HOMEM CULTURA E SOCIEDADE Prof. Cristiano Magalhães Formação Graduação: •Ciências Jurídicas; Pós-graduação: •Direito Material e Processual do Trabalho •Metodologia e Didática do Ensino Superior Contatos E-mail: [email protected] Blog: cristianomagalhaes.wordpress.com 1 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Avisos Gerais: • Horário: início às 08:00; término às 12:20 (ou quase!) • Celular – NÃO usar em sala; toque – vibracall • Presença – será feita CHAMADA ao final da aula • Material das aulas – Conteúdo disponível no portal do aluno + material fornecido pelo professor 2 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Avisos Gerais (continuação): Avaliações bimestrais: • 1º bimestre – Atividades realizadas em sala e/ou avaliação bimestral • 2º bimestre – Atividades realizadas em sala + Prova Oficial Avaliação Oficial: Possibilidade de prova unificada sem consulta • Para a Prova Bimestral e Oficial, o conteúdo será todo aquele discutido no bimestre, e todo aquele discutido no semestre, respectivamente • Início das provas: 08:20 •Tempo mínimo em sala: 30 minutos • Após o tempo mínimo de prova, não será permitida entrada de alunos em sala. 3 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Objetivo da Competência: Propiciar ao aluno a possibilidade de refletir sobre seu papel social e os desafios propostos pela sociedade contemporânea. Incentivar o discente a atuar de forma autônoma, tanto no que se refere ao ambiente acadêmico, como em sua vida profissional e no exercício da cidadania, de forma a valorizar os princípios democráticos, o convívio humano, a diversidade cultural e o meio ambiente. Possibilitar a reflexão sobre os princípios filosóficos e sociológicos que compõem a base da compreensão sobre as relações do ser humano com seu meio e com a sociedade. 4 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Conteúdo Programático Apresentação do PEA. Definição de mito; natureza do mito; função do mito; condições históricas para o surgimento da Filosofia. Principais características do período pré-socrático; o convencionalismo e relativismo dos sofistas; a maiêutica socrática; o racionalismo platônico e o mundo das ideias. A lógica aristotélica e formação dos conceitos universais; Tomás de Aquino e a busca pela conciliação entre fé e razão; Agostinho e a revelação divina como fonte de conhecimento. René Descartes e o racionalismo; John Locke e o Empirismo; Immanuel Kant e o movimento iluminista. O contexto histórico de surgimento das Ciências Humanas e Sociais; o desenvolvimento da Sociologia e seus principais pensadores; declínio do feudalismo e a emergência do capitalismo comercial; o capitalismo e racionalização do mundo. Antecedentes da Revolução Francesa; a Revolução Francesa e um novo 5 modelo político. cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Conteúdo Programático O Capitalismo e a Sociedade de Classes. Antecedentes da Revolução Industrial; consolidação de um novo modelo econômico. Revolução Industrial e a Cultura: definições iniciais; a distinção entre país, estado e nação; a discussão sobre a identidade nacional; a heterogeneidade da cultura brasileira. Antropologia como ciência: definição, objeto, objetivos e histórico; diversidade cultural: do estranhamento à alteridade; etnocentrismo x relativismo cultural; conceitos de raça e etnia. Características da cultura; explicações deterministas; explicações antropológicas; explicações sobre a origem das diferenças culturais; a condição humana: unidade biológica e diversidade cultural. 6 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Conteúdo Programático Relações étnico-raciais e a Lei 11645; a questão do preconceito racial e discriminação: cultura afro-brasileira; questões indígenas e resistência social; mito da democracia racial. Ideologias das relações interétnicas após a abolição da escravidão; a implantação de políticas afirmativas relacionadas às relações interétnicas; Estatuto da Igualdade Racial. Os negros no Brasil Colonial: escravidão X resistência; as Teorias Raciais e o Negro do pós-abolição. Questões contemporâneas sobre afrodescedência no Brasil: As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil. Campos de estudo: Antropologia Biológica e Antropologia Cultural; contribuições culturais do século XX: imigrantes externos, migrantes internos e a globalização. 7 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Filosofar é preciso O pensamento filosófico é função exclusiva de grandes pensadores? A construção do conhecimento se dá por meio da evolução do pensamento crítico. Muito mais do que buscar respostas já existentes, a missão é buscar as perguntas que ajudam a refletir de forma crítica sobre a realidade. Quando somos capazes de apreender a realidade, estamos realizando uma atitude filosófica de questionamento ao senso comum. Como destaca Chauí (1995, p. 12) sobre esta indagação quanto à nossa existência, crenças e sentimentos: 8 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Filosofar é preciso Ao tomar esta distância, estaria (o indivíduo) interrogando a si mesmo, desejando conhecer por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos. Esse alguém estaria começando a adotar o que chamamos de atitude filosófica. Assim, uma primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia” poderia ser: a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido. (CHAUÍ, 1995, p. 12). 9 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Filosofar é preciso Adotar uma postura de questionamento não tem relação entre o que “eu acho” sobre o mundo ou “o que eu gosto”, mas resultado de um trabalho intelectual de reflexão sobre nossas experiências e até fragmentos das cenas cotidianas para ultrapassar o senso comum e buscar correlações para nosso desejo de saber A filosofia começa pelo questionamento necessário das crenças e preconceitos do senso comum, empregado na vida cotidiana. 10 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] O Mito Mito, do grego mythos (“conto”), é uma narrativa de caráter simbólico e imagético, que busca explicar e demonstrar, por meio da ação e modo de ser das personagens, a origem das coisas. Remete para um relato de feitos maravilhosos cujos protagonistas são personagens sobrenaturais (deuses ou monstros) ou extraordinários (heróis ou deuses). Originalmente, o mito é um relato oral que, com o passar do tempo, os seus detalhes variam à medida que são transmitidos os conhecimentos de geração em geração. Como o desenvolvimento da escrita, o mito passou a ser reelaborado em termos literários, daí a diversidade das suas versões e variantes. 11 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] 12 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] 13 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] 14 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Classes de Mitos Cosmogônicos - associados à criação e o ordenamento do mundo. Eles explicam como o mundo foi criado. Geralmente esses mitos mencionam uma matéria já existente a toda a criação: o oceano, o caos ou a terra. Escatológicos: São mitos que apresentam o enigma da morte. Sua origem, para onde vamos após a morte, o fim do mundo. Teogônicos - relatam a origem e o nascimento dos deuses Antropogônicos - narram a criação do homem 15 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Classes de Mitos Heroicos - Comum nas mitologias gregas e romanas, narram às atividades e ações dos heróis (ou semideuses, filhos de humanos com deuses). Soteriológicos: é o estudo da salvação humana. A palavra é formada a partir de dois termos gregos σωτήριος [Soterios], que significa "salvação" e λόγος [logos], que significa "palavra", ou "princípio". Naturalistas - Esses mitos apresentam uma justificação mítica para os fenômenos naturais, telúricos, astrais e atmosféricos. Comum na Mitologia Iorubá. Eles explicam de onde surgiu a chuva, os raios, o oceano, etc. 16 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Função dos Mitos 1.Explicar – o presente é explicado por alguma ação que aconteceu no passado, cujos efeitos não foram apagados pelo tempo, como por exemplo, uma constelação existe porque, há muitos anos, crianças fugitivas e famintas morreram na floresta, mas uma deusa levou-as para o céu e transformou-as em estrelas. 2.Organizar – o mito organiza as relações sociais, de modo a legitimar e determinar um sistema complexo de permissões e proibições. O mito de Édipo existe em várias sociedades e tem a função de garantir a proibição do incesto, por exemplo. O “castigo” destinado a quem não obedece às regras funciona como “intimidação” e garante a manutenção do mito. 3.Compensar – o mito conta algo que aconteceu e não é mais possível de acontecer, mas que serve tanto para compensar os humanos por alguma perda, como para garantir-lhes que esse erro foi corrigido no presente, oferecendo uma visão estabilizada da Natureza e do meio que a cerca (CHAUÍ, 2010, p. 162). 17 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Os mitos na sociedade contemporânea Para o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) os mitos trazem os arquétipos, conteúdos simbólicos do inconsciente coletivo que se repetem e são transmitidos ao longo das gerações, sendo preservados na era contemporânea. Exemplos: o mito da neutralidade científica, o mito do bom selvagem, o mito da superioridade da raça branca. 18 cristianomagalhaes.wordpress.com [email protected] Distinção entre Filosofia e Mito A palavra "filosofia" - philosophia - é uma palavra de origem grega. Philo vem de philia, que tem a ver com companheirismo, amor fraterno, amizade. Sophia vem de sophos, que quer dizer sábio. Assim, em geral, quando se parte da etimologia da palavra, temos que "filosofia" é o amor ao saber, a amizade profunda à sabedoria; e o filósofo, então, é aquele que tem um apreço especial pela sabedoria. A filosofia, nesta perspectiva grega, é uma atividade que visa levar ao saber. A Filosofia, ao contrário do Mito, não aceita fabulação, contradição ou incompreensibilidade. Ela busca respostas lógicas, coerentes e racionais. Na Filosofia, a confiança não está assentada na autoridade do filósofo, mas na razão, que é a mesma em todas as pessoas. 19 Acesse: cristianomagalhaes.wordpress.com 20