Proposta de Resolução do Teste-modelo Intermédio de História 9.° ano | Ano letivo 2011-2012 GRUPO I 1. (B) 2. (D) 3. (C) 4. (B) 5. (A) GRUPO II 1. A) B) C) D) E) caravela vela triangular bolinar astronómica astrolábio 2. O documento 4 evidencia uma das principais características da nova mentalidade renascentista: o humanismo, que valoriza o ser humano e as suas capacidades, inspirando-se nos modelos clássicos greco-latinos. O ser humano encontra-se no centro do Universo, antropocentrismo, passando o seu bem-estar a constituir a principal preocupação (individualismo). Os intelectuais renascentistas procuravam o modelo de “Homem ideal”, que passava por uma educação completa de boa formação cívica, intelectual e física, sendo essencial o estudo do latim e do grego para se poder ler as obras dos autores clássicos (classicismo). Os humanistas desenvolveram igualmente um forte espírito crítico e atribuíam grande valor à razão. 3. A partir de meados do século XVI, a Igreja Católica sofreu um forte movimento de contestação por parte dos humanistas quanto às normas de comportamento porque existia um grande contraste entre a pobreza e a simplicidade dos primeiros cristãos e a ostentação e o luxo de muitos membros do alto clero (doc. 5). Outro motivo de contestação foram os dogmas. 4. A publicação da Bula das Indulgências, em 1517, pelo Papa Leão X, agravou a crise religiosa que se arrastava desde o século XIV. A “venda das indulgências” (perdão de todos os pecados a troco de esmola para as obras da Basílica de S. Pedro) provocou uma reação de protesto contra esta prática. Martinho Lutero, um monge alemão, escreveu o manifesto As 95 Teses Contra as Indulgências, no qual criticava esta atitude da Igreja; ele negava o valor das indulgências para a salvação do Homem e contestava a autoridade do Papa (doc. 6). GRUPO III 1. Os princípios do regime fascista evidenciados no documento 7 são: o totalitarismo (Estado assente num regime de partido único, verificando-se uma total submissão dos direitos dos cidadãos aos interesses da Estado e da Nação); o nacionalismo (a Nação era considerada o valor mais importante) e o imperialismo (movimento expansionista de forma a criar um império através da guerra). Outros princípios do fascismo eram o militarismo (importância dada ao culto da força e da violência contra todos aqueles que fossem considerados opositores ao regime), o corporativismo e o culto do chefe. 2. O princípio do nazismo presente no documento 8 é o racismo, ideia da superioridade da “raça ariana”, de que os alemães se consideravam os mais perfeitos representantes. Por isso, diziam que tinham o direito de conquistar o “espaço vital” aos povos “inferiores” e assim construir a “Grande Alemanha”. Esta teoria irá estar na origem da 2.ª Guerra Mundial. Esta conceção racista nazi gerou o antissemitismo, ou VIVA A HISTÓRIA! – Cristina Maia, Isabel Paulos Brandão, Cláudia Pinto Ribeiro, Isabel Afonso ©Porto Editora - 1 Proposta de Resolução do Teste-modelo Intermédio de História seja, a perseguição, a expulsão e, mais tarde, o extermínio dos judeus nos campos de concentração. 3. Os antecedentes da 2.ª Guerra Mundial presentes no documento 9 são a política de armamento (violação do Tratado de Versalhes) e expansionista de Hitler, que, com vista à criação de um “espaço vital”, ou seja, a “Grande Alemanha”, anexou a Áustria e o País dos Sudetas e ocupou a Checoslováquia. A paz na Europa e no Mundo estava ameaçada, vivia-se num clima de paz armada. A Alemanha invadiu a Polónia a 1 de Setembro de 1939, o que levou, dois dias depois, a França e a Grã-Bretanha a declararem-lhe guerra. Era o início da 2.ª Guerra Mundial. 4. Os países em confronto na 2.ª Guerra Mundial são os países do Eixo, do qual faziam parte a Alemanha, Itália e Japão e os Aliados, que integravam a França, a Inglaterra, a Polónia, a Áustria, a Checoslováquia, a Jugoslávia, a URSS, a Grécia, e os EUA, entre outros. 5. O documento 10 remete para as consequências políticas do pós-2.ª Guerra Mundial. Os representantes dos EUA, Inglaterra e URSS reuniram-se em Fevereiro de 1945, na Conferência de Ialta e, posteriormente, na Conferência de Potsdam, na Alemanha, e tomaram decisões para estabelecer a nova ordem mundial, como a divisão da Alemanha em quatro zonas, ocupadas e administradas pelos EUA, Inglaterra, França e URSS (parte oriental); desmilitarização da Alemanha, que perdeu todos os territórios conquistados; julgamento num tribunal internacional, em Nuremberga, de todos os dirigentes nazis que cometeram crimes de guerra; criação do Estado de Israel para os judeus, em 1948, na Palestina, considerado o território dos seus antepassados, e criação de uma organização mundial com o objetivo de preservar a paz e resolver de forma pacífica os conflitos entre as nações – a Organização das Nações Unidas (ONU). GRUPO IV 1. Com base no documento 11, os países da Europa que mais beneficiaram com o Plano Marshall foram a Grã-Bretanha, a França, a Itália, a RFA e a Holanda. 2. Estaline não aderiu ao Plano Marshall. Assim, e em 1949, propôs apoio financeiro aos países da Europa de Leste, com a formação do COMECON – Conselho de Ajuda Económica Mútua. 3. Os blocos antagónicos (1955): bloco ocidental-capitalista e bloco de Leste-comunista. 4. A divisão do mundo em dois blocos criou um clima permanente de tensão militar, ideológica e diplomática, a que se deu o nome de Guerra Fria. Esta situação levou a que os dois blocos procurassem reforçar o seu poder militar com a corrida às armas nucleares e apoiassem conflitos localizados, como aconteceu com o Bloqueio de Berlim (doc. 14), a Guerra da Coreia, (doc. 15) e a crise dos mísseis de Cuba (doc. 16). 5. Terminada a 2.ª Guerra Mundial, surgem duas novas superpotências – EUA e URSS ‒ que passam a controlar económica e militarmente grande parte do mundo. A oposição entre os EUA e a URSS conduziu a uma política de blocos: o bloco ocidental-capitalista, formado pelos países do Ocidente europeu, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco de Leste-comunista, que integrava países da Europa oriental, chefiado pela URSS, contando com o apoio da China comunista desde 1949. Cada bloco procurou defender-se militarmente. Assim, os Estados Unidos, em 1949, criaram a NATO ou OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte, enquanto a URSS criou, em 1955, o Pacto de Varsóvia. A oposição entre as duas potências alastrou-se até à Ásia, onde disputaram e dividiram regiões. Os comunistas, chefiados por Mao Tsé-Tung, lutaram contra os nacionalistas e proclamaram, em 1949, a República Popular da China. A Coreia do Norte e a Indochina também implantaram regimes comunistas e ficaram sob influência soviética. A divisão do mundo em dois blocos criou um clima permanente de tensão militar, VIVA A HISTÓRIA! – Cristina Maia, Isabel Paulos Brandão, Cláudia Pinto Ribeiro, Isabel Afonso ©Porto Editora - 2 Proposta de Resolução do Teste-modelo Intermédio de História ideológica e diplomática, a que se deu o nome de Guerra Fria. Neste contexto os blocos procedem ao seu rearmamento nuclear, e apoiam conflitos localizados. Criaram-se organismos de espionagem, com a intervenção das polícias secretas, como a KGB (URSS) e CIA (EUA). Esta luta por zonas de influência ficou conhecida por equilíbrio pelo terror. Até 1962 destacam-se alguns conflitos da Guerra Fria: o bloqueio de Berlim (1948-49). A Alemanha e a cidade de Berlim estavam divididas por quatro países (EUA, URSS, Inglaterra e França). Os países ocidentais decidiram criar um Estado alemão independente – a República Federal Alemã (RFA) para travar o avanço comunista. A URSS responde com o bloqueio económico a Berlim Ocidental, impedindo o acesso terrestre à cidade. O abastecimento passou a ser feito pelos EUA, por uma ponte aérea, durante cerca de um ano. Durante este tempo uma nova guerra mundial parecia estar iminente. Em 1949, Estaline pôs fim ao bloqueio e criou na parte oriental a República Democrática Alemã (RDA). Em 1961, a RDA construiu o Muro de Berlim, com o objetivo de impedir que cidadãos de Leste fugissem para a RFA Este passou a ser um claro símbolo da Guerra Fria; a Guerra da Coreia (1950-53). Após a 2.ª Guerra Mundial, a Coreia do Norte foi ocupada pela URSS e a Coreia do Sul pelos EUA. Em 1950, a Coreia do Norte, comunista, invadiu a Coreia do Sul, com o apoio da China. Por sua vez, a Coreia do Sul contou com o apoio dos EUA para se defender. O receio de um conflito nuclear impediu o confronto entre as superpotências, já que cada uma podia destruir ou ser destruída pela outra em situação de guerra; a crise de Cuba em 1962 constituiu outra ameaça à paz mundial. A URSS instalou nesta ilha uma base de mísseis nucleares, o que levou o presidente Kennedy a lançar um ultimato à URSS, exigindo o desmantelamento dos mísseis ou então atacaria Cuba. O acordo alcançado entre o dirigente de URSS, Nikita Kruschev, e o presidente Kennedy em retirar os mísseis evitou o que poderia ter sido uma guerra nuclear. VIVA A HISTÓRIA! – Cristina Maia, Isabel Paulos Brandão, Cláudia Pinto Ribeiro, Isabel Afonso ©Porto Editora - 3