03 – aula de porifera

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FILO PORIFERA
Do grego porus = poro + fera = portador de.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
1. São organismos bastante antigo, datando desde o cambriano
inferior;
2. Os Porifera atuais são divididos em três classes: Calcarea (com
espículas calcárias), Hexactinellida (espículas silicosas com seis
raios) e Demospongiae (com esqueleto de espículas silicosas ou
espongina);
3. São sésseis e dependem da corrente, pois é através dela que
ocorrem as trocas gasosas e se alimentam;
4. O corpo é constituído por uma massa celular embebida em uma
matriz gelatinosa e enrijecidas por um esqueleto de espículas
diminutas, que pode ser de carbonato de cálcio ou sílica e
colágeno;
4. Apesar de serem multicelulares, não possuem nenhum órgão ou
tecido verdadeiro;
5. A epiderme é constituída por pinacócitos achatados (células de
colarinho) – pinacoderme;
6. Digestão é intracelular, respiração e excreção se dá por difusão;
7. Devido a pouco complexidade o sistema nervoso provavelmente é
ausente;
8. Apresentam os mais variados tamanhos e as mais variadas formas
e coloração;
9. Em sua maioria habitam o ambiente marinho, porém algumas
espécies habitam o ambiente de água doce; são bentônicos, porém
suas larvas são livres natantes;
Diferentes formas de Porifera no ambiente marinho.
FORMA E FUNÇÃO
a) As únicas aberturas são os poros, os quais são denominados em:
óstios (menores) e ósculos (maiores);
b) Os poros são conectados formando um sistema de canais, os
quais são formados por células flagelares – coanócitos;
c) Os coanócitos tem a função de manter a corrente, assim como,
atuar diretamente na captura de alimentos;
TIPOS CELULARES
As células encontram-se distribuídas em uma matriz gelatinosa
denominada meso-hilo (mesogléia e mesênquima). Os tipos
celulares são as células amebóides, as quais, também são
consideradas TOTIPOTENTES.
Corte através da parede de uma
esponja, mostrando os tipos de
células. Pinacócitos são protetores e
contráteis;
coanócitos
criam
correntes d’água e apreendem
partículas alimentares; arqueócitos
possuem uma variedade de funções
e colêncitos secretam colágeno.
1. Pinacócitos
a) É a maior aproximação de tecido verdadeiro;
b) São do tipo epitelial de forma afilada e achatada;
c) Cobrem tanto a superfície externa quanto a interna;
d) Por apresentar pouco contrabilidade atua na regulagem da
superfície corpórea;
e) Alguns são modificados em miócitos (auxiliando a entrada da
água);
2. Coanócitos
a) Forram os canais e câmaras flageladas;
b) São ovóides com uma extremidade embebida no meso-hilo e a
outra exposta;
c) A extremidade exposta possui um colarinho com um flagelo;
d) O colarinho é constituído por microvilos e miofibrilas delicadas;
e) O flagelo propicia a entrada da água pelo colarinho;
f) No colarinho há um muco onde facilita o processo de endocitose;
A: estrutura interna do canal; B: Coanócitos e C: estrutura do colarinho.
3. Arqueócitos (as células totipotentes)
a) São as células amebóides;
b) Tem várias funções uma delas é fagocitar partículas na
pinacoderme e receber partículas dos coanócitos para digestão;
c) Podem se diferenciar em outros tipos celulares dentre eles: os
esclerócitos (secretam espongina), espongiócitos (secretam fibras
de espongina do esqueleto) e os colêncitos (secretam colágeno
fibrilar).
Esquema da localização dos tipos celulares de uma esponja.
TIPOS DE ESQUELETOS
1. Fornece a sustentação da esponja não permitindo que os canais
e câmaras entrem em colapso;
2. A principal proteína estrutural do reino animal é o colágeno, o qual
está na matriz;
3. Os esqueletos variam de acordo com a classe da esponja:
demospongiae (espongina, podem também secretar espículas
calcárias), calcárias (espículas compostas por carbonato de
cálcio e apresentando um, três ou quatro raios), esponjas de vidro
(espículas silicosas com seis raios organizadas em três planos
angulares), etc.
A: Tipos de espículas encontradas nas esponjas. A diversidade, complexidade e beleza
espantosas das formas que ocorrem dentre os vários tipos de espículas. B. Algumas formas
corpóreas em esponjas.
SISTEMAS DE CANAIS
Os Porifera podem ser classificados de acordo com o sistema de
canais que apresentam. Podem ser: asconóides, leuconóide e
siconóides.
1. Asconóides: espongioceles flageladas
1.1. Apresentam organização simples;
1.2. A água entra por poros dérmicos microscópicos denominados
espongiocele, a qual é forrada por coanócitos;
1.3. Os flagelos movimentam a água pelos poros e expelem pelo
ósculo;
Esquema de uma esponja asconóide.
1.4. As asconóides são encontradas apenas dentre os Calcarea;
1.5. Formam imensas colônias;
Clathrina canariensis (Classe Calcarea) é comum nas cavernas e sob substratos caribenhos.
2. Siconóides: canais flagelados
2.1. Derivam das asconóides, porém são maiores;
2.2. O corpo é tubular com um único ósculo;
2.3. A parede do corpo é mais complexa e apresentam canais radiais
forrados por coanócitos que desembocam na espongiocele, a qual é
forrada por células do tipo epitelial e não flagelares (asconóides);
2.4. A água entra através de inúmeros óstios dérmicos nos canais
inalantes;
2.6. Os canais radiais apresentam pequenas aberturas – prosópilas;
2.7. A água é impulsionada para os canais internos – apópilas;
Esquema de uma esponja siconóide.
2.7. A água emerge da espongiocele para o ósculo;
2.8. Durante seu desenvolvimento atravessam um estágio leuconóide,
porém os canais flagelados formam-se por invaginações da parede do
corpo;
2.9. As siconóides ocorrem tanto na classe Calcarea quanto na
Hexactinellida;
Chondrosia reniformis
3. Leuconóides: câmaras flageladas
3.1. É a mais complexa de todas;
3.2. São esponjas relativamente grandes;
3.3. Possuem grande massa e grandes ósculos;
3.4. Associações de câmaras flageladas recebem a água dos canais
inalantes e a descartam através dos canais exalantes, que culminam
no ósculo;
3.5. A maioria das esponjas atuais são leuconóides;
3.6. Essa modificação permitiu uma maior adaptação e uma maior
captura de alimentos;
3.7. Ocorre tanto na classe Calcarea como nas demais classes;
Esquema de uma esponja leuconóide.
REPRODUÇÃO
ASSEXUADA
-Ocorre por meio de formação de brotos e pela regeneração seguida de
fragmentação;
- Podem ainda formar gêmulas (brotos internos), os quais são
envolvidos por uma camada de espongina incorporada com espículas
silicosas, quando a esponja morre, ela permanece dormente
conservando dessa forma a espécie; ocorre em sua maioria em
esponjas de água doce;
-A gemulação em alguns casos é considerada um processo adaptativo
(mudança de estação);
Brotamento.
Corte através de uma gêmula de uma
esponja de água doce (Spongillidae).
Gêmulas é um mecanismo de
sobrevivência às condições adversas do
inverno. Com o retorno das condições
favoráveis, os arqueócitos saem através
da micrópila para formar uma nova
esponja.
SEXUADA
-São monóicas (possuem células masculinas e femininas no mesmo
indivíduo);
-Os espermatozóides surgem da transformação de coanócitos;
-Em algumas classes os oócitos também surgem da transformação
dos coanócitos;
-A maioria são vivíparas;
-Depois da fertilização o zigoto é retido e recebe nutrientes da esponja
parental até que se transforme em uma larva ciliada – larva
parenquímula;
- Os espermatozóides são lançados na água pelo ósculo e são
capturados pelo ósculo de outra esponja, através de células
especializadas, as quais levam-o até o oócito no meso-hilo;
Esquema da reprodução sexuada.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS CLASSES
Classe Calcarea
1. São esponjas calcárias e suas espículas são compostas por
carbonato de cálcio;
2. Suas espículas são retilíneas (monáxonas) ou possuem três ou
quatro raios;
3. Podem ser asconóides, leuconóides e siconóides;
4. Possuem coloração variada;
5. São de águas marinhas de pouca profundidade;
Classe Hexactinellida (Hyalospongiae): esponjas de vidro
1. Quase todas as suas formas são de mares profundos;
2. A maioria é radialmente simétrica, com corpo em de vaso ou funil,
geralmente fixa a um substrato;
3. Variam de tamanho;
4. Possuem espículas silicosas de seis raios que estão geralmente
fundidas em uma malha formando uma estrutura similar a vidro;
5. Possuem um grande ósculo, o qual é coberto por uma placa de sílica
em forma de peneira;
6. O esqueleto é rígido e não possui elementos musculares;
7. O arranjo geral é siconóide ou leuconóide.
Classe Demospongiae
1. Contêm 95% das espécies de esponjas viventes e inclui a maioria
das esponjas grandes;
2. Possui espículas silicosas, as quais podem estar ligadas umas as
outras por espongina, ou as espículas podem estar completamente
ausentes;
3. Todos os membros da classe são leuconóides e marinhos exceto a
família Spongillidae (ou esponjas de água doce);
4. Possuem as mais variadas formas e cores;
A: Pseudoceratina crassa é uma esponja colorida que cresce a profundidades moderadas. B.
Ectyoplasia ferox é de forma irregular (é tóxica). C: Monanchora unguifera.
Filogenia
-Originaram-se antes do Cambriano;
-Dois grupos de organismos calcários espongiformes colonizaram os
recifes do Paleozóico;
-No Devoniano ocorreu o desenvolvimento muito rápido das esponjas
de vidro;
-Várias são as hipóteses que procuram explicar o surgimento uma
delas é que surgiram a partir de um coanoflagelado (protozoário que
possui colarinho e flagelo);
- Com análise do RNA – coanoflagelado e os metazoários são
considerados grupos-irmãos, assim como, esponjas e os eumetazoa,
os quais se separam antes do surgimento (origem) dos animais
radiados e dos placozoários.
Irradiação Adaptativa
-Ocorreu há milhares de anos;
-Possui uma grande variedade de formas e habitam tanto o ambiente
marinho quanto de água doce;
-Sua diversificação se centra amplamente em seu sistema de correntes
de águas singulares e em seus vários graus de complexidade;
- A proliferação de câmaras flageladas em esponjas leuconóides
permitiu um aumento da superfície corpórea.
Importância ecológica
Cadeia alimentar
Biodiversidade
Organismos camufladores
Bioindicador de condições ambientais
Importância Econômica
Artesanato
Indústria farmacêutica
Indústria coméstica
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