Teoria da Bala mágica

Propaganda
Teoria da Bala Mágica(Bullet Theory)
ou
da Agulha Hipodérmica
O aparecimento da teoria da sociedade de
massa
Palavras-chave:
•1a. Guerra Mundial
•Sociedade industrial
•Propaganda de guerra
•Persuasão em grande escala
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Conflito armado que começa em 1914 como uma disputa local entre o Império Austro
Húngaro e a Sérvia, estende-se às potências imperialistas da Europa e atinge o
mundo inteiro. O estopim é o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando (18631914), herdeiro do trono austríaco, em Sarajevo (atual Bósnia-Herzegóvina). A guerra
termina em 1918, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões
de civis.
Confrontam-se dois grupos de países organizados em pactos antagônicos: a Tríplice
Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, que vence a guerra, encabeçada
pela França. A Europa perde sua posição na liderança planetária para os Estados
Unidos (EUA), que assumem o comando das negociações mundiais e passam a ser o
centro de poder do capitalismo. A reorganização do cenário político no continente
europeu e as condições impostas pelo Tratado de Versalhes ao perdedor, a Alemanha,
levam à II Guerra Mundial. O mundo do pós-guerra assiste também à implantação do
primeiro Estado socialista, a União Sovética (URSS).
1a. Guerra Mundial
• Surge necessidade de aglutinar forças e ações contra
inimigo
• Mobilizar lealdade, ódio e medo
• Meio: propaganda
• Fotos, filmes, cartazes, panfletos, boatos, discursos, livros
Implantação do primeiro Estado
socialista, a União Sovética
(URSS).
Sociedade industrial
•
•
•
•
Heterogênea
Diversificada
Relações contratuais
Carentes de elemento aglutinador
Origem da Massa
• (-)
• Industrialização/
urbanização
• Dissolução da elite
• Fim da ‘comunidade’
• (+)
• Nova ordem social +
participativa
• Um único discurso
dominante
• Todos são iguais
IMPLANTAÇÃO DO
PARTIDO COMUNISTA NA
CHINA (1921), POR MAO
TSÉ TUNG
MCM criam o elemento aglutinador que
faltava
• Indivíduos atomizados e
anônimos
TORNAM-SE
• Audiência indefesa,
fragmentada e passiva
Podem ser
manipulados
Apelos emocionais
Características da Massa
•
•
•
•
•
Divisão do trabalho
Super-especialização
Isolamento psicológico
Fracos vínculos sociais
Escasso controle sobre
emoções e instintos
• Pessoas não se conhecem
• Distantes no espaço
• Não há regras, tradições,
estrutura organizativa
• Não há objetivos comuns
Teoria da Bala Mágica
• MCM fornecem valores e laços perdidos
• Desintegração de culturas locais devido a exposição aos
MCM
• Conteúdos além de suas pp. experiências
Bala mágica baseia-se na teoria do estímuloresposta
E-R = mensagens são recebidas de maneira
uniforme
Desencadeiam respostas correspondentes
E-R= behaviorismo
•Efeitos não são estudados, são dados como
certos
•A partir de 1920...ciência começa buscar
empirismo(conteúdo) e abandona E-R
EMPIRISMO/ POSITIVISMO
• conhecimento é resultado da experiência sensível.
• verdades que possam ser comprovadas pelos sentidos.Ex:
lei da gravidade
• Rejeita os enunciados metafísicos.ex.: o bem
• o empirismo contemporâneo, também chamado de
positivismo lógico, representado pelo austríaco
• Ludwig Wittgenstein (1889-1951), a filosofia deve limitar-se à
análise da linguagem científica,
• expressão do conhecimento baseado na experiência.
Previsão e descrição de efeitos mostra resultados
contrários à teoria do E-R
(‘Era dos públicos’- rádio)
Guglielmo Marconi faz sua
demonstração, 1896
Réplica do rádio do inventor e
cientista brasileiro, Padre Landell
de Moura, construído em 1890
• Massa: agrupamento de pessoas sem objetivos comuns e
não identificado.
• Multidão: agrupamento de pessoas sem objetivos
comuns, não identificado e circunstancial
• Público: agrupamento de pessoas com objetivos comuns
de certa forma identificável.
• Grupo: agrupamento de pessoas com objetivos comuns
específicos e bem identificado.
Os Indiferentes
António Gramsci (1891 - 1937)
Trecho retirado do livro Convite à Leitura de
Gramsci *
Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar
partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem
verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia,
parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes. A indiferença é o peso
morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se
afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a
velha cidade [...] Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas
lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram
a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do
que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha
compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou
vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade
futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um
número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à
fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar
enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem
esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um
pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque
não conseguiu o seu intento. Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido,
odeio os indiferentes._________________________________________
*Membro fundador do Partido Comunista Italiano. Teorizou sobre conceitos chave, como
a hegemonia, a base, superestrutura, intelectuais orgânicos e guerra de posições.
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