"O seu nome nunca poderá ser pronunciado sem respeito e sem evocar a imagem de uma época eternamente memorável.”- Voltaire O absolutismo foi um sistema político e administrativo que predominou nos países da Europa, na época do Antigo Regime. No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis, auxiliada pela burguesia. Os comerciantes procuravam diversas vantagens económicas, como por exemplo, o fim de diversos impostos e taxas existentes. Já o monarca procurava um sistema de governo onde o poder máximo lhe pertencesse, sem interferência da igreja, nem dos senhores locais. O rei concentrava em si todos os poderes e funções do estado: a política, a justiça, a administração e a economia. Criava leis sem aprovação da sociedade, impostos, taxas, (…), tudo em função dos seus interesses económicos. Além disso, interferia em alguns assuntos religiosos, controlando em alguns casos, o Clero do seu país. Todos os grupos sociais estavam subjugados ao poder do rei, visto que a ideia do direito divino dos reis defendia que, como o rei recebia o poder diretamente de Deus, todos os súbditos lhe deviam respeito total e obediência. Governo Absolutista Desenvolvimento da França Luís XIV, rei de França, também conhecido como “O Rei Sol”, nasceu a 5 de Setembro de 1638 em Saint-Germain-en-Laye, em França, e morreu a 1 de Setembro de 1715 em Versalhes. Símbolo da monarquia absoluta, provocou uma série de guerras, com o objetivo de dominar a Europa. O reinado de Luís XIV (1643-1715) representou um período de desenvolvimento para a França. O país conheceu um enorme poderio militar, prosperidade científica e desenvolvimento artístico. Em 1661, com a morte do Cardeal Mazarino, Luís XIV assumiu a chefia do governo e elegeu como assessor financeiro: Jean-Baptiste Colbert. Com Colbert, a economia do país foi reestruturada para atender às exigências mercantilistas, foi criada a marinha mercante e também fábricas, estradas e portos. O Rei Sol exigia dos seus súbditos total obediência e lealdade, fiscalizava a execução das suas ordens e ocupava-se assuntos ligados ao governo. pessoalmente dos O rei mandou construir o Palácio de Versalhes, tornando a Corte de Versalhes no centro do poder do Antigo Regime na França. Este magnificente palácio era o palco de Luís XIV e da sua corte. Admirado e copiado, simbolizou a monarquia absoluta, entre 1682 e 1789. Em Versalhes todas as artes convergiam para a criação de um mundo fantástico e artificial, contribuindo para a glória do Rei Sol. A corte de Luís XIV era faustosa, luxuosa e os divertimentos distraíam e ocupavam os cortesãos. Os divertimentos refletiam o poder e a riqueza de Luís XIV. As festas de Versalhes eram manifestações da grandeza do rei. A corte absolutista materializava uma encenação do poder e da grandeza do soberano. Luís XIV e a sua corte cultivaram o gosto por espetáculos que fundiam a representação e a dança. Quem não frequentava a corte de Luís XIV virava as costas ao poder e, por conseguinte, à riqueza do rei. O Sol sempre cativou Luís XIV. Quando tinha 15 anos, participou num bailado da corte, em que fazia o papel de Apolo, Deus do Sol. Mais tarde, cobriu Versalhes de imagens evocativas de Apolo, a quem dedicou várias fontes, lagos e recantos dos jardins do palácio. No seguinte excerto do filme “Le Roi Danse”, podemos ver que as festas realizadas eram uma forma de engradecer o poder do rei, de o glorificar. Podemos observar também a paixão de Luís XIV pelo Sol. A grandiosidade estava sempre presente, quando Luís XIV se apresentava, entrava sempre com uma grande encenação. Link do vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=BMvpvDjFvHA