Regionalização do espaço brasileiro: leituras contemporâneas

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Regionalização do espaço brasileiro:
leituras contemporâneas (Parte I)
Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz
FLG – 0386 – Regionalização do Espaço Brasileiro
DG/FFLCH/USP
O contexto histórico e a chamada
Geografia Quantitativa
 Final da dec. de 1960 ao final da década de 1970;
 “Os quantitativos confiaram demais no computador,
perdendo a importância que é dada à origem da
informação”
Fonte: EVANGELISTA (2007)
Pedro Pinchas Geiger (breve currículo)
-
FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
1 – Graduado em Geografia pela Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro),
Rio de Janeiro, 1943.
2 – Especialista em Geografia pela Universidade de Grenoble, em 1947..
3 - Doutor em Geografia - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, 1970.
ATIVIDADES PROFISSIONAIS
IBGE:
1942 a 1984
1 – Professor em várias universidades pelo mundo:
(a) Columbia University (1969)
(b) University of Toronto (1973)
© Univsersidade Sorbonne (1976)
(d) University of Texas (1984-1995)
(e) UFRJ (1994-1995)
Áreas de atuação: Geografia Urbana, Regionalização, Análise Regional
Pressupostos da proposta do
prof. Pedro Pinchas Geiger
 Processo histórico de formação do território brasileiro
 Regiões: semelhanças históricas, econômicas e culturais →
complexos regionais
 Centro-Sul (MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS e parte de GO e
MT)
 Nordeste (PI, CE, RN, PB, PE, SE, AL, BA, parte do MA e
norte de MG)
 Amazônia (PA, AP, AM, RR, AC, RO, parte do MT, de GO e
do MA)
As regiões geo-econômicas de Pedro Pinchas Geiger frente a
divisão regional de Lobato Corrêa
1. Amazônia
2. Centro-Sul
3. Nordeste
Fonte: SILVA, Simone Afonso, 2010.
Fundamentos
“...a regionalização decorre do fato de que, em qualquer
forma de organização, estabelece-se um núcleo e uma
periferia com interação. Verifica-se que no espaço
pode resultar, desta interação, a criação de novos
núcleos na periferia, em geral de hierarquia inferior ao
primeiro; evolui-se, portanto, para um sistema
hierarquizado de núcleos e periferias.” (Geiger, 1970
apud Bezzi, 1999)
Região Centro-Sul
 Região economicamente mais dinâmica
 Principal destino de migrantes do país
 Região mais industrializada
 Agricultura de exportação
Região Nordeste
 Região mais pobre do país
 Indicadores sociais ruins
 Concentração populacional na faixa litorânea
 Riqueza cultural
Amazônia
 Baixa densidade demográfica/vazios demográficos
 Concentração populacional em Manaus e Belém
 Economia baseada no extrativismo
 Destaque para a industrialização no PIM
O IBGE e a divisão regional oficial do Brasil
O IBGE e a divisão regional oficial do Brasil
- antecedentes
 Tem sua origem relacionada Instituto Nacional de
Estatística, criado em 1934, na chamada “Era
Vargas”;
 Começa a funcionar a partir de 1936 e tem seu
nome alterado para Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística em 1938.
 Contexto histórico: governo ditatorial, que toma o
planejamento territorial e a integração nacional
como fundamentos.
Divisões regionais do Brasil segundo o
IBGE
 Ao longo de sua existência, o IBGE adotou 7 divisões
regionais do Brasil, a última delas (1990) resultante da
criação de Tocantins e de sua inserção na Região
Norte;
 Divisões regionais anteriores: 1940, 1945, 1950, 1969,
1970, 1980.
O IBGE e a atual divisão regional do
Brasil
1969 a 1988
Pós 1989
Pressupostos da divisão regional
oficial
“ ..a Divisão Regional do Brasil decorre de um conjunto de
determinações econômicas, sociais e políticas que dizem
respeito à totalidade da organização do espaço nacional,
referendado no caso brasileiro pela forma desigual como
vem se processando o desenvolvimento das forças
produtivas em suas interações com o quadro natural.”
“Sem deixar de lado as partes constitutivas da referida
totalidade, a Divisão Regional em macrorregiões enfatiza - a
partir de uma perspectiva histórico-espacial - a divisão interregional da produção no País, a par da internacionalização
do capital havida pós-60...”
(IBGE, 2010, Adaptado)
Aplicabilidade da divisão regional oficial
 elaboração de políticas públicas;
 subsídio ao sistema de decisões quanto à localização de
atividades econômicas, sociais e tributárias;
 subsídio ao planejamento, estudos e identificação das
estruturas espaciais de regiões metropolitanas e outras
formas de aglomerações urbanas e rurais.
 (IBGE, 2010)
Propostas alternativas à divisão
oficial
Proposta 1
Fonte: CAZZOLATO, J. D. (2007)
Proposta 2
Fonte: CAZZOLATO, J. D. (2007)
Referências Bibliográficas
BEZZI, Meri Lourdes. Região: uma revisão historiográfica
– da gênese aos novos paradigmas. 1999. (Tese)
Doutorado em Geografia. UNESP.
CAZZOLATO, José Donizete. As regiões brasileiras pósTocantins: ensaio para um novo arranjo.Disponível em:
http://www.centrodametropole.org.br/pdf/2007/RegioesDonizete.pdf.
CORRÊA, Roberto Lobato. Trajetórias geográficas. RJ:
Bertrand Brasil, 2001.
SILVA, Simone Afonso da. Regionalizações do espaço
brasileiro. Trabalho de Graduação Individual, 2010.
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