Resumos Geologia Tema 1 – A geologia, os geólogos e os seus métodos Capitulo 1 – A Terra e os seus subsistemas em interação # Subsistemas Terrestres - Definição e classificação de sistemas A Terra é um sistema constituído por um conjunto de subsistemas que interagem entre si. Um sistema corresponde a uma parte do Universo, constituída por massa e energia e limitada por uma fronteira (real ou imaginaria). Um sistema é constituído por vários subsistemas que interagem entre si. Atendendo às interações, ao nível da matéria e da energia os sistemas que podem existir entre um sistema e o seu meio envolvente, podemos considerar três tipos de sistemas: sistema isolado, sistema fechado e sistema aberto. Sistema isolado: são raríssimos na natureza, só se conseguem em laboratórios Não existe trocas de matéria nem de energia com o exterior. matéria matéria energia energia Este sistema só sobrevive enquanto tiver energia e matéria própria disponível, pois tem de viver por “conta própria” Sistema Fechado: não existe trocas de matéria com o exterior, mas há trocas de energia matéria matéria energia Sistema Aberto: existe trocas de energia e de matéria para o exterior matéria matéria energia A Terra pode ser considerada um sistema aberto. No entanto, mais corretamente deve ser considerada um sistema fechado. A terra pode ser considerada um sistema aberto, pois recebe energia luminosa do seu meio envolvente, assim como matéria, como é o casado dos meteoritos. No entanto, a quantidade de matéria que recebe é desprezível quando comprada com a sua própria massa, pelo que podemos considerar que esta não existe. Neste caso, admitindo que existem apenas trocas de energia, a Terra é um sistema fechado. - Subsistemas Terrestres A Terra é constituída por quatro subsistemas abertos, que interagem entre si: a geosfera, a hidrosfera, a biosfera e a atmosfera. A geosfera: corresponde à parte sólida da Terra, engloba a parte superficial (continentes e fundos oceânicos) e a parte mais interna A biosfera: engloba toda a vida da Terra, a esta pertencem as formas de vida terrestre e aquática, assim como as formas de vida simples e complexas A hidrosfera: corresponde à totalidade das águas terrestres, esteja no estado líquido ou no estado sólido, esta é constituída pelos rios, oceanos, águas subterrâneas, glaciares e neves Atmosfera: corresponde à massa gasoso que envolve o planeta - Interação de subsistemas Atmosfera e Biosfera: Fotossíntese – as plantas retiram CO e libertam O2 Ação do Homem – o homem provoca a emissão de gases mais ou menos poluentes a partir de fábricas, de veículos e das explorações agrícolas Atmosfera e Hidrosfera: Ciclo hidrológico – parte da água que percorre o ciclo da agua evapora, deslocando-se para a atmosfera até ser novamente devolvida à hidrosfera Circulação de massas de água nos oceanos – permite transferências de calor entre a hidrosfera e a atmosfera, o que condiciona a distribuição climática à superfície do globo Atmosfera e Geosfera: Erupções vulcânicas – libertam para a atmosfera inúmeros gases, mas também energia, sob a forma de calor Desintegração de elementos radioativos – provenientes da geosfera, estes elementos radioativos permitem a libertação de energia térmica para a atmosfera Hidrosfera e Biosfera: Ciclo hidrológico – parte da água deste ciclo está retida nos seres vivos, cuja constituição é maioritariamente agua Ação do Homem – as águas de rios, lagos, mares e oceanos e as águas subterrâneas são poluídas por efluentes de fábricas, por esgotos e por produtor libertados pelas embarcações Hidrosfera e Geosfera: O movimento da água sobre as rochas – da superfície terrestre alteraas química e fisicamente. No decorrer desta alteração, a água fica enriquecida em determinados elementos químicos provenientes das rochas Genese da crosta oceânica – associada à ascensão de magmas ao nível dos riftes, permite não só trocas de materiais como também de energia térmica Biosfera e Geosfera: Suporte e nutrição – a geosfera serve de suporte a grande parte da vida terrestres. As plantas terrestres captam do solo grande parte dos nutrientes que utilizam na fotossíntese. Muitos dos produtos resultantes da decomposição dos cadáveres e restos de seres vivos que ficam integrados na geosfera Ação dos seres vivos – alteram as rochas, muito importante a ação do Homem, na poluição, exploração de minas e pedreiras Capitulo 2 – As rochas - arquivos que relatam a história da Terra A superfície terrestre é constituída por um vasto conjunto de rochas, diferentes quanto à cor, composição química e mineralógica e origem As rochas são são constituídas por Agregados naturais de partículas sólidas Minerais como, por exemplo Quartzo Moscovite Olivina Minerais podem classificar-se em Partículas naturais sólidas de composição química bem definida e propriedades físicas conhecidas que se podem classificar segundo a sua Origem Magmáticas como por exemplo: Granito Sedimentares como por exemplo: Areia e Calcário Metamórficas como por exemplo: Mármore e Xisto Composição Química Estrutura cristalina Propriedades físicas Esta diversidade litológica relata-nos diferentes histórias, diferentes condições de formação, existindo, no entanto, três histórias comuns, o que nos permite considerar três tipos de rochas quanto à sua origem: rochas sedimentares, rochas metamórficas e rochas magmáticas. As rochas sedimentares têm origem em sedimentos, as rochas magmáticas têm origem na consolidação de um magma e as rochas metamórficas têm origem na atuação de fatores de metamorfismo. # Rochas sedimentares As rochas sedimentares têm origem em sedimentos, isto é, em materiais rochosos que resultaram da alteração de rochas preexistentes e que, posteriormente, sofreram um transporte e uma deposição. As rochas que originaram os sedimentos podem ser rochas magmáticas intrusivas ou extrusivas, rochas metamórficas ou até rochas sedimentares. Os detritos resultantes da alteração das diferentes rochas, são depois transportados e depositados numa bacia de sedimentação, originando os sedimentos (sedimentogénese), onde sofrem um conjunto de processos que os transformam em rochas sedimentares (diagénese). A argila, o calcário, o petróleo e o carvão são alguns exemplos de rochas sedimentares, cujas diferentes características revelam a presença de diferentes sedimentos e de diferentes condições de formação. A formação de uma rocha sedimentar, implica uma sequência de acontecimentos que têm inicio com a sedimentogénese e que terminam com a diagénese. A sedimentogénese corresponde ao conjunto de alterações de uma rocha até à formação de sedimentos. A sedimentogénese implica uma alteração da rocha-mãe, através da ação dos seres vivos, da chuva, do frio (agentes de meteorização), e posterior remoção destes materiais (erosão), o que leva à formação de detritos. Posteriormente, esses detritos serão transportados (sofrem transporte) até uma bacia de sedimentação, onde serão depositados segundo as suas dimensões e densidades (sedimentação), originando os sedimentos. O transporte dos detritos pode ser efetuado por ação gravítica através das águas das chuvas, dos rios, do vento, ou então dissolvidos nas aguas. Na bacia de sedimentação, os sedimentos são sujeitos a um conjunto de processos (compactação, cimentação, recristalização) que transformarão os sedimentos numa rocha sedimentar. Ao conjunto de processos físicos e químicos que levam à formação de uma rocha sedimentar, a partir de sedimentos, dá-se o nume de diagénese. O resultado de deposição dos sedimentos, segundo a sua densidade, em bacias de sedimentação que não sofrem perturbações é a formação de estrato, o que fornece às rochas sedimentares a típica estratificação (organização dos sedimentos em camadas) Rocha preexistente Meteorização Erosão Sedimentogénese Detritos Transporte Deposição Sedimentação Compactação Cimentação Diagénese Recristalização Rochas sedimentares # Rochas magmáticas e metamórficas - Rochas magmáticas As rochas magmáticas têm origem na consolidação de um magma, que corresponde ao material rochoso que se encontra no estado fluido, no interior da Terra. As rochas magmáticas podem ser divididas em dois tipos: o Rochas plutónicas ou intrusivas: - O magma arrefece no interior da crosta terrestre, desta forma a solidificação dá-se lentamente - O arrefecimento do magma dá-se de forma lenta e gradual dando tempo dos minerais se formarem e se tornarem visíveis - Apresentam textura de minerais mais desenvolvida - Como exemplo: Granito o Rochas vulcânicas ou extruvisas: - O magma solidifica à superfície desta forma a solidificação é brusca e repentina - O magma solidifica-se bruscamente e não dá tempo aos minerais para se formarem - Apresentam uma textura mineral de cristais com pequenas dimensões - Como exemplo: Basalto - Rochas metamórficas As rochas metamórficas resultam da atuação dos fatores de metamorfismo sobre rochas sedimentares, rochas magmáticas ou rochas metamórficas de baixo grau de metamorfismo. Os fatores de metamorfismo são a temperatura, os fluidos de circulação, a pressão e o tempo. O grau de metamorfismo de uma rocha dependerá do fator de metamorfismo atuante e do grau de atuação de cada um desses fatores. Um fator de metamorfismo como a pressão poderá originar rochas metamórficas de baixo ou de alto grau de metamorfismo, consoante o valor da pressão que foi exercido ou consoante o tempo em que foi exercida a mesma pressão. Fator de metamorfismo Temperatura Pressão Efeito - A temperatura provoca alterações ao nível da composição mineralógica e na distribuição e orientação dos minerais nas rochas sobre as quais atua. - O efeito da temperatura provoca o aparecimento de novos minerais (recristalização), típicos das condições de metamorfismo. - A pressão provoca a orientação dos minerais constituintes das rochas, conferindo às rochas metamórficas uma orientação mineralógica a que se dá o nome de xistosidade. - Por vezes, a pressão origina nas rochas metamórficas um aspeto de folha, tal como acontece nos xistos, a que se dá o nome de foliação. A causa que leva à atuação dos diferentes fatores de metamorfismo leva à ocorrência de um dos dois tipos básicos de metamorfismo – metamorfismo regional e metamorfismo de contacto. Se uma bacia de sedimentação sofre, por aumento da carga de sedimentos, um afundamento, esta vai estar sujeita a um aumento de pressão e de temperatura que afeta toda a bacia de sedimentação – metamorfismo regional. Se ocorrer a ascensão de uma bolsa magmática a altas temperaturas, essa elevada temperatura ira afetar as rochas encaixantes por onde ascende – metamorfismo de contacto Os gnaisses, os xistos, os mármores, os micaxistos e os quartzitos são alguns exemplos de rochas metamórficas. # Ciclo das rochas Capitulo 3 – A medida do tempo e a idade da Terra A descoberta da radioatividade e a interpretação dos seus resultados permitiu a utitlização do decaimento radioativo dos elementos para a datação terrestre, surgindo, deste modo, a datação absoluta. Os fosseis de idade foram outro elemento utilizado para a datação da Terra – datação relativa A datação absoluta e a datação relativa são dois processos de datação das rochas, permitindonos obter uma idade radiométrica ou absoluta e uma idade relativa, respetivamente. A datação relativa, como o nome indica, não permite obter uma idade absoluta, isto é, em valores numéricos, mas uma comparação de idades. Pelo contrário, a datação absoluta permite-nos obter um valor numérico para uma determinada idade. Por exemplo, se disseres que o José tem 18 anos e que o Pedro tem 16 anos, estás a efetuar uma datação absoluta, mas se disseres que o Pedro é mais novo que o José, então efetuaste uma datação relativa. # Idade Relativa e idade radiométrica - Idade relativa A idade relativa, obtida por um processo de datação relativa, não nos permite determinar um valor numérico para a idade da Terra nem dos seus materiais constituintes, permitindo-nos apenas estabelecer relações entre os seus diferentes constituintes. A datação relativa apoia-se na posição relativas dos estratos e na presença de fosses de idade Princípio da horizontalidade de estratos Princípio da identidade paleontológica Princípio da inclusão Princípio da interceção Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente Estratos iguais com o mesmo tipo de fóssil mas em localizações diferentes correspondem a idades geológicas iguais Incluir fósseis de idades diferentes no mesmo estrato Determinados objetos geológicos intercetam sequencias de estratos sedimentares e são mais recentes do que as estruturas geológicas que atravessam Um fóssil de idade corresponde ao fóssil de um ser vivo que viveu apenas durante um curto período de tempo, embora possa ter ocupado uma extensa área e zonas muito dispersas da Terra. A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que se encontrem muito distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos possuem a mesma idade. - Idade absoluta ou radiométrica A idade radiométrica permite-nos obter um valor numérico para a idade das rochas. A determinação da idade radiométrica, baseia-se na desintegração de isótopos radioativos naturais. Este facto torna imediatamente limitativa a aplicação deste método de datação a todas as rochas, pois nem todas apresentam na sua constituição mineralógica, elementos radioativos, ou então, possuem-nos numa quantidade muito pequena. As rochas magmáticas, ao contrário das sedimentares e metamórficas, são rochas que podem ser sujeitas a este método de datação. As rochas metamórficas e as sedimentares resultam da acumulação e da transformação de sedimentos com origens e idades diferentes, o que impede que seja determinada a idade absoluta da sua génese. O método de datação radiométrica é baseado no facto de os isótopos radioativos se desintegrarem espontaneamente, a uma velocidade constante, ao longo do tempo para cada um dos diferentes elementos radioativos. A velocidade de decaimento não é afetada pelas condições ambientais (temperatura, humidade, pressão), o que torna o seu valor específico do elemento e não as condições a que esse elemento está sujeito. Os átomos iniciais de um isótopo radioativo (isótopo-pai) são incorporados na estrutura dos minerais, aquando da génese desses minerais, logo, da rocha que os contem. Como estes elementos são instáveis, o núcleo dos seus átomos desintegra-se espontaneamente, libertando radioatividade, isto é, energia sob a forma de calor e radiações, originando um novo isótopo, o isótopo-filho. Este isótopo-filho é mais estável que o isótopo-pai, ocorrendo a desintegração sempre no sentido de obtenção de isótopos-filhos cada vez mais estáveis. A semivida, meia-vida corresponde ao tempo necessário para que ocorra a desintegração de metade do número inicial de isótopos-pais de uma amostra, originando isótopos-filhos estáveis. Os valores de semivida obtidos numa determinada rocha, até à atualidade permitem-nos datar radiometricamente essa rocha # Memória dos tempos geológicos A Terra, ao longo dos seus 4600 M.a., tem sofrido várias alterações, quer biológicas quer geológicas. Os oceanos formaram-se, possibilitando a vida nos oceanos. As montanhas soergueram-se e foram erodidas. Os seus sedimentos foram incorporados no ciclo das rochas e, desta forma, surgiram, mais tarde, incorporados em rochas sedimentares e em rochas metamórficas. Alguns seres vivos saíram dos oceanos e ocuparam as terras emersas, onde foram evoluindo e adaptando-se às novas condições climáticas e ambientais. Apareceram novos seres e extinguiram-se outros, numa luta contínua pela sobrevivência nas diferentes condições que lhes iam surgindo Tema 2 – A Terra – um planeta muito especial Capitulo 1 – Formação do sistema solar # Provável origem do sol e dos planetas - Algumas teorias sobre a origem do Sistema Solar Ideias Catastrofistas: A formação do Sistema Solar resultaria da colisão entre duas estrelas - O sol teria sido o primeiro a formar-se - Inicialmente o sol não teria qualquer planeta a girar à sua volta - Uma estrela vagueando no espaço teria chocado com o sol - O impacto teria feito com que pequenos “pedaços” se libertassem e condensassem em seu redor, dando origem aos planetas Hipótese de Chamberlain: Possivel aproximação, sem colisão de duas estrelas - Por ação dos campos gravíticos elas seriam de tal forma deformadas que pequenas porções seriam “arrancadas” - Estas porções levariam também à formação de planetas - Nascimento da Teoria Nebular 1755, Immanuel Kant, ponha a hipótese de que o sistema solar tinha origem numa nuvem turbilhonante e fria de gases e poeiras. 1796, Laplace desenvolveu a teoria de Kant, a nuvem teria sido animada de um movimento de rotação em torno de si própria, em consequências das forças de gravitação a nuvem ter-se-ia contraído, as partículas centrais formaram o Sol, esta teoria não resistiu às leis fundamentais da física. O Sol, quando submetido a tal força, giraria cada vez mais depressa à medida que o seu volume fosse diminuindo. A velocidade de rotação teria de ser substancialmente superior à que apresenta atualmente Atualmente a hipótese mais aceite para explicar a formação do sistema solar é a Teoria Nebular: - Inicio com um nuvem primordial enriquecida com elementos pesados, fria, de dimensões gigantes, constituída por gases e matéria interestelar - O núcleo foi aquecendo gradualmente devido à condensação da matéria - A nuvem começou a rodar - No núcleo da nuvem a temperatura ter-se-á elevado a milhões de graus - Inicio das reações termonucleares, por fusão do hidrogénio - Após alguns milhares de anos, a velocidade de rotação foi sendo cada vez mais rápida e levou ao achatamento da nuvem - Muitas das partículas aglutinaram-se no centro - Formação do Sol - As partículas que rodeavam o sol foram-se concentrando nas zonas internas, tendo ocorrido condensação da matéria, com o aumento da temperatura - Formação de planetas telúricos ou terrestres com elevada densidade - Condensação de matéria semelhante à do Sol nas zonas externas da nuvem, onde a temperatura é inferior - Formação dos planetas gasosos, de menor densidade - Os planetas começaram a descrever orbitas, mais ou menos circulares - As orbitas entraram posteriormente em equilíbrio, de modo a interferirem minimamente entre si # Planetas e Pequenos Corpos do Sistema Solar O Sistema solar é constituído por uma estrela centra o Sol, à volta da qual giram oito planetas principais, dezenas de planetas secundários, alguns planetas anões e outros objetos referidos coletivamente como Pequenos Corpos do Sistema Solar, onde se incluem os asteroides e os cometas. - Planetas do Sistema Solar Planetas Principais: têm de descrever uma orbita regular em torno do Sol, têm de ter massa suficiente para ter gravidade própria e têm de possuir uma orbita desimpedida de outros astros. Os planetas principais podem ser divididos em: - Terrestres, telúricos ou interiores: são planetas de elevada densidade e cuja composição química é cilicatada (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte) - Gasosos, gigantes ou exteriores: são planetas de elevada massa e densidade muito inferior porque sob o ponto de vista químico são constituídos por gases. Localizam-se entre a cintura de asteroides e a cintura de Kuiper, (Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno) Planetas Secundários ou Satélites: têm orbitas em torno de planetas principais e apresentam menos massa do que planetas principais Planetas Anões: as orbitas destes intercetam as orbitas de outros planetas, como exemplo Plutão, Ceres e Éris - Pequenos Corpos do Sistema Solar Asteroides: são corpos de forma irregular, alguns de grandes dimensões, não descrevem orbitas definidas, desimpedidas, regulares. Cometas: são corpos pequenos esferoidais, constituídos essencialmente por água, gases congelados e poeiras rochosas, giram à volta do sol com orbitas muito excêntricas. Estão estruturados em três partes, sempre que a sua orbita aproxima-se do sol: um núcleo brilhante, uma cabeleira e uma comprida cauda, resultado da evaporação provocada pelo calor do sol. Têm origem na cintura de Kuiper ou na nuvem de cometas de Oort. Meteoroides: partículas rochosas de variadas dimensões que se formam devido à desagregação de cometas ou à colisão entre asteroides. Durante a entrada na atmosfera terrestre, o meteoroide sofre aquecimento devido ao atrito, torna-se incandescente e deixa um rasto luminoso chamado meteoro. No entanto, pode suceder que alguns meteoroides resistam ao atrito provocado pela entrada na atmosfera terrestre, vaporizem parcialmente e colidam com a superfície terrestre, formando desta forma meteoritos. Os meteoritos são classificados em sideritos, siderólitos e aerólitos. Classificação dos meteoritos Sideritos ou férreos: são formados por uma liga metálica de ferro e níquel Siderólitos: são constituídos por proporções idênticas de minerais silicatados, tal como feldspato, e de uma liga metálica de ferro e níquel Aerólitos: possuem na Condricos: são meteoritos Ordinários: não têm um comportamento sua composição com côndrulos (pequenos digno elevada percentagem agregados esféricos, de Carbonosos: contêm compostos de de minerais minerais de alta origem extraterrestre e agua silicatados e uma temperatura) reduzida percentagem Acondricos: são meteoritos de textura homogénea, sem o da liga de ferro e desenvolvimento de côndrulos, com grande semelhança às rochas da níquel. superfície terrestre # A Terra – acreção e diferenciação A diferenciação da Terra foi provocada por energia de diferentes fontes: - Calor resultante do impacto dos planetesimais; - Calor resultante da compressão dos materiais constituintes; - Calor resultante da desintegração radioativa. A Terra passou de um corpo homogéneo para um corpo com núcleo denso, essencialmente constituído por ferro, uma crosta, composta de materiais pouco densos, e o manto, formado por materiais de densidade intermédia, compreendido entre o núcleo e a crosta. Em consequência da diferenciação formou-se ainda a atmosfera e a hidrosfera. Capitulo 2 – A Terra e os Planetas Telúricos # Manifestações da atividade geológica Os Planetas telúricos ou terrestres são: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte. - Métodos utilizados na Geologia Planetária A Geologia Planetária recorre a metodologias para o estudo dos planetas telúricos, os parâmetros mais estudados são: - a estrutura interna dos planetas - a cartografia, com o recurso a fotografias - a composição, fazendo uso de analises laboratoriais diretas e analise espectrais remotas - cronologia relativa, com a utilização de métodos radiométricos O estudo das formas e morfologias presentes nos planetas é feito através de um processo de comparação com estruturas existentes no planeta Terra. Conhecendo as estruturas é possível inferir os processos que as originaram. Assim foram definidos três tipos de estruturas: As estruturas endógenas resultam da ação de processos e forças que atuam no interior dos planetas, como por exemplo, dobras, falhas, fissuras (…) As estruturas exógenas são originadas por processos que ocorrem na superfície do planeta, tais como rios e dunas. As estruturas exóticas têm uma origem exterior ao planeta, como é o caso de crateras de impacto de meteoritos e outros corpos celestes. Os planetas telúricos podem ser classificados como: Geologicamente ativo, quando nele é possível observar sinais de dinâmica externa ou interna, como por exemplo erupções vulcânicas, sismos Geologicamente inativo, quando nele não é possível observar dinâmica A Terra é um planeta geologicamente ativo, porque: Energia necessária para a geodinâmica interna: - radioatividade, deve-se às propriedades radioativas de certos elementos das rochas que constituem a Terra - acreção, acréscimo de matéria cósmica - efeito das marés, - contração gravitacional, diferenciação e aumento da temperatura Energia necessária para a geodinâmica externa: - sol, energia solar, fonte de energia responsável pelo aquecimento da crosta terrestre - da atividade vulcânica e sísmica - do impactismo, energia dos impactos # Sistema Terra-Lua, um exemplo paradigmático Entre a Terra e a Lua existe forte interação gravitacional, pelo que os investigadores referemse a estes como planetas duplos. Terra-Lua: - a força gravítica da lua sobre a terra é tal que gera as marés - diminui a velocidade de rotação da terra - o efeito das mares leva a que a lua se afaste da terra - dá origem a que a rotação da lua seja síncrona com a sua translação Lua: - temperatura -200º a 130º - ausência da atmosfera devido à sua reduzida massa - erosão quase inexistente, devido à inexistência de vento ou agua no estado liquido - trata-se por isso de um planeta geologicamente - mares lunares: regiões planas, mais escuras constituídas por basaltos - continentes lunares: regiões mais claras, refletem mais luz e são constituídas por anortosito - crateras lunares: resultam do pacto de corpos celestes, visíveis nos mares e nos continentes Capitulo 3 – A Terra, um planeta único a proteger # A face da terra – continentes e fundos oceânicos -Escudos: rochas que afloram; formam os núcleos dos continentes. - Plataformas estáveis: zonas de escudos que não afloram porque estão cobertos de sedimentos. - Cinturas orogénicas recentes: cadeias resultantes de colisões entre continente-continente ou placa oceânica-continente. -Fundos Oceânicos Domínio continental - Plataforma continental: faz parte da crosta continental e prolonga o continente sob o mar. - Talude continental: limite da parte imersa do domínio continental; tem declive acentuado. Domínio oceânico - Planícies abissais: de profundidade compreendida entre 2500 e 6000m. Por vezes podem existir fossas. - Dorsais: situam-se na parte média ou bordas oceânicas. Contêm um vale central – rifte. Tema 3 – Compreender a estrutura e dinâmica da geosfera Capitulo 1 – Métodos para o estudo do interior da geosfera Métodos diretos (baseados na observação direta) - Observação e estudo direto da superfície visível - Exploração de jazigos minerais efetuada em minas e escavações - Sondagens Métodos indiretos - Planetologia e astrogeologia: as técnicas aplicadas no estudo de outros planetas do sistema solar podem ser usadas no estudo da Terra. Métodos geofísicos - Gravimetria: estudo de variações no campo gravítico da terra – anomalias gravimétricas. A presença de rochas menos densas dá origem a anomalias gravimétricas negativas; a presença de rochas mais densas, leva a anomalias positivas. - Densidade: comparação da densidade de rochas presentes a diversas profundidades. - Geomagnetismo: estudo das alterações no campo magnético da Terra. - Sismologia: estudo dos sismos e da propagação das ondas sísmicas. - Geotermismo: estudo da energia térmica da Terra. Por: Filipa Ferreira