História da Educação Aula1 Gregos e Romanos Licenciatura em Pedagogia Prof. Elcio Nogueira dos Santos E-mail; [email protected] Objetivos • Conhecer, através de modos educacionais de povos seculares, a evolução da educação até os dias de hoje • Obter, através do conhecimento histórico, instrumental para propor mudanças e permanências Objetivos • Favorecer, para o aluno, o conhecimento da educação através de seus processos históricos; deste modo, pretende-se aprofundar nas ligações entre as várias faces da educação ao longo da história com as políticas educacionais, as sociedade e as culturas diversas. A Educação antes do Séc. V. a.C. • Até o século V antes de Cristo, a educação, especialmente entre os povos orientais, não tinha uma prática reflexiva. Ou seja, não se pensava sobre como educar. • Assim, o que predomina até este período, era um enfoque tradicionalista da educação, pois o saber e as práticas ligadas a ele, eram vinculadas a tradições religiosas. Os Gregos e o Século V a.C. • Na Grécia clássica, especialmente no século V.a.C., as tradições religiosas são substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre. • Surge então, a necessidade de elaborar, de forma teórica, o ideal do cidadão livre Os Gregos Séc. V a.C. • Por volta do século V a.C. é criada a palavra Paidéia. Esta palavra tem origem na palavra Paidós que significa pais e crianças. • A palavra Paidéia passa a significar a criação dos meninos. Mas temos de estar atentos: a palavra Paidéia adquire múltiplos significados, sendo bastante difícil a sua tradução. • Alguns significados desta palavra: Civilização, cultura, tradição ou ainda literatura Gregos Séc. V a.C. • Deste modo, não podemos traduzir livremente a palavra Paidéia, pois seus significados apontam para lugares diferentes • Para o nosso caso, podemos pensar em Paidéia como: toda a teoria sobre educação • Com o fim da Paidéia ou desta teoria, os gregos começam a elaborar uma linha pedagógica consciente. Os Gregos Séc. V a.C. • As perguntas então passam a ser: “Como é melhor ensinar?” • “Para que ensinar?” • Com isto os gregos atingem, em sua época, o mais alto grau de consciência de si. Atenienses e Espartanos • A concepção ateniense de estado permite o aparecimento do cidadão na polis. Assim, o cuidado com a educação deste cidadão livre eram intensos. É bom lembrarmos que este cidadão eram os jovens homens de Atenas. • Destacam-se neste período: a educação física, voltada para o perfeito e harmonioso desenvolvimento do corpo Atenienses e Espartanos • Além da Educação Física, destacam-se também: A formação intelectual: neste sentido, a educação política, filosófica e literária eram intensas • A criança inicia sua educação aos 7 anos, começo do período da educação elementar • A educação elementar completa-se aos 13 anos. Neste período as crianças mais pobres saem em busca de um ofício. Atenienses e Espartanos • As crianças mais ricas começam a sua educação nos ginásios. O ginásio é o espaço onde estas crianças irão se preparar tendo aulas de educação física, artes, literatura e música. • Dos 16 aos 18 anos a educação atinge, em Atenas, uma dimensão cívica, com a preparação militar. Atenienses e Espartanos • Esparta era uma importante cidade estado da Grécia, seus habitantes tinham preocupações eugênicas. Ou seja, uma prática de “melhoramento da espécie”. • As crianças permanecem com suas famílias até os 7 anos. A partir desta idade o Estado assume sua educação. Até os 12 anos as atividades das crianças são lúdicas após esta idade a educação volta-se para uma educação militar, sem as preocupações com artes, filosofia ou política. Os Romanos • O que caracteriza a cultura romana é o seu caráter universalista, ou seja, não se pensava apenas nos cidadãos nascidos em Roma, mas nos cidadãos das inúmeras póleis. Roma desenvolve a concepção de Império. • Deste modo, a visão romana de cultura é universalista, ou Humanitas, palavra que significa, literalmente, Humanidade. Romanos • Os romanos, até o século V a. C. , mantêm as crianças com suas famílias. • Após essa idade a educação dos meninos cabe exclusivamente ao pai. Os meninos os acompanham as festas e outras atividades. • Os meninos que tinham sua origem em áreas agrícolas aprendiam o cultivo da terra. Os Romanos • Os meninos aprendiam também a ler, escrever e contar (matemática) • Aos 15 anos, o menino acompanha o pai ao foro, parlamento romano, para aprender política. • A partir dos 16 anos o jovem é encaminhado para a educação militar. Os Romanos • No século V a.C. destacam-se as escolas particulares. Estas escolas são conhecidas como: Ludi megister, nas quais se aprende a ler demoradamente, escrever e contar até os 12 anos. • No século III e II a. C. nascem as escolas dos gramáticos, quando os jovens de 12 a 16 anos entram em contato com os clássicos gregos. Os Romanos • Com o tempo e a necessidade de aprofundamento das disciplinas surgem as escolas do retor, ou seja, escolas aonde se aprende a retórica, a forma de falar, discursar e mesmo escrever. • Os retóricos, professores destas escolas são mais respeitados e bem pagos.