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Resumos Geologia
Tema 1 – A geologia, os geólogos e os seus métodos
Capitulo 1 – A Terra e os seus subsistemas em interação
# Subsistemas Terrestres
- Definição e classificação de sistemas
A Terra é um sistema constituído por um conjunto de subsistemas que interagem entre si.
Um sistema corresponde a uma parte do Universo, constituída por massa e energia e limitada
por uma fronteira (real ou imaginaria). Um sistema é constituído por vários subsistemas que
interagem entre si.
Atendendo às interações, ao nível da matéria e da energia os sistemas que podem existir entre
um sistema e o seu meio envolvente, podemos considerar três tipos de sistemas: sistema
isolado, sistema fechado e sistema aberto.
Sistema isolado: são raríssimos na natureza, só se conseguem em laboratórios
Não existe trocas de matéria nem de energia com o exterior.
matéria
matéria
energia
energia
Este sistema só sobrevive
enquanto tiver energia e matéria
própria disponível, pois tem de
viver por “conta própria”
Sistema Fechado: não existe trocas de matéria com o exterior, mas há trocas de energia
matéria
matéria
energia
Sistema Aberto: existe trocas de energia e de matéria para o exterior
matéria
matéria
energia
A Terra pode ser considerada um sistema aberto. No entanto, mais corretamente deve
ser considerada um sistema fechado. A terra pode ser considerada um sistema aberto, pois
recebe energia luminosa do seu meio envolvente, assim como matéria, como é o casado dos
meteoritos. No entanto, a quantidade de matéria que recebe é desprezível quando comprada
com a sua própria massa, pelo que podemos considerar que esta não existe. Neste caso,
admitindo que existem apenas trocas de energia, a Terra é um sistema fechado.
- Subsistemas Terrestres
A Terra é constituída por quatro subsistemas abertos, que interagem entre si: a geosfera, a
hidrosfera, a biosfera e a atmosfera.
A geosfera: corresponde à parte sólida da Terra, engloba a parte superficial (continentes e
fundos oceânicos) e a parte mais interna
A biosfera: engloba toda a vida da Terra, a esta pertencem as formas de vida terrestre e
aquática, assim como as formas de vida simples e complexas
A hidrosfera: corresponde à totalidade das águas terrestres, esteja no estado líquido ou no
estado sólido, esta é constituída pelos rios, oceanos, águas subterrâneas, glaciares e neves
Atmosfera: corresponde à massa gasoso que envolve o planeta
- Interação de subsistemas
Atmosfera e Biosfera: Fotossíntese – as plantas retiram CO e libertam O2
Ação do Homem – o homem provoca a emissão de gases mais ou
menos poluentes a partir de fábricas, de veículos e das explorações
agrícolas
Atmosfera e Hidrosfera: Ciclo hidrológico – parte da água que percorre o ciclo da agua evapora,
deslocando-se para a atmosfera até ser novamente devolvida à
hidrosfera
Circulação de massas de água nos oceanos – permite transferências de
calor entre a hidrosfera e a atmosfera, o que condiciona a distribuição
climática à superfície do globo
Atmosfera e Geosfera: Erupções vulcânicas – libertam para a atmosfera inúmeros gases, mas
também energia, sob a forma de calor
Desintegração de elementos radioativos – provenientes da geosfera,
estes elementos radioativos permitem a libertação de energia térmica
para a atmosfera
Hidrosfera e Biosfera: Ciclo hidrológico – parte da água deste ciclo está retida nos seres vivos,
cuja constituição é maioritariamente agua
Ação do Homem – as águas de rios, lagos, mares e oceanos e as águas
subterrâneas são poluídas por efluentes de fábricas, por esgotos e por
produtor libertados pelas embarcações
Hidrosfera e Geosfera: O movimento da água sobre as rochas – da superfície terrestre alteraas química e fisicamente. No decorrer desta alteração, a água fica
enriquecida em determinados elementos químicos provenientes das
rochas
Genese da crosta oceânica – associada à ascensão de magmas ao nível
dos riftes, permite não só trocas de materiais como também de
energia térmica
Biosfera e Geosfera: Suporte e nutrição – a geosfera serve de suporte a grande parte da
vida terrestres. As plantas terrestres captam do solo grande parte dos
nutrientes que utilizam na fotossíntese. Muitos dos produtos
resultantes da decomposição dos cadáveres e restos de seres vivos que
ficam integrados na geosfera
Ação dos seres vivos – alteram as rochas, muito importante a ação do
Homem, na poluição, exploração de minas e pedreiras
Capitulo 2 – As rochas - arquivos que relatam a história da Terra
A superfície terrestre é constituída por um vasto conjunto de rochas, diferentes quanto à cor,
composição química e mineralógica e origem
As rochas
são
são constituídas por
Agregados
naturais de
partículas
sólidas
Minerais
como, por exemplo
Quartzo
Moscovite
Olivina
Minerais
podem classificar-se em
Partículas naturais
sólidas de composição
química bem definida e
propriedades físicas
conhecidas
que se podem classificar
segundo a sua
Origem
Magmáticas
como por exemplo:
Granito
Sedimentares
como por exemplo:
Areia e Calcário
Metamórficas
como por exemplo:
Mármore e Xisto
Composição
Química
Estrutura
cristalina
Propriedades
físicas
Esta diversidade litológica relata-nos diferentes histórias, diferentes condições de formação,
existindo, no entanto, três histórias comuns, o que nos permite considerar três tipos de rochas
quanto à sua origem: rochas sedimentares, rochas metamórficas e rochas magmáticas. As
rochas sedimentares têm origem em sedimentos, as rochas magmáticas têm origem na
consolidação de um magma e as rochas metamórficas têm origem na atuação de fatores de
metamorfismo.
# Rochas sedimentares
As rochas sedimentares têm origem em sedimentos, isto é, em materiais rochosos que
resultaram da alteração de rochas preexistentes e que, posteriormente, sofreram um
transporte e uma deposição. As rochas que originaram os sedimentos podem ser rochas
magmáticas intrusivas ou extrusivas, rochas metamórficas ou até rochas sedimentares. Os
detritos resultantes da alteração das diferentes rochas, são depois transportados e
depositados numa bacia de sedimentação, originando os sedimentos (sedimentogénese), onde
sofrem um conjunto de processos que os transformam em rochas sedimentares (diagénese).
A argila, o calcário, o petróleo e o carvão são alguns exemplos de rochas sedimentares, cujas
diferentes características revelam a presença de diferentes sedimentos e de diferentes
condições de formação.
A formação de uma rocha sedimentar, implica uma sequência de acontecimentos que têm
inicio com a sedimentogénese e que terminam com a diagénese.
A sedimentogénese corresponde ao conjunto de alterações de uma rocha até à formação de
sedimentos. A sedimentogénese implica uma alteração da rocha-mãe, através da ação dos
seres vivos, da chuva, do frio (agentes de meteorização), e posterior remoção destes materiais
(erosão), o que leva à formação de detritos. Posteriormente, esses detritos serão
transportados (sofrem transporte) até uma bacia de sedimentação, onde serão depositados
segundo as suas dimensões e densidades (sedimentação), originando os sedimentos. O
transporte dos detritos pode ser efetuado por ação gravítica através das águas das chuvas, dos
rios, do vento, ou então dissolvidos nas aguas. Na bacia de sedimentação, os sedimentos são
sujeitos a um conjunto de processos (compactação, cimentação, recristalização) que
transformarão os sedimentos numa rocha sedimentar. Ao conjunto de processos físicos e
químicos que levam à formação de uma rocha sedimentar, a partir de sedimentos, dá-se o
nume de diagénese.
O resultado de deposição dos sedimentos, segundo a sua densidade, em bacias de
sedimentação que não sofrem perturbações é a formação de estrato, o que fornece às rochas
sedimentares a típica estratificação (organização dos sedimentos em camadas)
Rocha preexistente
Meteorização
Erosão
Sedimentogénese
Detritos
Transporte
Deposição
Sedimentação
Compactação
Cimentação
Diagénese
Recristalização
Rochas
sedimentares
# Rochas magmáticas e metamórficas
- Rochas magmáticas
As rochas magmáticas têm origem na consolidação de um magma, que corresponde ao
material rochoso que se encontra no estado fluido, no interior da Terra.
As rochas magmáticas podem ser divididas em dois tipos:
o Rochas plutónicas ou intrusivas:
- O magma arrefece no interior da crosta terrestre, desta forma a solidificação dá-se
lentamente
- O arrefecimento do magma dá-se de forma lenta e gradual dando tempo dos minerais se
formarem e se tornarem visíveis
- Apresentam textura de minerais mais desenvolvida
- Como exemplo: Granito
o Rochas vulcânicas ou extruvisas:
- O magma solidifica à superfície desta forma a solidificação é brusca e repentina
- O magma solidifica-se bruscamente e não dá tempo aos minerais para se formarem
- Apresentam uma textura mineral de cristais com pequenas dimensões
- Como exemplo: Basalto
- Rochas metamórficas
As rochas metamórficas resultam da atuação dos fatores de metamorfismo sobre rochas
sedimentares, rochas magmáticas ou rochas metamórficas de baixo grau de metamorfismo. Os
fatores de metamorfismo são a temperatura, os fluidos de circulação, a pressão e o tempo.
O grau de metamorfismo de uma rocha dependerá do fator de metamorfismo atuante e do
grau de atuação de cada um desses fatores. Um fator de metamorfismo como a pressão
poderá originar rochas metamórficas de baixo ou de alto grau de metamorfismo, consoante o
valor da pressão que foi exercido ou consoante o tempo em que foi exercida a mesma pressão.
Fator de metamorfismo
Temperatura
Pressão
Efeito
- A temperatura provoca alterações ao nível da composição
mineralógica e na distribuição e orientação dos minerais nas rochas
sobre as quais atua.
- O efeito da temperatura provoca o aparecimento de novos minerais
(recristalização), típicos das condições de metamorfismo.
- A pressão provoca a orientação dos minerais constituintes das
rochas, conferindo às rochas metamórficas uma orientação
mineralógica a que se dá o nome de xistosidade.
- Por vezes, a pressão origina nas rochas metamórficas um aspeto de
folha, tal como acontece nos xistos, a que se dá o nome de foliação.
A causa que leva à atuação dos diferentes fatores de metamorfismo leva à ocorrência de um
dos dois tipos básicos de metamorfismo – metamorfismo regional e metamorfismo de
contacto. Se uma bacia de sedimentação sofre, por aumento da carga de sedimentos, um
afundamento, esta vai estar sujeita a um aumento de pressão e de temperatura que afeta toda
a bacia de sedimentação – metamorfismo regional. Se ocorrer a ascensão de uma bolsa
magmática a altas temperaturas, essa elevada temperatura ira afetar as rochas encaixantes
por onde ascende – metamorfismo de contacto
Os gnaisses, os xistos, os mármores, os micaxistos e os quartzitos são alguns exemplos de
rochas metamórficas.
# Ciclo das rochas
Capitulo 3 – A medida do tempo e a idade da Terra
A descoberta da radioatividade e a interpretação dos seus resultados permitiu a utitlização do
decaimento radioativo dos elementos para a datação terrestre, surgindo, deste modo, a
datação absoluta. Os fosseis de idade foram outro elemento utilizado para a datação da Terra
– datação relativa
A datação absoluta e a datação relativa são dois processos de datação das rochas, permitindonos obter uma idade radiométrica ou absoluta e uma idade relativa, respetivamente.
A datação relativa, como o nome indica, não permite obter uma idade absoluta, isto é, em
valores numéricos, mas uma comparação de idades. Pelo contrário, a datação absoluta
permite-nos obter um valor numérico para uma determinada idade. Por exemplo, se disseres
que o José tem 18 anos e que o Pedro tem 16 anos, estás a efetuar uma datação absoluta, mas
se disseres que o Pedro é mais novo que o José, então efetuaste uma datação relativa.
# Idade Relativa e idade radiométrica
- Idade relativa
A idade relativa, obtida por um processo de datação relativa, não nos permite determinar um
valor numérico para a idade da Terra nem dos seus materiais constituintes, permitindo-nos
apenas estabelecer relações entre os seus diferentes constituintes.
A datação relativa apoia-se na posição relativas dos estratos e na presença de fosses de idade
Princípio da horizontalidade de estratos
Princípio da identidade paleontológica
Princípio da inclusão
Princípio da interceção
Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente
Estratos iguais com o mesmo tipo de fóssil mas em
localizações diferentes correspondem a idades geológicas
iguais
Incluir fósseis de idades diferentes no mesmo estrato
Determinados objetos geológicos intercetam sequencias de
estratos sedimentares e são mais recentes do que as
estruturas geológicas que atravessam
Um fóssil de idade corresponde ao fóssil de um ser vivo que viveu apenas durante um curto
período de tempo, embora possa ter ocupado uma extensa área e zonas muito dispersas da
Terra.
A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que se encontrem muito
distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos possuem a mesma idade.
- Idade absoluta ou radiométrica
A idade radiométrica permite-nos obter um valor numérico para a idade das rochas. A
determinação da idade radiométrica, baseia-se na desintegração de isótopos radioativos
naturais. Este facto torna imediatamente limitativa a aplicação deste método de datação a
todas as rochas, pois nem todas apresentam na sua constituição mineralógica, elementos
radioativos, ou então, possuem-nos numa quantidade muito pequena. As rochas magmáticas,
ao contrário das sedimentares e metamórficas, são rochas que podem ser sujeitas a este
método de datação. As rochas metamórficas e as sedimentares resultam da acumulação e da
transformação de sedimentos com origens e idades diferentes, o que impede que seja
determinada a idade absoluta da sua génese.
O método de datação radiométrica é baseado no facto de os isótopos radioativos se
desintegrarem espontaneamente, a uma velocidade constante, ao longo do tempo para cada
um dos diferentes elementos radioativos. A velocidade de decaimento não é afetada pelas
condições ambientais (temperatura, humidade, pressão), o que torna o seu valor específico do
elemento e não as condições a que esse elemento está sujeito.
Os átomos iniciais de um isótopo radioativo (isótopo-pai) são incorporados na estrutura dos
minerais, aquando da génese desses minerais, logo, da rocha que os contem. Como estes
elementos são instáveis, o núcleo dos seus átomos desintegra-se espontaneamente,
libertando radioatividade, isto é, energia sob a forma de calor e radiações, originando um novo
isótopo, o isótopo-filho. Este isótopo-filho é mais estável que o isótopo-pai, ocorrendo a
desintegração sempre no sentido de obtenção de isótopos-filhos cada vez mais estáveis. A
semivida, meia-vida corresponde ao tempo necessário para que ocorra a desintegração de
metade do número inicial de isótopos-pais de uma amostra, originando isótopos-filhos
estáveis. Os valores de semivida obtidos numa
determinada rocha, até à atualidade permitem-nos datar
radiometricamente essa rocha
# Memória dos tempos geológicos
A Terra, ao longo dos seus 4600 M.a., tem sofrido várias
alterações, quer biológicas quer geológicas. Os oceanos
formaram-se, possibilitando a vida nos oceanos. As
montanhas soergueram-se e foram erodidas. Os seus
sedimentos foram incorporados no ciclo das rochas e,
desta forma, surgiram, mais tarde, incorporados em
rochas sedimentares e em rochas metamórficas. Alguns
seres vivos saíram dos oceanos e ocuparam as terras
emersas, onde foram evoluindo e adaptando-se às novas
condições climáticas e ambientais. Apareceram novos
seres e extinguiram-se outros, numa luta contínua pela
sobrevivência nas diferentes condições que lhes iam
surgindo
Tema 2 – A Terra – um planeta muito especial
Capitulo 1 – Formação do sistema solar
# Provável origem do sol e dos planetas
- Algumas teorias sobre a origem do Sistema Solar
Ideias Catastrofistas: A formação do Sistema Solar resultaria da colisão entre duas estrelas
- O sol teria sido o primeiro a formar-se
- Inicialmente o sol não teria qualquer planeta a girar à sua volta
- Uma estrela vagueando no espaço teria chocado com o sol
- O impacto teria feito com que pequenos “pedaços” se libertassem e condensassem em seu
redor, dando origem aos planetas
Hipótese de Chamberlain: Possivel aproximação, sem colisão de duas estrelas
- Por ação dos campos gravíticos elas seriam de tal forma deformadas que pequenas porções
seriam “arrancadas”
- Estas porções levariam também à formação de planetas
- Nascimento da Teoria Nebular
1755, Immanuel Kant, ponha a hipótese de que o sistema solar tinha origem numa nuvem
turbilhonante e fria de gases e poeiras.
1796, Laplace desenvolveu a teoria de Kant, a nuvem teria sido animada de um movimento de
rotação em torno de si própria, em consequências das forças de gravitação a nuvem ter-se-ia
contraído, as partículas centrais formaram o Sol, esta teoria não resistiu às leis fundamentais
da física. O Sol, quando submetido a tal força, giraria cada vez mais depressa à medida que o
seu volume fosse diminuindo. A velocidade de rotação teria de ser substancialmente superior
à que apresenta atualmente
Atualmente a hipótese mais aceite para explicar a formação do sistema solar é a Teoria Nebular:
- Inicio com um nuvem primordial enriquecida com elementos pesados, fria, de dimensões
gigantes, constituída por gases e matéria interestelar
- O núcleo foi aquecendo gradualmente devido à condensação da matéria
- A nuvem começou a rodar
- No núcleo da nuvem a temperatura ter-se-á elevado a milhões de graus
- Inicio das reações termonucleares, por fusão do hidrogénio
- Após alguns milhares de anos, a velocidade de rotação foi sendo cada vez mais rápida e levou
ao achatamento da nuvem
- Muitas das partículas aglutinaram-se no centro
- Formação do Sol
- As partículas que rodeavam o sol foram-se concentrando nas zonas internas, tendo ocorrido
condensação da matéria, com o aumento da temperatura
- Formação de planetas telúricos ou terrestres com elevada densidade
- Condensação de matéria semelhante à do Sol nas zonas externas da nuvem, onde a
temperatura é inferior
- Formação dos planetas gasosos, de menor densidade
- Os planetas começaram a descrever orbitas, mais ou menos circulares
- As orbitas entraram posteriormente em equilíbrio, de modo a interferirem minimamente
entre si
# Planetas e Pequenos Corpos do Sistema Solar
O Sistema solar é constituído por uma estrela centra o Sol, à volta da qual giram oito planetas
principais, dezenas de planetas secundários, alguns planetas anões e outros objetos referidos
coletivamente como Pequenos Corpos do Sistema Solar, onde se incluem os asteroides e os
cometas.
- Planetas do Sistema Solar
Planetas Principais: têm de descrever uma orbita regular em torno do Sol, têm de ter
massa suficiente para ter gravidade própria e têm de possuir uma orbita desimpedida de
outros astros. Os planetas principais podem ser divididos em:
- Terrestres, telúricos ou interiores: são planetas de elevada densidade e cuja composição
química é cilicatada (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte)
- Gasosos, gigantes ou exteriores: são planetas de elevada massa e densidade muito inferior
porque sob o ponto de vista químico são constituídos por gases. Localizam-se entre a cintura
de asteroides e a cintura de Kuiper, (Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno)
Planetas Secundários ou Satélites: têm orbitas em torno de planetas principais e
apresentam menos massa do que planetas principais
Planetas Anões: as orbitas destes intercetam as orbitas de outros planetas, como exemplo
Plutão, Ceres e Éris
- Pequenos Corpos do Sistema Solar
Asteroides: são corpos de forma irregular, alguns de grandes dimensões, não descrevem
orbitas definidas, desimpedidas, regulares.
Cometas: são corpos pequenos esferoidais, constituídos essencialmente por água, gases
congelados e poeiras rochosas, giram à volta do sol com orbitas muito excêntricas. Estão
estruturados em três partes, sempre que a sua orbita aproxima-se do sol: um núcleo brilhante,
uma cabeleira e uma comprida cauda, resultado da evaporação provocada pelo calor do sol.
Têm origem na cintura de Kuiper ou na nuvem de cometas de Oort.
Meteoroides: partículas rochosas de variadas dimensões que se formam devido à
desagregação de cometas ou à colisão entre asteroides. Durante a entrada na atmosfera
terrestre, o meteoroide sofre aquecimento devido ao atrito, torna-se incandescente e deixa
um rasto luminoso chamado meteoro. No entanto, pode suceder que alguns meteoroides
resistam ao atrito provocado pela entrada na atmosfera terrestre, vaporizem parcialmente e
colidam com a superfície terrestre, formando desta forma meteoritos.
Os meteoritos são classificados em sideritos, siderólitos e aerólitos.
Classificação dos meteoritos
Sideritos ou férreos: são formados por uma liga metálica de ferro e níquel
Siderólitos: são constituídos por proporções idênticas de minerais silicatados, tal como feldspato,
e de uma liga metálica de ferro e níquel
Aerólitos: possuem na Condricos: são meteoritos
Ordinários: não têm um comportamento
sua composição
com côndrulos (pequenos
digno
elevada percentagem agregados esféricos, de
Carbonosos: contêm compostos de
de minerais
minerais de alta
origem extraterrestre e agua
silicatados e uma
temperatura)
reduzida percentagem Acondricos: são meteoritos de textura homogénea, sem o
da liga de ferro e
desenvolvimento de côndrulos, com grande semelhança às rochas da
níquel.
superfície terrestre
# A Terra – acreção e diferenciação
A diferenciação da Terra foi provocada por energia de diferentes fontes:
- Calor resultante do impacto dos planetesimais;
- Calor resultante da compressão dos materiais constituintes;
- Calor resultante da desintegração radioativa.
A Terra passou de um corpo homogéneo para um corpo com núcleo denso, essencialmente
constituído por ferro, uma crosta, composta de materiais pouco densos, e o manto, formado
por materiais de densidade intermédia, compreendido entre o núcleo e a crosta. Em
consequência da diferenciação formou-se ainda a atmosfera e a hidrosfera.
Capitulo 2 – A Terra e os Planetas Telúricos
# Manifestações da atividade geológica
Os Planetas telúricos ou terrestres são: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte.
- Métodos utilizados na Geologia Planetária
A Geologia Planetária recorre a metodologias para o estudo dos planetas telúricos, os
parâmetros mais estudados são:
- a estrutura interna dos planetas
- a cartografia, com o recurso a fotografias
- a composição, fazendo uso de analises laboratoriais diretas e analise espectrais remotas
- cronologia relativa, com a utilização de métodos radiométricos
O estudo das formas e morfologias presentes nos planetas é feito através de um processo de
comparação com estruturas existentes no planeta Terra. Conhecendo as estruturas é possível
inferir os processos que as originaram. Assim foram definidos três tipos de estruturas:
As estruturas endógenas resultam da ação de processos e forças que atuam no interior dos
planetas, como por exemplo, dobras, falhas, fissuras (…)
As estruturas exógenas são originadas por processos que ocorrem na superfície do planeta,
tais como rios e dunas.
As estruturas exóticas têm uma origem exterior ao planeta, como é o caso de crateras de
impacto de meteoritos e outros corpos celestes.
Os planetas telúricos podem ser classificados como:
Geologicamente ativo, quando nele é possível observar sinais de dinâmica externa ou interna,
como por exemplo erupções vulcânicas, sismos
Geologicamente inativo, quando nele não é possível observar dinâmica
A Terra é um planeta geologicamente ativo, porque:
Energia necessária para a geodinâmica interna:
- radioatividade, deve-se às propriedades radioativas de certos elementos das rochas que
constituem a Terra
- acreção, acréscimo de matéria cósmica
- efeito das marés,
- contração gravitacional, diferenciação e aumento da temperatura
Energia necessária para a geodinâmica externa:
- sol, energia solar, fonte de energia responsável pelo aquecimento da crosta terrestre
- da atividade vulcânica e sísmica
- do impactismo, energia dos impactos
# Sistema Terra-Lua, um exemplo paradigmático
Entre a Terra e a Lua existe forte interação gravitacional, pelo que os investigadores referemse a estes como planetas duplos.
Terra-Lua:
- a força gravítica da lua sobre a terra é tal que gera as marés
- diminui a velocidade de rotação da terra
- o efeito das mares leva a que a lua se afaste da terra
- dá origem a que a rotação da lua seja síncrona com a sua translação
Lua:
- temperatura -200º a 130º
- ausência da atmosfera devido à sua reduzida massa
- erosão quase inexistente, devido à inexistência de vento ou agua no estado liquido
- trata-se por isso de um planeta geologicamente
- mares lunares: regiões planas, mais escuras constituídas por basaltos
- continentes lunares: regiões mais claras, refletem mais luz e são constituídas por anortosito
- crateras lunares: resultam do pacto de corpos celestes, visíveis nos mares e nos continentes
Capitulo 3 – A Terra, um planeta único a proteger
# A face da terra – continentes e fundos oceânicos
-Escudos: rochas que afloram; formam os núcleos dos continentes.
- Plataformas estáveis: zonas de escudos que não afloram porque estão cobertos de
sedimentos.
- Cinturas orogénicas recentes: cadeias resultantes de colisões entre continente-continente ou
placa oceânica-continente.
-Fundos Oceânicos
Domínio continental
- Plataforma continental: faz parte da crosta continental e prolonga o continente sob o mar.
- Talude continental: limite da parte imersa do domínio continental; tem declive acentuado.
Domínio oceânico
- Planícies abissais: de profundidade compreendida entre 2500 e 6000m. Por vezes podem
existir fossas.
- Dorsais: situam-se na parte média ou bordas oceânicas. Contêm um vale central – rifte.
Tema 3 – Compreender a estrutura e dinâmica da geosfera
Capitulo 1 – Métodos para o estudo do interior da geosfera
Métodos diretos (baseados na observação direta)
- Observação e estudo direto da superfície visível
- Exploração de jazigos minerais efetuada em minas e escavações
- Sondagens
Métodos indiretos
- Planetologia e astrogeologia: as técnicas aplicadas no estudo de outros planetas do sistema
solar podem ser usadas no estudo da Terra.
Métodos geofísicos
- Gravimetria: estudo de variações no campo gravítico da terra – anomalias gravimétricas. A
presença de rochas menos densas dá origem a anomalias gravimétricas negativas; a presença
de rochas mais densas, leva a anomalias positivas.
- Densidade: comparação da densidade de rochas presentes a diversas profundidades.
- Geomagnetismo: estudo das alterações no campo magnético da Terra.
- Sismologia: estudo dos sismos e da propagação das ondas sísmicas.
- Geotermismo: estudo da energia térmica da Terra.
Por: Filipa Ferreira
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