Missão e Vocação, na Igreja e no mundo

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No convite do blog desta ultréya encontramos (§ 689 do CIC):
“Aquele que o Pai enviou a nossos corações, o Espírito de seu
Filho” é realmente Deus. Consubstancial ao Pai e ao Filho, ele
é inseparável dos dois, tanto na Vida íntima da Trindade como
em seu dom de amor pelo mundo.
Mas ao adorar a Santíssima Trindade, vivificante,
consubstancial e indivisível, a fé da Igreja professa também a
distinção das Pessoas.
Quando o Pai envia seu Verbo, envia sempre seu Sopro:
missão conjunta em que o Filho e o Espírito Santo são
distintos, mas inseparáveis.
“Sem dúvida, é Cristo que aparece, ele, a Imagem visível do
Deus invisível; mas é o Espírito Santo que o revela.”
Deste modo façamos
INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Eu sempre gostei muito de aprender e para isso era preciso estudar
bastante.
Deus me permitiu fazer mais de três faculdades e sempre lhe
agradeço por isso.
Lembro que em idos do ano de 2000, num jantar de formatura da
minha da segunda faculdade, numa surpresa dos colegas de turma,
um dos alunos foi chamado para receber uma pequena lembrança.
Os colegas tinham escolhido aquele estudante que partilhava sua
aprendizagem recebida dos mestres e professores e que, no lugar
destes, conseguia transmitir os ensinamentos, simplesmente falar
na linguagem deles o que muitos professores não conseguiam.
Neste jantar, o paraninfo da turma, um daqueles professores que
tinha muito conhecimento da matéria e facilidade com as palavras
ao me entregar uma pequena placa de homenagem, pediu que este
aluno dissesse algumas palavras.
Ele, parou, pensou um pouco e disse.
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O QUE TENHO QUE FALAR
FICA PARA A PRÓXIMA AULA,
Voltemos à festa.
Os alunos vibraram... Era o seu jeito de falar com eles.
O professor pegou o microfone e disse.
Esse aluno é muito bom. Mas é curto e grosso.
Então.
Esse aluno era eu.
Jorge Tadeu que fez o 37º Cursilho para homens de nossa diocese,
dez anos depois, em 2010 e muita coisa de lá para cá mudou em
minha vida.
Pois a partir do encontro em Cristo Ressuscitado, no meu Cursilho
descobri que:
Quer pela sua palavra, quer por meio de seu trabalho, quer por
meio de sua maneira de se relacionar com os outros, todo cristão é
evangelizador, todo batizado é semeador da fé, da esperança e do
amor.
Nem é preciso especializar-nos numa faculdade de teologia.
Aqui se trata de uma vocação especifica que nasce em nós como
que por geração espontânea - A PARTIR DO BATISMO.
E, assim sendo, nada nem ninguém conseguirá apagá-la.
Nossa missão de cristão, porém, tem de ser assumida numa
condição de “pobreza”.
Não porque Jesus queria ver-nos passando fome e sede, e sim
para sublinhar o valor da LIBERDADE.
De fato, o evangelho nunca faz a exaltação do “NÃO TER”;
Mas faz a exaltação do “SER LIVRE”.
Decerto, não é fácil hoje, proclamar a verdade de Cristo.
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Num mundo que aprendeu a navegar mares de ideologias
mentirosas.
Não é fácil proclamar a fé no ressuscitado.
Numa sociedade que se gaba de acreditar tão somente no valor do
dinheiro.
Nem é fácil proclamar o amor e o perdão ao ser humano.
Tantas vezes provado pela injustiça, pelo ódio e pela violência.
De qualquer forma, porém, a Igreja existe para evangelizar, não
para silenciar e se fechar em si mesma.
E aqui presentes em nome dele, nem é preciso lembrar que a Igreja
é a reunião de todos nós.
E nesta trilha segue o tema proposto para esta mensagem.
Missão e Vocação, na Igreja e no mundo.
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Missão e Vocação, na Igreja e no mundo.
Mas, por primeiro, o que é MISSÃO?
A missão é tudo aquilo que é determinado por DEUS a cada um de
nós a partir do nascimento até a nossa morte física.
Esta MISSÃO passa a ser aceita por nós neste mundo que
procuramos viver como cristãos.
Ela acontece em nossa vida a partir de batismo – porque é o
momento que passamos a fazer parte do corpo místico de Cristo.
Portanto após nosso batismo estamos carimbados com a MISSÃO
de servidor de Cristo.
A MISSÃO nos dada é INTRANSFERÍVEL.
Isto é, não podemos delegá-la a ninguém.
E mais, se eu não cumprir a minha MISSÃO, ninguém poderá fazêla por mim.
Tem até uma estória:
“Do Menino Abandonado e Maltrapilho da sua rua”.
Havia um homem muito bom que morava em um bairro
de uma cidade qualquer – era religioso, ia sempre às
missas, tinha um coração bondoso e cheio de
compaixão.
Certo dia deparou-se com um menino maltrapilho na
rua.
Ele estava deitado na calçada, sujo. Muito Feio.
O homem parou e até conversou um pouco com ele.
Mas foi embora, pois estava cheio de compromissos e
não podia perder tempo.
À noite quando foi deitar-se, o homem começou a fazer
a sua conversa rotineira com Deus, através de suas
orações.
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Aí veio à sua mente aquele menino – então ele disse à
Deus.
Senhor, eu sei que és bom, generoso, tens poder,
faça alguma coisa para aquele menino.
Então Deus lhes respondeu:
MAS EU JÁ FIZ.
Ah, que bom Senhor. Assim fico feliz. Mas pode me
falar o que foi feito?
Mais uma vez DEUS lhe respondeu:
EU JÁ CRIEI VOCE – CUMPRA A SUA MISSÃO.
Penso que esta estória, nos indica que o lugar próprio para o
Cristão atuar é próprio Mundo.
Por isso, o papel do cristão leigo não é ficar o dia todo dentro de
um dos muitos prédios da Igreja, mas ser Fermento, Sal, e Luz no
mundo, ou seja, em todos os ambientes em que ele participar.
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Além da Igreja
Comunidade
Rua
Política,
Coincidentemente, iniciando sempre pela família, o ambiente
mais próximo dele.
Todavia, são nestes ambientes que teremos que nos empenhar
para a construção efetiva do reino de DEUS, propiciando ali um
reino eterno e universal, reino de verdade e de vida, reino de
santidade e de Graça.
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Depois que reconhecemos que temos uma missão pessoal para
cumprir,
Agora, precisamos entender nossa Vocação.
Mas, antes, o que é Vocação?
Quando se ouve a palavra “Vocação” o que vem à mente?
VOCAÇÃO é um chamado de Deus.
Que acontece na vida de cada um de nós.
Para um trabalho a ser feito na sociedade, no mundo.
Portanto é Deus que nos chama para a vida e o serviço.
A vocação é pessoal.
Só será despertada, quando praticar bem a sua missão.
Porque uma está intimamente ligada à outra.
Mas, como saber se posso fazer alguma coisa?
Só fazendo.
Lembram-se do gosto da laranja aprendida no cursilho?
Para saber o gosto que a laranja tem... É preciso experimentar.
Mas, posso dar outros exemplos, ainda dentro de nosso Movimento.
Se DEUS quer que minha missão seja a de um mensageiro.
Somente fazendo uma mensagem é que eu descobrirei que sou um
vocacionado, para fazer e desenvolver mensagens.
Ou, de outro modo, talvez minha vocação esteja em trabalhar na
cozinha.
Ou ainda, mais para o mundo,
Se o chamado de Deus é para ser um religioso na Igreja, atuando
como:
 Frei (ou Freira)
 Frade
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Consagrados
Padre
Bispo
Papa
Ou, ainda, atuar como leigos em nossa própria comunidade e a
serviço da Igreja:
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Praticando os serviços de catequese
Como ministro de canto ou da Eucaristia
Exercer trabalhos administrativos da paróquia
Ajudar em asilos
Quando respondemos ao chamado de Deus estamos colaborando
com a construção do Reino.
Contudo,
Sempre que for convocado para um trabalho, antes de responder,
deve-se parar e fazer uma análise crítica Cristã do momento que se
vive e responder se poderá assumir esta convocação.
Se aceitar a convocação, faça-a com responsabilidade, entendendo
claramente sua missão / vocação para aquela tarefa.
O certo é que cada um de nós recebe um dom e é com ele que
vamos realizar nossa missão no mundo.
E neste plano, cada ser humano possui uma VOCAÇÃO
ESPECIFICA.
Talvez muitos ainda nem reconheçam a própria vocação, mas esta
está atrelada a MISSÃO dada por Deus a cada um de nós, para
que seja praticada no mundo.
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E a Palavra nos diz:
Muitos foram os chamados nas escrituras sagradas: Noé, Abrahão,
Moisés, Jonas, Samuel, Elias e os apóstolos.
Foi Jesus quem chamou os primeiros colaboradores.
Pedro era pescador e Jesus convidou-o dizendo:
"Não tenhas medo! Doravante serás pescador de homens" (Lc
5,10).
Como falei antes, ao convite de Jesus houve uma resposta de
Pedro.
Portanto, não basta apenas ter uma vocação, ou ser chamado.
É NECESSÁRIO DAR UMA RESPOSTA.
Foi isso que também aconteceu com Mateus que era cobrador de
impostos em Lucas 5, 27-28.
Depois disso, Jesus saiu, viu Mateus, um publicano, sentado
na coletoria de impostos e disse-lhe:
“’Segue-me!’ E, levantando-se, Mateus deixou tudo e o seguiu"
Você já pensou...
Como essas pessoas tiveram coragem para deixar tudo e
seguir Jesus?
É assim, também, nos dias de hoje.
Existem pessoas que trabalham, estudam e encontram tempo e
coragem para responder à sua vocação.
E os mais jovens
Como podem fazer um trabalho na vocação a que Deus
chamou?
Não é difícil!
Ainda sem a idade para trabalhar, em suas casa sejam obedientes
e bons filhos, tratando bem a todos.
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Na escola, sendo alunos aplicados e dedicados aos estudos,
respeitando professores e colegas.
E no mundo a fora?
Como podem exercer uma vocação?
Sendo bons cristãos, vivendo a missão de batizados.
 Ajudando na medida do possível, os mais velhos, os mais
necessitados;
 Conservando limpos os locais onde frequenta;
 Sendo gentis e educados para com os outros;
 Sendo solidários e participativos nas coisas próprias de sua
idade etc.
E aos que deixaram de se jovens? Falo daqueles que já trabalham.
A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito
de serviço e responsabilidade.
Neste caso, alguns podem confundir missão com sua profissão,
mas é preciso distinguir bem vocação de profissão, pois não são
exatamente a mesma coisa.
Para entender melhor, vamos fazer um comparativo:
Cada um pense na sua profissão.
Eu sou engenheiro.
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Profissão:
Vocação:
Eu exerço esta profissão porque tenho Aptidão e É um Chamado
foi uma escolha pessoal para exercer meu de Deus para
trabalho.
uma
determinada
missão, que
originou
em
pessoa
como
reação
aspiração
do
meu ser.
Na minha profissão a preocupação principal: é o No chamado de
"ter", o sustento da vida.
Deus
a
preocupação
exclusiva é o
"ser", o serviço,
o amor.
Exercendo
minha
remuneração
profissão
terei
uma Já no exercício
de
minha
vocação
não
tenho
remuneração ou
salário, isto é,
sem
retorno
material.
Depois de um tempo, espero ter aposentadoria.
A
minha
Vocação
exercerei por até
o fim de minha
vida,
sem
aposentadoria.
Se não estiver satisfeito na minha profissão Minha
vocação
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posso trocá-la. Hoje estou engenheiro, amanhã nasceu comigo e
administrador de empresas.
é para sempre.
Quando não é exercida, falta o necessário para Vive
viver.
providência
Divina.
Na profissão eu faço.
da
Na vocação eu
vivo.
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Assim,
A VOCAÇÃO VIVIDA NA FIDELIDADE E NA ALEGRIA
CONFERE AO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
UMA BELEZA PARTICULAR, É O CAMINHO DE SANTIDADE.
Isso na verdade é ser santo e missionário o que é a primeira
vocação de todo cristão pelo batismo:
"sede perfeitos (santos) como é perfeito o vosso Pai que está
nos céus".
Para ajudar, a compreensão de nossa missão e vocação, basta
olhar para o testemunho de vida do missionário e vocacionado,
João Paulo II – hoje Santificado pela Igreja.




Karol Wojtyla nasceu na Polônia em 1920.
Aos 21 anos já havia perdido toda sua família.
Com 8 anos perdeu a mãe,
Seu irmão mais velho, Edmund faleceu anos depois vitima de
uma epidemia num hospital em que estudava medicina.
 Aos 21, perdeu o pai.
 Karol trabalhou como ator e roteirista e ainda como britador
em uma pedreira, era uma pessoa comum.
 Em 1942 começou a estudar teologia na Universidade e ali
teve que viver escondido, junto com outros seminaristas que
foram acolhidos pelo cardeal de Cracóvia.
 Em 1946 foi ordenado padre.
 Em 1958 foi consagrado Bispo
 Participou ativamente do Concílio Vaticano II.
 Em 1967 tornou-se Cardeal.
 Em 1978, com a morte de Paulo VI, participou
do conclave que elegeu o “João Paulo I”, que viria morrer 33
dias depois.
 Assim, Karol Wojtyla, numa segunda eleição, um polonês é
eleito como o sucessor de São Pedro, quebrando a tradição
de mais de 400 anos de Papas italianos.
 Em 22/10/1978 foi investido como Sumo Pontífice e assumiu o
nome de João Paulo II e prometeu que:
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 “LEVARIA A RELIGIÃO AOS QUATRO CANTOS DO
MUNDO”
Como Papa João Paulo II
 Visitou 123 países.
 Em 1998, foi à Cuba, onde passou 5 dias a convite do
Presidente Fidel Castro.
 Ele esteve no Brasil por 3 vazes, em 1980, 1991 e 1997.
 Em 1981 sofreu um atentado em plena Praça de São Pedro e
depois de recuperado vai até a prisão, onde o criminoso
estava preso...
E O PERDOA.
Nos anos 90, o Papa começa ter sua saúde declinada:




Removeu um tumor no cólon;
Deslocou o ombro;
Fraturou o fêmur;
Em 1996, o Mal de Parkinson debilitou ainda mais sua vida.
Em 2005
 Ele já não conseguia mais falar direito e acabou falecendo em
02 de abril.
Segundo o seu secretário, suas últimas palavras foram:
“DEIXEI-ME IR PARA A CASA DO PAI”
Com certeza, ele está ao lado do Pai.
Para nós cristãos, é importante observar seu exemplo, seu
testemunho de vida, na proclamação da Boa Nova.
No seu Amor pelo próximo, um verdadeiro seguidor de Jesus, que
viveu tão perto da vida de muitos de nós e nos provou que se pode
levar o Cristo Ressuscitado para o mundo inteiro.
Que o exemplo de vida deste SANTO sirva-nos como uma injeção
de ânimo, esperança, perseverança.
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E, hoje posso afirmar que:
Depois de meu encontro em Cristo Ressuscitado, passei a observar
o testemunho de alguns santos, hoje citei João Paulo II e através
destes, passei observar os irmãos que vivem tão próximos de nós.
Posso dizer, ainda, que dias atrás, quando fui chamado para ser
mensageiro na ultreya, mesmo sem saber o tema
Logo respondi: Sim.
Pois eu tinha a certeza, depois de compreender qual a minha
missão e descobrir minha vocação,
E não poderia repetir o que fiz naquela festa de formatura, anos
atrás, quando deixei alguns amigos esperando uma pequena
palavra minha.
Hoje, a palavra não é minha. Mas de Jesus.
Mas a missão de hoje foi cumprida por meio da vocação descoberta
no encontro em Cristo Ressuscitado no meu Cursilho.
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
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