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Pol&iacute;cia Federal
Paulo Ceni Riesemberg
4.3 Demanda inel&aacute;stica: ocorre quando uma
varia&ccedil;&atilde;o percentual no pre&ccedil;o provoca uma varia&ccedil;&atilde;o
percentual relativamente menor nas quantidades
procuradas, coeteris paribus, ou
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Nesse caso, uma redu&ccedil;&atilde;o nos pre&ccedil;os provoca um
aumento pequeno nas quantidades procuradas. Os
consumidores desse produto reagem pouco a varia&ccedil;&otilde;es
dos pre&ccedil;os, isto &eacute;, possuem baixa sensibilidade ao que
acontece com os pre&ccedil;os de mercado.
Fatores que influenciam o grau de elasticidadepre&ccedil;o da demanda:
•
Disponibilidade de bens substituto
•
Essencialidade do bem
•
Import&acirc;ncia do bem, quanto a seu gasto, no
or&ccedil;amento do consumidor
Formas de c&aacute;lculo: elasticidade num ponto
espec&iacute;fico, ou no ponto m&eacute;dio
•
•
Incid&ecirc;ncia tribut&aacute;ria e elasticidade-pre&ccedil;o da demanda
Vimos que o recolhimento de impostos aos cofres
p&uacute;blicos &eacute; feito pelas empresas; entretanto, isso n&atilde;o
significa que ela efetivamente pagar&aacute; a totalidade do
imposto, pois pode repassar parte do &ocirc;nus para o
consumidor final, atrav&eacute;s do aumento de pre&ccedil;os. Parece
que:
•
Quanto mais inel&aacute;stica for a demanda do
bem, maior ser&aacute; a propor&ccedil;&atilde;o do imposto
repassada ao consumidor e menor a parcela
paga pelo produtor.
•
Quanto mais el&aacute;stica for a demanda do bem,
menor ser&aacute; a propor&ccedil;&atilde;o do imposto
repassada ao consumidor e maior a parcela
paga pelo produtor.
4.4 Elasticidade-renda da demanda: mede a varia&ccedil;&atilde;o
percentual da quantidade da mercadoria comprada
resultante de uma varia&ccedil;&atilde;o percentual na renda do
consumidor, coeteris paribus.
ER =
Elasticidade num ponto espec&iacute;fico: quando
calculamos a elasticidade apenas para um dado
pre&ccedil;o e quantidade.
Elasticidade no ponto m&eacute;dio: em vez de utilizar
apenas um ponto, consideram-se as m&eacute;dias de
pre&ccedil;os e de quantidades. Basta substituir, na
f&oacute;rmula anterior, Po e Qo pelas m&eacute;dias entre Po
e P1 e entre Qo e Q1.Chamando de Po1 o pre&ccedil;o
m&eacute;dio e de Qo1 a quantidade m&eacute;dia, e
utilizando-se os dados do exerc&iacute;cio anterior,
tem-se:
Economia
Complemento
Varia&ccedil;&atilde;o % na quantidade demandada
Varia&ccedil;&atilde;o % na renda do consumidor
Se a elasticidade-renda da demanda &eacute; negativa, o
bem &eacute; inferior;
Se a elasticidade-renda da demanda &eacute; positiva, mas
menor que 1, o bem &eacute; normal, isto &eacute;, aumentos de renda
levam a aumentos no consumo.
Se a elasticidade-renda da demanda &eacute; positiva e
maior que 1, o bem &eacute; superior ou de luxo, ou seja,
aumento na renda dos consumidores levam a um
aumento mais que proporcional no consumo do bem.
∆Qd
EpD =
M&eacute;dia de Qo e Q1
∆P
M&eacute;dia de Po e P1
4.5 Elasticidade-pre&ccedil;o cruzada da demanda: mede a
varia&ccedil;&atilde;o percentual na quantidade procurada do bem X
com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; varia&ccedil;&atilde;o percentual no pre&ccedil;o do bem Y,
coeteris paribus.
Exy =
Varia&ccedil;&atilde;o % no pre&ccedil;o de um bem y
Rela&ccedil;&atilde;o entre receita total do produtor e o grau de
elasticidade.
RT = P x Q
Dada uma varia&ccedil;&atilde;o no pre&ccedil;o do produto, o que
acontecer&aacute; com a receita total do produtor? A resposta
depender&aacute; da rea&ccedil;&atilde;o dos consumidores, isto &eacute;, do grau
de elasticidade-pre&ccedil;o da demanda.
Podem ocorrer tr&ecirc;s possibilidades:
1. Demanda el&aacute;stica
2.
Demanda inel&aacute;stica
3.
Demanda de elasticidade unit&aacute;ria:
Varia&ccedil;&atilde;o % na quantidade demandada de um bem x
Se x e y forem bens substitutos, Exy ser&aacute; positiva:
um aumento no pre&ccedil;o do guaran&aacute; deve provocar uma
eleva&ccedil;&atilde;o do consumo de soda, coeteris paribus.
Se x e y forem bens complementares, Exy ser&aacute;
negativa: um aumento no pre&ccedil;o da camisa social levar&aacute;
uma queda na demanda de gravatas, coeteris paribus.
4.6 Elasticidade-pre&ccedil;o da oferta: quanto maior o pre&ccedil;o,
maior a quantidade que o empres&aacute;rio estar&aacute; disposto a
ofertar, coeteris paribus.
Epo=
Varia&ccedil;&atilde;o % da quantidade ofertada
Varia&ccedil;&atilde;o % do pre&ccedil;o do bem
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Pol&iacute;cia Federal
Paulo Ceni Riesemberg
Economia
Complemento
ESTRUTURAS DE MERCADO
As v&aacute;rias formas ou estruturas de mercado dependem
fundamentalmente de tr&ecirc;s caracter&iacute;sticas:
a) N&uacute;mero de empresas que comp&otilde;em esse
mercado;
b) Tipo do produto;
c) Se existem ou n&atilde;o barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado.
Os tipos de estrutura de mercado:
Concorr&ecirc;ncia pura ou perfeita: h&aacute; grande n&uacute;mero de
vendedores. As empresas s&atilde;o tomadoras de pre&ccedil;os, ou
price-takers.
Nesse tipo de mercado, devem prevalecer as seguintes
premissas:
• Mercado atomizado;
• Produtos homog&ecirc;neos;
• N&atilde;o existem barreiras;
• Transpar&ecirc;ncia do mercado.
Uma caracter&iacute;stica do mercado em concorr&ecirc;ncia
perfeita &eacute; que, a longo prazo, n&atilde;o existem lucros extras
ou extraordin&aacute;rios, mas apenas os chamados normais.
Deve-se salientar que, na realidade, n&atilde;o existe o
mercado tipicamente de concorr&ecirc;ncia perfeita, sendo
talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros o
exemplo mais pr&oacute;ximo a esse modelo.
Monop&oacute;lio: caracteriza-se por apresentar condi&ccedil;&otilde;es
diametralmente opostas &agrave;s da concorr&ecirc;ncia perfeita. Nele
existem um &uacute;nico empres&aacute;rio (empresa) dominando
inteiramente a oferta, de um lado, e todos os
consumidores, de outro. N&atilde;o h&aacute;, portanto, concorr&ecirc;ncia,
nem produto substituto ou concorrente. Ao ser exclusiva
no mercado, a empresa monopolista determina o pre&ccedil;o
de equil&iacute;brio, de acordo com sua capacidade de
produ&ccedil;&atilde;o.
Para que existam monop&oacute;lios, deve haver barreiras
que praticamente impe&ccedil;am a entrada de novas firmas no
mercado. Essas barreiras podem advir das seguintes
condi&ccedil;&otilde;es:
•
Monop&oacute;lio puro ou natural;
•
Patentes;
•
Controle de mat&eacute;rias-primas b&aacute;sicas;
•
Monop&oacute;lio Institucional ou estatal
Oligop&oacute;lio: &eacute; um tipo de estrutura normalmente
caracterizada por um pequeno n&uacute;mero de empresas que
dominam a oferta de mercado. Ele pode ser definido
como um mercado em que h&aacute; pequeno n&uacute;mero de
empresas, como a ind&uacute;stria automobil&iacute;stica, ou ent&atilde;o em
que h&aacute; grande n&uacute;mero de empresas, mas poucas
dominam o mercado, como na ind&uacute;stria de bebidas,
No oligop&oacute;lio, tanto as quantidades ofertadas como os
pre&ccedil;os s&atilde;o fixados entre as empresas por meio de
conluios ou cart&eacute;is.
&Eacute; poss&iacute;vel caracterizar tamb&eacute;m tanto oligop&oacute;lios com
produtos diferenciados como oligop&oacute;lios com produtos
homog&ecirc;neos.
Concorr&ecirc;ncia Monopol&iacute;stica: &eacute; uma estrutura de
mercado intermedi&aacute;ria entre a concorr&ecirc;ncia perfeita e o
monop&oacute;lio, mas que n&atilde;o se confunde com o oligop&oacute;lio,
pelas seguintes caracter&iacute;sticas:
•
N&uacute;mero relativamente grande de empresas
com certo poder concorrencial, por&eacute;m com
segmentos de mercados e produtos
diferenciados, seja por caracter&iacute;sticas
f&iacute;sicas, embalagem, seja pela presta&ccedil;&atilde;o de
servi&ccedil;os complementares;
•
Margem de manobra para fixa&ccedil;&atilde;o dos
pre&ccedil;os n&atilde;o muito ampla, uma vez que
existem produtos substitutos no mercado.
Essas caracter&iacute;sticas acabam dando um pequeno
poder monopolista sobre o pre&ccedil;o do produto, embora o
mercado seja competitivo.
ESTRUTURAS DO MERCADO DE FATORES DE
PRODU&Ccedil;&Atilde;O
At&eacute; aqui foram identificadas as estruturas de
mercados de bens e servi&ccedil;os. O mercado de fatores de
produ&ccedil;&atilde;o - m&atilde;o-de-obra, capital, terra e tecnologia –
tamb&eacute;m apresenta diferentes estruturas. Como o
mercado de fatores depende da demanda de insumos
pelos setores produtores de bens e servi&ccedil;os, ou seja,
deriva do mercado do produto, a demanda por esses
fatores &eacute; chamada de demanda derivada. Por exemplo: a
demanda de autope&ccedil;as deriva da demanda de
autom&oacute;veis; se reduz a demanda de autom&oacute;veis , cai
tamb&eacute;m a demanda por autope&ccedil;as.
As estruturas no mercado de fatores s&atilde;o resumidas a
seguir:
Concorr&ecirc;ncia perfeita no mercado de fatores:
corresponde ao mercado cuja oferta do fator de produ&ccedil;&atilde;o
&eacute; abundante, o que torna o pre&ccedil;o desse fator constante.
Os ofertantes ou fornecedores, como s&atilde;o em grande
n&uacute;mero, n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es de obter pre&ccedil;os mais
elevados por seus servi&ccedil;os.
Monops&ocirc;nio (monop&oacute;lio na compra de insumos):
compreende um mercado na qual h&aacute; somente um
comprador para muitos vendedores dos servi&ccedil;os dos
insumos.
Oligops&ocirc;nio (oligop&oacute;lio na compra de insumos): &eacute;
o mercado em que h&aacute; poucos compradores negociando
com muitos vendedores.
Monop&oacute;lio
bilateral:
ocorre
quando
um
monopsonista, na compra do fator de produ&ccedil;&atilde;o, defronta
com um monopolista na venda desse fator.
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