SAÚDE BUCAL NO BRASIL Embora evidentes, a desigualdade se mostra crescente na saúde bucal, trazendo morbidade e mortalidade em diversas classes sociais, raciais e regiões sendo de suma importância a vigilância da saúde publica.Portanto, é necessário avaliar políticas de saúde em quadro geral, para minimização do problema.Nas últimas décadas, duas importantes intervenções com o princípio da universalização de serviços de saúde, inclusive a bucal, a fluoretação da água de abastecimento público e o atendimento na rede e serviço público (SUS), isso demonstrou o estágio atual dessas medidas e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. FLURETAÇÃO DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENT PÚBLICO O flúor foi o primeiro fator a ser reconhecido como importante para modificar risco da cárie, tem baixo custo e é efetiva para a prevenção.A fluoretação da água de abastecimento público foi reconhecida como uma das mais importantes conquistas da saúde pública. O flúor também pode ser ministrado por meio de aplicação tópica no consultório odontológico ou pelo uso rotineiro de dentifrício. A tecnologia da fluoretação da água se iniciou a mais de 30 anos e apesar da desigualdade de regiões se efetivou mais nas regiões Sul e Sudeste e insuficiente nas regiões Norte e Nordeste. O efeito favorável na fluoretaçã da água pode ser identificado na redução da cárie dentária por meio de por meio de levantamentos epidemiológicos de saúde bucal de amplitude nacional.Apesar de lei,a desigualdade do recurso preventivo da fluoretação da água, trouxe efeito indesejável no Brasil devido a injustiça social, no não atendimento legal de fluoretação para todos os municípios. Para garantir o acesso ao flúor, não basta adicioná-lo a água de abastecimento, é necessário garantir o acesso a água encanada em todos os domicílios, ou pelo menos, acesso a alguma fonte comunitária e vigilância sob a medida. A não universalidade no acesso a água fluoretada, mantém extenso contingente a margem de benefício reconhecidamente eficaz. A fluoretação ocorreu primeiramente em municípios de maior porte populacional, o fato de sua expansão ser tão demorada, em pleno século XXI, mais da metade dos municípios ainda não adotaram a medida. Essas medidas são necessárias, para interromper a fluoretação ou não realizá-la onde deve ser feita, constitui ato juridicamente ilegal, cientificamente insustentável e socialmente injusto. ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NA REDE DO SUS A saúde bucal teve progresso apenas em uma década, pois a criação do SUS na constituição de 1.988, estabeleceu a oferta de atendimento odontológico na rede pública.A adoção dos princípios da Universalidade, integralidade e equidade do SUS, implicou reconhecer a saúde bucal como dever do Estado e direit de todos.Mas os recursos destinados para esta finalidade não são suficientes para atender todas as necessidades da população, passando-se a eleger assim, metas prioritárias no atendimento a crianças, gestantes e urgências odontológicas nas unidades básicas de saúde.Programas como estratégias de saúde da família melhoraram a saúde bucal da população pois foram utilizadas como ações preventivas e a contratação de novos médicos e dentistas aumentou. Ainda não há avaliações de amplitude nacional quanto ao efeito do serviço público odontológico sobre as desigualdades nos indicadores de serviço bucal. Um esforço organizado da sociedade por meio da ação do estado, poderia resolver a desigualdade com relação a experiência da cárie e a fluoretação da água sendoimplementada, podem contribuir para o planejamento dessas iniciativas do setor público, embora ainda se faça lenta a medida de distribuição de recursos para os municípios, com relação a cárie, devese direcionar o benefício para as áreas onde se faça mais necessária contribuindo assim para a redução das desigualdades em distribuição da cárie. UTILIZAÇÃO DE AUXLIARES ODONTOLÓGICOS EM ORTODONTIA IMPLICAÇÕES ÉTICAS E LEGAIS Através do surgimento de novos conhecimentos, aliados ao desenvolvimento de novas técnicas , materiais e procedimentos, o tratamento ortodôntico corretivo se tornou mais acessível também pelo acesso da considerável oferta de mão de obra no mercado.Os profissionais adquiriram métodos que agilizaram o atendimento dos pacientes e aumentando a produtividade e diminuindo os custos, adaptando o local de trabalho e delegando a maior quantidade de possível de funções a equipe auxiliar, obtendo-se assim maior produtividade, melhoria na qualidade de trabalho, diminuição de fadiga e estresse profissional.A utilização de pessoal no consultório odontológico tornou-se fundamental para se conseguir maior produtividade. MATERIAL E MÉTODO Para realização de estudo foi elaborado um questionário com questões estruturadas a formação profissional do especialista, inscrito no CRO, a atualização de seus conhecimentos e a delegação de funções a equipe auxiliar. Foi usado para fins exclusivo de pesquisa, e os dados arquivados em um banco de dados e os dados analisados por estatística descritiva. DISCUSSÃO O mercado de trabalho atual apresenta-se repleto de profissionais atuando nos grandes centros urbanos, isto é devido a abertura de cursos de graduação e pós-graduação, além dos novos planos de saúde, convênios e outros, levando o acesso a ortodontia corretiva a um maior numero de pacientes, devido a quantidades de profissionais que o executam.Uma das formas de maior produtividade e inserir a equipe odontológica auxiliar, na execução de funções que lhe são permitidas, porém para isso é imprescindível que o especialista tenha conhecimento das atribuições que podem ser delegadas de acordo com a legislação vigente, além de exigir a supervisão indispensável do cirurgião dentista, além de sua presença física durante o procedimento. Esta conduta quando não adotada, constitui infração ética com sansões administrativas e multas aplicáveis tanto ao ortodontista quanto ao profissinal inscrito no CRO, pela conivência com o exercício ilegal da Odontologia, além de infringir o artigo 282 do código penal brasileiro podendo ser penalizado com detenção além de possível multa. Desse modo, torna-se necessário a busca de informações sobre a legislação que envolve o exercício de suas atividades profissionais pelo dinamismo de suas modificações nas normas regulamentadoras , culminando em mudança de conduta e comportamento. Prevalência de exposições ocupacionais de cirurgiões-dentistas e auxiliares de consultório dentário a material biológico Os dentistas e auxiliares odontológicos estão expostos a inúmeros microorganismos presentes especialmente no sangue, saliva e nas vias aéreas respiratórias dos pacientes, porém anteriormente não eram tomadas as devidas precauções quanto a prevenção de contato com agentes patogênicos. Na década de 1980 , o fator desencadeante a prevenção surgiu com o aparecimento do vírus HIV, para medidas de controle de infecção na prática odontológica, e medidas de biosegurança receberam maior atenção por parte dos profissionais. Foi criada então as precauções universais e precauções padrão, orientada pelo ministério da saúde, para a proteção dos profissionais e pacientes já que nem todos os pacientes poderiam ser detectados com agentes patógenos no primeiro atendimento.Evitar exposições ocupacionais é a forma de prevenção primária da transmissão de patógenos sagúineos. Existe muito risco de acidentes resultantes de exposição ocupacional a material biológico, e a melhor forma de controle é uso de equipamentos de proteção. Percepção dos auxiliares odontológicos na clínica ortodôntica quanto aos seus limites de atuação profissional A utilização de mão de obra auxiliar nos consultórios odontológicos é imprescindível para a otimização da produtividade, além da participação destes profissionais, é necessário que todos tenham um comportamento ético tanto n a execução quanto na delegação de procedimentos odontológicos, atentando para o conteúdo do Código de Ética odontológica (CEO) vigente.As categorias de ACD e THD foram inicialmente regulamentadas em 1975, tendo o seu exercício profissional disciplinado a partir de 19848. Atualmente, as atribuições dessas duas categorias estão estabelecidas na Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia, documento aprovado pela Resolução CFO 063/20052. Nessa norma, estão enumeradas todas as funções que podem ser delegadas pelo cirurgião-dentista à sua equipe auxiliar, sendo que a maioria delas está relacionada com o auxílio de atos praticados na clínica geral, promoção de saúde (prevenção) e desempenho de funções administrativas do consultório odontológico. CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO A formação de qualquer profissional, independente de sua área, requer que ele conheça seu trabalho como um todo, a fim de conhecer melhor sua área específica, a atenção especial é ao trabalho da equipe odontológica: OSSOS DO CRÃNIO O crânio protege o cérebro e dá forma a face, sendo constituído por 22 ossos, tendo apenas um osso móvel. Divide-se em neural e visceral. O crânio neural protege abriga e protege o cérebro, é composto por 8 ossos frontal, estenóide, etimóide, occiptal, temporal e parietal. MÚSCULOS Os músculos da cabeça e pescoço são formados por fibras musculares estriadas e movimentam-se de acordo com nossa vontade, dividem-se em três :músculos da mímica: situam-se longe dos ossos, mais superficialmente; músculos dos movimentos da cabeça; ligam-se aos ossos. Músculos da mastigação; responsáveis pela articulação da região bucal. INERVAÇÃO Sensitiva e motora da cabeça, e dos órgãos dos sentidos é realizada por 12 pares de nervos cranianos. CAVIDADE ORAL Vestíbulo oral: espaço entre os processos alveolares e os lábios que abriga os dentes; Cavidade bucal: comunica o meio externo com o tubo digestivo por meio da faringe. LÁBIOS Os lábios superior e inferior são formados pelos músculos orbiculardo lábio, que permite a abertura, fechamento e contração.Internamente revestidos pela mucosa e internamente pela pele. BOCHECHAS Formam as paredes laterais da cavidade bucal, são constituídas pelo músculo masseter e revestidas por mucosa e pelas glândulas salivares bucais. DENTES Estruturas altamente calcificadas, dispostas internamente na cavidade bucal, cravados na maxila e na mandíbula por meio dos ossos alveolares e do periodonto. TIPOS DE DENTIÇÃO Decidua: composta por 20 dentes, quatro incisivos centrais, 4 incisivos laterais, 4 caninos, 4 primeiro e 4 segundo molares; Não existe na dentiçãodecídua o grupo dos pré-molares, a erupção do primeiro dente decíduo ocorre por volta dos 6 meses estndo a dentição completa por volta dos 3 anos, nesta fase os dentes recebem o nome de decíduo ou de leite. Permanente: composta PR 32 dentes, incisivos, caninos, pré-molares e molares. O primeiro molar permanente erupciona por distal do segundo molar decíduo e muitas vezes passa despercebido das mães. CONSTITUIÇÃO ANATÔMICA DOS DENTES Coroa: porção visível do dente. Colo: porção intermediária entre a coroa e a raiz, que está implantada no osso alveolar. O número de raízes varia conforme o dente, dentição decídua: -incisivos e caninos: uma raiz. -Molares inferiores: 2 raízes -molares superiores: 3 raízes Dentição permanente: -incisivos, caninos primeiro e segundo-pré-molares inferiores e e segundo pré-molar superior: 1 raíz -molares inferiores e primeiro pré-molar superior: 2 raízes. -molares superiores: 3 raízes. A coroa dental é dividida em três faces: -Oclusal ou incisal: porção da coroa que oclui com o dente antagonista; -Vestibular: porção da coroa voltada para o vestíbulo e lábio; - palatina ou lingual: porção voltada para o palato, no arco superior, e para língua no lado inferior; - Mesial: porção voltada para a linha média; -distal: porção oposta a linha média. ESTRUTURAS DENTÁRIAS Constituídos por diferentes tipos dede tecidos, esmalte, dentina, cimento e polpa. INSTRUMENTAIS E EQUIPAMENTOS No cumprimento de suas funções o profissional deve estar apto a reconhecer principais equipamentos e instrumentos utilizados nos diferentes tratamentos odontológicos. PRINCIPAIS ESPECIALIDADES DA ODONTOLOGIAE SUAS ATRIBUIÇÕES -DENTÍSTICA: abrange tratamentos terapêuticos preventivos e restauradores, estéticos. -RADIOLOGIA: estudo das alterações ósseas, dentárias por meio de radiografias; -ENDDONTIA: tratamentos da cavidade pulpar coronária e radicular; -CIRURGIA: tratamento das lesões, deformidades e traumatismos, mediante atos cirúrgicos; -ORTODONTIA: visa a correção do mau relacionamento existente entre os dentes, lábios, músculos e ossos; -PRÓTESE: restabelece as funções mastigatórias e estética bucal; -PERIODONTIA: trata das doenças que acometem o periodonto; -ODONTOPEDIATRIA: tratamento para pacientes com até 13 anos; -IMPLANTOTDONTIA: tem por objetivo o a substituição de um ou mais dentes, através da inserção de implante no osso alveolar, que suportará uma prótese; -SAÚDE COLETIVA: promoção de ações de saúde bucal, baseados em métodos preventivos, EQUIPAMENTOS BÁSICOS -Cadeira odontológica;Mocho;Equipos odontológicos (fixo ou móvel) -Canetas de alta e baixa rotação; (micromotor);uspideira;Compressor de ar;Refletores; -Aparelhos esterilizadores;Aparelhos de raio x;Outros equipamentos:Lavadra ultrasonica; -Bisturi eletrônico; Destilador de água;Plastificador; Motor para implante;Equipamentos instrumentais e materiais de radiologia;Aparelhos de raio x;Câmara escura;Filmes processamento radiográfico;Soluções; Negatoscópiol, lupas;Colgaduras individuais;Instrumentos e materiais clínicos; Pinça clínica; Cureta de dentina;Explorador ou sonda exploradora;Seringa Carpula;-Porta algodão;Porta resíduos;Bandeja clínica; Instrumentos e materiais para isolar o campo operatório -Isolamento relativo; Pinça de Brewer ou Palmer;Grampo para grupo de dentes; -Instrumentos e materiais de restauraçãoBrocas Odontológicas;Tiras de lixa;Lençol de Camurça;Condensador;Brunidor;Esculpidores;Pote Dappen;Escala de cor;Placa de vidro; -Prendedor de guardanapo_jacaré)espátulas; Instrumentos e materiais para cirurgia -Bisturis, Sindesmótomo;Descoladores e ruginas;Tesouras cirugcias;Pinças;Fórceps;Cinzéis; -Martelo cirúrgico;Osteótomo;Lima de osso;Alveolótomo Brocas cirúrgicas;Curetas cirúrgicas; Porta agulhas, abridor de boca, sugador cirúrgico;seringa Luer;, ubeta metálica HIGIENE DENTAL A saúde bucal está relacionada diretamente a condição social do indivíduo., este conceito tem em sua essência a inclusão social, nova política nacional de saúde bucal, O Brasil sorridente, implementada pelo Ministério da Saúde Pesquisa confirma que pobreza e falta de cuidados com a boca estão relacionados, piores números encontram-se nas regiões, norete, nordeste e cetro oeste. Recuperar o interesse do governo pela saúde bucal e promover a inclusão social, é não permitir a discriminação e dar dignidade ao povo. Por isso o Brasil Sorridente prevê investimentos sete vezes maiores do que os realizados nos últimos anos. Além disso o ministério está expandindo a fluoretação das águas de abastecimento público para 100 por cento dos municípios que disponham de sistemas de saneamento. Para isso, investir na capacitação dos profissionais da área de saúde, colabora com o desenvolvimento da saúde bucal da população, além dos métodos de prevenção.Também, para que haja melhor qualidade e seriedade na saúde, foi desenvolvido um perfil ampliado para o profissional da saúde, exigidos pelas bases legais da saúde e do Ministério da saúde. MANUAL DA BIOSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA A biosegurança é o conjunto de ações para a prevenção e minimização ou eliminação de riscos inerentes a pesquisa, visando a saúde do homem , dos animais, a prevenção do meio ambiente e a qualidade dos resultados.Os profissionais da área da saúde bucal estão em constante perigo de adquirir doenças no exercício de suas funções.É responsabilidade do cirurgião dentista a manutenção da cadeia asséptica por parte da equipe odontológica e os cumprimentos das normas de qualidade e segurança quanto ao radiodiagnostico e ao descarte de resíduos gerados pelo atendimento. O controle de infecção e prevenção e feito através de recursos materiais e protocolos que recomendações para prevenção.A biosegurança nunca é suficiente quando profissionais da saúde atendem um paciente e manipulam instrumentos e materiais contaminados.Os profissionais da saúde devem sempre se vacinar, embora não haja vacinas para todas as prevenções de doenças. Por isso, os serviços de odontologia devem cumprir normas de segurança baseadas em leis, portarias e resoluções técnicas do Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Secretarias Estaduais e Municipais. O uso de equipamentos de segurança, de proteção individual como protetores oculares, máscaras, luvas, gorros, avental, us de roupa branca exclusivo para o atendimento no consultório, avental plumbífero, etc, evita-se a contaminação gerada através de saliva, sangue, etc. A instalação do consultório também é de suma importância, pois dve conter espaço para a limpeza, desinfecção esterilização e assepcia dos materiais a serem utilizados e após o atendimento. Todo o controle de cuidados para evitar contaminação deve ser realizado pelos profissionais que trabalham no mesmo ambiente, desde suas vestes e equipamentos de proteção individual até os equipamentos e materiais a serem utilizados e também descartados após seu uso. COMPETÊNCIAS E FUNÇÕES A reorientação do modelo de atenção em saúde bucal tem os seguintes pressupostos: Assumir o compromisso de qualificação da atenção básica, garantindo qualidade e resolutividade, independentemente da estratégia adotada pelo município para sua organização;Garantir uma rede de atenção básica articulada com toda a rede de serviços e como parte indissociável dessa; Assegurar a integralidade nas ações de saúde bucal, articulando o individual com o coletivo, a promoção e a prevenção com o tratamento e a recuperação da saúde da população restrita, não descuidando da necessária atenção a qualquer cidadão em situação de urgência, utilizar a epidemiologia e as informações sobre o território subsidiando o planejamento —deve-se buscar que as ações sejam precedidas de um diagnóstico das condições de saúde-doença das populações, através da abordagem familiar e das relações que se estabelecem no território onde se desenvolve a prática de saúde.Acompanhar o impacto das ações de saúde bucal por meio de indicadores adequados, o que implica a existência de registros fáceis, confiáveis e contínuos, Definir uma agenda de pesquisa científica com o objetivo de investigar os principais problemas relativos à saúde bucal, bem como desenvolver novos produtos e tecnologias necessários à expansão das ações dos serviços públicos de saúde bucal, em todos os níveis de atenção. O conceito ampliado de saúde, definido no artigo 196 da Constituição da República deve nortear a mudança progressiva dos serviços, evoluindo de um modelo assistencial centrado na doença e baseado no atendimento a quem procura, para um modelo de atenção integral à saúde, onde haja a incorporação progressiva de ações de promoção e de proteção, ao lado daquelas propriamente ditas de recuperação. Para a Saúde Bucal esta nova forma de se fazer às ações cotidianas representa, ao mesmo tempo, um avanço significativo e um grande desafio. Um novo espaço de práticas e relações a serem construídas com possibilidades de reorientar o processo de trabalho e a própria inserção da saúde bucal no âmbito dos serviços de saúde.Vislumbra-se uma possibilidade de aumento de cobertura, de efetividade na resposta às demandas da população e de alcance de medidas de caráter coletivo. As maiores possibilidades de ganhos situam-se nos campos do trabalho em equipe, das relações com os usuários e da gestão, implicando uma nova forma de se produzir o cuidado em saúde bucal. MEDIDAS DE BISEGURANÇA 49 O controle de infecção e a biossegurança são temas de grande importância para a prática odontológica e vêm, nos últimos anos, despertando maior interesse, em virtude principalmente do avanço da epidemia de AIDS. Os profissionais de saúde encontram-se em um conflito no que diz respeito, por um lado, à preocupação em suprir as necessidades de seuspacientes e, por outro, à preocupação em não se contaminar pelos mesmos. Percebe-se hoje um grande interesse com relação ao controle de infecção por parte dos dentistas e demais profissionais da área de saúde. É de fundamental importância uma ampla campanha de esclarecimento junto aos profissionais e estudantes, de modo a melhorar conhecimentos, atitudes e procedimentos de controle de infecção. Medidas de biossegurança antes de iniciar os procedimentos Lavagem das mãos: A lavagem das mãos é uma das principais medidas para o controle da infecção cruzada no consultório. Deve ser realizada antes e após o contato com o paciente, instrumental e artigos contaminados. A simples prática de lavagem das mãos com água e sabonete líquido é capaz de reduzir em até 80% as infecções cruzadas. A lavagem das mãos é capaz de remover grande parte da sua microflora. Desinfecção em odontologia A desinfecção no consultório odontológico divide-se em duas etapas: desinfecção do instrumental e desinfecção do consultório.A desinfecção química do instrumental está recomendada para instrumentos semi-críticos em que os processos de esterilização por calor seco e por calor úmido não podem realizados. ROTINAS E PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS NOS CONSULTÓRIOS E CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS PARA VIABILIZAR O CONTROLE DE INFECÇÃO ROTINASROTINAS PARA O FINAL DO ATENDIMENTO. 1. Retirar as pontas (alta-rotação, micro-motor, ultra-som, ProfiCeramicII, fotopolimerizador, etc) 2. Acionar o "flush" durante 1 minuto nas linhas de abastecimento das respectivas pontas para desinfecção. 3. Esvaziar o reservatório de água , do desinfetante e do antiséptico. 4. Drenar as linhas de abastecimento dos equipamentos. 5. Retirar as barreiras (PVC), descartá-las. 6. Limpar e desinfetar o equipamento, bancadas, unidades auxiliares, refletor, cadeira, mocho, etc. Se houver manchas no estofamento esfregar um saponáceo para limpeza, depois aplicar o desinfectante. A limpeza deve ser feita com detergentes & desinfetantes, por exemplo Duplofen, usando-se toalhas de papel. 7. O desinfetante indicado é o Duplofen a 5,0%, aplicado com uma bomba de atomização. O produto deve ser aplicado e espalhado com toalhas de papel, estas depois devem ser descartadas. 8. Retirar o ralo da cuspideira, lavá-lo e desinfetá-lo. 9. O filtro da bomba ciclone deve ser retirado, limpo e desinfetado. 10.Proceder a desinfecção da linha da bomba ciclone, fazendo aspiração intermitente do desinfectante que pode ser o Duplofen a 5% ou Clorexidina (Purivac), por 1 minuto. 11.Desprezar os resíduos em sacos de lixo brancos. 12.O chão deve ser muito bem limpo com produtos a base de duplofenóis ou a base de formaldeídos. 13.Proceder a drenagem dos compressores. 14.Desligar o Ar estéril e Water Purifier. 15.Retirar o lixo das lixeiras, que devem estar em sacos brancos com a indicação de "produto contaminado", "lixo hospitalar".Importante: O funcionário deve estar sempre com EPI. (Equipamentos de Proteção individual: Luvas, aventais, máscaras, óculos e gorros). ROTINA PARA LIMPEZA GERAL DAS CLÍNICAS. 1. Utilizar o EPI, mais botas de borracha e o avental deve ser impermeável e a luva de ser de látex comercial, não deve ser usada luvas cirúrgicas. 2. Realizar a limpeza dos pisos com produtos à base de duplofenóis ou formaldeídos comerciais, podem ser usados por exemplo pinho ou similares. O importante é ficar muito bem limpo.3. Entre os pacientes se houver sujidade no chão esse deve ser limpo e desinfetado. Nosambientes de procedimentos invasivos, sala cirúrgica, entre os pacientes sempre deve ser feito a desinfecção do piso. 4. Usar de preferência equipamentos mecânicos (carrinhos) para a torção dos esfregões, ter para isso dois baldes, um para a solução outro para a torção e eliminação da solução usada. 5. Ao final de um turno de atendimento recolher o lixo da lixeiras, que devem possuir tampas e ser acionadas com o pé. 6. Realizar a limpeza das paredes 1 vez por semana. ROTINA PARA DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES. 1. Atomizar as superfícies com duplofen a 5,% e limpar com toalhas de papel, depois atomizar novamente e espalhar o produto. 2. Técnica do: Aplique, limpe, aplique e espalhe. 3. O excesso de produto deve ser removido, também com toalhas de papel estéreis. 4. Observar sempre se as superfícies estão limpas, principalmente nas unidades auxiliares dos equipos, cadeiras, cuspideiras, mochos e bancadas. ROTINA PARA CALÇAR AS LUVAS- Luvas de procedimentos 1. Remover anéis, pulseiras e relógio. 2. Lavar as mãos, com sabonete líquido anti-séptico por 30 segundos, enxaguar e enxugar bem as mãos com toalhas descartáveis estéreis. 3. Calçar as luvas, se necessário colocar um pouco de talco. 4. Lavar as mãos enluvadas, esfregando PVP-I Degermante por 30 segundos, enxaguar enxugar as mãos. PREPARAÇÃO DOS DESINFECTANTES. 1. Duplofen à 5%: colocar 25ml de duplofen em 475ml de água, dentro de uma bomba atomizadora de 500ml para uso diário. 2. Hipoclorito 500ppm, para o "Flush": colocar 25ml de hipoclorito à 10.000ppm em 475ml de água. 3. Hipoclorito a 3ppm para o reservatório de água: colocar 0,3ml de hipoclorito à 10.000 ppm em 500ml de água.A solução que não for usada durante o dia ao final do expediente deve ser desprezada.Usar provetas, pipetas ou seringas descartável para as diluições serem corretas. ROTEIRO DE INSPEÇÃO REQUISITOS IMPRESCINDÍVEIS (O não atendimento de qualquer destes requisitos indefere o licenciamento) I – Esterilização Realiza esterilização instr. que entram em contato com a cavidade bucal e com secreções Possui equipamento para esterilização aprovado pela Legislação Sanitária ESTUFA com controle de temperatura através de termômetro AUTOCLAVE com controle de temperatura e pressão Obedece a relação de tempo e de temperatura preconizado pela legislaç II – Condições e quantidades de instrumentais Instrumental cirúrgico em número suficiente para atendimento realizado diariamente Instrumental clínico em número suficiente para atendimento realizado diariamente Possui brocas em quantidade suficiente para os atendimentos diários III – Desinfecção Prévia Desinfecção/desc. prévia com agente químico adequado antes da lavagem e da esterilização Obedece o tempo preconizado de imersão Observa o prazo de validade da solução IV – Equipamentos de Proteção Individual Possui máscaras para toda a equipe de trabalho Possi luvas para toda a equipe de trabalho Possui avental para toda a equipe de trabalho Possui gorro para toda a equipe de trabalho. V – Situação e Condição dos Equipamentos Equipamentos de uso odontológico em estado condizentes com os proced. Executa Compressor instalado fora da área de atendimento ou com proteção acústica Sugador de saliva a ar comprimido ou elétrico provido de pontas descartáveis VI – Situação e Condições da Edificação Área de atendimento delimitada por parede ou divisória até o teto, com ligação de esgoto próprio para cada consultório Piso de material liso, resistente e impermeável, que permita um completo processo de limpeza e descont., sem a presença de descontinuidades tais como fendas ou rachaduras Ligação hidráulica com entrada e saída de água. -