Evolução - Terceiro Churras

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Evolução
Conceitos gerais
• Evolutio = desabrochamento,
desenvolvimento etc.
• - Não necessariamente leva à uma
melhoria das condições de vida de uma
espécie.
História da Evolução
• Os orientais acreditavam em entidades
superioras como o vértice central da
origem do universo. Ex.: para os indianos
Brahma, o Criador - É a pura expressão
da existência, beatitude e sabedoria. É a
causa primeira da origem do Universo.
• Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.)
• Filósofo da Grécia antiga, destacou-se por procurar
construir seus conceitos a partir de constatações das
realidades do mundo observável, tendo deixado também
contribuições propriamente científicas. Os antigos
gregos, a partir de Aristóteles, acreditavam que todas as
coisas eram compostas a partir de quatro elementos: a
Terra, o Fogo, a Água e o Ar. E haveria um quinto
elemento, do qual seriam compostas as estrelas.
• Hipócrates (460-399 a.C.)
Sacerdote do santuário Esculápio, definiu o método de
observação sobre o qual se baseia o diagnóstico médico.
Ele afirmou: “Toda doença tem uma causa natural e, sem
causas naturais, não há doenças”. É conhecido o seu
juramento, prestados ainda hoje pelos jovens médicos.
• Desde Homero (700 a.C.), na tentativa de descobrir leis
que fossem eternas, filósofos deram os primeiros passos
na direção de uma forma científica de pensar; eram
capazes de elaborar conceitos e idéias abstratas,
partindo apenas da observação de fenômenos naturais,
como tempestades, inundações, etc; sem ter que para
isso recorrer aos mitos.
• Thales de Mileto (625 - 548 a.C.). supostamente com os
conhecimentos adquiridos junto aos egípcios, descobriu
que a Terra era redonda e que a água fosse a origem de
todas as coisas; observando como os campos inundados
ficavam fecundos, depois que as águas do Nilo
retornavam ao seu delta. E a esta dedução pareceu-lhe
absolutamente lógica. Tudo o que existe, seja humano,
animal ou vegetal. o é por ser ou conter o úmido.
Quando a umidade desaparece o ser deixa de existir.
Logo, o elemento que se encontra constantemente
presente na vida (bios) é a água.
Roma
• A história de Roma remonta há 2800 anos atrás, desde
o nascimento de uma pequena povoação na Itália no
século IX a.C., que se tornou o centro de uma vasta
civilização que dominou a região Mediterrânica durante
séculos, e que seria derrubada por algumas tribos
germânicas, dando início à era historiográfica da Idade
Média. Tornar-se-ia mais tarde na sede da Igreja
Católica Romana e, por pressão das circunstâncias
políticas, seria obrigada a ceder parte de si, no seu
interior, para formar um estado independente, a Cidade
do Vaticano. Continuou, no entanto, a desempenhar um
papel importante na política global, tal como o fez na
história e cultura dos povos europeus durante milênios.
Herdou boa parte da cultura e legado gregos no âmbito
técnico e científico.
• O Catolicismo romano começou a tomar forma no
ano 325 quando o imperador romano
Constantino, "convertido" ao cristianismo,
convocou o primeiro concilio das igrejas que foi
dirigido por Hosia Cordova com 318 bispos
presentes; esses bispos eram cristãos; ainda não
havia Catolicismo romano. Constantino construiu
a IGREJA DO SALVADOR num bairro nobre de
Roma, chamado Vaticanus. Os bispos (papas) de
então construíram vários palácios ao redor da
"igreja" formando o Vaticano que hoje existe. A
Igreja recebeu o nome de "Católica" somente no
ano 381 no concilio de Constantinopla com o
decreto "CUNCTUS POPULOS" dirigido pelo
imperador romano Teodosio. Devido as
alterações que fez deixou de ser apostólica e não
sabemos como pode ser Romana e Universal ao
mesmo tempo.
Idade Média
• A era Medieval caracterizou-se pela
doutrina do Cristianismo, a educação
monástica. A busca de conhecimentos era
perigosa demais para a igreja. A Santa
Inquisição sustentava o dogmatismo e o
teocentrismo com mãos de ferro. A baixa
Idade Média, do século XI ao XV, marca a
decadência dos feudos e o formação do
capitalismo na Europa Ocidental.
Iluminismo
• Durante o Iluminismo, a chamada “época das luzes”, o filósofo
Rousseau escreveu um clássico da pedagogia Emílio, no qual
expunha suas idéias e estabelecia as normas ideais para a
educação da criança, desde o nascimento até a juventude.
Segundo ele, a educação é essencialmente um processo com que
se estimula o desabrochar e o desenvolvimento das capacidades e
virtudes humanas.
Influenciados pelos iluministas, a “escola nova” floresce em 1889,
com Adolphe Ferrière. Sua característica fundamental refere-se à
filosofia naturalista, visando fins meramente terrenos, e
acentuadamente práticos e utilitários, nos quais os interesses
sociais quase sempre prevalecem sobre os pessoais. A finalidade
da escola deixa de ser a transmissão dos dogmas cristãos e passa
a ser a transmissão dos saberes da técnica e da ciência.
Charles Darwin
• Charles Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809
na cidade rural de Shrewsbury, na Inglaterra. Neto
de Erasmus Darwin, médico, o seu pai, Dr. Robert
Darwin, foi também um médico e um físico
proeminente da época. Aos 16 anos, Darwin foi
estudar Medicina, mas rapidamente descobriu que
não tinha vocação. Ainda assim, permaneceu na
Universidade de Cambrigde, até ao dia em que
surgiu um convite irrecusável. O governo inglês
queria contribuir para a cartografia de zonas pouco
conhecidas da costa sul-americana. Para esta
tarefa, era necessário um naturalista, para
observar e coleccionar tudo o que houvesse de
interesse — Darwin, devido à sua juventude, era a
escolha acertada.
• A viagem do Beagle começou a 27 de Dezembro de
1831 e durou 5 anos. Durante este tempo percorreu toda
a costa sul-americana, parou em todas as ilhas das
Galápagos, continuando para a Austrália e depois para
Sul de África. Darwin teve oportunidade de observar
diferentes fenómenos da natureza que lhe despertaram
a curiosidade e que viriam a ser pilares no
desenvolvimento da sua teoria. Na Argentina,
desenterrou ossos de animais já extintos, mas que
apresentavam algumas semelhanças com espécies
actuais. Mais tarde, no Chile, presenciou um vulcão em
plena erupção; as Galápagos apresentavam uma fauna
e flora peculiares, que lhe proporcionaram o estudo das
iguanas, tentilhões e tartarugas.
• Após a chegada do Beagle a Inglaterra, o trabalho de
Darwin como naturalista tinha de ser terminado. Para
isso, instalou-se em Londres, onde editou dois livros: um
livro que descrevia o trabalho zoológico durante a
viagem e outro que era o seu diário de bordo.
• Todas as informações recolhidas durante a
viagem e os relatórios que os seus colegas
prepararam (baseados nas espécies enviadas
por Darwin) alertaram-no para algumas
questões. As tartarugas das Galápagos eram
suficientemente parecidas para terem uma
origem comum, mas pertenciam a 7 espécies
diferentes, e cada espécie vivia numa só ilha!
Um fenómeno semelhante acontecia com os
tentilhões. Darwin concluiu que as ilhas tinham
sido povoadas a partir do continente e que as
características de cada ilha tinham condicionado
a evolução das espécies, levando assim à sua
diferenciação. Esta conclusão levou Darwin a
juntar-se à corrente evolucionista, já defendida
por outros como Lamarck.
• Darwin veio modificar a teoria de Lamarck. Segundo esta
teoria, o número de indivíduos de uma espécie não se
altera muito de geração em geração, pois uma boa parte
dos indivíduos de uma geração é naturalmente eliminada,
devido à luta pela sobrevivência. Assim, os indivíduos que
sobrevivem são os mais aptos e melhor adaptados ao
meio ambiente, os outros são eliminados
progressivamente. O resultado desta luta é uma selecção
natural que ocorre na natureza, privilegiando os melhor
dotados relativamente a determinadas condições
ambientais. Como as formas mais favorecidas têm uma
maior taxa de reprodução em relação às menos
favorecidas, vão-se introduzindo pequenas variações na
espécie que a longo prazo levam ao aparecimento de uma
nova espécie. Como os mecanismos hereditários ainda
não eram conhecidos, Darwin não conseguiu explicar
como surgiam as variações dentro das espécies, nem
como eram transmitidas às descendências.
• Ao mesmo tempo que Darwin definia a sua teoria, o naturalista
Wallace enviou-lhe o seu trabalho, com uma teoria muito próxima à
sua, para que Darwin desse a sua opinião. Este facto apressou todo o
processo e pouco tempo depois, Darwin apresentou a sua teoria e a
de Wallace à Linnaean Society. Dedicou o ano seguinte a escrever
um livro, que em quatro volumes resumia a sua teoria, ao qual Darwin
chamou de "On the origin of species" (A origem das espécies). O livro
esgotou no primeiro dia de vendas e levantou uma tempestade de
ideias que dificilmente se acalmou. A Igreja Católica contestou
ferozmente a teoria, pois esta desmentia alguns dogmas seculares.
Além disso, reduzia-nos a um universo apenas material, onde todo o
processo de criação se devia ao ambiente e não a Deus. Darwin
sempre negou a sua intenção de destruir a imagem de Deus e
manteve-se devoto até ao fim da sua vida.
• Morreu a 1 de Abril de 1882, tendo sido sepultado na Abadia de
Westminster — devido à sua popularidade, o governo concedeu-lhe
esta honra, ainda que contra a vontade da família.
Lamarck
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Jean-Baptiste Lamarck ( 1744-1829 ), naturalista francês, foi o primeiro cientista a
propor uma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um
livro denominado Filosofia zoológica.
Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com
que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em
determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos
descendentes.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves
aquáticas tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar
as pernas para evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada
geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa
característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as
atuais aves pernaltas.
A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro
básico: as características adquiridas não são hereditárias.
Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as
informações genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma,
hereditárias.
Darwin
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A seleção natural é a atuação do ambiente sobre as populações, sendo
responsáveis pelas mudanças adaptativas das espécies e origem de novas
espécies.
A seleção natural é conseqüência de dois fatos:
a) Existe variabilidade entre os indivíduos de uma espécie e a seleção natural atua
sobre esta variabilidade.
b) As espécies produzem descendentes em maior número do que aqueles que
poderão sobreviver.
O ambiente impõe restrições à sobrevivência de todos como: limite de alimentos,
predação, doenças, parasitismo, etc. estas restrições são correspondentes à seleção
natural.
Os indivívuos mais aptos são aqueles que apresentam um maior número de
variabilidades genéticas favoráveis à sua sobrevivência.
Normalmente o processo evolutivo com a atuação da seleção natural não pode ser
visualizado pelo homem, por ser um processo lento, mas existem alguns casos onde
isto foi possível, como veremos a seguir:
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Melanismo Industrial
Refere-se à substituição das mariposas (Biston betulania) de coloração clara por
mariposas de coloração escura com o desenvolvimento industrial na região de
Manchester na Inglaterra. Esta foi uma mudança evolutiva que foi presenciada pelo
homem.
Evidências da Teoria Evolutiva
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Fósseis
Embriologia comparada
Homologia
Analogia
Fósseis
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Os Fósseis são restos ou vestígios preservados de animais, plantas ou outros
seres vivos em rochas, sedimentos, gelo ou âmbar. Preservam-se como moldes
do corpo ou partes deste, rastros e pegadas. A totalidade dos fósseis e sua
colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como
registro fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossile" que significa
"desenterrado".
Embriologia comparada
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O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande
semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se
desenvolve surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem.
Essa semelhança de padrão também é verificada no desenvolvimento embrionário
de todos os animais metazoários. Nesse caso, entretanto, quanto mais diferentes
são os organismos, menor é o período embrionário comum entre eles.
Analogia e Homologia
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Homologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos,
sendo que essas estruturas podem ter ou não a mesma função. As estruturas
homólogas sugerem ancestralidade comum.
Analogia : semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida
unicamente à adaptação a uma mesma função. São consideradas resultado da
evolução convergente.
Órgãos vestigiais : órgãos reduzidos em tamanho e geralmente sem função, que
correspondem a órgãos maiores e funcionais em outros organismos. Indicam
ancestralidade comum.
Neodarwinismo
•
A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários
pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de
Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais
importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel,
substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito
de herança através de partículas: os genes.
A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como
unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de
indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área
geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, podese notar que não existe um indivíduo igual ao outro. Execeções a essa regra
poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente
idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem
ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio.
A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da
variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é geralmente
muito ampla.
•
A compeensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população
é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na
realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda,
alterações na freqüência dos genes dessa população. Os fatores que determinam
alterações na freqüência dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada
população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos , pode ser
alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes
presentes nessa população. Assim , quanto maior é a variabilidade genética.
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser
reunidos duas categorias:
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Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação
gênica, mutação cromossônica , recombinação;
Fatores que atuam sobre a variabilidade genética jás estabelecida : seleção natural,
migração e oscilação genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo
do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando,
então, surgem novas espécies. Nos capítulos seguintes , esses tópicos serão
abordados com maiores detalhes.
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Há vários tipos de selecção natural: a direccional evidencia o processo de selecção
natural mais frequente, neste caso com deslocação do ponto de ajuste para uma
determinada característica; a disruptiva, em que são privilegiadas as formas
extremas de um determinado carácter, desfavorecendo a forma intermédia,
inicialmente mais comum; ou a estabilizadora, em que a forma mais comum é
favorecida em relação aos restantes fenótipos sendo eliminadas, com o tempo, as
formas mais afastadas do ponto de ajuste.
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