CATARSE E TRANSFORMAÇÃO: TÉCNICAS PEDAGÓGICAS APLICADAS À ANÁLISE TEXTUAL DE CANÇÕES NACIONAIS DE ROCK (1984-1989) Luiz Pereira da Silva Júnior Monte Dourado - PA RESUMO • O presente trabalho tem como proposta básica a análise de possibilidades de aplicação de técnicas pedagógicas à leitura e interpretação textual de letras de canções de rock nacional, fazendo especial referência ao grupo Legião Urbana (19841989), possibilitando a construção do conhecimento crítico e reflexivo. Teorias Pedagógicas • “Conjunto de proposições articuladas que têm por tarefa ou por função explicar os fenômenos”. (LAKOMY, 2003, p.19); • Busca de novos caminhos para a práxis pedagógica; • Busca da formação integral do educando; • Possibilidade de reflexão e transformação do educador, do educando e da comunidade/sociedade. O PORQUÊ DO TRABALHO COM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO • Relativa falta de material produzido para tal faixa etária; • Referências docentes referentes aos problemas específicos de tal faixa etária; • Possibilidade da destruição de paradigmas relacionados a tal faixa etária. O PORQUÊ DO TRABALHO COM TEXTOS • Possibilidade da leitura coletiva como busca da cooperação, da solidariedade e da formação comunitária; • Possibilidade da leitura individual como poder transformador; • Possibilidade da catarse como fator de liberação emocional; • Busca da formação de um novo paradigma para a leitura e para o uso da biblioteca; • Importância da leitura como fator de inserção no mercado de trabalho. O PORQUÊ DA ESCOLHA DE CANÇÕES NACIONAIS • • • • • • • • • • • • Inclusão docente em sua forma mais ampla; Possibilidade de fácil aquisição do material; Possibilidade de estudo reflexivo e crítico; Vontade de transformação social; Valorização da Língua Portuguesa; Busca da leitura por prazer; Possibilidade de um trabalho multidisciplinar; Resgate da sala de aula como lugar de aprendizagem prazerosa; Reflexão sobre o sistema de avaliação; Possibilidade do trabalho com Inteligências Múltiplas; Busca do distanciamento do objeto; Possibilidade do estudo gramatical de forma agradável e participativa. O PORQUÊ DA ESCOLHA DAS CANÇÕES DO GRUPO LEGIÃO URBANA • • • • Profunda análise da realidade social; Ampla vinculação na mídia; Poder empático nos jovens; Possibilidade de acesso ao catálogo do grupo em estudo; • Possibilidade do levantamento biográfico dos componentes de tal grupo. • • • • ESTUDO DA CANÇÃO “FAROESTE CABOCLO”, DO GRUPO LEGIÃO URBANA (RAZÕES) Razões literárias; Razões estéticas; Razões emocionais; Razões lingüísticas. ESTUDO DA CANÇÃO “FAROESTE CABOCLO”, DO GRUPO LEGIÃO URBANA (TEORIAS PEDAGÓGICAS) • Construtivismo (Piaget) – aluno reconstrutor do texto; • Teoria da Afetividade (Wallon) – organização do espaço físico; integração grupal; • Teoria da Instrução (Bruner) – motivação, estrutura, seqüência, reforçamento; • Teoria da Aprendizagem Significativa (Ausubel) – contextualização com a situação sócio-política atual; questionamento da problemática contemporânea (influência da mídia, êxodo rural, marginalização, entre outros aspectos); • Extrema importância da escolha de topônimos e antropônimos presentes na canção. ESTUDO DA CANÇÃO “EDUARDO E MÔNICA”, DO GRUPO LEGIÃO URBANA (RAZÕES) • Razões literárias; • Razões estéticas; • Razões emocionais; • Razões lingüísticas. ESTUDO DA CANÇÃO “EDUARDO E MÔNICA”, DO GRUPO LEGIÃO URBANA (TEORIAS PEDAGÓGICAS) • Teoria Sócio-Interacionista (Vygotsky) – interação social com o meio físico; espiral do conhecimento; estudo multidisciplinar; o jovem como “buscador” de seu próprio caminho; • Teoria das Inteligências Múltiplas (Gaardner) – inteligências lingüística, espacial, interpessoal, naturalista, corporal-sinestésica, musical, lógico-matemática; • Valorização do professor; • Canção cíclica; • Estudo gramatical aprofundado, especialmente em relação ao uso verbal. CONCLUSÃO Apesar de ser uma prática desgastante, a educação pode (e deve) buscar apoio nas teorias pedagógicas e no uso de novas tecnologias. Ao escolher canções que possibilitem a reflexão individual, o professor possibilita ao aluno sua transformação e a transformação da comunidade/sociedade em que se insere. Assim, o professor também se torna um ser participativo, reflexivo, crítico, buscando a construção de uma sociedade mais justa, mais inclusiva, mais digna, enfim.