Documento CUCS # 1A C&SC200510(1)Batista Batista L.E. Masculinidade, raça/cor e saúde. Ciência & Saúde Coletiva (Rio de Janeiro, Brasil) 2005 Janeiro-Março; 10(1):71-80. Objetivos: Identificar as diferenças nos perfis de mortalidade entre homens negros e brancos em São Paulo, Brasil, relacionando três causas de morte. Metodologia: Utilizou-se informações do Sistema de Informação (SIM) referente ao ano de 1999. Os dados foram divididos em três grupos de acordo com as causas de morte: Doenças parasitárias e infecciosas, distúrbios mentais e causas externas (violência, homicídio, etc.). Somente dados sobre negros e brancos foram incluídos nessa análise. Resultados: O autor reportou as maiores taxas de mortalidade de homens em comparação com as mulheres. Isto é atribuído aos fatores sociais tais como, estilo de vida, comportamento e hábitos. Homens e mulheres negros morrem de problemas respiratórios por tuberculose numa taxa 3 vezes maior que brancos e 2,3 mairo que brancos por doenças relacionadas ao vírus HIV. Mortalidade por distúrbios mentais em mulheres negres é 1,7 vezes maior do que em mulheres brancas; enquanto que os homens negros morrem numa taxa 3 vezes superior aos homens brancos por caus de distúrbios mentais relacionados com o uso de álcool e de drogas. Mortalidade por causas externas é 2 vezes maior entre homens negros do que entre os brancos, constituindo-em em evidência de que este grupo está altamente exposto à violência. Conclusões: Devido à alta taxa de mortalidade entre os negros, o atuor propõe que seja analisada a relação “processos de saúde-doença-morte” e “condições sociais”. Há necessidade de uma perspectiva crítica sobre a desigualdade racial e seu impacto na saúde.