A HORA DA VERDADE PARA ALCKMIN Como se sabe, a partir de 2016, o governo paulista põe em prática o projeto de reorganização das escolas estaduais, que prevê a divisão das escolas em ciclo de ensino. Cerca de 94 colégios estaduais (25 na capital) deixam de funcionar e se transformarão em escolas técnicas ou creches. Até aqui, o marketing do governo paulista não se mostrou eficaz na comunicação com a população. Diante de um marketing sem clareza, pais, estudantes, organizações estudantis, professores e entidades classistas vêm promovendo uma série de protestos, contra a reestruturação das escolas, em, quase, todo o Estado. Por outro lado, Alckmin argumenta que a reestruturação das escolas estaduais por ciclos de ensino melhora a gestão delas. Para ele, a sociedade é conservadora, afinal, as mudanças obedecem a estudos técnicos cujo fim é melhorar a educação no todo. A verdade é uma só: o governo não dialogou com a comunidade escolar e seu marketing é ruim. A forma como tudo foi feito até aqui, deixa claro que não há espaço para divergência. Tem mais, o governo, até o momento, não foi capaz de esclarecer e convencer, satisfatoriamente, as dúvidas da população. O fato é que faltou diálogo e transparência à reorganização das escolas. A mídia bem que poderia se interessar mais pelo tema. O jornal ''Folha de S. Paulo'' tem dado sua contribuição ao debate ouvindo vários especialistas a favor e contra. Os contrários, são unânimes em dizer que a reorganização das escolas não visa a melhoria da qualidade de ensino. Afirmam que está em jogo a superlotação das salas de aula, o fechamento de escolas, o corte de verbas da educação e a demissão de professores.