Elementos para a Construção de uma Memória Organizacional Edson Emílio Scalabrin telefone: 0xx41-330-1746 e-mail: [email protected] download: http://www.ppgia.pucpr.br/~scalabrin Plano Assunto: • A construção de uma memória organizacional. Objetivos: • Descrever alguns pontos importantes relativos a fase de construção de uma memória organizacional. • Apresentar algumas tecnologias/metodologias de implementação de sistemas computacionais • Apresentar um projeto de capitalização de conhecimentos usando CBR e Agentes Elementos para a construção de MO Primeira etapa Tarefa: • fazer um inventário sobre o estado atual Objetivo: • Determinar as pessoas da empresa envolvidos pelo operação de Capitalização (tanto como fonte de expertise como usuários em potencial) • Determinar as fontes documentárias e as bases de dados disponíveis na empresa. Elementos para a construção de MO Possíveis fontes . . . Exemplos: • especialistas humanos • documentos em papel ou eletrônicos existentes – notas, relatórios, documentos contratuais, documentação técnica, atas de reuniões,... • mensagens trocas por correio eletrônico • base de dados • dicionários • glossários, esquemas de CAD ... Elementos para a construção de MO Antecipando o registro formal dos . . . O estudo do ambiente de trabalho dos futuros usuários permite escolher o modo de materialização da memória Esta memória pode compor-se de documentos em papel ou eletrônicos tornando explícitos os conhecimentos dos especialista da empresa Elementos para a construção de MO Formas de implementação . . . Por meio de: • um sistema de gestão de documentação, que explore os documentos existentes da empresa • uma base de dados relacional • um armazém de dados (data warehouse) • uma base de conhecimentos • uma base de casos • um sistema baseado na Web • um sistema multi-agente Elementos para a construção de MO Tecnologia de implementação . . . Objetivo • Fazer um sobrevôo as tecnologias: banco de dados relacional, armazém de dados (d/w), base de casos, agentes de software. Forma de apresentar • Evolução tecnológica do processamento de dados e da informação, e apresentação de uma aplicação. Tecnologia de Implementação Evolução histórica . . . 1as. Edições de BD não separavam: • processamento de transações (online) • processamento em lote • processamento analítico Edições subsequentes promoveram a separação : • para atender necessidades operacionais • para atender necessidades informacionais ou analíticas Evolução = PC + LQ Geração. Tecnologia de Implementação Separação em operacional e informacional Razões da divisão: • os dados que atendem as necessidades operacionais são fisicamente diferentes dos dados que atendem as necessidades informacionais; • a tecnologia de suporte é diferente; • a comunicação dos usuários com os BDs é diferente; • as características de processamento do ambiente operacional e do ambiente informacional são fundamentalmente diferentes. Tecnologia de Implementação Processamento informacional Definição: Processamento informacional • É o processamento que atende às necessidades dos gerentes durante o processo de tomada de decisões Particularidade: • O processamento analítico examina amplos espectros de dados para detectar tendências • A execução de um processamento analítico requer acesso a muitos registros. Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica 1960 Arquivos mestres, relatórios 1965 Explosão dos arquivos mestres • complexidade de manutenção e desenvolvimento • sincronização dos dados • hardware Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica 1970 DASD (Direct access storage device) • SGBD • BD • “uma única fonte de dados para todo o processamento” 1975 Processamento de transações online e de alta performance Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica MIS/SAD Processamento de transações 1980 PCs, tecnologia L4G O paradigma de um único BD para todos os fins Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica - Programas de extração Definição: Programas de extração • São programas mais simples que varrem um arquivo ou BD, usando alguns critérios de seleção, e, ao encontrar dados que atendem aos critérios, transporta os dados para outro arquivo ou BD. Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica - Programas de extração 1985 - PCs, tecnologia L4G Iniciar com alguns parâmetros, pesquisar um arquivo baseado na satisfação dos parâmetros, e, então passar os dados para outro local. Por que processamento de extração ? • Performance e controle Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica -Arquitetura D.E. Ambiente de sistemas herdados Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica -Arquitetura D.E. Problemas da arquitetura D. E . • credibilidade dos dados • produtividade • impossibilidade de transformar dados em informação Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica -Arquitetura D.E. Dept. A 10% SGBD A Business Week Wall Street Journal SGBD B SGBD C Diferencial algorítmico: A) domingo à tarde + contas antigas B) 4a feria à tarde + contas grandes Nenhuma fonte de dados comum para começar Dept. B -20% Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica -Arquitetura D.E. Problemas de produtividade Caso 1: • a gerência pretende produzir um relatório corporativo utilizando os diversos arquivos e conjuntos de dados que acumulou durante os anos. • O que fazer ? Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica -Arquitetura D.E. Continuação caso 1: O projetista destacado para a tarefa decide que há três coisas que devem ser feitas para produzir o relatório corporativo: • localizar e analisar os dados para o relatório • compilar os dados para o relatório • obter recursos humanos de programação / análise para realizar os pontos acima. Tecnologia de Implementação Arquitetura D.E não conduz a produtividade Produzir um relatório corporativo, varrendo todos os dados Para localizar os dados é necessário examinar muitos arquivos x x x x x x x x x x x x x x x x Muitos programas de extração, todos customizados, precisam cruzar diversas barreiras tecnológicas. Tecnologia de Implementação Arquitetura D.E. - Tempo para geração dos . . . x x x x x x x x x x Localizar os dados 9 - 12 meses Obter os dados 15- 24 meses Programadores/analistas ??? ---------------------------------------------------------3 - 5 anos 1o. Relatório 2o. Relatório ... No. relatório 3 - 5 anos OBS: Exceto ser em raras circunstâncias, o trabalho realizado para o 1o. Relatório não prepara o caminho para os demais. Tecnologia de Implementação Evolução tecnológica - do à informação “. . . já é difícil descobrir quais dados estão associados a uma conta, logo tentar extrair informações dessas aplicações segundo um critério geral é quase impossível . . .” Problema: • a construção das aplicações jamais levou em conta a noção de integração ; • decifrar uma informação não é uma tarefa fácil para o analista de SAD. Banco de Dados Modelo Relacional Modelo Relacional Sistemas Operacionais: Geralmente implementados através de banco de dados relacionais. Sistemas Analíticos: Geralmente implementados através de um banco de dados dimensional. SISTEMA OPERACIONAL PROJETO BOTTOM-UP SISTEMA ANALÍTICO PROJETO TOP-DOWN Modelo Relacional Definição: Representa os dados como uma coleção de tabelas. Tabela Produto Chave_produto Descrição Tabela Loja Chave_loja endereço Marca Categoria Preço Compra Preço Venda nome Tabela Venda Chave_venda Chave_produto Chave_loja quantidade nota data Relacionamento No modelo relacional, as tabelas mantém um relacionamento entre si. No exemplo abaixo, os registros da tabela venda se relacionam com os registros das tabelas loja e produto. venda No modelo relacional os dados do produto não precisam ser duplicados para cada registro de venda. 1 2 3 produto 4 loja X a b Y Implementação Física do Relacionamento Os relacionamentos são implementados fisicamente através do relacionamento das chaves primárias de cada tabela que compõe o relacionamento. Tabela Produto Chave_produto Descrição Tabela Loja Chave_loja endereço Tabela Venda Chave_venda Marca nome Chave_produto Categoria Preço Compra Preço Venda Chaves estrangeiras Chave_loja quantidade nota data Formas Normais Regras desenvolvidas para: • Evitar inconsistências lógicas nas operações de atualização das tabelas. • Evitar redundância na organização das tabelas. Primeira Forma Normal Segunda Forma Normal Terceira Forma Normal Aumenta as restrições Diminui o desempenho Primeira Forma Normal – 1FN Definição: o domínio de todos os atributos das tabelas deve ser atômico (indivisível) • Cada coluna da tabela deve conter só um tipo de atributos Não Tabela id_pessoa nome contato Satisfaz Pessoa Brigadeiro Franco 1FN 233-3932 [email protected] Satisfaz Tabela Pessoa id_pessoa nome endereço telefone email 1FN Segunda Forma Normal – 2FN Definição: cada tabela deve satisfazer a 1FN, cada registro deve ter uma chave primária e cada campo não chave deve depender totalmente da chave Não Satisfaz 2FN chaveprimária. primária: id_pessoa, conta id_pessoa nome endereço conta saldo agência endereço_agência Satisfaz 2FN chave primária: id_pessoa id_pessoa nome endereço conta os campos dependem apenas de parte da chave primária, alguns apenas de conta outros apenas de id_pessoa chave primária: conta conta saldo agência endereço_agência Terceira Forma Normal – 3FN Definição: cada tabela deve satisfazer a 2FN e cada atributo não chave primária depende diretamente da chave primária. id_pessoa nome endereço conta o endereço da agência não depende da conta, mas da agência. conta saldo agência endereço_agência conta saldo agência agência endereço_agência Não Satisfaz 3FN Satisfaz 3FN Integridade Devem ser observados dois tipos de integridade: • a) Integridade de Entidades (cada tabela deve ter exatamente uma chave primária) • b) Integridade Referencial (cada chave estrangeira deve ser consistente com sua chave primária correspondente) Chave primária Tabela Pessoa id_pessoa nome endereço id_empresa Tabela Empresa id_empresa nome_da_empresa endereço Chave estrangeira Integridade Referencial O valor da chave estrangeira deve existir na tabela empresa ou ser NULO. Quando um registro da tabela empresa for excluído, todas os registros da tabela pessoa que façam referência a esse registro devem ter o valor da sua chave estrangeira alterado para NULO.Tabela Pessoa id_pessoa nome endereço id_empresa 1 Adao YYY 2 2 Eva YYY 2 Tabela Empresa id_empresa nome_da_empresa endereço 2 ZZZZ WWW Características do Modelo Relacional Reduz a redundância das informações armazenadas, diminuindo o espaço total gasto para armazenar-las. Simplifica significativamente as operações de escrita, tanto na inserção de novas informações quanto a alteração de informações existentes. Complica as operações de leitura. Quanto mais normalizado for o modelo do banco de dados operacional, mais lenta e trabalhosa será a operação de leitura. 1a FORMA NORMAL Redução no volume de dados e aumento da consistência 2a FORMA NORMAL 3a FORMA NORMAL Desempenho na leitura Modelo Relacional: Conclusões Operação: ESCRITA: • Apenas um pequeno número de registros precisa ser alterado. • Por exemplo, para associar uma nova conta ao usuário os dados do usuário não precisam ser recadastrados. Operação: LEITURA: • Várias tabelas precisam ser associadas para obter a resposta. • Por exemplo, para obter o faturamento total que uma loja obteve com um dado produto, num dado período. ESCRITA LEITURA Banco de Dados Modelo Dimensional Modelo Dimensional Considere a seguinte afirmativa. • “Nós vendemos produtos em vários mercados, e nós medimos nosso desempenho ao longo do tempo”. O modelo de dados mais adequado para representar diversas relações entre grandezas é o modelo dimensional. TEMPO Cada ponto do cubo representa uma combinação de Produto, Mercado e Tempo armazenado. MERCADO PRODUTO Modelo Dimensional = Esquema em Estrela O projeto de um banco de dados dimensional é do tipo top-down, isto é, ele é projetado a partir do tipo de análise que se quer efetuar. ANÁLISE DE VENDAS (TABELA DE FATOS) DIMENSÃO TEMPO Chave_tempo dia_da_semana mês quadrimestre ano flag_feriado Chave_tempo Chave_produto Chave_loja reais_faturados unidades_vendidas reais_gastos DIMENSÃO PRODUTO Chave_produto descrição marca categoria DIMENSÃO LOJA Chave_loja nome_da_loja endereço tipo_de_planta_da_loja Modelo Dimensional: Conclusões Operações: • ESCRITA: Não pode ser utilizado, pois não guarda os registros na forma de unidades. • LEITURA: Rápida, pois a consulta é feita basicamente em uma única tabela. Características dos Bancos Analíticos: • A dimensão de tempo é definida de acordo com uma granularidade pré-definida: dia, semana, mês. Ela não reflete o instante em que as operações individuais foram efetuadas. • O projeto é top-down, isto é, a tabela central parte do objetivo final da análise. • Não contém necessariamente todos os atributos relativos aos dados, apenas os que interessam para análise. • Não é adequado para efetuar transações operacionais. Exemplo Projeto PROCEE Projeto ProCSEE : IACK (Interaction Agent for Capitalizing Knowledge) Exemplo de projeto de capitalização de conhecimentos visando a construção de uma memória de um projeto software. Particularidade: • agentes de software • CBR - Case Based Reasoning Projeto ProCSEE Objetivo: • Construir uma arquitetura para um ambiente de engenharia de software cooperativo, atendendo a interação de um grande grupo de pessoas distribuídas. Projeto ProCSEE optimization, statistics and coordination algorithms customization, update and query mechanisms programmer Interaction Agent Systems analyst Interaction Agent Design-Patterns, Frameworks and Components Library Systems Interaction manager Agent . knowledge repository CSCW metrics repository tools for supporting communication, collaboration and coordination Software engineering processes templates customer Projeto ProCSEE IACK Consulta a Competências Visualizador de Estado de Projeto Repositório de Competências Repositório de Projetos Scheduler Capturador de Eventos Repositório de Eventos Interpretador de Eventos Parte do ProCSEE referente ao implementador Projeto I.A.C.K Implementação de um agente de software para capitalizar os conhecimentos de um implementador de software. Principais atividades : • a definição e implementação de um modelo para representar e armazenar as atividades de um implementador • a captura de eventos relacionados as atividades de um implementador • o armazenamento de eventos em repositório • a interpretação dos eventos relativos ( capturados ) a execução de uma atividade de um implementador • o calculo de desempenho ( nota ) de um implementador no tocante a execução de suas atividades Projeto I.A.C.K : motivação Desenvolver de mecanismos visando a capitalização dos conhecimentos de implementador de software de maneira semiautomática. Alimentar e atualizar uma base de conhecimentos sobre as competências dos implementadores de softwares de uma organização. Melhorar a alocação de recursos e o cálculo dos custos de um projeto de software. Tarefa, atividade, eventos Tarefa Atividade Atividade Atividade ... Modelo de atividades inclui: Eventos Eventos Eventos ... recursos utilizados descrição da atividade astúcias Armazenamento . . . Os conhecimentos sobre a execução das atividades são armazenados na forma de casos. • CBR - Case-Based Reasoning Os conhecimentos sobre as competências dos programadores são armazenados na forma de objetos + ligações Raciocínio baseado em casos Idéia: • Raciocínio baseado em casos resolve novos problemas adaptando soluções que foram usadas no passado para resolver problemas similares no presente. ? Descrever a situação atual ! base de casos Aplicar o conhecimento Raciocínio baseado em casos CBR tipicamente possui um processo cíclico que compreende quatro Re’s: • • • • Recuperar os casos mais similares ou próximos Reutilizar o(s) caso(s) para tentar resolver um problema Revisar a solução proposta se necessário Reter a nova solução um novo caso Obs.: Memória dinâmica Ciclo do CBR Recupera Problema Retenção Base de Casos R e u s o Revisão Confirmação da Solução Solução Proposta Agente de interação “É um programa que pode agir no lugar de um ser humano, empregando técnicas de INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: para executar certas tarefas relativas a manipulação de informações [Sycara 96]; para fornecer uma assistência a um usuário, negociando uma informação com uma outra aplicação [Maes 94a,b]; para responder solicitações feitas por usuários e/ou por outros agentes [Wooldridge & Jennings 95]; para criar um perfil do usuário a partir de um modelo de suas atividades, habilitando assim o agente a fornecer informações no tocante a execução de suas atividades.” Organização dos agentes por função USER 1 Goal and Task Specification USER 2 USER N Results Interface Agent 1 Interface Agent 2 Interface Agent n Task Task Proposed Solution Task Agent 1 Conflit Resolution Information Integration Information Reply Request InfoAgent 1 query Collaborative Query Processing Task Agent 1 InfoAgent 2 InfoAgent n answer Info Source 1 Info Source 2 Info Source 3 Info Source n Considerações . . . Permite melhor avaliar a competência de cada implementador, e consequentemente melhor alocar os implementadores nos projetos Permite gerenciar o conhecimento de grupo através do modelo de atividades Permite a disseminação das astúcias ao grupo, bem como as informações ligadas a execução as suas atividades Considerações gerais . . . O conhecimento deve deixar de ser propriedade de alguns privilegiados e se transformar em uma ferramenta de negócio comum a todos os profissionais (ex. implementador) de uma empresa Inteligência acumulada vantagem estratégica Exercício Propor uma definição para competência Propor um modelo de representação de competências Elaborar um conjunto de questionamento possível e desejável que poderão ser feitas ao sistema de gestão de talentos ou competências Se existe, quais são os benefícios estratégicos que uma organização pode obter a partir deste sistema ? Na sua opinião esse sistema pode servir como uma primeira abordagem para se fazer uma gestão racional do capital intelectual de uma organização ? Referências . . . GRUNDSTEIN M., BARTHÈS J-P., An Industrial View of the Process of Capitalizing Knowledge, 4th. International ISMICK Symposium, Edited by Dr. J.F. Schreinemakers, 21-22 October, 1996. KOLODNER, JANET, Case-Based Reasoning - Morgan Kaufmann Publishers, San Mateo, 1993. MAES P., Agents that reduce work and information overload, In : Communications of the ACM, 37(7), July, 1994a. MAES P., Social interface agents : Acquiring competence by learning from users and ohter agetns, In : O. Etzioni (eds.) Software Agents Papers from the 1994 Spring Symposium (Technical Report SS-94-03), pp. 71-78, AAAI Press, 1994b. Referências . . . R.C.Burnett, A.Calsavara, C.Maziero, E.Jamhour, E.Scalabrin, R.Betini – “An Integrated Environment for Supporting Cooperative Software Engineering”- PUCPR – Curitiba - Brasil,1998. SCHEIREINEMAKERS, Jos F. KNOWLEDGE MANAGEMENT Organizatioon, Conpetence and Methodology. Würzburg: ERGON-Verl; 1996. SYCARA K., DECKER K., WILLIAMSON M., PANNU A., Distributed Intelligent Agents, In : IEEE Expert, July, 1996. WIIG, Karl M. KNOWLEDGE MANAGEMENT – Thinking about Thinking – How People and Organizations Create, Represent and Use Knowledge.Schema Press,Texas, 1993. WIIG, Karl M. – KNOWLEDGE MANAGEMENT METHODS – Pratical Approachs to Managing Knowledge – Schema Press – Texas, 1993. WOOLDRIDGE M., JENNINGS N., Intelligent agents : theory and practice, In : The knowledge Engineering Review, Vol. 10 (2), pp. 115-152, 1995.