Colégio Módulo Salvador-Ba Política na Segunda Metade do Século XX Trabalho Interdisciplinar Componentes do Grupo: Eduardo Vieira Rafael Amaral Matheus Guimarães Pedro Henrique Heleno Maria Fernanda Thyalla Gallardo Alessandra Pato Luisa Leite Introdução O século XX foi um tempo em que surgiram nomes e eventos que marcaram para sempre a história da humanidade. A Primeira Guerra Mundial “feita para pôr fim a todas as guerras” transformou-se no ponto de partida de novos e irreconciliáveis conflitos, pois o Tratado de Versalhes disseminou um forte sentimento nacionalista. As contradições se aguçaram com os efeitos da crise de 1929. Além disso, a política de apaziguamento, adotada por alguns líderes políticos do período, se caracterizou por concessões para evitar um confronto. Os regimes totalitários foram consolidados e a Segunda Guerra Mundial desencadeada. Após 1945 a bipolarização política - oposição entre socialismo e capitalismo foi levada ao extremo. Um comportamento político, ideológico e militar que afetou todo o mundo contemporâneo. Naquele momento era visível que as relações internacinais eram totalmente submetidas aos interesses norte-americanos e soviéticos. Falam em Paz Armada, explicando o fato de duas potências mundiais envolverem-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Assim, diz que enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. O fim da Guerra Fria embaralhou as cartas do jogo. A disseminação do bloco soviético, uma aparente vitória da superpotência americana, mostrou novas realidades. Nessa época o poder das armas valia mais que o poder do dinheiro, agora a situação tinha mudado. Os poderes econômicos, tecnológicos e comerciais nesse momento eram a base mundial. As relações econômicas tornaram-se mais intensas, não mais apoiadas em dois pólos, mas sobre os blocos econômicos e geopolíticos. Dessa forma, a globalização chega com tudo, a mundialização do capitalismo, onde a competição e a competitividade entre as empresas tinha se tornado questão de sobrevivência. Esta veio inteiramente para atender o capitalismo, trazendo as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial também. Assim, foi-se evoluindo gradativamente tornando o mundo como é e com planos de mudanças que sempre existiram. Pós 2º Guerra Mundia Há 64 anos terminava a segunda Guerra Mundial. As tristes e engenhosas marcas deixadas pelos 6 anos de atrocidades mundiais, levava também, uma grande carga de desenvolvimento. A Europa, tinha se tornado o maior palco de conflitos vistos até hoje. Bilhões foram investidos, milhões de toneladas de equipamentos foram inventados e milhões de vidas inocentes foram ceifadas. Porém, nações viam uma oportunidade única de crescer violentamente. Dessa maneira, o mundo se reconstruía sobre escombros e catástrofes. Conferencia de Yalta A conferência de Ialta é composta por um conjunto de reuniões ocorridas entre 4 e 11 de fevereiro de 1945 no Palácio Livadia, na estação balneária de Ialta. Os chefes de Estado dos Estados Unidos da América (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Ialta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste. Em 11 de fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final. Conferencia de Potsdam A Conferência de Potsdam ocorreu em Potsdam, Alemanha (perto de Berlim), entre 17 de Julho e 2 de Agosto de 1945. Os participantes foram os vitoriosos aliados da II Guerra Mundial, que se juntaram para decidir como administrar a Alemanha, que se tinha rendido incondicionalmente nove semanas antes, no dia 8 de Maio. Os objetivos da conferência incluíram igualmente o estabelecimento da ordem pós-guerra, assuntos relacionados com tratados de paz e o contornar os efeitos da guerra. Criação da ONU A idéia das Nações Unidas foi formalmente elaborada na declaração, firmada durante a Segunda Guerra Mundial, na conferência de Aliados celebrada em Moscou em 1943. O então presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Delano Roosevelt, sugeriu o nome de "Nações Unidas". Em 25 de Abril de 1945 celebrou-se a primeira conferência em São Francisco. À parte dos governos, foram convidadas organizações não governamentais. As 50 nações representadas na conferência assinaram a Carta das Nações Unidas a 26 de Junho, e a Polônia, que não esteve representada na conferência, acrescentou seu nome mais tarde. A ONU começa a sua existência a 24 de Outubro de 1945, depois da Carta ter sido ratificada pelos então cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, França, URSS, Reino Unido e EUA) e pela grande maioria dos outros 46 membros. Mundo Bipolar Os EUA defendiam a economia capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo como resposta ao domínio burguês e solução dos problemas sociais. Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido sob a influência das duas maiores potências econômicas e militares da época, estava também polarizado em duas ideologias opostas: O Capitalismo e o Socialismo. Entretanto era notória deste o início da Guerra Fria a superioridade americana. Em 1945 os EUA tinham metade do PIB mundial, 2/3 das reservas mundiais de ouro, 60% da capacidade industrial ativa do mundo, 67% da capacidade produtora de petróleo, além da maior Marinha e da maior Força Aérea que existia. Por sua vez a União Soviética havia sido palco das maiores batalhas da II Guerra Mundial, contra as mais importantes divisões alemãs. Centenas de cidades soviéticas estavam destruídas em 1945. A maior parte das industrias, da capacidade produtiva agrícola e da infra-estrutura de transportes, energia e comunicações estava destruída ou seriamente comprometida. Assim, quando se inicia a Guerra Fria, em 1945, os EUA não enfrentavam nenhuma ameaça concreta à sua soberania, já que a segunda maior potência do mundo, a URSS estava devastada e levaria anos para se reerguer. Tanto que foi muito difícil para o governo americano conseguir recriar a imagem de uma União Soviética ameaçadora logo em 1945, algo que levou alguns anos para acontecer. Capitalismo A hegemonia Estado Unidense foi um dos maiores responsáveis pelas crises e conflitos existentes. Os reflexos do capitalismo trouxeram uma grande influência mundial por meio de sua cultura de dominação. Cada vez mais, a iniciativa privada era incentivada, tornando lema a lei da oferta e procura. Assim, guerra e crescimento econômico eram conceitos indissociáveis no rumo do seu objetivo de império. Perdurando o conceito de que sangue mais dinheiro levariam os EUA ao topo do mundo. Doutrina Truman Após a Segunda Guerra Mundial, os países europeus se encontravam totalmente abalados pela guerra. Neste período se iniciou a bipolaridade da Guerra Fria: de um lado, os Estados Unidos capitalista; de outro, uma União Soviética comunista. Assim, a influência soviética no mundo, especialmente naqueles países frágeis politica e economicamente, passou a despertar a preocupação do Ocidente. Desta forma, fortes pressões foram feitas no sentido de o mundo capitalista encontrar uma estratégia para conter o avanço socialista. Como resposta a isso, o presidente estadunidense Harry Truman passou a adotar uma postura que visava, justamente, a contenção da ameaça soviética. Em um violento discurso pronunciado em 12 de março de 1947 diante do Congresso Nacional, Truman afirmou: "...os povos livres do mundo olham para nós esperando apoio na manutenção de sua liberdade...". Nascia então, uma nova política: a Doutrina Truman, na qual a potência capitalista se comprometia a prestar assistência a qualquer país onde se verificassem as ameaças comunistas. Os Estados Unidos passaram a intervir em qualquer conflito relacionado à bipolaridade existente na época, com o pretexto de ajudar os países a derrotar os insurgentes comunistas. Resultado: tiveram grande participação na Guerra da Coréia, Guerra do Vietnã, no Irã, Guatemala, entre outros conflitos. Como parte integrante da Doutrina Truman, os estadunidenses criaram o Plano Marshall, com o fim de “auxiliar” economicamente os países abalados pela guerra, mas que no fundo, para alguns, visava aumentar o vínculo e a dependência dessas nações para com os Estados Unidos. Conferência de Washington Em 1950, no Conselho Internacional da União Científica (ICSU), foi discutida a possibilidade de ser realizado o Terceiro Ano Polar Internacional. Por sugestão da Organização Meteorológica Mundial (WMO), o conceito de ano polar foi estendido para todo o globo, nascendo assim o Ano Geofísico Internacional, que veio a se realizar de Julho de 1957 até Dezembro de 1958. O ICSU aprovou, em 1957, a criação do Comitê Especial para Pesquisas Antárticas (SCAR), formado por delegados de diversos países engajados em pesquisas antárticas. Esse foi um marco importante para o desenvolvimento das pesquisas no Continente, tendo delas participado: Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Estados Unidos da América, França, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, República Sul Africana e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.Encerrado o Ano Geofísico Internacional, os países participantes das pesquisas antárticas mantiveram suas estações, reafirmando seu interesse na região, o que motivou a convocação feita pelos Estados Unidos para a conferência de Washington, DC em 1958, que discutiria o futuro do continente. Como resultado da conferência de Washington, os doze países que dela participaram assinaram, em 1 de Dezembro de 1959, o Tratado da Antártica, que entrou em vigor em 23 de Junho de 1961.O Brasil aderiu ao Tratado da Antártica em 1975. No início da década de 1980 inaugurou a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Movimentos de Contracultura Surgida nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens desta década, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. Na década de 1950 surgiu nos Estados Unidos um dos primeiros movimentos da contra cultura: a Beat Generation (Geração Beat). Os Beatniks eram jovens intelectuais que contestavam o consumismo e o otimismo do pós-guerra americano, o anticomunismo generalizado e a falta de pensamento crítico. Na década de 1960 o mundo conheceu o principal e mais influente movimento de contra cultura ja existente, o movimento Hippie. Os hippies se opunham radicalmente aos valores culturais considerados importantes na sociedade: o trabalho, o patriotismo e nacionalismo, a ascensão social e até mesmo a "estética padrão". O principal marco histórico da cultura "hippie" foi o "Woodstock," um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais, como o folk, o "rock'n'roll" e o blues, todos esses de alguma forma ligados às críticas e à contestação do movimento. Feminismo é o movimento social que defende igualdade de direitos e status entre homens e mulheres em todos os campos. Embora ao longo da história diversas correntes filosóficas e religiosas tenham defendido a dignidade e os direitos da mulher em muitas e diferentes situações, o movimento feminista remonta mais propriamente à revolução francesa. Macartismo Macartismo (em inglês McCarthyism) é o termo que descreve um período de intensa patrulha anticomunista nos Estados Unidos que durou do fim da década de 1940 até meados da década de 1950. Foi uma época em que o medo do Comunismo e da sua influência em instituições estadunidenses tornou-se exacerbado, juntamente ao medo de ações de espionagem promovidas pela União Soviética. Originalmente, o termo foi cunhado para criticar as ações do senador estadunidense Joseph McCarthy, tendo depois sido usado para fazer referências a vários tipos de condutas, não necessariamente ligadas às elaboradas por McCarthy. Durante o Macartismo, muitos milhares de estadunidenses foram acusados de ser comunistas ou filocomunistas, tornando-se objeto de investigações agressivas. O Macartismo realizou o que alguns denominaram "caça às bruxas" na área cultural, atingindo atores, diretores e roteiristas que, durante a guerra, manifestam-se a favor da aliança com a União Soviética e, depois, a favor de medidas para garantir a paz e evitar nova guerra. O caso mais famoso nesta área foi Charlie Chaplin. Martin Luther King X Malcolm X Martin Luther King, Jr. (Atlanta, Geórgia, 15 de janeiro de 1929 — Memphis, Tennessee, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Membro da Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é "Eu Tenho Um Sonho". El Hajj Malik El Shabazz, mais conhecido como Malcolm X o Malcolm Little (19 de maio de 1925, Omaha, Nebraska — assassinado em 21 de fevereiro de 1965, Nova Iorque), foi um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Fundou a Organização para a Unidade AfroAmericana, de inspiração socialista. Os dois lutaram em função dos direitos e da liberdade dos negros, mas apesar disso se diferenciavam muito em função das formas que usavam para lutar por isso. Luther King era conhecido pela pregação da paz e as suas formas de luta eram todas pacifistas, já Malcolm X era conhecido pela sua forma violenta de correr atrás de tudo isso. Martin ficou conhecido por vários movimentos e entre eles pela criação da Conferência de Liderança Cristã do Sul, a qual deveria organizar o ativismo em torno da questão dos direitos civis. King manteve-se à frente da CLCS até sua morte, o que foi criticado pelo mais democrático e mais radical Comitê Não-Violento de Coordenação Estudantil. O CLCS era composto principalmente por comunidades negras ligadas a igrejas Batistas. King era seguidor das idéias de desobediência civil não-violenta preconizada por Mohandas Gandhi (líder político indiano também conhecido como Mahatma Gandhi), e aplicava essas idéias nos protestos organizados pelo CLCS. King acertadamente previu que manifestações organizadas e não-violentas contra o sistema de segregação predominante no sul dos EUA, atacadas de modo violento por autoridades racistas e com ampla cobertura da mídia, iriam criar uma opinião pública favorável ao cumprimento dos direitos civis; e essa foi a ação fundamental que fez do debate acerca dos direitos civis o principal assunto político nos EUA a partir do começo da década de 1960. Malcom também foi muito importante em toda essa luta, apesar da religião ter sido a porta de entrada para Malcolm X perceber todos os problemas sociais enfrentados pelos negros, pouco a pouco, ele percebeu a questão do negro não era uma questão apenas de caráter teológico, mas sim, uma questão política, econômica e civil. Foi a partir daí que os meios de comunicação exploraram suas declarações mais ácidas. Malcolm percebeu que a violência não era uma forma de barbaridade, mas um meio legítimo de conquistas, pois todas as mudanças históricas se deram de maneira violenta. A violência proposta era, portanto, uma metodologia de transformação e não uma barbaridade gratuita. O socialismo de Malcolm foi consequência da evolução de seu pensamento, após ser traído por membros da Mesquita Templo Número Dois, gradativamente ele percebeu que a questão do negro passava pela estrutura do capitalismo. Desta nova forma de pensar surgiu a Organização da Unidade Afro-Americana, um grupo não religioso, focado nos problemas sociais das minorias na sociedade capitalista americana. A sua opção pela violência e pelo socialismo foi de vital importância para os rumos que os movimentos negros tomaram ao fim da década de 60, tal como os "Panteras Negras", também partidários da violência enquanto método e do socialismo enquanto ideologia política. Bush x Obama A cerca de dois meses da posse, Barack Obama já tem quase toda a sua equipe escolhida. Há quem diga que ele quer evitar o erro de Bill Clinton, que só definiu o gabinete de seu primeiro mandato a cinco dias da posse, sem dar tempo aos futuros secretários para que se preparassem. Outros dois aspectos, porém, emergem das escolhas de Obama. A primeira, talvez a mais óbvia, é ter Clinton como referencial. Outra é a possível abertura para a participação republicana, simbolizada pela provável manutenção de Robert Gates na Defesa. Compare os perfis dos integrantes das equipes de Obama e Bush e saiba como as posições do governo dos EUA podem mudar. Socialismo Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria. Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores. A sociedade visada aqui é aquela sem classes. Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Socialismo na União Soviética A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ou URSS, foi um país de proporções continentais, fundado em 30 de dezembro de 1922 pela reunião dos países que formavam o antigo Império Russo, na Europa e na Ásia. O número de repúblicas que o constituíram variou ao longo do tempo, mas foi de quinze durante a maior parte da existência do país. A União Soviética foi uma das duas superpotências durante a Guerra Fria. A União dissolveu-se oficialmente em 26 de dezembro de 1991. Polí tica Ger al O governo da União Soviética implementava as decisões tomadas pela principal instituição política do país, o Partido Comunista da União Soviética (PCUS). No final dos anos 1980, o governo parecia ter muito em comum com os sistemas políticos das democracias liberais. Por exemplo, a constituição soviética estabelecia todas as instituições do governo e concedia aos cidadãos uma série de direitos políticos e civis. Uma casa legislativa, o Congresso dos Deputados do Povo, e sua comissão legislativa permanente, o Soviete Supremo, representavam o princípio da soberania popular. Conforme a constituição soviética de 1977, o governo possuía uma estrutura federativa, o que dava às repúblicas certa autonomia quanto à implementação de políticas e oferecia às minorias nacionais uma aparente participação na administração de seus próprios assuntos. Na prática, porém, o governo diferia consideravelmente dos sistemas ocidentais. No final dos anos 1980, o PCUS exercia muitas das funções geralmente atribuídas aos governos de outros países. Glasnost Na área política e social, a Glasnost pretendeu colocar novos paradigmas no modo de vida soviético. Para que a União Soviética tivesse um desenvolvimento forte e profícuo, era necessário colocar uma nova mentalidade em todos os segmentos da sociedade. Assim, a proposta foi de acabar com a burocracia política, combater a corrupção e introduzir a democracia em todos os níveis de participação política. A glasnost também libertou dissidentes políticos e permitiu a liberdade de imprensa e expressão. Quando em 1985 Mikhail Gorbatchev assumiu o poder na URSS, enfrentou o caos. A superpotência que detinha uma capacidade nuclear suficiente para destruir a vida no planeta várias vezes encontrava-se à beira do abismo. Os problemas eram tantos e em tantos setores, que desde o início o mais jovem líder da URSS implementou reformas. As reformas não significavam que o socialismo havia dado errado, ou que o capitalismo havia vencido. As mudanças de ordem estrutural propostas por Gorbatchev visavam à modernização do país, mas para isso seria necessário o desenvolvimento real dos problemas, apartado da maquiagem da burocracia, solidificada, no país, sob o contexto de defesa dos interesses do povo, no contexto da Guerra Fria. A reestruturação econômica do país, denominada Perestroika, só seria possível com a adoção de uma política de transparência, democrática, possível apenas com a prerrogativa da participação popular - a glasnost. Resultou o fim do socialismo e a indepêndencia de 15 repúblicas soviéticas. Gorbachev e seu governo Em 1986, Gorbachev tem de lidar com a explosão do reator da Usina Nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, que provocou uma onda de radiação por toda a Europa. A desorganização e as informações escassas na época contribuíram para que o regime comunista já estivesse chegando ao fim. Em 1988, Gorbachev anuncia que a União Soviética abandonava oficialmente a Doutrina Brejnev, ao admitir que a Europa de Leste adotasse regimes democráticos, se desejassem. Em jeito de graça, auto-denominou esta disposição como Doutrina Sinatra. Isto levou à corrente de revoluções de 1989, nos países de leste, através das quais o comunismo colapsou. Revoluções essas que se realizaram de forma pacífica, como na Alemanha, com a queda do muro de Berlim. Terminava assim a Guerra fria, o que justificou a atribuição do Prémio Nobel da paz a Gorbachev em 1990. Nesse mesmo ano, as duas Alemanhas, capitalista e comunista, se reunificariam Capitalismo X Socialismo (Alemanha) Divisão da Alemanha “A derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial resultou na divisão do país, que se tornou o marco de dois blocos político-econômicos antagônicos. Era o início da Guerra Fria. A Alemanha permaneceu dividida até 1990.” As quatro potências vencedoras Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética - assumiram o poder e dividiram o território alemão em quatro zonas de ocupação. Sob o controle soviético ficaram os territórios a leste e Berlim também foi dividida em quatro setores. Os diferentes sistemas de domínio no Ocidente e no Leste geraram divergências entre os Aliados, que não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha vencida. Embora recebesse ajuda dos EUA, foi só com o programa de luta contra "a fome, a pobreza, o desespero e o caos" que a Alemanha Ocidental recebeu o impulso decisivo para iniciar sua reconstrução. O chamado Plano Marshall. A Zona de Ocupação Soviética não teve a mesma sorte, tendo que arcar sozinha com os custos de sua recuperação, além de sofrer a sangria das reparações de guerra (que também afetou a parte ocidental). Após unir suas três zonas de ocupação, os aliados ocidentais – Estados Unidos, França e Reino Unido decidiram implantar uma reforma monetária e criar um Estado provisório sob seu controle. Stalin reagiu à reforma monetária na Alemanha Ocidental ordenando que o lado ocidental de Berlim fosse bloqueado. Mandou interditar todas as comunicações por terra. Isolado das zonas ocidentais e de Berlim Oriental. Os aliados ocidentais promulgaram a Lei Fundamental, elaborada por um conselho parlamentar, dando origem à República Federal da Alemanha (RFA). A União Soviética, que integrara a zona leste do país à sua estrutura de poder, não ficou atrás, anunciando, a fundação da República Democrática Alemã (RDA), tendo Berlim Oriental como capital. Seu regime era comunista e de economia planificada, dando prosseguimento à socialização da indústria e ao confisco de terras e de propriedades privadas. Com o surgimento de dois Estados, a Alemanha tornou-se o marco divisório de dois blocos e sistemas políticoeconômicos antagônicos liderados pelos EUA, de um lado, e pela União Soviética, de outro. Em nenhuma outra parte do mundo a Guerra Fria se manifestou com tanta intensidade. A divisão alemã persistiu até 1990. RFA e RDA: dois caminhos diferentes O desenvolvimento da República Federal da Alemanha (RFA) foi marcado por uma rápida reconstrução do país, do Estado e das instituições democráticas, pela recuperação econômica impulsionada pelo Plano Marshall e pela estabilidade interna. Na política interna, os esforços concentraram-se em superar a divisão da Alemanha, ou em atenuar suas conseqüências. Na política exterior, a RFA ligou-se estreitamente ao bloco liderado pelos EUA e participou do processo de integração européia nas comunidades que foram surgindo no pós-guerra. A República Democrática Alemanha (RDA), por sua vez, filiou-se ao Pacto de Varsóvia. Ainda que a Alemanha comunista não tivesse plena autonomia em relação a Moscou, o chefe de Estado e do partido, Erich Honecker, caracterizou sua versão de "socialismo realmente existente". No Leste Europeu, a República Democrática Alemã era tida como exemplo de um país socialista que conseguiu dar um bom nível de vida à sua população. Relembrando: Plano Marshall O Plano Marshall, um aprofundamento da Doutrina Truman, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Européia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall. Comecon Visava à integração econômica das nações do Leste Europeu. O aparecimento da Comecon surgiu no contexto europeu após o final da Segunda Guerra Mundial, do qual resultou a destruição de parte do continente Europeu e surgindo como a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que visava apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental. Pacto de Varsóvia Foi uma aliança militar formada pelos países socialistas do Leste Europeu e pela União Soviética. O tratado correspondente estabeleceu o alinhamento dos países membros com Moscou, estabelecendo um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares. OTAN A organização foi criada em 1949, no contexto da Guerra Fria, com o objetivo de constituir uma frente oposta ao bloco socialista, que, aliás, poucos anos depois lhe haveria de contrapor o Pacto de Varsóvia, aliança militar do leste europeu. Desta forma, a OTAN tinha, na sua origem, um significado e um objectivo paralelos, no domínio político-militar, aos do Plano Marshall no domínio político-económico. Os estados signatários do tratado de 1949 estabeleceram um compromisso de cooperação estratégica em tempo de paz e contraíram uma obrigação de auxílio mútuo em caso de ataque a qualquer dos países-membros. O muro de Berlim A República Federal da Alemanha não reconhecia a RDA, o Estado oriental alemão, considerando-se a única representante dos alemães (Doutrina de Hallstein). Uma crise em Berlim em 1958, quando Kruchev exigiu que os Aliados desocupassem Berlim Ocidental em seis meses, e a posterior construção do Muro de Berlim colocaram em risco a ligação de Berlim Ocidental com a RFA e enfraqueceram Adenauer. Sinônimo da linha divisória entre os mundos capitalista e socialista, Berlim Ocidental atraía os alemães-orientais pelas liberdades democráticas e pelo brilho de suas vitrines, que simbolizavam o progresso ocidental. De 1949 a 1961, quase 3 milhões de pessoas fugiram da Alemanha comunista para os setores ocidentais de Berlim. A RDA não podia admitir que o êxodo continuasse. Na manhã de 13 de agosto de 1961, soldados começaram a construir o Muro de Berlim, demarcando a linha divisória inicialmente com arame farpado, tanques e trincheiras. Nos meses seguintes, foi sendo erguido em concreto armado o muro que marcaria a vida da cidade até 1989. A queda do muro de Berlim Desde que foi construído até 1989 o muro de Berlim, como ficou conhecido, foi o símbolo da separação dos blocos capitalista e comunista e da Guerra Fria. Era o ponto máximo da rivalidade das duas potências. Mas nos fins da década de 80, começou o redespertar das nacionalidades, com a desagregação de alguns países como a Checoslováquia e a Jugoslávia, e também o desejo de reunificação das duas Alemanhas. Os enormes fluxos migratórios da Alemanha de Leste para a Alemanha do Oeste, em 1989, tornaram-se impossíveis de controlar. Por isso, a 9 de Novembro de 1989, teve que ser autorizada a livre circulação entre as duas partes de Berlim, e como consequência a destruição do muro. Nessa noite os alemães de um e de outro lado da cidade subiram e dançaram em cima dele. Reinava a alegria, todos festejavam, enquanto vários faixas do muro iam sendo cortadas e deitadas abaixo. Nesse momento histórico não se estava apenas a deitar abaixo uma parede: a sua queda do muro de Berlim significava a queda dos regimes comunistas, o fim da Guerra Fria e de toda a tensão mundial e a abertura ao mundo. Na euforia, muita gente não previu as futuras dificuldades por que a Alemanha iria atravessar: fecho de muitas empresas, desemprego, instabilidade, o que viria a despertar movimentos político-sociais, como o neonazismo. A coexistência pacífica Buscando evitar a todo o custo o confronto direto entre as duas grandes potências, a estratégia da coexistência pacífica (formalizada pelo líder soviético Nikita Kruschev) desloca a Guerra Fria para os campos da economia e da tecnologia. As novas relações possibilitam algumas aproximações entre os tradicionais rivais, mas não garantem o fim das hostilidades e tensões. No início dos anos 60, duas graves crises confirmam que, apesar do fim da fase mais aguda, a Guerra Fria continua presente: as crises do muro de Berlim, em 1961, e dos mísseis de Cuba, em 1962. adversários estão longe da reconciliação. Os planos de Jean Monnet Em 1950, diante da crescente tensão internacional, Jean Monnet considerou que tinha chegado o momento para tentar um passo irreversível para unir os países europeus. Em sua casa em Houjarray, ele e sua equipe conceberam a idéia da Comunidade Européia. Em 9 de Maio de 1950, com o acordo do Chanceler Adenauer, Robert Schuman apresentou uma declaração em nome do Governo francês. Preparado por Jean Monnet, propôs a presente declaração colocando toda a produção francoalemã de carvão e do aço sob uma Alta Autoridade comum aberto aos outros países da Europa. Assim, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) nasceu. Em 1952, Jean Monnet tornou o primeiro presidente da Alta Autoridade. Em 1955, a fim de relançar a construção europeia na sequência do fracasso da Comunidade Europeia de Defesa (CED), Jean Monnet fundou a Ação da Comissão para os Estados Unidos da Europa. Reforçado pela sua incansável impulso, esta comissão, que aderiu aos partidos políticos e sindicatos europeus, tornou-se uma força motriz por trás todas as iniciativas em favor da União Europeia, incluindo a criação do Mercado Comum, o Sistema Monetário Europeu, o Conselho Europeu, e eleição para o Parlamento Europeu por sufrágio universal. Europa Na Primavera de 1950, a Europa encontra-se à beira do abismo. A Guerra Fria faz pesar a ameaça de um conflito entre as partes Leste e Oeste do continente. Cinco anos após o termino da Segunda Guerra Mundial, os antigos Etapas da formação da União Européia Em 1951 ocorreu a assinatura do Tratado de Paris para instituir a CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço). A CECA era composta por seis países e ocorria a livre circulação de carvão, ferro e aço. No ano de 1957 foi assinado o Tratado de Roma, houve então a transformação de CECA na CEE (Comunidade Econômica Européia), nessa etapa já era permitida a circulação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas. Em 1973 a CEE deferiu o ingresso do Reino Unido, Dinamarca e da Irlanda. No ano de 1981 a Grécia conseguiu a adesão a CEE, cinco anos mais tarde foi a vez de Portugal e Espanha integrar ao bloco. Em 1990, a ex-Alemanha Oriental, após a unificação das Alemanhas, integrou a CEE. O ano 1995 marcou o ingresso da Áustria, Finlândia e Suécia na União Européia e, em 2004, mais dez países integraram o bloco econômico. Isso fez com que o bloco se tornasse o maior e mais influente integração econômica do mundo. Primavera de Praga A Primavera de Praga foi o movimento liderado por intelectuais reformistas do Partido Comunista Tcheco, interessados em promover grandes mudanças na estrutura política, econômica e social, na Tchecoslováquia. A experiência de um "socialismo com face humana” foi comandada pelo líder do Partido Comunista local, Alexander Dubcek. A proposta surpreendeu a sociedade tcheca, que em 5 de Abril de 1968 soube das propostas reformistas dos intelectuais comunistas. O objetivo de Dubcek era "desestalinizar" o país, removendo os vestígios de despotismo e autoritarismo, que considerava aberrações no sistema socialista. Com isso, o secretário-geral do partido prometeu uma revisão da Constituição, que garantiria a liberdade do cidadão e os direitos civis. A abertura política abrangia o fim do monopólio do partido comunista e a livre organização partidária, com uma Assembléia Nacional que reuniria democraticamente todos os segmentos da sociedade tcheca. A liberdade de imprensa, o Poder Judiciário independente e a tolerância religiosa eram outras garantias expostas por Dubcek. A União Soviética, temendo a influência que uma Tchecoslováquia democrática e socialista, independente da influência soviética e com garantias de liberdades à sociedade, pudesse passar às nações socialistas e às "democracias populares", mandou tanques do Pacto de Varsóvia invadirem a capital Praga em 21 de Agosto de 1968. Dubcek foi detido por soldados soviéticos e levado a Moscou . Na cidade de Praga a população reagiu a invasão soviética de forma não violenta, desnorteando as tropas As reformas foram canceladas e o regime de partido único continuou a vigorar na Tchecoslováquia. Em protesto contra o fim das liberdades conquistadas, o jovem Jan Palach ateou fogo ao próprio corpo numa praça de Praga em 16 de Janeiro de 1969. Neonazismo A imigração e a dificuldade de assimilação dos trabalhadores das regiões periféricas da economia européia; a recessão e o desemprego; a degradação do nível de vida; a diminuição da arrecadação de impostos e o ressurgimento de velhos preconceitos étnicos e raciais favorecem, a partir dos anos 80, a retomada de movimentos autoritários e conservadores denominados "neonazistas". Os movimentos manifestam-se de forma violenta e têm nos estrangeiros o alvo preferencial de ataque. Valendo-se também da via institucional parlamentar (Frente Nacional, na França; Liga Lombarda e Movimento Social Fascista, na Itália) para dar voz ativa às suas reivindicações, os movimentos neonazistas têm marcado a sua presença no cotidiano europeu, em especial na Alemanha, Áustria, França e Itália. América Latina América Latina e a Guerra Fria Os sistemas políticos da América Latina não ficaram imunes às mudanças causadas pela intensificação da urbanização e da industrialização em um quadro ainda muito marcado pela pobreza e exclusão social. Apesar do avanço da modernização, nenhum país da América Latina conseguiu se tornar desenvolvido na segunda metade do século XX. Depois da Segunda Guerra Mundial, o autoritarismo foi substituído por democracias que continuaram buscando a composição entre os interesses das elites, as expectativas das classes médias e as reivindicações das massas trabalhadoras em um contexto de liberdade política. De uma maneira geral, essa conciliação democrática não foi possível. O populismo, cujo apogeu foi em 1945-1965, tentou fazer isso mobilizando os trabalhadores e os sindicatos com o nacionalismo econômico e o trabalhismo, mas fracassou diante do crescimento de um movimento operário cada vez mais exigente e difícil de ser controlado, e da resistência das camadas dominantes, aliadas ao capital estrangeiro, a mudanças mais profundas no capitalismo latino-americano. Com efeito, em um ambiente de intensa rivalidade ideológica que refletia a Guerra Fria, o operariado tendia a se aproximar dos trabalhadores rurais em movimentos de massas que reivindicavam reformas sociais e econômicas, chocando-se com os interesses dos grupos empresariais e das oligarquias agrárias. As elites urbanas e rurais tendiam, assim, a conciliar seus interesses. As pressões populares por mudanças mais radicais (ampliação dos direitos sociais, fortalecimento dos sindicatos, reforma agrária), o que explica em grande medida o conservadorismo dessas elites e os limites que impunham aos rumos das democracias latinoamericanas. A ascensão desses movimentos de massas populistas ou de tendência socialista. E as resistências das elites econômicas às reformas sociais criaram uma forte instabilidade política nas democracias da América Latina pós-1945 e resultaram em freqüentes golpes de Estado contra governos. O resultado, frequentemente, eram impasses políticos que só puderam ser solucionados com a instalação de governos militares antipopulistas e anticomunistas de “segurança nacional”, capazes de reprimir os movimentos de massas, eliminar a “subversão comunista” e manter a ordem social sem, contudo, abandonar as políticas de modernização econômica. Esses regimes militares contaram também com o importante apoio do capital estrangeiro, interessado na estabilidade política e na proteção dos seus negócios, e do governo dos EUA, empenhados em uma “cruzada anticomunista” e na afirmação de sua hegemonia sobre a América Latina. Os EUA e a América Latina A Guerra Fria alterou a lógica das relações interamericanas, elevando a proteção da “segurança nacional” ao topo da agenda da política externa dos EUA e transformando a América Latina.Simultaneamente no campo de batalha e no prêmio do conflito entre capitalismo e socialismo, Ocidente e Leste, EUA e URSS. Os Estados Lançou uma cruzada anticomunista, institucionalizaram as alianças políticas e militares com as nações da região; ofereceram colaborar com os regimes autoritários contanto que fossem anticomunistas; O temor de uma “ameaça soviética” nas Américas foi grandemente exagerado, mas ainda assim ele teve implicações cruciais para a política dos EUA. Na América Latina, os Estados Unidos buscou assegurar a hegemonia americana e combater a expansão comunista por meio do ideal da solidariedade hemisférica e segurança coletiva, em uma estrutura internacional separada da ONU. Necessidade de aumentar as exportações americanas, o governo apoiou, em um primeiro momento, a onda de democratização da América Latina.. No Brasil, por exemplo, os EUA afastaram-se de Vargas (um aliado americano na guerra) e ficaram contra a ditadura do Estado Novo. Movimentos revolucionários na América - El Salvador A história de enfrentamentos entre as classes em El Salvador, no século 20, teve como ápice a rebelião de cerca de 40 mil camponeses e indígenas que tomaram cidades e formaram sovietes temporários. O ano era 1932. Em reação, a ditadura dos latifundiários do café instaurou uma repressão conhecida como La Matanza, que dizimou a população indígena. A capilaridade do Partido Comunista Salvadorenho (PCS) nos acontecimentos de 1932 é um dos fatores que encerram um período revolucionário na América Latina, que teve influência da Revolução Russa, dos escritos de Mella e Mariatégui. O fim de um período de ascenso em todo o continente. - Cuba Até 1898, Cuba era a última colônia espanhola da América, juntamente com Porto Rico. Sua independência foi conseguida nesse ano, após a derrota da Espanha na Guerra Hispano-NorteAmericana, e neste processo a causa separatista cubana contou com a ajuda militar dos Estados Unidos. Desde então, a presença norte-americana na ilha tornou-se uma constante. Em 20 de maio de 1902, foi promulgada a primeira Constituição da nova república latino-americana, com base na Emenda Platt, que reconhecia a intervenção norte-americana como garantia de sua independência. No ano seguinte, com o arrendamento da base militar de Guantánamo, os Estados Unidos asseguraram o total controle sobre os destinos da República Cubana. As primeiras décadas do século XX foram marcadas pelas constantes intervenções militares norte-americanas na política de Cuba, ao mesmo tempo em que aumentava a participação direta dos Estados Unidos na sua economia. Os crescentes investimentos no setor de transportes, refinarias de petróleo e, principalmente, na produção açucareira desnacionalizaram a economia do país, transformando-o numa verdadeira feitoria agroindustrial. O resultado do aumento da dependência externa foi o agravamento da miséria, em especial das populações do campo, brutalmente exploradas pelo capital norteamericano. - Nicarágua Nos últimos anos, tem ressurgido na América Latina os movimentos de cunho guerrilheiro a partir de ações militares episódicas, como o conflito em Chiapas de 94, encabeçado pelo EZLN; a tomada da Embaixada Japonesa em Lima pelo MRTA e mais recentemente o ascenso da luta guerrilheira liderada pelas FARC’s na Colômbia. Como parte desta nova "volta" do guerrilheirismo, está marcado para acontecer no Brasil, entre os dias 06 a 11 de dezembro de 1999 na cidade de Belém (Pará), o II Encontro Americano pela Humanidade Contra o Neoliberalismo – o primeiro encontro ocorreu em 96 em Chiapas. O evento reunirá grupos guerrilheiros (EZLN, FARC, ...), organizações de massa do movimento camponês, operário e popular (MST, CUT, UNE, UBES, CMP, MNU, ...), grupos indígenas, instituições religiosas (CPT e CNBB) e uma gama de partidos burgueses e reformistas brasileiros (PDT, PSB, PCB, PCdoB, PT, PSTU) e internacionais como o Partido de Refundação Comunista italiano, etc. O golpe militar de 1964 A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria. Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista. Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava. No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país. Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo. O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 ( AI-1 ). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos. Che Guevara "O caminho é largo e, em parte, desconhecido; conhecemos nossas limitações. Faremos o homem do século XXI: nós mesmos. Nos forjaremos na ação quotidiana, criando um homem novo com uma nova técnica". Che Guevara "O socialismo e o Homem novo" Che foi nomeado presidente do Banco Nacional de Cuba e depois Ministro da Indústria. A mentalidade econômica dele, inspirada no modelo soviético da época de Stalin, era extremamente centralizadora (concretizada no seu Sistema Orçamentário). As atividades das empresas estatais seriam regidas por um controle único. Isso tornou-se fonte de divergências com Raul Castro e outros técnicos soviéticos que começaram a chegar a Cuba, e que defendiam um sistema de maior independência empresarial, conjugada com estímulos materiais estendidos aos trabalhadores e aos especialistas. Técnicos que cada vez tinham maior ascendência conforme a ilha se atritava com os EUA. Che imaginava ser possível escapar, com auxilio dos países do Bloco Socialista, da “maldição do açúcar”. De poder tornar Cuba industrialmente auto-suficiente, o que na prática revelou-se impraticável. Em 1964 os cubanos assinaram um tratado com os soviéticos, atrelando a ilha de volta à produção de cana. Outro ponto de atrito foi a questão dos estímulos materiais. Che, como quase todo idealista, acreditava que as pessoas deveriam trabalhar apenas motivadas por estímulos morais. A dedicação à causa, o amor ao coletivo e o espirito de solidariedade seriam os combustíveis básicos da nova sociedade. Expressou esse sentimento num ensaio chamado “O socialismo e o homem novo em Cuba” (El socialismo y el hombre nuevo en Cuba) , publicado em 1965, onde defendia que o processo de transição para o socialismo deveria ser acompanho por uma mudança psicológica e moral: o surgimento de um homem novo desprendido do interesse material. Para tanto “a sociedade em seu conjunto deveria converter-se numa grande escola”. Che decepcionou-se com os soviéticos em duas ocasiões. A primeira foi durante a gravíssima crise dos mísseis, de outubro de 1962, quando Kruschev, o 1º Ministro da URSS, evitando um enfrentamento direto com o governo Kennedy, que poderia redundar numa guerra nuclear. Sem consultar Fidel, o líder soviético, pressionado pela ameaça de uma guerra nuclear, aceitou retirar os mísseis que os soviéticos haviam instalado secretamente em Cuba, a pretexto de defendê-la contra um eventual ataque americano. E, a outra, quando discursou em Argel, em 1965, criticando o Bloco Socialista, liderado pelos soviéticos, de impor regras comerciais que não se diferenciavam dos países capitalistas. Além disso, o rumo interno cada vez mais liberalizante da sociedade soviética que se somava à política da “coexistência pacífica” com o capitalismo, proposta por Kruschev, soava aos ouvidos de Guevara (como aos chineses de Mao Tse-tung) como o abandono da causa da revolução. Ora, na medida em que Cuba, cada vez mais dependia para a sua subsistência das suas relações com a URSS, a posição de Guevara ficou insustentável. Enquanto os soviéticos insistiam na conciliação e na coexistência, o Che aumentava a retórica revolucionária. Em janeiro de 1959, os guerrilheiros de Sierra Maestra, agora com amplo apoio do povo cubano, tomaram Havana. Em seguida à fuga de Batista, organizou-se um Governo Provisório, presidido por Manuel Urrutia, que logo implantou um programa de amplas reformas: as empresas de petróleo e de transportes norte-americanas foram nacionalizadas, as políticas de educação e saúde foram reformuladas, os latifúndios foram suprimidos, tendo início a reforma agrária. Com a implementação das reformas a burguesia cubana rompeu a aliança revolucionária, contando para isso com o apoio dos Estados Unidos. Diante do agravamento das tensões, Fidel Castro assume o poder, na condição de primeiro-ministro. A partir de 1960, o governo revolucionário enfrentou a dura reação norte-americana, de início com o boicote ao açúcar cubano, e depois com ações contra-revolucionárias, como o malogrado desembarque de anticastristas na Baía dos Porcos, em 1961, o que empurrou o regime de Castro para a órbita soviética. As crescentes pressões dos Estados Unidos sobre o bloco latino-americano resultaram na expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1962. Com isso, a ajuda velada da União Soviética foi intensificada na forma de armas, assessores e técnicos, culminando com o projeto de instalação de uma base de mísseis soviéticos em território cubano. Esse fato, superado pela assinatura de um acordo entre as duas superpotências, tornou-se um dos episódios mais tensos da Guerra Fria, colocando o mundo diante da possibilidade de um conflito mundial de proporções incalculáveis. A partir de 1963, Cuba passou a vivenciar a primeira experiência socialista da América Latina, sob o regime forte e monopartidário comandado por Fidel Castro. Nos anos setenta, as sanções e embargos dos Estados Unidos, bem como da OEA, contribuíram para o agravamento das dificuldades econômicas vividas pelo governo socialista de Cuba, que em 1972 passou a fazer parte do COMECON, organismo econômico formado pelos países do Leste Europeu. Nos dias atuais, como reflexo da derrocada do "socialismo real" e do desmantelamento do Bloco Soviético, o socialismo cubano vive uma grave crise econômico-financeira. O aumento do desabastecimento e da miséria tem provocado o crescimento das fugas de cubanos, gerando o fenômeno dos "balseros", que procuram alcançar os Estados Unidos a qualquer custo. Conflitos “indiretos” da Guerra Fria Durante a segunda metade do século XX, passamos por um período de constante conflito indireto entre as duas potencias da época, a URSS (socialista) e os EUA (capitalista). A influencia tanto política quanto econômica das duas potencias fez com que vários conflitos internos ocorressem em diversos paises, onde eles se dividiam para tentar unificar o sistema desejado. A partir de apoios econômicos e militares as potencias ajudavam seus influentes, com o objetivo de garantir outra área de influencia unificada. Com isso tivemos grandes confrontos, como: A Revolução Chinesa A Guerra da Coréia (Junho/1950 – Julho/1953) Guerra do Vietnã (1960 – 1975) A Revolução Chinesa Com cerca de 400 milhões de habitantes, a China do final do século XIX era um país submetido aos interesses das principais potências imperialistas. Essa sujeição era tão intensa que, nas praças públicas das cidades chinesas, os ocidentais davamse direito de fincar cartazes onde se lia: “É proibida a entrada de cães e de chineses no jardim”. Para exercer sua dominação, as nações imperialistas contavam com o apoio de uma propaganda massiva e a conivência dos imperadores chineses da dinastia Manchu, que dominavam o país desde o século XVII. Aos poucos, as camadas populares foram se engajando na luta pela democracia. Finalmente, em 1911, o antigo império chinês desabou. A revolta que pôs fim à monarquia chinesa foi liderada por Sun Yat-sen, nomeado então presidente da República recémproclamada. Sun Yat-sen, junto com seus seguidores, fundou o Kuomintag, Partido Nacional do Povo. A República chinesa, no entanto, não conseguiu fazer frente às potências estrangeiras e nem aos chefes militares locais, chamados “os senhores da guerra”. Em 1921, com a disposição de organizar os operários, os artesãos e os 30 milhões de collies existentes no país, foi criado o Partido Comunista Chinês (PCC). Seus principais fundadores foram o intelectual Chen-Tu-xiu, o educador Peng-Pai e o ativista político Mao Tse-tung. A princípio, esse partido aliou-se ao Partido Nacional do Povo. Essa aliança, porém, durou pouco. Em 1927, o general Chiang Kaishec assumiu o comando das tropas do Partido Nacional do Povo, disposto a submter os chefes militares locais e impor-se ao país todo. Durante as lutas que então se travaram, Chiang Kai-shec voltou-se também contra os comunistas, ordenando que os massacrassem. A partir daí, a união entre os nacionalistas e os comunistas cedeu lugar a uma guerra entre eles. Um dos episódios marcantes dessa guerra foi a Longa Marcha, uma caminhada de 10 mil quilômetros que o principal líder comunista, Mao Tsetung, empreendeu com mais de 100 mil pessoas em direção ao noroeste do país com o objetivo de escapar ao cerco inimigo. Durante a caminhada, muitas pessoas morreram, outras ficaram pelo caminho organizando os camponeses, que haviam se transformado na principal base de apoio dos comunistas. Apenas 9 mil chegaram ao destino final, a província de Shensi, onde se ergueu o quartel-general das tropas maoístas. A prolongada guerra entre nacionalistas e comunistas foi interrompida apenas duas vezes. A primeira, em 1937, quando se uniram para lutar contra o Japão que havia invadido a Manchúria, no norte do país. A segunda, durante a Segunda Guerra Mundial, para enfrentar as forças nazifascistas. Com o final da Segunda Guerra, os japoneses foram expulsos do território chinês e as tropas de Chiang Kai-shec, com o apoio bélico dos Estados Unidos, lançaram uma ofensiva contra os “vermelhos” de Mao Tsetung, reiniciando, então, o conflito armado. Mesmo sem a ajuda da maior potência comunista, a União Soviética, dirigida na época por Stálin, as forças de Mao conseguiram a vitória. Em 1º de outubro de 1949, conquistaram o poder e proclamaram a República Popular da China. Chiang Kai-shec e o que restava de seu governo refugiaram-se na ilha de Formosa (Taiwan), onde instalaram a China Nacionalista. A Guerra da Coréia A partir da divisão mundial entre as duas potências, a Coréia também sofreu com um conflito interno o qual a dividiu em duas partes. De fato essa divisão é anterior ao conflito já que, durante o processo de ocupação das áreas colonizadas pelo Japão, as tropas norte-americanas controlaram o sul e os exércitos soviéticos lutaram na parte norte. A partir desse processo de ocupação militar, as duas potências resolveram criar uma fronteira artificial que delimitaria o predomínio de ambas naquela região. Após um acordo, o paralelo 38° fixou os limites da socialista Coreia do Norte e da capitalista Coreia do Sul. Esse projeto de equilíbrio de forças logo foi desestabilizado com a instauração da República Popular da China, em 1949. O país que fazia fronteira com a Coreia do Norte conseguiu estabelecer uma experiência revolucionária comunista ao longo do extenso território chinês. Inspirados pela experiência vizinha, as lideranças políticas norte-coreanas, no ano seguinte, apoiaram o projeto de reunificação do país através da declaração de uma guerra. A invasão dos norte-coreanos alarmou as potências capitalistas, que logo convocaram uma reunião nas instalações da Organização das Nações Unidas. Aproveitando a ausência da autoridade diplomática soviética, que tinha poder de veto, os EUA conseguiram a aprovação para que enviassem tropas contra a ofensiva dos socialistas. Em setembro daquele mesmo ano os Estados Unidos enviaram forças militares contra a Coreia do Norte. Em pouco tempo, conseguiram algumas importantes vitórias. Entretanto, as ambições dos norte-coreanos logo foram bem vistas pelo líder comunista chinês Mão-Tsé tung, que logo cedeu tropas em sinal de apoio. Esse incremento militar obrigou as tropas da ONU a recuarem para os limites do paralelo 38º. Sentindo-se visivelmente ameaçado pelo poderio militar socialista, o general MacArthur – líder dos exércitos norte-americanos – chegou a requerer o uso de armamento nuclear para dar uma “rápida solução” ao conflito. A possibilidade de uma nova hecatombe foi logo descartada pelas autoridades norte-americanas, que preferiram partir para as negociações diplomáticas. O equilíbrio de forças entre os dois lados do conflito acabou viabilizando as negociações, já que nenhum tipo de avanço militar significativo ocorreu nos dois anos seguintes daquela guerra. Em 1953, o Tratado de Pan-munjom encerrou a desgastante Guerra da Coreia e restaurou os limites territoriais do paralelo 38º. Mesmo com o fim da Guerra da Coreia, a tensão entre essas duas nações não chegou a um ponto final. O lado norte, aproveitando do apoio conseguido durante o auge do bloco socialista, buscou meio para melhorar seus índices de saúde e educação. Além disso, aproveitou deste período para empreender um forte projeto de tecnologia bélica e nuclear. Essa última medida promoveu fortes incômodos diplomáticos entre Estados Unidos e Coreia do Norte. A região sul hoje integra uma das mais sólidas e prósperas economias capitalistas do mundo. A ajuda financeira oferecida pelos Estados Unidos conseguiu superar os problemas vividos com a instabilidade das instituições políticas e os escândalos de corrupção. O sucesso da economia sulcoreana atingiu seu auge quando, no ano de 2002, o país sediou alguns jogos da Copa do Mundo de Futebol. Nos últimos anos, as duas Coreias deram início aos diálogos de uma possível cooperação política e econômica. Guerra do Vietnã A Guerra do Vietnã foi um dos maiores confrontos militares envolvendo capitalistas e socialistas no período da Guerra Fria, onde sul e norte se enfrentaram ao fim de conseguir a unificação do seu sistema. Em 1946, Ho Chi Minh, dirigente comunista e criador do Vietminh, proclamou a independência do Vietnã e estabeleceu um estado republicano no norte do território. No mesmo ano os franceses instalaram no sul Bao Daí como imperador. O Vietminh não aceitou o estado de Bao Daí e com isso iniciou-se a Guerra da Indochina, onde Ho Chi Minh lutava pelo controle de todo o país e sendo encerrada em 1954 com a derrota francesa na batalha de Ilha de Diem Bien Phu. Após a Convenção de Genebra em 1954, o Vietnã foi dividido em duas zonas, sendo cada uma mantida sobre o seu regime, capitalismo (no sul, chefiado por Bao Daí) e o comunismo (no norte, chefiado por Ho Chi Minh). Foi estipulado para o ano de 1955 uma convenção para unificação ou não. Os norte-vietnamitas aceitaram a divisão, pois acreditavam na unificação seria feita nas urnas. Porem, o primeiroministro do sul, Ngo Dinh Diem, anticomunista, deu um golpe de estado em 1955 e instalou uma ditadura militar contraria a reunificação. As forças do sul passaram a receber apoio dos EUA, então os comunistas que resistiam no sul, apoiados pelo líder norte-vietnamita criaram, em 1960, Frente de Libertação Nacional, tendo o Vietcong como apoio. Em 1961 os EUA enviaram 15 mil conselheiros militares em resposta a FLN. Porem crescia as desavenças entre o governo ditatorial do sul e o povo, e com o intuito de chamar atenção do mundo para o problema que se passara, monges budistas se queimaram em praça publica. Em 1963 o ditador Diem foi morto, levando a vários golpes e ao caos político, onde os EUA tiveram de intervir diretamente na guerra. A partir de 1965 a intervenção militar foi completa e o suposto ataque nortevetnamita a navios norte americanos no Golfo de Tonquim serviu de pretexto. Então os estadunidenses passaram a enviar ataques aéreos ao norte, porem o Vietcong resistiu com táticas de guerrilha aos armamentos do sul. Em 31 de janeiro de 1968, guerrilheiros do Vietcong apoiando os norte-vietnamitas lançaram ataques ao sul e invadiram a embaixada dos EUA em Saigon. Os sulvietnamistas reagiram com ferocidade, provocando a morte de 165mil vietnamitas e 2 milhões de refugiados. Enquanto isso o governo norteamericano enfrentou grandes protestos do povo, mas mesmo assim manteve os ataques a Ho Chi Minh em busca de fechar as fontes de armas vindas da China e URSS. Apesar de toda destruição, os ataques não trouxeram tantos benefícios, igualmente como em 1972 quando bombardearam a capital do norte. Os EUA acabaram aceitando o Acordo de Paris em 1973, e estabeleceu o cessar fogo. Com isso ocorreram as eleições gerais no sul. Com a retirada das tropas americana o sul e o norte passaram por 3 anos de guerra ate que em 1976 se unificarão na Republica Socialista do Vietnã. Após todo esse conflito o numero de mortos foram: mais de 2 milhões de civis e 1 milhão de soldados nortevietnamitas e guerrilheiros Vietcongs. Os norte-americanos contabilizaram a maior derrota de sua história, com 45.941 soldados mortos, 1.811 desaparecidos em ação e 800.635 feridos.