Alfandega do Porto A primitiva Alfandega do Porto ficava situada na ermida de S. Nicolau, nas traseiras da Fonte Taurina. Nesse edifício guardavamse todas as mercadorias trazidas pelos barcos. Em 1406 o rei D. João I mandou acrescentar-lhe um anexo onde funcionava a Casa da Moeda e que posteriormente albergou a primeira Casa da Bolsa e do Comércio do Porto. A Alfandega foi reedificada por duas vezes em 1677 e 1877. Segundo a tradição quando os reis visitavam o Porto ficavam instalados na Casa da Alfandega, por este motivo se pensa que foi aí que nasceu o Infante D. Henrique em 1384, ficando então o edifício a ser conhecido como a Casa do Infante. No sec. XIX, a cidade do Porto desenvolveu-se muito a par com a sua actividade portuária, verificou-se então que a velha Alfandega não respondia às solicitações. A 16 de Junho de 1857 foi publicada a Carta de Lei que autorizava a construção do edifício na praia de Miragaia. Projectada em 1860 pelo arquitecto francês Colson, a sua construção ficou a cargo de engenheiros e arquitectos portugueses. Foi inaugurada em 1869, embora não estivesse completamente concluída. É um edifício com características neoclássicas, com uma planta rectangular, frontões triangulares e diferentes aberturas em cada piso. Tem duas fachadas: uma virada para o rio outra para a rua. Utiliza diversos materiais: ferro, pedra, tijolo e madeira. Tem uma área total de 36.800 m 2 e três corpos principais. O corpo central destinava-se originalmente a serviços administrativos e os laterais serviam de armazéns. Por baixo dos armazéns há um piso enterrado iluminado por um fosso. Ao longo do cais existe um carril que penetra no edifício para permitir o transporte de mercadorias, havendo também plataformas giratórias para facilitar o movimento dos vagões e guindastes para deslocar grandes pesos. Foi durante muitos anos local de passagem de variadas mercadorias e regulador de tráficos ilícitos. A mudança de local de passagem das mercadorias com a utilização do Porto de Leixões levou a que gradualmente as funções iniciais da Alfandega fossem diminuindo, ficando praticamente abandonada. Após a restauração do imóvel, a cargo do Arquitecto Eduardo Souto Moura, passou a abrigar o Museu dos Transportes e Comunicações e a ser palco de eventos de carácter empresarial, cientifico, cultural e comercial. Enquadra-se no centro histórico da cidade – elevado a Património Mundial pela UNESCO – junto ao rio Douro, a sua arquitectura e dimensão tornam este edifício muito atractivo. Um dos eventos mais importantes que aí se realizou foi a VIII Cimeira Ibero-Americana em 1998, que para o público em geral, teve como principal atractivo a presença de Fidel Castro, Presidente de Cuba. O IX Simpósio Nacional A.P.F.H. É na Alfandega Nova do Porto que terá lugar o IX Simpósio Nacional da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares. O Centro de Congressos e Exposições dispõe de um conjunto de auditórios, salas e outros espaços que se adequam à realização de tal evento. Durante o IX Simpósio APFH vamos utilizar: a Sala do Infante, onde se vão decorrer as sessões plenárias e que tem capacidade para 300-320 pessoas em plateia; a Sala D. Maria que vai receber a exposição de pósteres e tem 168 m2; a Sala Miragaia, onde vão ser recebidos os convidados e palestrantes, com 115 m 2 e a Sala S. João com a mesma dimensão e capacidade para 80 pessoas em plateia vai ser palco de sessões de Comunicações Livres. Utilizaremos também a Sala do Arquivo com cerca de 1200m2 onde se vai ficar a exposição comercial dos parceiros da indústria farmacêutica, foi projectada como Salão Nobre mas restrições financeiras impediram a sua conclusão. Não foram rebocadas as paredes de pedra, nem foi revestida e a cobertura ficando à vista o travejamento em madeira. O projecto de recuperação de Souto Moura apenas incluiu as infra estruturas necessárias, mantendo o aspecto original. É uma sala de uma beleza e grandiosidade fantásticas. As Furnas é um espaço na cave completamente construído em cantaria, tem 2400m2 e 72 pilares. Actualmente apenas estão disponíveis cerca de 1000m2, é neste local que irão ter lugar os almoços de trabalho. Estamos convictos que com a escolha da Alfândega Nova do Porto o Simpósio sai valorizado, pois podemos aliar a vertente científica à beleza do local onde o evento vai decorrer.