Apresentação do PowerPoint - Ciências Contábeis e Administração

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O PROBLEMA ECONÔMICO
Disciplina : Introdução a Economia
(1)
Economia Brasileira Contemporânea
Recursos Limitados x Necessidades Ilimitadas
Fatores de Produção- As Questões Centrais
Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos
Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva. SP. 2008
Professor Ms Regis Ximenes
CONCEITO DE ECONOMIA
•Etimologicamente, a palavra economia vem do grego oikos (casa) e
nomos (norma, lei). Seria a “administração da casa”, que pode ser
generalizada como “administração da coisa pública”.
•Economia pode ser definida como a ciência social que estuda como o
indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na
produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias
pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às
necessidades humanas.
•Assim, trata-se de uma ciência social, já que objetiva atender às
necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas,
provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de
produção (mão de obra, capital, terra, matérias primas)
•Pode-se dizer que o objeto de estudo da ciência econômica é a questão
da escassez, ou seja, como “economizar” recursos.
•A escassez surge em virtude das necessidades humanas ilimitadas e
da restrição física de recursos. Afinal, o crescimento populacional
renova as necessidades básicas; o contínuo desejo de elevação do
padrão de vida (que poderíamos classificar como uma necessidade
“social” de melhoria de status) e a evolução tecnológica fazem com que
surjam “novas” necessidades.
•Nenhum país, mesmo os países ricos, são auto-suficientes, em termos
de disponibilidade de recursos produtivos, para satisfazer a todas as
necessidades da população.
•Se não houvesse a escassez de recursos, ou seja, se todos os bens
fossem abundantes (bens livres), não haveria necessidade de estudarmos
questões como inflação, crescimento econômico, déficit no balanço de
pagamentos, desemprego, concentração de renda etc. Esses problemas
provavelmente não existiriam (e obviamente nem a necessidade de se
estudar Economia).
A Questão da Escassez e os Problemas Econômicos Fundamentais
•Todas as sociedades, qualquer que seja seu tipo de organização
econômica ou regime político, são obrigadas a fazer opções, escolhas
entre alternativas, uma vez que os recursos não são abundantes. Elas são
obrigadas a fazer escolhas sobre O Que e Quanto, Como e Para
Quem produzir.
•O que e quanto produzir: a sociedade deve decidir se produz mais
bens de consumo ou bens de capital, ou, como num exemplo clássico;
quer produzir mais canhões ou mais manteiga? Em que quantidade? Os
recursos devem ser dirigidos para a produção de mais bens de consumo,
ou bens de capital?
•Como produzir: trata-se de uma questão de eficiência produtiva: serão
utilizados métodos de produção capital intensivos? Ou mão-de-obra
intensivos? Ou terra intensivos? Isso depende da disponibilidade de
recursos de cada país.
•Para quem produzir: A sociedade deve decidir quais os setores que
serão beneficiados na distribuição do produto: trabalhadores, capitalistas
ou proprietários da terra? Agricultura ou indústria? Mercado interno ou
mercado externo? Região Sul ou Norte? Ou seja, trata-se de decidir
como será distribuída a renda pela atividade econômica.
Necessidades
Humanas ilimitadas
x
Recursos produtivos
escassos
-o que e quanto produzir
escassez
escolha
-como produzir
-para quem produzir
•Diferentemente da microeconomia que trabalha com mercados
isolados, a macroeconomia estuda todos os mercados em conjunto.
•Assim, para que as análises macroeconômicas pudessem avançar, foi
necessário o desenvolvimento da chamada Contabilidade Nacional, ou
seja, de um instrumental que permite mensurar a totalidade das
atividades econômicas.Esse instrumento recebeu o nome de
Contabilidade Nacional.
•A partir do desenvolvimento desta técnica de mensuração, baseada no
princípio das partidas dobradas, houve grande avanço da teoria
econômica, uma vez que tornaram possíveis os testes empíricos e uma
análise quantitativa mais consubstanciada.
FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIA
•A microeconomia, ou Teoria de Preços, é a parte da teoria
econômica que estuda o comportamento das famílias e das empresas e
os mercados nos quais operam.
•A Microeconomia preocupa-se mais com a análise parcial, com as
unidades (consumidores, firmas, mercados específicos), enquanto a
Macroeconomia estuda os grandes agregados ( Produto Nacional,
Nível Geral de Preços etc.), dentro de um enfoque de análise global.
•A Microeconomia analisa a formação de preços no mercado, os
preços formam-se com base em dois mercados:
1-mercado de bens e serviços (preços de bens e serviços);
2-mercado dos serviços dos fatores de produção( salários, juros,
aluguéis e lucros).
A Microeconomia não tem seu foco específico na empresa ( não
deve ser confundida com Administração de Empresa), mas no
mercado no qual as empresas e consumidores interagem. Ou
seja, enquanto o administrador e o contador olham mais os custos
de produção da firma, o economista enfoca mais o Mercado
Global onde a empresa opera.
A condição Coeteris Paribus
Coeteris paribus é uma expressão latina que significa tudo
o mais constante.
A Microeconomia é parcial. Para poder analisar um mercado isoladamente, supõe todos os demais mercados constantes. Ou seja, supõe
que o mercado em estudo não afeta nem é afetado pelos demais.
Essa condição serve também para verificarmos o efeito de variáveis
isoladas, independente dos efeitos de outras variáveis, ou seja, quando
queremos, por exemplo, saber o efeito isolado de uma variação de
preço sobre a procura de determinado bem, independente do efeito de
outras variáveis que afetam a procura, como a renda do consumidor,
gastos e preferências etc.
DIVISÃO DOS TÓPICOS DE MICROECONOMIA
Os grandes tópicos abordados na análise microeconômica são:
1) Teoria da Demanda (procura) : Teoria do Consumidor (demanda
individual) e Demanda de Mercado.
2) Teoria da Oferta : Oferta individual (Teoria da Produção e Teoria
dos custos de produção) e Oferta de Mercado.
3) Análise das estruturas de mercado: Mercado de bens e serviços
(Concorrência perfeita-Concorrência monopolística-MonopólioOligopólio) e Mercado de fatores de produção (Concorrência
perfeita-Monopsônico-Oligopsônio).
4) Teoria do equilíbrio geral e do bem-estar
5) Imperfeição de mercado. Externalidades
DEFINIÇÃO DE DEMANDA
•Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço
que os consumidores desejam adquirir, num dado período.
•Assim, a demanda é um desejo, um plano. Representa o máximo
que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado.
•A escala de demanda indica quanto o consumidor pode adquirir,
dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. Ou seja,
indica que, se o preço for $ 2 , ele pode consumir, dada sua renda, 10
unidades; se o preço for $ 3 , ele pode consumir 8 unidades, e assim
por diante.
•Nesse sentido, a demanda não representa a compra efetiva, mas a
intenção de comprar; a dados preços.
FUNDAMENTOS DA TEORIA DA DEMANDA
Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados
no conceito subjetivo de utilidade.A utilidade representa o grau de
satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que
podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é a qualidade que os
bens econômicos possuem de satisfazer às necessidades humanas.
TEORIA DO VALOR UTILIDADE
Essa teoria pressupõe que o valor de um bem se forma por sua
demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o
consumidor.
A TEORIA DO VALOR TRABALHO
Essa teoria considera que o valor de um bem se forma do lado da
oferta, mediante os custos do trabalho incorporado ao bem. Os custos
de produção eram representados, basicamente, pelo fator mão-de-obra,
em que a terra era praticamente gratuita (abundante) e o capital,
pouco significativo, ou seja, o valor do bem depende do tempo
produtivo que é incorporado ao bem.
A teoria do Valor Utilidade veio complementar a Teoria do Valor
Trabalho, pois já não era possível predizer o comportamento dos
preços dos bens apenas com base nos custos, sem considerar o lado
da demanda (padrão de gostos, hábitos, renda etc.).
A teoria da Demanda, baseia-se na Teoria do Valor Utilidade.Supõese que, dada a renda e dados os preços de mercado, o consumidor, ao
demandar um bem ou serviço, está maximizando a utilidade ou
satisfação que ele atribui ao bem ou serviço. É também chamada de
Teoria do Consumidor.
CONCEITO DE UTIILIDADE TOTAL E UTIILIDADE
MARGINAL
Do conceito de Utilidade Marginal, derivam a curva da demanda e
suas propriedades.Tem-se que a Utilidade Total tende a aumentar
quanto maior a quantidade consumida do bem ou
serviço.Entretanto, a Utilidade Marginal, que é a satisfação
adicional, obtida pelo consumo de mais uma unidade de bem, é
decrescente,porque o consumidor vai saturando-se desse bem,
quanto mais o consome.
MATEMATICAMENTE
Umg =
UT / q
= acréscimos finitos.
Sendo “q” a quantidade que o consumidor deseja consumir.
Utilidade Total
Utilidade Marginal
q
q
PARADOXO
O chamado paradoxo da água e do diamante ilustra a importância do
conceito de Utilidade Marginal. Por que a água, mais necessária, é tão
barata, e o diamante, supérfluo, tem preço tão elevado? Ocorre que a
água tem grande Utilidade Total, mas, como é encontrada em
abundância, tem baixa Utilidade Marginal, enquanto o diamante, por
ser escasso, tem grande Utilidade Marginal.
VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA
1. Riqueza ( e sua distribuição)
2. Renda ( e sua distribuição)
3. Preço dos outros bens
4. Fatores climáticos e sazonais
5. Propaganda
6. Hábitos, gostos, preferências dos consumidores
7. Expectativas sobre o futuro
8. Facilidades de crédito (disponibilidade, taxa de juros, prazos)
Tradicionalmente, a função demanda é colocada como dependente
das seguintes variáveis, consideradas as mais relevantes e gerais, pois
costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e serviços;
d
q = f (pi, ps, pc, R, G ) Função Geral da Demanda
i
Onde:
d
qi = quantidade procurada (demanda) do bem i/t (t significa num dado período)
Pi = preço do bem i/t
Ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes/t
Pc = preço dos bens complementares/t
R = renda do consumidor/t
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor/t
São as variáveis mais freqüentes para explicar a demanda de qualquer
bem ou serviço. Agora, o mercado de cada bem tem suas
particularidades, e algumas dessas variáveis podem não afetar a
demanda; ou, ainda, a demanda pode ser afetada por variáveis não
incluídas nessa relação ( por exemplo, localização dos consumidores,
influência de fatores sazonais).
Para estudar o efeito de cada uma dessas variáveis sobre a procura de
determinado bem ou serviço, recorremos à hipótese de coeteris
paribus ( todas as demais variáveis permanecem constantes).
RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA E O
PREÇO DO PRÓPRIO BEM
É a função convencional da demanda:
d
q = f (Pi )
supondo Ps, Pc, R e G constantes
i
d
Sendo qi / Pi < 0 , que é chamada LEI GERAL DA DEMANDA: a
quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação
inverso de seu preço, coeteris paribus.
Por que ocorre essa relação inversa entre o preço e a quantidade
demandada de um bem ou serviço?
A resposta está na ocorrência dos chamados efeitos substituição e
renda, que agem conjuntamente. Suponhamos uma queda do preço
do bem. Podemos dividir o efeito dessa queda de preço sobre a
quantidade demandada ( que chamaremos de efeito preço total )
assim:
1. efeito substituição - o bem fica mais barato relativamente aos
concorrentes, com o que a quantidade demandada aumenta.
2. efeito renda - com a queda de preço, o poder aquisitivo do
consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem deve
aumentar. Isto é, ao cair o preço de um bem, mesmo com sua renda
não variando, o consumidor pode comprar mais mercadorias.
A curva convencional da demanda é, portanto, negativamente
inclinada. Ela expressa qual a escala de procura para o consumidor,
ou seja, dados os preços, quanto o consumidor deseja adquirir. Por
exemplo:
Preço ( $ )
Q.demandada(um)
1,00
50
2,00
45
3,00
40
4,00
35
5,00
30
Graficamente, teremos:
Pi
Função Linear
Di
d
0
qi
Curva de demanda linear
Essa função indica qual a intenção de procura dos consumidores
quando os preços variam, com tudo o mais permanecendo constante.
Ou seja, ela revela o desejo, a intenção de compra do consumidor,
mas não a compra efetiva. A compra efetiva é um único ponto da
escala apresentada.
No gráfico anterior, supusemos, por simplificação, que a relação
matemática entre quantidade demandada e preço seja uma função linear,
do tipo
d
q i= a – b pi ,
d
(por exemplo: q = 20 – 2p).
i
Obs: A função potencia será vista em outros módulos.
DEFINIÇÃO DE OFERTA
Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os
produtores desejam vender em determinado período. A oferta
representa os planos dos produtores ou vendedores, em função dos
preços de mercado. Considera-se que os produtores são racionais, já que
estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de
produção.
VARIÁVEIS QUE AFETAM A OFERTA DE UM BEM OU
SERVIÇO
As principais variáveis que afetam a oferta de dado bem ou serviço são:
s
q i= f ( Pi , Pm , Pn , O ) Função Geral da Oferta.
Onde:
s
qi =
quantidade ofertada do bem i/t
Pi = preço do bem i/t
Pm = preço dos fatores e insumos de produção “m” (mão-de-obra,
matérias-primas etc.)
Pn = preço de outros “n” bens, substitutos na produção
O = Objetivos e metas do empresário
Sendo o sobescrito “s” derivado do inglês supply (oferta).
É a chamada função geral da oferta, onde
s
q / Pi > 0 : se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a
i
produzirem mais. Para produzir mais, os custos de produção serão
maiores, e o preço do bem deve ser aumentado, coeteris paribus.
Assim, como definimos uma escala de procura, tem-se também uma
escala de oferta, que mostra como os empresários reagem, quando se
altera o preço do bem ou serviço, coeteris paribus.Por exemplo:
Preço ($)
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Quantidade Ofertada ( un )
30
35
40
45
50
P
i
S
i
Função linear
q
s
i
Curva de oferta de um bem ou serviço
Obs:A função potencia será vista em outro módulo
O Equilíbrio de Mercado de um Bem ou Serviço
O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela
oferta como pela procura. Colocando em um único gráfico, as
curvas de oferta e de procura de um bem ou serviço qualquer, a
intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio “E”, ao qual
correspondem o preço P0e a quantidade q 0 .
P
S
E
D
q
Equilíbrio de mercado de um bem ou serviço
Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejam
comprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam
vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda.
Existe coincidência de desejos.
P
P0
Excesso de oferta
S
E
Excesso de demanda
D
0
q
Qualquer preço superior a P0 a quantidade que os ofertantes desejam
vender é maior do que os consumidores desejam comprar.Existe um
excesso de oferta. Qualquer preço inferior a P0 , surgirá um excesso
de demanda.
ELASTICIDADES
Sabemos que, quando aumenta o preço de um bem, a quantidade
demandada deve cair, coeteris paribus. Ou seja, conhecemos apenas
a direção, o sentido, mas não a magnitude numérica: isto é, se o
preço aumenta em 10%, quanto cairá a quantidade demandada? O
conceito de elasticidade fornece essa resposta numérica.
Elasticidade, em sentido genérico, é a alteração percentual em uma
variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus.
Assim, elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de
uma variável, em face de mudanças em outras variáveis.
Trata-se de um conceito de ampla aplicação em economia. Vejamos
alguns exemplos:
Exemplos da Microeconomia
1. Elasticidade-preço da demanda: é a variação percentual na
quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem,
coeteris paribus.
2. Elasticidade-renda da demanda: é a variação percentual na
quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda,
coeteris paribus.
3. Elasticidade-preço cruzada da demanda: é a variação percentual na
quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro
bem, coeteris paribus.
4. Elasticidade-preço da oferta: é a variação percentual na quantidade
ofertada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris
paribus.
Exemplos da Macroeconomia
1. Elasticidade das exportações em relação à taxa de câmbio: é a
variável percentual nas exportações, dada a variação percentual da
taxa de câmbio, coeteris paribus.
2. Elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros: é a
variação percentual da procura de moeda, dada a variação percentual
da taxa de juros, coeteris paribus.
Enfim, sempre quando tivermos uma relação entre variáveis em
economia, podemos calcular a elasticidade.
Definição de Produto
•A economia estuda a alocação de recursos escassos para fins
ilimitados, ou seja, como obter o máximo de satisfação para os
indivíduos a partir de um estoque dado de recursos.
•Para satisfazer a suas necessidades, o homem envolve-se em um ato
de produção.
•Produção é a atividade social que visa adaptar a natureza para a criação
de bens e serviços que permitam a satisfação das necessidades humanas.
•No ato de produção, existe a combinação de uma série de elementos
chamados de fatores de produção, que são os recursos utilizados na
produção de bens e serviços.
•Normalmente, costuma-se separar os recursos em três grandes áreas:
Terra, Capital e Trabalho.
PRODUÇÃO
É a atividade social que visa adaptar a natureza para a
criação de bens e serviços que permitam a satisfação
das necessidades humanas.
Os fatores de Produção
São os recursos utilizados na produção
de bens e serviços
O PRODUTO
É a soma daquilo que foi produzido em
país durante determinado período
de tempo
O Crescimento Econômico
É definido como o aumento do produto em um
determinado período de tempo, ou seja,
a elevação na produção de bens e serviços
que satisfaçam às necessidades humanas
PRODUTO REAL E PRODUTO NOMINAL
•Produto é medido em termos monetários, pois é a forma que possuímos
para reduzir os diversos bens e serviços da economia a um denominador
comum e com isso podermos agregá-los.
•O problema é que a moeda está sujeita a perda de valor ao longo do
tempo, isto é, na presença de processos inflacionários, o poder de
compra da moeda se corrói devido à elevação do nível geral de preços.
•Assim, de um ano para o outro, o produto pode variar em termos
monetários sem que em termos de quantidade física tenha ocorrido
qualquer mudança, ou seja, como Y= Pi x Qi ( onde Pi é o preço e Qi a
quantidade das n mercadorias da economia), o valor de Y pode mudar
tanto por mudanças em Pi como em Qi, ou em ambos.
•O que interessa em termos de crescimento é o comportamento de Q;
assim, devemos diferenciar entre Produto Real (aquele medido a preços
constantes) e Produto Nominal (aquele medido a preços correntes).
•Como o que se se observa é o produto nominal, para retirar os efeitos
da inflação sobre a medida do produto utilizamos os chamados “índices
de preços” para fazer o “deflacionamento”.
•Estes índices correspondem a média ponderada das mudanças de preços
dos diversos produtos. O principal índice é o deflator implícito do
produto (DI), que corresponde à razão entre a soma de todos os
preços no instante atual multiplicados pela quantidades no instante
atual e a soma de todos os preços no instante anterior multiplicado
pelas quantidades do instante atual.
•A partir do produto real, pode-se observar mais de perto a evolução
(crescimento) as economia de um país, comparando-se o produto de um
ano em relação a outro. Quando dizemos que o Brasil cresceu 4 %,
estamos afirmando que a produção do ano atual (PIP) é 4% maior que
o ano anterior em termos reais, isto é, descontada a elevação dos preços
dos bens produzidos.
•O Gráfico nos mostra a taxa de investimento (preços constantes de
2000) anual até 1990 e trimestral desde 1991, bem como a média
verificada entre o primeiro trimestre de 1991 e o segundo de 2004,
19,1%.
•A série formação bruta de capital fixo como proporção do PIB a
preços constantes de 2000 tem o seu menor patamar histórico,
verificado no segundo trimestre de 2003, 16,4%, sendo que a partir de
então apresenta comportamento crescente. Contudo, no segundo
trimestre de 2004, a taxa de investimento a preços constantes, 17,3%,
continua cerca de 2% abaixo da média verificada do primeiro trimestre
de 1991 ao segundo semestre de 2004.
•A esse respeito, em trabalhos anteriores, foi mostrado que mantida a
média do crescimento da produtividade total dos fatores, do trabalho e a
taxa média de investimento observada de 1994 a 2001, respectivamente
de 1,2%, 2,0% e 19,9%, o crescimento do produto esperado no Brasil
seria de 2,8%, atingindo o máximo 3,5% quando se considera o
crescimento potencial (esse último só se sustenta no curto prazo).
•Ressaltamos que a análise anterior só considera parâmetros médios, ou
seja, choques em outros fatores podem elevar o crescimento
sustentado brasileiro. Como exemplo,
um choque positivo na
produtividade do capital de 2% por 5 anos, elevaria o crescimento
sustentado esperado para 3,1% (e o potencial para 4%), sendo que, nos
cinco anos de transição, haveria um ganho extra da ordem de 2% no
crescimento esperado .
DEPRESSÃO ECONÔMICA
Uma depressão econômica é caracterizada por um estado agravado de
recessão, ou seja, um longo período de desemprego em massa, falência
de empresas, baixos níveis de produção e investimentos etc., sempre
acarretando em conseqüências negativas para a economia mundial.
Segundo especialistas, as maiores depressões econômicas da história
foram as de 1815, 1873 e 1929. Entre elas, uma das mais graves foi a de
1929, superada somente pela crise financeira mundial de 2008. Em
relação ao crash de 29, a teoria mais aceita, diz que o motivo para a
crise foi o planejamento mau feito da política monetária dos Estados
Unidos. Esse é apenas um dos motivos para as depressões econômicas.
Esses longos períodos de crise podem ser causados por diversos fatores,
principalmente na esfera macroeconômica.
•Para exemplificar as diferenças entre uma recessão e uma depressão
econômica, podemos citar uma velha piada dos economistas: Uma
recessão é quando o seu vizinho perde o emprego, uma depressão é
quando você perde o seu também. De fato, recessão é um declínio do
Produto Interno Bruto (PIB), por dois ou mais trimestre consecutivo, já a
depressão está relacionada com outros aspectos mais amplos, como
níveis de emprego, produção industrial, rendimento real, etc.
•Ao longo da história do capitalismo, podemos perceber momentos
bons e de crise, ou seja, ciclos econômicos. Após o sistema capitalista
ter se firmado esses ciclos passaram a ser algo constante. De certa
forma, depressão econômica é uma falha do sistema capitalista e de sua
teórica “mão invisível”. Inclusive, foi nos períodos após grandes
depressões que surgiram outras teorias econômicas um pouco diferentes
da teoria de Adam Smith, como o keynesianismo e o neoliberalismo.
ADAM SMITH 1723-1790
•Foi considerado o formulador da teoria econômica, nasceu em 1723
na Escócia. Nos anos de 1751 a 1764 ensinou filosofia na Universidade
de Glasgow onde publicou seu primeiro livro, a teoria dos Sentimentos
Morais. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou grande
fama: Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das
Nações, lançado em 1776.
•Ele tornou o assunto compreensível e sistêmico e seu livro A
Riqueza das Nações pode ser considerado como a origem do estudo da
Economia.
•Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão de obra pela
sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo que sabe fazer
melhor, seria a melhor maneira de aumentar a produtividade e a
riqueza de uma nação.
•Além disso, Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do
governo sobre a economia, demonstrando que economias planejadas na
verdade atrapalham o crescimento.
•A idéia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o
mercado, aparentemente caótico,é,na verdade, organizado e produz as
espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população.
•A premissa básica de Smith; o governo não precisa interferir na
economia. Um mercado livre pode produzir bens na quantidade e no
preço que a sociedade espera. Isto acontece porque a sociedade, na
busca por lucro, irá responder às exigências do mercado.
•Adam Smith também criticou seriamente as conspirações comerciais
e cartéis que ocorrem quando um grupo de empresários,produtores de um
mesmo bem de consumo, estabelece um determinado preço.
•Seus argumentos influenciaram a economia mundial durante o século
XIX, e continua influenciando até os dias de hoje.
Adam Smith foi o fundador do estudo sistêmico e organizado da
Economia e um dos principais pensadores na história humana
Procurou responder as seguintes questões:
•A concorrência deve ser regulamentada ou entregue a si mesma ?
•A exportação de ouro devia ser proibida, ou deveria permitir-se que o
“tesouro” entrasse ou saísse do reino, segundo as correntes de comércio
o ditassem?
•O produtor agrícola deveria ser tributado por constituir a fonte
original de toda a riqueza, ou deveriam os impostos recair sobre a
próspera classe mercantil?
A Crescente Riqueza das Nações
•O mundo que Smith descreveu era muito diferente do nosso. Era um
mundo de empresas muito pequenas. Entretanto, apesar de todas as
diferenças em relação à moderna sociedade econômica, a visão básica
que Smith forneceu de sua época pode ainda elucidar as tarefas da
ciência econômica em nosso próprio tempo.
•Dois problemas principais ocuparam a atenção de Smith. O primeiro é
a teoria de Smith sobre a mais importante tendência de uma sociedade de
“liberdade perfeita”: sua tendência ao crescimento.
•O crescimento econômico, ou seja, o constante aumento na produção
de bens e serviços de que uma sociedade desfruta. Que é que impedia
uma sociedade a aumentar suas riquezas? Basicamente, a tendência
de tal sociedade a encorajar um constante aumento na produtividade de
seu trabalho, de modo que, com o tempo, o mesmo número de
trabalhadores pudesse realizar uma produção cada vez maior.
•E que está subentendido no aumento da produtividade? A resposta
segundo Smith, era o ganho em capacidade de produção que se obteria
mediante a realização de uma divisão de trabalho cada vez mais
apurada. Neste ponto, a famosa fábrica de alfinetes de Smith serve
como exemplo:.....um homem extrai o fio metálico, outro o endireita,
um terceiro o corta, um quarto........
Por “liberdade perfeita”, enfatizou Adam Smith que todos
os agentes em tal sociedade têm liberdade para estabelecer ou
não acordos econômicos, em nítido contraste com as obrigações
impostas a escravos e servos
O MODELO DE CRESCIMENTO DE ADAM SMITH
•Isso começa a revelar as razões por que uma sociedade de livre
iniciativa tende a crescer. O que impele tal sociedade para a divisão do
trabalho?
•Smith nos mostra uma força propulsora que colocará a sociedade numa
trajetória ascendente de crescimento, ao lado de um mecanismo autocorretivo que a manterá nessa trajetória.
•Um dos pilares fundamentais da concepção de Smith da natureza
humana era o que ele chamava de “desejo de melhoria de vida”, aquilo
que foi descrito como motivo de lucro. Ele impele cada fabricante a
expandir seu negócio a fim de aumentar os lucros. E como essa
expansão do negócio resulta em maior divisão de trabalho? Consiste
em equipar os trabalhadores, pois essa ação é que aumenta a
produtividade, que Smith chamou na produção de investimento de
capital.
O mecanismo de mercado
•Havia também a questão de como um sistema de mercado se mantinha
coeso, de como ele fornecia uma solução ordenada aos problemas de
produção e distribuição.
•Para Smith, as pessoas são impulsionados pelo desejo de melhorar de
vida e guiadas principalmente pelo interesse pessoal. Como pode surgir
um arranjo socialmente viável a partir desse conjunto de motivações
socialmente perigosas? A resposta apresenta-nos um mecanismo central
de uma sociedade de mercado, o mecanismo da concorrência. ( quanto
maior a oferta menor será a procura , os preços do produto em
estudo estarão em declínio).
•Através do que Smith chamou, numa famosa expressão, de “mão
invisível”, os motivos egoístas dos homens são convertidos pelo
mecanismo de mercado para produzirem o mais inesperado dos
resultados: o bem estar social.
Formas de organização econômica- Basicamente, podem ser
identificadas duas formas de organização econômica: a economia de
mercado(economia capitalista), em que predomina a propriedade
privada, e a economia centralizada(economia socialista), em que as
propriedades são transferidas ao estado.
Economia de mercado-O mercado tem total condição de solucionar os
problemas básicos de uma economia: o que, como e para quem
produzir, orientados por um mecanismo de livre formação dos preços.
Uma economia baseada na concorrência de mercado não necessita da
intervenção do Estado, e é gerida eficazmente por uma mão invisível que
promove o equilíbrio das forças de mercado.Ocorrendo retração da
demanda os preços diminuem.Ocorrendo escassez de oferta os preços
ajustam-se a um patamar mais elevado, de forma a restabelecer o
equilíbrio do mercado.
Os preços e o Mercado- As relações de troca entre os agentes
econômicos desenvolvem-se mediante o mecanismo de formação de
preços no mercado.Quando o preço é fixado num intercâmbio, há
também a geração de informação de valor que o vendedor ou o
comprador estariam dispostos a negociar um bem.
Preço
Oferta
E
Quantidade
• Desta forma Smith mostrou que o sistema de mercado é um
processo auto-regulador. Pois a conseqüência de um mercado
competitivo é que ele constitui seu próprio guardião. Se preços, lucros
ou salários se afastam dos níveis determinados pelo sistema de
mercado, existem forças que os recolocam na linha.
FIM DESSE MÓDULO.
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