curetagem apical

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Roteiro de aula:
CIRURGIAS DO PERIÁPICE RADICULAR
Profª. Dra. Marina Cleia Palo Prado
Conceito: as cirurgias do periápice radicular permitem solucionar a
grande maioria dos quadros clínicos nos quais a conservação dos
dentes por tratamento endodôntico convencional não teve sucesso.
É o tratamento ou a prevenção de patologia perirradicular por meio
de abordagem cirúrgica.(Walton 1998)
Lembrete: Tentar o tratamento endodôntico convencional ou
analisar a possibilidade de um retratamento endodôntico antes da
cirurgia periapical.
Classificação (tipos):
Curetagem apical: restringe-se a remover a lesão patológica.
Apicectomia: remove a lesão patológica e uma parte do ápice
radicular.
Sem obturação retrograda
Com obturação retrograda
Fundamento do seu uso (necessidade):
Curetagem (mais restrito) / extravasamento de material para
obturação endodôntica / lesões patológicas justapostas ao ápice da
raiz dentaria.
Apicectomia (mais amplo) / frente a dilacerações dos ápices
radiculares que dificultam o correto selamento do forame apical
pela via endodôntica / na presença de reabsorção externa no ápice
radicular / na presença de cisto radicular que envolva o ápice da raiz
dentária / fratura de instrumento de endodontia no terço apical / nas
situações de calcificação do canal não permitindo o acesso ao ápice
da raiz portadora de lesão patológica / nas trepanações das paredes
do endodonto localizadas no terço apical da raiz dentária .
Indicações para cirurgia do periápice:
- problemas anatômicos que impeçam a obturação por completo /
considerações de reabilitação que comprometam o tratamento /
fratura horizontal da raiz com necrose apical / material não
removível impedindo tratamento ou retratamento do canal / erros de
procedimento durante tratamento / lesões que não regridem com o
tratamento de canal.
Oportunidade cirúrgica:
- avaliar as condições de saúde local e sistêmica;
- inoportunidade definitiva: dente envolvido com lesões
neoplásicas, comprometimento da implantação dentária (lesão
periodontal muito extensa ou retração da crista alveolar);
- inoportunidade momentânea: gengivite, estomatite ou processo
séptico agudo (extra alveolar).
Cirurgias do periápice:
CURETAGEM APICAL
APICECTOMIA
Técnica cirúrgica:
1. ANTISSEPSIA
2. ANESTESIA
3. INCISÃO
4. DIVULSÃO
5. OSTEOTOMIA
6. EXÉRESE DA LESÃO
7. RESSECÇÃO DO ÁPICE RADICULAR
8. PREPARO E OBTURAÇÃO DO ÁPICE RADICULAR
9. TRATAMANTO DA LOJA OSSEA
10. REPOSICIONAMENTO
11. SUTURA
12. RECOMENDAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS
ANTISSEPSIA (1)
ANESTESIA (2)
INCISÃO (3)
3.1. INCISÕES: devem obedecer as qualidades das incisões e
devem ser firmes através do periósteo até o osso
**Qualidades da incisão
1.Irrigação sanguínea do retalho
2.Respeito à integridade tecidual (linha única, bordas regulares)
3.Adequada visualização do campo operatório
4.Versatilidade na amplitude
5.Apoio do traçado em tecido ósseo sadio
3.2. INCISÕES PRINCIPAIS
GREGORI (1970) revisão da literatura (horizontal, em arco,
margem gengival, entre outras)
3.3. INCISÕES MAIS INDICADAS
3.3.1. Horizontal da mucosa alveolar (não merece destaque)
3.3.2. Partsch (semi-lunar)
3.3.3. Wassmund (mais adequada)
3.3.4. Novak-Peter
3.3.5. Ochsenbein-Luebke
3.4.INCISÕES PRINCIPAIS
3.4.1. semi-lunar (Partsch):
mucosa alveolar
acesso restrito ao ápice
hemorragia excessiva
deiscência e formação de cicatriz
3.4.2. submarginal (ex. Wassmund)
componente horizontal fica na gengiva inserida com uma ou
duas incisões verticais
região anterior da maxila
requisitos: deixar 4mm de gengiva inserida e periodonto sadio
melhor acesso
quando necessário, contornar o freio
pode fazer uma ou duas incisões liberadoras (ex. incisão
triangular, incisão trapezoidal ou incisão retangular)
vantagem estética
desvantagens: sangramento e possível formação de cicatriz
3.4.3. incisão mucoperiostal de espessura total (do sulco até a crista
gengival), com deslocamento da papila interdental, gengiva
marginal livre, gengiva inserida e mucosa alveolar
incisões relaxantes: uma ou duas (ex. Novak Peter - sulcular)
desvantagens: dificuldade de reposicionar e suturar o retalho,
retração gengival, exposição da coroa e/ou da superfície radicular
cervical
DIVULSÃO (4)
- destaca periósteo ou espátula de Freer
OSTEOTOMIA (5)
- cinzéis e martelo
- instrumentos rotatórios
EXÉRESE DA LESÃO (6)
- curetas
RESSECÇÃO DO ÁPICE RADICULAR (7)
- apicectomia - instrumentos rotatórios (brocas cirúrgicas)
O seccionamento é feito em um ângulo de 45 graus (em bisel)
As bordas da raiz seccionada devem ser arredondadas
OBTURAÇÃO RETROGRADA (8)
- preparo do ápice radicular
- cavidade retentiva
- condensação do material da obturação
- tipos de materiais: amálgama, cimento de óxido de zinco e
eugenol (Super EBA), cimento de ionômero de vidro
Existem vários trabalhos científicos na literatura, mas
devemos frisar a importância de selamento perfeito e para isso o
ideal é um campo seco
TRAMAMENTO DA LOJA ÓSSEA (9)
- remoção de espículas ósseas / (material obturador)
- compressas de gaze umedecida com soro fisiológico
SUTURA (10)
- após o reposicionamento do retalho
- pontos isolados
- fio de algodão ou catgut
RECOMENDAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS (11)
***
CONTROLE RADIOGRÁFICO
RESULTADOS (12).
E
AVALIAÇÃO
DOS
Referências Bibliográficas:
Gregori, C. & Campos,A. C. Cirurgia Buco-Dento-Alveolar 2004
editora Sarvier
Peterson, L. e colab. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea
2005 editora Elsevier
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