A DISCUSSÃO À BEIRA DO LEITO NO ENSINO MÉDICO Lucas Poti Nobre; Bruna Dillyane Sousa Costa; Bruna Rafaela Castro Silva; Emanuele Tavares Sales De Araújo; José Rosemberg Costa Lima Filho; Larissa Logrado Aguiar; Ranniere Gurgel Furtado De Aquino; Alexssandra Maia Alves; Lenora Maria De Barros E Silva Universidade de Fortaleza - UNIFOR Introdução: O Ensino à beira do leito vem sendo utilizado como forma de ensino médico desde a antiguidade. Entretanto, está perdendo espaço atualmente para o aprendizado em anfiteatros e laboratórios, mais tecnológicos. Este distanciamento do docente é motivo de preocupação na formação médica atual. Objetivos: Descrever as experiências dos monitores a respeito do ensino à beira do leito e seu aprendizado nesse estilo de ensino, no módulo de Habilidades Médicas V, durante o primeiro semestre de 2014. Relato de Experiência: Neste módulo, os alunos visitam alguns pacientes pré-selecionados para colherem a história clínica. Há uma divisão dos alunos em dois setores do hospital, a Pediatria e a Clínica Médica. Cada professora adota um método de ensino distinto, proporcionando ao monitor a possibilidade de explorar as duas vertentes de ensino. Na Clínica Médica, há a discussão na beira do leito, onde todos os alunos têm a possibilidade de verem todos os pacientes. Já na Pediatria, apenas um pequeno grupo de alunos vê o paciente, com posterior discussão dos casos com seus colegas. Resultados: Os monitores tiveram um excelente aprendizado acadêmico em relação ao ensino na beira do leito, este modelo de ensino tornou-se uma fonte inesgotável de ensinamentos e aprendizados, exercitando habilidades fundamentais da Medicina, como o desenvolvimento do raciocínio clínico, a prática da abordagem ao paciente no leito, bem como a destreza de ver, ouvir e sentir um paciente. Além disso, o desenvolvimento de uma boa relação acadêmico-paciente não só é decisiva para treinar a capacidade do discente de determinar um diagnóstico ou uma terapêutica, como também representa uma oportunidade única de conciliar os conhecimentos éticos e científicos adquiridos durante a graduação. Conclusão: Apesar de o ensino à beira do leito está perdendo espaço para os progressos tecnológicos, o estudo junto ao paciente é uma atividade com grandioso potencial educativo, que merece incentivo das escolas médicas. Palavras chave: Educação médica; medicina; discussão de casos