19/05/2017 - MÃOS

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Higienização das mãos - Mitos e verdades
Para chegar até este site e ler esta notícia, provavelmente você usou as mãos. Para
ligar o computador ou desbloquear seu celular também. Você já pensou quantas
vezes usa as mãos ao longo do dia? Nossas mãos desempenham inúmeras funções e
estão em contato frequente com objetos contaminados. Por isso, sempre que levamos
as mãos a boca, nariz ou olhos sem higienizá-las, estamos correndo riscos de
desenvolver alguma doença.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos casos de diarreias, gripes
e conjuntivites poderiam ser evitados com o simples ato de lavar as mãos
corretamente. Ou seja, com água e sabão, por 40 a 60 segundos, ou álcool em gel,
por 20 a 30 segundos, não se esquecendo de espalhar bem o produto e limpar as
regiões entre os dedos e ao redor das unhas.
Um estudo feito nos Estados Unidos em 2013, pela Michigan State University, e
baseado na observação do comportamento de 3.749 pessoas em banheiros públicos
mostrou que:
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33% não usaram sabonete ao lavar as mãos.
10% sequer lavaram as mãos.
Apenas 5% lavaram as mãos por tempo suficiente.
Para contribuir com esse importante ato de prevenção de doenças, selecionamos
abaixo alguns dos principais mitos e verdades sobre a higienização das mãos.
Devo lavar a mão com água e sabão e depois com álcool em gel.
MITO — Embora em alguns locais os dois produtos estejam disponíveis, eles têm a
mesma função. “Podemos escolher um deles e o efeito da higienização será
imediato”, explica a dra. Mirian de Freitas Dal Ben Corradi, infectologista e integrante
da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Sírio-Libanês.
Sabão antibacteriano é mais eficiente que sabão normal.
MITO — Os sabões comuns (sólidos ou líquidos) têm a mesma eficácia que os
antibacterianos na higienização das mãos e podem ser usados para todas as
situações cotidianas em que as mãos possam ter sido contaminadas.
Devo retirar joias e relógio durante a higienização das mãos.
VERDADE — Sob esses objetos, frequentemente acumulam-se micro-organismos.
Por isso, devemos retirá-los antes de situações de maior risco de contaminação ou
transmissão de vírus e bactérias, como antes do preparo de qualquer alimento; em
contato com pacientes doentes; e antes de tratar algum machucado. “Guardamos
esses objetos, higienizamos as mãos e estamos protegidos”, comenta a dra. Mirian.
Detergente pode ser usado para higienizar as mãos.
VERDADE — No entanto, os detergentes, o álcool comum e os demais produtos de
limpeza domiciliar não são produzidos para lavar as mãos e podem causar
microfissuras na pele, facilitando a colonização por vírus e bactérias, explica a dra.
Mirian. “Se não tivermos álcool em gel ou sabão, podemos usar detergente em uma
ou outra situação, mas não são os mais indicados”, comenta a infectologista.
Higienizar as mãos demais acaba matando os micro-organismos “bons”,
prejudicando a flora bacteriana das mãos.
MITO — Nossas mãos estão cheias de micro-organismos “bons”, que formam a flora
bacteriana residente em nosso organismo, e de micro-organismos transitórios, que
podem transmitir doenças. Quando higienizamos as mãos, podemos matar os dois
tipos de micro-organismos, mas os residentes vivem em camadas mais internas da
pele e logo são restabelecidos. Portanto, podemos higienizar as mãos várias vezes ao
dia, ou seja, sempre que necessário.
Quando o álcool em gel começa ficar “empelotado", deve ser descartado.
MITO — O bico de alguns dispensadores de álcool em gel permitem que este fique
“empelotado”, aparentando estar velho. Isso ocorre devido ao contato do produto
com o ar, mas não necessariamente devem ser descartados. Segundo explica a dra.
Mirian, o mais importante é manter o produto em local fresco e arejado e respeitar
seu prazo de validade, conforme estipula o fabricante. “Se obedecermos esses
critérios, podemos retirar aquelas partes mais ressecadas do bico do dispensador do
álcool em gel e continuar usando o produto normalmente”, reforça a médica.
Falta de higienização das mãos pode causar infecções hospitalares.
VERDADE — A higienização das mãos é uma das estratégias utilizadas pelo Hospital
Sírio-Libanês e outras instituições na prevenção das infecções hospitalares.
Acompanhantes e familiares devem higienizar as mãos sempre, antes e depois, de
visitarem pacientes internados. Para os profissionais de saúde, existem cinco
momentos-chave de higienização das mãos: (1) antes de contato com o paciente; (2)
antes da realização do procedimento asséptico; (3) após risco de exposição a fluidos
corporais; (4) após contato com o paciente; (5) após contato com as áreas próximas
aos pacientes.
A higienização das mãos pode ser substituída pelo uso de luvas.
MITO — As luvas podem reduzir em mais de quatro vezes os riscos de contaminação
das mãos, mas segundo explica o dra. Mirian, no momento de retirar as luvas as
mãos correm risco de serem contaminadas. Por isso, as mãos devem sempre ser
higienizadas após a retirada das luvas.
Momentos que sempre devemos higienizar as mãos:
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Após coçar ou assoar o nariz.
Após ir ao banheiro.
Antes e depois de tocar machucados e ferimentos.
Depois de mexer no lixo.
Depois de brincar, alimentar ou limpar um animal.
Antes de tocar em qualquer coisa que vá à boca de bebês.
Depois de trocar fraldas ou ajudar uma criança a se limpar.
Fonte: www.hospitalsiriolibanes.org.br
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