AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS

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AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE
INVESTIMENTOS
Profa Leny Paschoal
O PROJETO NO PROCESSO DE
PLANEJAMENTO DA FIRMA
Processo Gerencial
entradas
Processo
de Transformação
saídas
PROCESSO DECISÓRIO
• Decisões Estratégicas
• Decisões Administrativas
• Decisões Operacionais
PLANEJAMENTO
“É um processo que se dá sob condições de
informação parcial. Nestas condições, é
necessário um processo de coleta e seleção de
informações para realimentar o processo
decisório.”
DEFINIÇÕES
“PLANEJAR é :
• Definir objetivos ou resultados a serem
alcançados;
• É definir meios para possibilitar a realização
de resultados;
• É interferir na realidade, para passar de uma
situação conhecida a outra situação desejada,
dentro de um intervalo definido de tempo.
AS FILOSOFIAS DE PLANEJAMENTO
• Satisfação: estabelecimento de objetivos
factíveis .
• Otimização: o administrador formula os
objetivos em termos quantitativos.
• Adaptação: administrar os recursos internos e
suas relações com o ambiente, a explicação
para isso vem da atitude dos administradores
em relação ao futuro; esta pode ser proativa e
reativa.
VÍDEO
QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO
FORMAS DE PLANEJAMENTO
• Estratégico: definir objetivos e formas de
realizá-los.
• Funcional ou Administrativo: possibilitar a
realização dos planos estratégicos.
• Operacional: definir atividades e recursos
necessários para a realização dos objetivos.
DEFINIÇÃO E TIPOS DE PROJETOS
Projeto é o conjunto de informações internas
ou externas à empresa, coletadas e
processadas com o objetivo de analisar-se
uma decisão de investimento.
TIPOS DE PROJETOS EM FUNÇÃO DO
SETOR ECONÔMICO
• Ponto de vista macroeconômico: agrícola,
industrial e de serviços.
• Ponto de vista microeconômico: de
implantação, de expansão ou ampliação, de
modernização, de relocalização e de
diversificação.
CLASSIFICAÇÃO DO PROJETO EM
FUNÇÃO DO USO
• Projeto de Viabilidade:é um projeto de estudo
e análise, ou seja, é um projeto que procura
verificar a viabilidade a nível interno da
própria empresa.
• Projeto Final:constitui-se no conjunto de
informações em que a grande maioria dos
parâmetros críticos para a fase de
implantação já se encontra definida e
congelada.
CLASSIFICAÇÃO
• Projeto de Financiamento: é um projeto feito
para atender às exigências e quesitos dos
órgãos financiadores e/ou órgãos que
concedem incentivos.
PAPEL DO GERENTE NA GESTÃO DE
PROJETOS
Um gerente de projetos é um gerente
temporário, qualquer ocupante de cargo
gerencial ou funcionário sem posição de
gerência pode assumir este cargo.
ATRIBUIÇÕES DO GERENTE DE
PROJETOS
• Planejador: a tarefa é assegurar a preparação
do projeto, com garantia de qualidade técnica
e recursos aprovados.
• Organizador:deve prever e mobilizar os meios,
especialmente as pessoas, para realizar o
projeto. É a montagem da estrutura
organizacional do projeto.
ATRIBUIÇÕES DO GERENTE DE
PROJETOS
• Administrador de pessoas : lida com as
competências e com o comportamento da
equipe. É o diretor da equipe, lidando com as
pessoas como pessoas e não como recursos
do projeto.
• Administrador de interfaces: articular acordos,
a administração eficaz é uma das maneiras de
elevar a probabilidade de êxito do projeto.
ATRIBUIÇÕES DO GERENTE DE
PROJETOS
• Administrador de tecnologia: envolve as
tarefas, responsabilidades e decisões do
gerente dentro do domínio técnico do projeto.
• Implementador: é o gerente que “faz o
projeto acontecer”. Predominam as funções e
tarefas de executar e corrigir os planos, cuidar
do suprimento de recursos, fornecer
informações, cobrar providências, etc..
ATRIBUIÇÕES DO GERENTE DE
PROJETOS
• Formulador de métodos: não está ligado a
nenhum projeto específico. É o papel que se
relaciona com a formulação de metodologias,
de procedimentos, estruturas e sistemas de
administração de projetos.
O PAPEL DO PROJETO NA DECISÃO DE INVESTIR
Objetivos
Planejamento Estratégico
Projeto de Viabilidade
Planejamento Tático
Projeto Final
Implantação
Produção
O projeto como parte integrante do processo de planejamento.
O PROCESSO DE ELABORAÇÃO E ANÁLISE
DE PROJETOS
Fatores básicos:
• A análise de viabilidade é feita com base em
projeções;
• Cada fase de verificação corresponde a um
processo de decisão aplicada a um problema
complexo, com limites não definidos e
informações parciais.
Graficamente
Gasto
tempo
pré-viabilidade
viabilidade
ATENÇÃO
O ponto importante é que os gastos devem
ser feitos por etapas e que a empresa não
deve gastar mais do que o necessário em cada
estágio. Ou seja, deve existir a consciência,
por parte do próprio analista, de que o esforço
em aprimorar a análise deve ser gradativa.
AS ESTRUTURAS DO PROJETO
• Aspectos Econômicos: mercado; localização e
escala.
• Aspectos técnicos: escolha dos processo de
produção .
• Aspectos financeiros: composição do capital,
financiamentos,capital de giro e outros.
• Aspectos administrativos:estrutura
organizacional.
AS ESTRUTURAS DO PROJETO
• Aspectos jurídicos e legais: jurídico (forma
societária da empresa) , legal (impostos,
incentivos fiscais, etc.).
• Aspectos do meio ambiente: economias
externas e deseconomias externas.
• Aspectos contábeis: plano de contas,
escrituração de livros.
AS ETAPAS DE UM PROJETO
Mercado
Localização
Escala
Engenharia
Financeiro
Adminsitrativo
Jurídico
Contábil
Meio Ambiente
Parar a
Análise
não
Cronogramas de desembolso
sim
Avaliação
Projeto Final
Implantação
Operação
A ANÁLISE DE MERCADO
• O confronto entre a Demanda e a Oferta, e a
elasticidade do produto;
• A região geográfica em que o produto poderá
ser comercializado;
• O preço de venda, os custos de
comercialização e os estoques nos canais de
comercialização.
O CICLO DE VIDA DO PRODUTO
• Introdução: vendas iniciais baixas, fase mais arriscada e
cara.
• Crescimento: curvas de venda e lucratividade crescem,
aqui aparecem os concorrentes.
• Maturidade: vendas com crescimento desacelerado,
lucros começam a cair.
• Saturação: disputa mais acirrada,as decisões estão
relacionadas com promoção,fixação de preços.
• Declínio: causas- desapareceu a necessidade do
produto,aparecimento de produtos mais eficazes,os
concorrentes promovem um substituto melhor.
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO
Produtor
Atacadista
Varejista
Consumidor
SEGMENTAÇÃO E DEFINIÇÃO DE
OBJETIVOS DE MERCADO
• Primeiro passo: definir exatamente o produto
ou serviço cuja demanda vai ser projetada.
• Segundo passo: análise histórica do consumo.
Classificação do projeto: quanto ao prazo ou
quanto ao nível de agregação (projeção macro
ou por setor).
Critérios de projeção: quantitativo ou
qualitativo.
TEORIA DA LOCALIZAÇÃO
Uma boa localização procura garantir que a
operação seja feita com custos mínimos a
curto e/ou longo prazo, já que é esta é a típica
decisão de grande impacto nos custos de
operação; procura-se a localização que dê a
maior razão benefício/custo.
LOCALIZAÇÃO E INVESTIMENTOS
Custo de aquisição
Entradas
Custo de localização
Processo
Custo de distribuição
Saída
TEORIA DA LOCALIZAÇÃO E
ORÇAMENTOS COMPARADOS
• Teoria da localização: trata apenas do
problema da macrolocalização.
• Orçamentos
comparados:
resolve
simultaneamente a macro e microlocalização;
apresenta custo menor
e de fácil
compreensão.
DETERMINAÇÃO DA ESCALA DO
PROJETO
Determinar o tamanho, ou seja, a capacidade
de produção a ser instalada é uma questão de
grande importância para a empresa.
A maioria das empresas nacionais relegam o
problema a um nível secundário dentro do
projeto.
DEFINIÇÃO E MEDIDA DO TAMANHO
Definição: o tamanho da fábrica é a
capacidade de produção que pode ser
atingida pela mesma quando em operação
durante um período de tempo normal, do
ponto de vista técnico e econômico.
•Ponto de vista técnico: máxima produção.
•Ponto de vista econômico: nível de produção
MEDIDAS ALTERNATIVAS DE
TAMANHO
• Número de empregados ;
• Volume de faturamento;
• Total de capital empregado e/ou valor do
patrimônio líquido;
• Valor total adicionado pela empresa;
• Volume (ou peso) da matéria-prima
consumida.
TAMANHO E CUSTOS
No curto prazo o ponto de custo médio
mínimo define a correspondente capacidade
de produção (ponto de vista econômico).
No longo prazo todos os custos são variáveis,
uma vez que podem ser instaladas fábricas de
diferentes tamanhos.
Do ponto de vista técnico, as economias
podem ocorrer pelo uso de tecnologia mais
avançada.
TAMANHO E MERCADO
Pontos a serem analisados:
•Dinamismo da demanda: depende do estágio
do ciclo de vida do produto e existência ou
não de demanda reprimida,etc.;
•Distribuição Geográfica do mercado:a maior ou
menor dispersão do mercado influência no
custo de distribuição e consequentemente no
preço final para o consumidor.
TAMANHO E LOCALIZAÇÃO
A localização será dependente da distribuição
geográfica do mercado e, por outro lado, da
existência de economias de escala. Estes
fatores afetam nos custos de aquisição e de
distribuição do produto, podendo inclusive
comprometer a capacidade de competição da
empresa ao longo prazo.
TAMANHO E RECURSOS
A empresa deve verificar se tem os recursos
necessários para atender`a implementação de
uma fábrica com tamanho mínimo. Isto
porque o custo de entrada pode ser muito
elevado, de modo que a empresa poderá ter
dificuldades futuras.
TAMANHO E ASPECTOS TÉCNICOS
Os aspectos técnicos podem ser responsáveis
por economias de escala, em termos de custo
menor para equipamentos com maiores
capacidades , rendimentos, etc..
Outro determinante técnico do tamanho é a
distinção entre fábricas orientadas para o
processo (vende mediante nota fiscal/pedido)
e fábricas orientadas para o produto.
A ESCOLHA DO TAMANHO ÓTIMO EM
TERMOS DE PROJETO
Entende-se por tamanho ótimo aquela escala
de produção que conduz à mais alta
rentabilidade para a empresa em um dado
intervalo de tempo. Ou,como sendo a escala
de produção que encaminha à maior razão
benefícios/custos para o empresário e/ou para
a sociedade.Ou, leva ao máximo valor atual do
fluxo futuro de caixa descontado a uma dada
taxa de juros.
FINANCIAMENTOS PARA O PROJETO
A execução de um projeto dependerá
fundamentalmente dos recursos disponíveis
interna e externamente à empresa. O capital
próprio que a empresa colocará no projeto é
um elemento importante para a determinação
do investimento total que pode ser feito.Outro
aspecto importante é o custo de capital para a
empresa.
FONTES DE RECURSOS
Pré-condições para que o projeto obtenha
crédito:
• a empresa deve ter garantias reais;
• aportar uma parcela pré-estabelecida de
recursos próprios;
• demonstrar que o projeto é rentável e que
está em condições de atender aos
compromissos assumidos.
CARACTERÍSTICAS QUE DIFERENCIAM O APORTE
PRÓPRIO DOS RECURSOS DE TERCEIROS
A grande vantagem do empréstimo, em
termos de projeto, é que os juros apresentam
o efeito fiscal de poderem ser considerados
como custos, isto é, diminuem o imposto de
renda a pagar.
FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA SELEÇÃO
DAS FONTES DE FINANCIAMENTOS
Ponto de partida: determinar volume total de
investimentos a ser feito e o cronograma de
desembolsos durante implantação do projeto.
FATORES RELEVANTES:
•Compatibilidade: a empresa deve procurar
adequar os fundos às aplicações previstas.
FATORES RELEVANTES
• Risco: Risco primário quando o fluxo de caixa
não é suficiente para pagar os juros e as
amortizações das dívidas e risco secundário
quando há possibilidade de que os acionistas
(ON) não sejam remunerados.
• Rendimentos: a necessidade de remunerar os
diferentes riscos implica que a rentabilidade
do projeto deve ser adequada.
FATORES RELEVANTES
• Controle: a prioridade (acionistas e/ou
empreendedores) em manter o controle do
projeto limita à capacidade da empresa para
obter recursos adicionais.
• Flexibilidade:possibilidade de alteração na
composição dos fundos.
• Época: o tempo certo para tomar a decisão de
investir no projeto(mercado, dimensionamento
do projeto e obtenção de recursos).
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE
RECURSOS
• Prazo: curto, médio e longo prazos
• Origem: interna(lucros retidos, reservas) ou
externa (ações e empréstimos).
• No curto prazo: destinam-se basicamente ao
financiamento do ativo circulante.
• No longo prazo: a implantação do projeto vai
depender dos créditos de médio e longo prazo
que a empresa pode levantar(BNDES).
Quadros financeiros dos projetos
•
•
•
•
•
Quadro de investimentos
Quadro de fontes e aplicações de recursos
Quadro de projeção de resultados
Fluxo de caixa
Quadro de projeção do balanço.
QUADRO DE INVESTIMENTOS
Avaliar o investimento total é das tarefas mais
importantes, porque isto é relevante em
termos de viabilidade.
Fontes de informações para o levantamento:
• Experiência passada (se a empresa opera com
o projeto ou semelhante);
• Valores informados pelos fornecedores;
•Uso de firmas de consultorias e/ou consultores
especializados.
QUADRO DE FONTES E DE APLICAÇÕES
DE RECURSOS
Tendo o cronograma financeiro e as fontes de
financiamento ,é possível elaborar o quadro.
Preenchendo os períodos de implantação do
projeto e, os itens compostos a eles , por
exemplo: as fontes (recursos próprios ou de
terceiros) e as aplicações (terreno, construção,
equipamentos, etc.).
QUADRO DE PROJEÇÕES DE RESULTADOS
• Análise de Receitas: a projeção das receitas
decorre do estudo de mercado. Se o produto já
existe o preço praticado no mercado pode dar
uma boa indicação para o projeto.
• Análise dos custos
a) Classificação dos custos: custeio por absorção
(rateio), custeio direto ou por custos fixos e
variáveis.
b) Depreciação: pode ser maior ou menor em
função dos seguintes fatores ( risco
mercadológico,obsolescência,economia
instável).
QUADRO DE PROJEÇÕES DE
RESULTADOS
• Horizonte do projeto: não pode ser longo
(inconveniente, questão de confiabilidade nos
dados) e não pode ser curto (pode prejudicar a
análise).
• Itens mais frequentes na projeção de resultados:
vendas; vendas líquidas;custos diretos de
produção;custo
pessoal;custo
de
manutenção;despesas
diversas;despesas
financeiras;depreciações,
lucro
tributável;imposto de renda;lucro líquido do ano.
QUADRO DE PROJEÇÃO DO FLUXO DE
CAIXA
Nas análises de viabilidade de projetos, as
técnicas mais utilizadas são aplicadas ao fluxo de
caixa.
Métodos: a)receitas e desembolsos
b)fluxo líquido de caixa (ou lucro líquido
ajustado).
Itens: Total de entradas(lucro antes do IR,
depreciação, valor residual) + Total de
saídas(recursos
próprios,amortizações
financeiras, IR no ano anterior) = Fluxo de Caixa
QUADRO DE PROJEÇÃO DO BALANÇO
Tem por objetivo básico verificar se as
projeções fecham em termos contábeis, ou
seja, se não esquecemos de alguma coisa.
Outra razão para que se projete o balanço é a
análise do grau de endividamento associado
ao projeto.
GE=(Financiamento bancário +
fornecedores) / Total do passivo
CRITÉRIOS QUANTITATIVOS DE
SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
As análises quantitativas referentes à decisão
de investir são feitas a partir das projeções.
- Órgãos financeiros: analisam a viabilidade
financeira
- Empresas: analisam a viabilidade financeira e
econômica do investimento.
CRITÉRIOS QUANTITATIVOS DE
SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
Os critérios considerados são aqueles que se
baseiam no fluxo de caixa e no valor do
dinheiro no tempo. A exceção é o tempo de
recuperação do capital investido, porque é um
critério com grande aceitação prática.
DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS
CRITÉRIOS DE ANÁLISE
• Payback: é o prazo de tempo necessário para
que os desembolsos sejam integralmente
recuperados.
•Valor Atual Líquido(VAL):é a soma algébrica dos
saldos dos fluxos de caixa descontados àquela
taxa(taxa de desconto) para determinada
data.
Se o VAL for positivo o projeto deve ser aceito,
quanto maior o VAL a uma dada taxa de
desconto, mais desejável é o projeto.
DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS
CRITÉRIOS DE ANÁLISE
• Indíce do Valor Atual (IVA): semelhante ao
VAL, é quociente entre o valor atual de
entradas e o valor atual das saídas,
descontados ambos a uma dada taxa de
desconto.
• Taxa Interna de Retorno(TIR): é a taxa de
desconto que torna nulo o valor atual líquido
do investimento.
Quanto maior a TIR, mais desejável é o
investimento.
CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES
• Projetos não convencionais: Para os projetos
não convencionais (aqueles em que há mais
do que uma mudança de sinal no fluxo de
caixa) pode ocorrer mais de uma taxa de
retorno ou mesmo nenhuma.
Ex: ANO
FLUXO DE CAIXA
0
100
1
-200
2
200
Para calcular a TIR
[100/(1+i)0 ] +[-200/ (1+i)1 ] +[200/ (1+i)2 ] = 0
Substituindo 1/(1+i) por X, temos:
200X2 – 200X + 100 = 0 → 2X2 – 2X + 1 = 0
→ x= (2 +-√-4)/4
Nesta equação não existe solução real, o que
corresponde a não existência de TIR. Este projeto
não pode ser selecionado com base na TIR , pois ela
não existe.
Exemplo
Supondo uma empresa que não sabe se
reforma uma máquina velha ou se compra
uma máquina nova. Os dois equipamentos
irão operar por dois anos e os fluxos de caixa
para cada opção são apresentados:
ANO
MÁQUINA
NOVA
MÁQUINA
VELHA
DIFERENÇA
0
- 177,88
- 100,00
- 77,88
1
276,79
100,00
176,79
2
100,00
200,00
- 100,00
Como estas duas alternativas são mutuamente
exclusivas,calcula-se diretamente a Taxa de Fischer
sobre o fluxo incremental indicado pela diferença.
[-77,88/(1+i)0] +[176,79/(1+i)1] +[-100/(1+i)2] = 0
Substituindo 1/(1+i) por X, temos:
-100X2 + 176,79X – 77,88 = 0
Aplicando
a
Fórmula
de
Bhaskara,
encontraremos:
X1 = 0,833 e X2 = 0,934, onde:
X1 = 0,833 – 1 x 100 =~ 20% a.a.
X2 = 0,934 – 1 x 100 =~7% a.a.
Calculando-se o valor atual das duas
alternativas a diferentes taxas de desconto:
Máquina Nova:
[-177,88/(1+0,07)0 ] +[276,79/ (1+0,07)1 ] +[100/
(1+0,07)2 ] = 0 → -177,88 + 258,68 + 87,34 =0
→ 168,14 = 0
Máquina Nova:
[-100,00/(1+0,07)0 ] +[100,00/ (1+0,07)1 ] +[200/
(1+0,07)2 ] = 0 → -100,00 + 93,46 + 174,69 =0
→ 168,14 = 0
Valor atual das duas alternativas a
diferentes taxas de desconto
TAXA
MÁQUINA NOVA ($)
MÁQUINA VELHA ($)
0
198,91
200,00
2
189,60
190,27
4
180,72
181,07
6
172,24
172,34
7
168,15
168,15
10
156,39
156,20
15
138,42
138,19
20
122,22
122,22
25
107,55
108,00
30
94,21
95,27
Conclusão
Constata-se que, para taxas de desconto
menores do que 7% aa ou maiores do que
20% aa, é preferível ficar com a máquina velha
porque tem maior valor atual. Já no intervalo
que vai de 7%aa até 20%aa, será preferível
comprar a máquina nova.
Esta é uma situação que decorre do fato de o
fluxo de caixa incremental ser não
convencional e apresentar, neste caso, duas
taxas de Fischer.
Cálculo do Ponto de Equilíbrio
O ponto de equilibrio corresponde ao nível de
produção em que as receitas se igualam ao
custo total.
O cálculo pode ser:
- Pelo volume de vendas , ou
- Pela margem de contribuição.
Cálculo do Ponto de Equilibrio,
pelo volume de vendas
% nível de
produção
CF $
CV $
CT $
$ VENDAS
(RECEITAS)
0
10
0
10
0
25
10
2
12
7
50
10
4
14
14
75
10
6
16
21
100
10
8
18
28
Cálculo do volume de vendas
VE= CF/ [1- (CV/V)] , onde: VE - vendas do
equilibrio ; CF - custo fixo ; CV – custo variável
e V - total de vendas.
VE= 10/[1-(8/28)] → VE= 10/0,714285
VE= 14
PE= VE/V →14/28 →PE=0,5 ,ou seja, 50% das
vendas.
Cálculo pela margem de
contribuição
MC = PVunit – Cvunit
PE = CFT / MC
Ex: PV $20,00 ; CVunit $15,00 ; CFT $1500,00
MC = 20 – 15 = 5
PE = 1500,00 / 5,00 = 300 unidades
ANÁLISE DE RISCO
O risco é parte integrante do processo de
investimento. É comum as pessoas esperarem
um retorno maior em uma atividade mais
arriscada.
O risco faz parte da própria vida, é impossível
eliminá-lo, quer porque não é possível coletar
todas as informações relevantes, quer porque
não é possível prever o futuro.
O risco em termos de investimento
Diz-se que há risco quando existe a
possibilidade de que ocorram variações no
retorno associado a determinada alternativa.
A hipótese de que os fluxos são conhecidos
com certeza, tem grande importância como
ponto de partida. Além da certeza, nosso
conhecimento acerca do futuro pode ser
especificado de dois modos: risco e incerteza.
Risco x Incerteza
Há risco quando são conhecidos os estados
futuros que possam ocorrer e suas respectivas
probabilidades de ocorrência.
A incerteza é caracterizada pelo fato de que
não são conhecidos os estados futuros que
possam ocorrer e/ou suas probabilidades de
ocorrência.
Análise de Investimento
Com a introdução do risco na análise de
investimento , já não pode dizer que duas
alternativas com mesmo VAL quando
descontadas a mesma taxa de juros, sejam
economicamente equivalentes. Será melhor a
alternativa que apresentar uma menor
possibilidade de variação.
Análise de Investimento
As situações de incerteza absoluta, ou seja,
quando há desconhecimento completo sobre
os futuros cursos de ação e/ou ocorrência, são
de reduzido interesse na análise de projetos.
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