UNIDADE 3 . Custos de produção . Condições de um mercado em concorrência perfeita Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 1 CONCEITOS DA UNIDADE 4: . Qual a função objectivo da empresa? . O que diferenciam custos fixos de custos variáveis? . O que diferenciam custos de curto prazo de custos de longo prazo? . Como funciona um mercado em concorrência perfeita? . Como funciona o mercado de concorrência perfeita no curto e no longo prazo? Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 2 Optimização e Equilíbrio As pessoas tentam escolher os melhores padrões de consumo que podem conseguir Os preços ajustam até que as quantidades procuradas sejam iguais às quantidades oferecidas Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 3 Optimização e Equilíbrio Três condições de optimização : eficiência no consumo; eficiência na produção; justiça social Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 4 Funções de custo: Fixos; variáveis e total F é o custo fixo que não varia com o nível de produção. cv(y) é o custo de uma empresa que depende da quantidade de inputs necessários ao produzir y unidades de output. cv(y) é a função de custos variável da empresa. A tecnologia,ou seja, a combinação dos inputs necessários à produção de uma unidade de Y determina os custos variáveis. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 5 Funções de custo: Fixos; variáveis e total c(y) é o custo total de todos os inputs, fixos e variáveis, quando se produzem y unidades de output. c(y) é a função de custo total. c( y ) F c v ( y ). Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 6 € cv(y) y Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 7 € cv(y) F y Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 8 Custos de curto prazo Custos Combinando CV com CF e obtem-se CT CT CV Custos fixos Custo total Custo variável CF Quantidade Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 9 Funções de custo Médio: Fixos; variáveis e total função de custos totais é definida por: c( y ) F c v ( y ). Para y > 0, a função de custos totais médio é definida por: F cv ( y ) CMT ( y ) y y CFM ( y ) CVM ( y ). Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 10 Funções de custo Médio: Fixos; variáveis e total Como se parece uma curva de custos fixos médios? F CFM ( y ) y Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 11 € /unidades de output CFM(y) 0 logo que y CFM(y) 0 Unid 3 - Carlos Arriaga y Economia política 12 Funções de custo Médio: Fixos; variáveis e total No curto prazo, com uma quantidade fixa de uma unidade em pelo menos um input, a observação da regra dos retornos marginais decrescentes provocará que o custo variável médio de produção aumente. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 13 Custos de curto prazo Custos Cmarg CTM CM CFM Quantitdade Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 14 Função de custos marginais Custo marginal é a proporção de alteração do custo variável logo que o nível de produção se altere, isto é, o custo de um acréscimo de uma unidade de produção. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 15 Curvas de custo total médio no curto e no longo prazo Para qualquer nível de produção y, a curva de custo total dá nos sempre o custo de produção total mais baixo em todos os períodos. Do mesmo modo, a curva de custo total médio dá nos sempre o custo de produção médio mais baixo em todos os períodos. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 16 Custos unitários Custos de produção de longo prazo CTM de longo prazo não são mais Do que “envelopes” De todas as curvas CTM De curto prazo. Produção Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 17 Produção média E marginal Produtividade e a curva de custos Prod Med Prod Marg Quantity of labor Cm Custos CVM Unid 3 - Carlos Arriaga Quantidade Economia política de produção 18 Competição perfeita Pressupostos da estrutura de mercado: Pressupostos de contracto e de transacção Produto homogéneo e perefeitamente divisível. Não há barreiras à entrada ou à saída Muitos compradores e vendedores, cada um com uma quota negligenciável (não existe concentração de indústrias) Informação perfeita (Não existem assimetrias de informação) Não existem custos d etransacção Não existem externalidades Hipótese fundamental do modelo: Não existe poder de mercado. Nenhum comprador ou vendedor pode individualmente influenciar os preços de mercado. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 19 Variáveis a considerar no modelo de mercado em competição O número e distritbuição de compradores e vendedores. O grau de diferenciação do produto que distingue uma empresa de outra. A presença ou ausência de barreiras à entrada de novas empresas. O aspecto das curvas de custo. A integração vertical de empresas. O grau de diversificação de produção em empresas que competem no mesmo mercado. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 20 Mercado de competição perfeita e a atitude da empresa A. O mercado P B. A empresa P S Cmarg CM PE D Q Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política Q 21 Eficiência da produção Uma empresa é eficiente P = Cm = CM no ponto mínimo P cm CM P = D = Rm Q Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 22 Mercado de competição perfeita e a atitude da empresa 1. Intersecção da curva de oferta e da curva de procura do emrcado P mercado 3. A empresa vende tudo o que produz ao preço de mercado… empresa Preço S $400 $400 D Q 2. Determina o preço de equilíbrio do mercado Unid 3 - Carlos Arriaga 4. A empresa enfrenta uma curva de procura horizontal Economia política Curva de procura que enfrenta uma empresa Q 23 Eficiência da produção Em competição perfeita o excedente total é maximizado P S Q > QPC and Q < QPC D QPC Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política Q 24 Objectivos e restrições da empresa competitiva Uma empresa competititiva enfrenta uma restrição de custo igual ao de outra empresa. O custo de produzir um dado nível de produção depende: Da tecnologia de produção da empresa Os preços que devem ser pagos pelos inputs Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 25 A curva de procura que uma empresa em competição perfeita enfrenta Curva Horizontal ou com elasticidade em relação ao preço infinita Qual a razão? A produção é standard no modelo de competição perfeita E negligenciável a quantidade oferecida pela empresa no mercado Não pode afectar o preço de mercado Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 26 A curva de procura que uma empresa em competição perfeita enfrenta O preço de mercado é dado, não o pode influenciar Em competição perfeita a empresa toma o preço como um dado A sua única decisão é quanto produzir… e vender. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 27 Custo e receita numa empresa em competição perfeita Numa empresa em competição perfeita , a receita marginal para cada quantidade é a mesma que o preço de mercado. Por esta razão, a curva de receita marginal e a curva de procura apresentam o mesmo aspecto, ou seja uma linha horizontal ao nível do preço de mercado. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 28 Maximização do lucro em competição perfeita Dollars Cmarg $400 D = RM 1 Unid 3 - Carlos Arriaga 2 3 4 5 6 Economia política 7 8 9 10 Ounces of Gold per Day 29 Receita total e custo total Para cada nível de produção, subtrair o custo total da receita total e obtemos o lucro para aquele nível de produção: Lucro total = RECEITA TOTAL – CUSTO TOTAL Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 30 Receita marginal e custo marginal A empresa deve continuar a aumentar a sua produção enquanto a receita marginal > custo marginal A produção que maximiza o lucro deve ser encontrada onde a curva de receita marginal intersecta a curva de custo marginal. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 31 Medir o lucro total Lucro da empresa por unidade de produção Receita obtida por cada unidade produzida menos o custo por unidade produzida. A receita por unidade produzida é o preço (P) e o custo por unidade é o o custo total médio , então A empresa obtem lucro sempre que P > CTM Lucro por unidade = P – CTM O lucro total é a área do rectangulo com largura igual á distância entre P e o CTM e comprimento igual à quantidade produzida. Uma empresa enfrenta prejuízos se P < CTM para a quantidade de produção óptima. Area d eprejuízo é a área do rectângulo A largura é igual à distãncia entre P e CTM O comprimento é igual à quantidade produzida. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 32 Medir o lucro ou prejuízo total Lucro económico Dollars ATC Profit per Ounce ($100) d = MR $400 300 1 Unid 3 - Carlos Arriaga MC 2 3 4 5 Economia política 6 7 8 Ounces of Gold per Day 33 Medir o lucro ou prejuízo total Prejuízo económico Dollars MC Loss per Ounce ($100) ATC $300 200 d = MR 1 Unid 3 - Carlos Arriaga 2 3 4 5 Economia política 6 7 8 Ounces of Gold per Day 34 A curva de oferta de curto prazo da empresa A Uma empresa em competição é price taker O preço é dado e decide quanto produzir para aquele preço. O nível d eprodução que mazimiza o lucro é sempre encontrado através da intersecção da curva de custo marginal com a de receita marginal (preço). Logo que o preço aumenta a empresa decide a quantidade a produzir ao longo da sua curva de custo marginal. Excepção Se a empresa sofrer uma prejuízo muito grande que justifique a falência. Então a produção será zero. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 35 A curva de oferta de curto prazo da empresa (a) (b) Price per Dollars ATC Bushel MC Curve $3.50 d1=MR1 $3.50 2.50 2.00 d2=MR2 d3=MR3 2.50 2.00 d4=MR4 d5=MR5 1.00 0.50 AVC 1.00 0.50 Bushels 1,000 4,000 7,000 per Year 5,000 2,000 Unid 3 - Carlos Arriaga Firm's Supply Economia política 2,0004,000 5,000 Bushels 7,000 per Year 36 Mercados em competição no curto prazo Curto prazo é o período considerado curto para a empresa adaptar todos os seus inputs. A quantidade de pelo menos um input é fixa Podemos extender a noção de curto prazo para toda a actividade de uma indústria. Conclusão No curto prazo o número de empresas numa indústria é fixo. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 37 A curva de oferta no curto prazo Uma vez conhecida a curva de oferta para cada empresa do mercado, Pode-se determinar a curva de oferta da indústria Dá-nos a quantidade oferecida para cada nível de preços. Para se obter, basta somar as quantidades oferecidas para cada nível de preços. À medida que nos movemos na curva assumimos que é constante: Os inputs fixos de cada empresa O número de empresas no mercado Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 38 Equilíbrio de curto prazo Como é que se obtem o equilíbrio em competição perfeita? Em competição perfeita, o mercado adiciona todas as preferências de oferta e de procura dos produtores e consumidores e determina o preço de mercado. Para cada empresa ou consumidor o preço é dado Todos têm capacidade de vender ou comprar a quantidade produzida. No curto prazo as emrpesas podem enfrentar lucros ou prejuízos. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 39 Competição perfeita Curva procura individual Quantidade oferecida a diferentes preços Quantidade procurada a diferentes preços Somam-se Curva de procura do mercado Curva de oferta individual Somam-se Quantidade oferecida Curva de por todas as oferta do empresas a mercado diferentes preços Quantidade procurada por todos os consumidores a diferentes preços Equilíbrio de mercado P Quantidade procurada por cada consumidor Unid 3 - Carlos Arriaga S D Q Economia política Quantidade oferecida por cada empresa 40 Equilíbrio de curto prazo em competição perfeita 1. Quando a curva de procura é D1 e o equilibrio de mercado indicado . 2. A empresa actua aqui, obtendo um lucro no curto prazo. Market Price per Bushel Firm Dollars S MC ATC $3.50 2.00 D1 d1 $3.50 Loss per Bushel at p = $2 2.00 d2 Profit per Bushel at p = $3.50 D2 Bushels 4,000 400,000 700,000 per Year 3. Se a curva de procura mudar para D2 e o equilibrio de mercado se mover para aqui. . Unid 3 - Carlos Arriaga 7,000 Bushels per Year 4. A empresa actua aqui e sofre um prejuizo de curto prazo. Economia política 41 Lucro e prejuizo no longo prazo Num mercado em competição perfeita, a expectativa de um lucro (prejuizo) provoca que os outsiders (insiders) entrem (saiam) do mercado Se houver entrada: O lucro económico provocará novos entrantes Unid 3 - Carlos Arriaga À medida que o número de empresas aumenta, a curva de oferta desloca-se para a direita. O preço de mercado começa a cair Logo que o preço cai, a curva de procura que cada empresa enfrenta vem para baixo. Cada empresa no processo de maximização do lucro, diminuirá a produção. Economia política 42 Do lucro de curto prazo ao equilibrio de longo prazo Mercado empresa S1 Price per Bushel S2 Dollars MC A $4.50 A d ATC 1 $4.50 E E 2.50 d1 2.50 D 900,000 1,200,000Bushels per Year O lucro atrai a entrada fazendo deslocar a curva de oferta para a direita Unid 3 - Carlos Arriaga 5,000 9,000 Até o preço de mercado cair para $2.50 e cada empresa obterá lucro Economia políticanulo. Bushels per Year 43 Consumidores estão preparados para pagar mais por causa do funcionamento P do mercado Excedente do Consumidor S A diferença entre o que o produtor recebe e o custo marginal de oferecer essa unidade P Excedente do Produtor D 0 Unid 3 - Carlos Arriaga Q Economia política Q 44 P Procura com oferta perfeitamente elastica Excdente do Consumidor Ppc MC = AC D 0 Unid 3 - Carlos Arriaga Qpc Economia política Q 45 Conclusão O objectivo da empresa é maximizar o seu excedente (lucro). Para o conseguir minimiza custos, que é uma variável que pode controlar. A empresa enfrenta custos fixos e custos variáveis. No longo prazo todos os custos são variáveis. Um modelo de concorrência perfeita pressupõe determinadas condições. São fomentadas políticas de concorrência pois é num ambiente concorrencial que o excedente do consumidor é maximizado.. Unid 3 - Carlos Arriaga Economia política 46