único. São Paulo: Scipione, 2005.