Arte Egípcia - 1ª série Ensino Médio

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Texto 4 - Arte para 1ª série do Ensino Médio – Prof.ª Luciana Carvalho
Arte Egípcia
O Egito desenvolveu uma das principais civilizações da Antiguidade e nos deixou uma produção cultural
riquíssima. Temos informações detalhadas sobre essa cultura graças à sua escrita bem estruturada.
Como a região é formada por um deserto, Saara, o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os
egípcios. O rio era utilizado como via de transporte de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também
eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, na época de cheias, favorecendo a agricultura.
O aspecto cultural mais significativo do Egito antigo era a religião, que tudo orientava. Acredita-se em vários
deuses que poderiam interferir na história humana e na vida após a morte, mais importante que a vida
terrena. A felicidade e a garantia da vida depois da morte dependiam dos rituais religiosos. A arte, como não
poderia deixar de ser, refletia essa visão religiosa, que aparece representada em túmulos, esculturas, vasos e
outros objetos deixados junto aos mortos. O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos
deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima,
chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas também ganharam
importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e
pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas
capturadas em guerra. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
A Organização
Faraó – governante; Sacerdotes – responsáveis pelos rituais; Chefes Militares – responsáveis pela
segurança do território; Escribas – responsáveis pela escrita; Povo Egípcio – comerciantes, artesãos,
lavradores e pastores; e Escravos – inimigos capturados em guerra de conquistas.
Os egípcios comuns consideravam uma honra e um dever religioso trabalhar nas Pirâmides, alguns
registros afirmam que eles foram pagos com cerveja.
A Escrita Egípcia
Também foi algo importante para este povo, pois permitiram à divulgação de ideias, comunicação e
controle de impostos, os primeiros hieróglifos eram nada mais que uma lista de mantimentos guardados nos
depósitos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica – mais simplificada e usada para
assuntos do cotidiano; e a hieroglífica – mais complexa e formada por desenhos e símbolos. As paredes
internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para
espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma
planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.
A Economia Egípcia
Era baseado principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio
Nilo. Os egípcios também praticavam o comercio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais
eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas como
canais de irrigação, pirâmides, templos e diques.
A Religião Egípcia
Era repleta de mitos e crenças interessantes. Era politeísta, pois acreditavam na existência de vários
deuses, muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado –
Antropomórficos, que interferiam na vida das pessoas. Cada cidade possuía deus protetor e templos
religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em
pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo e os pertencentes para outra vida era uma preocupação. A
vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento.
O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão
estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para outra vida boa aqueles de coração leve.
Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que
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apresentavam: chacal – esperteza noturna; gato – agilidade; carneiro – reprodução; jacaré – agilidade nos
rios e pântanos; serpente – poder de ataque era também chamada de Uraeus, era tão importante que
aparecia no turbante dos faraós que representava força e coragem; águia – capacidade de voar; escaravelho
– ligado à ressurreição.
A Civilização Egípcia
Destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da
matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação,
proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
Para entender melhor as fases da arte egípcia, veja as divisões da História Egípcia na Antiguidade:
 Por volta de 3200 a 2200 a.C. - Período do Antigo Império
 Por volta de 2000 a 1750 a.C. - Período do Médio Império
 Por volta de 1580 a 1085 a.C. - Período do Novo Império
A Arquitetura
Como consequência da intensa religiosidade, a arquitetura egípcia apresenta grandiosas construções
mortuárias, que abrigavam os restos mortais dos faraós, além de belos templos dedicados às divindades. São
exemplos dessas construções as pirâmides de Gizé, erguidas durante o Antigo Império.
Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas era
erguida com grandes blocos de pedra, utilizando mão de obra escrava.
Por ordem dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, do Antigo Império, foram construídos três imensas
pirâmides no deserto de Gizé para abrigar seus restos mortais. A maior delas, a de Quéops, tem 146 metros
de altura e ocupa uma superfície de 54.300 metros quadrados. Esse monumento revela o domínio dos
egípcios sobre a técnica de construção. Nas suas imensas paredes não existe nenhuma espécie de
argamassa para unir os blocos de pedra.
As pirâmides são as obras arquitetônicas mais conhecidas até hoje, mas foi no Novo Império que o Egito
viveu o auge de seu poder e de sua cultura. Os faraós desse período ergueram grandes construções, como
os templos de Carnac e Luxor, dedicados ao deus Amon.
O aspecto artístico mais importante desses templos são as colunas decoradas com motivos da natureza,
como a flor de papiro e a flor de lótus.
As colunas construídas até então eram mais simples: não tinham base, o tronco era composto por sulcos e
o capitel (a parte superior, em geral decorada, que arremata uma coluna) era pouco trabalhado.
Assemelhavam-se às colunas gregas de estilo dórico.
Durante o reinado de Ramsés II, no século XIII a.C., a principal preocupação do Egito era a expansão de
seu poder político. Toda a arte desse período era usada como forma de demonstrar poder.
O templo de Abu-Simbell e o pequeno templo de Abu-Simbell eram dedicados à deusa Hator, que
representava o amor e a beleza. Neles, a arte demostra o poder político do faraó Ramsés II, com estátuas
gigantescas e imensas colunas comemorativas de suas conquistas. Nessa época, os hieróglifos começaram
a ser esculpidos nas fachadas e colunas dos templos, com o fim de deixar gravados para a posteridade os
feitos de Ramsés II, e tornaram-se elemento de decoração da arquitetura.
Os Templos
Não era um lugar de congregação dos fiéis, mas a casa do deus, que encarnado em sua estátua era objeto
de um detalhado ritual diário em que era lavado, vestido, alimentado e lhe eram entregues oferendas. Em
troca, a divindade correspondia dando prosperidade, paz e abundância boas colheitas ou uma cheia
adequada do Nilo. Uma vez alcançada à maturidade de sua criação, consta de vários elementos. Em primeiro
lugar, uma maciça muralha que separa o espaço sagrado do mundo exterior. Já dentro do recinto cercado
encontram-se os pilares, muros com forma de tronco de pirâmide que abre a entrada principal e constituem o
elemento mais colossal do templo. Depois dos pilares abre-se um pátio com portais, onde se purificam os que
entram no templo. Por ultimo, rodeado por uma série de câmaras, encontra-se o santuário central ou Naos,
uma pequena e escura cela onde reside o deus e que, além disso, cobre o barco sagrado em que este é
levado nas procissões. A planta do templo é traçada com alguns recursos construtivos, como o rebaixamento
da altura desde os pilares à Naos em conjunção com a elevação gradual do nível do solo, para dar a
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sensação de fechamento e convergência para a morada do deus. A mesma ideia reproduz a redução
progressiva da luz, que vai da radiante e cegante luminosidade que brilha na entrada até a total e absoluta
escuridão que reina na santa sanctorum.
As Tumbas
Era câmaras revestidas com tijolos em uns grandes fossos escavados na areia do deserto e cobertas com
uma singela construção retangular, a Mastaba, cujo aspecto lembra um grande banco de pedra. Esta forma
que se manteve para as sepulturas não régias, dos particulares, pretendia reproduzir a moradia terrestre do
morto ou, ao menos, conservar o seu aspecto, pois a Mastaba é ao mesmo tempo lugar de culto e uma
morada para a eternidade. Uma esteira recordava o nome do defunto, descrevendo, além disso, as oferendas
que deve receber.
As Pirâmides
Elas foram construídas há mais de 2500 anos e resistem até hoje. Tumba real cujo sepulcro era colocado
dentro ou embaixo da construção e que proclamava a fusão do faraó com o símbolo místico do sol.
Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do sol brilhando em direção a terra. Fica localizado na
margem oeste do Rio Nilo, na direção do sol poente. Os egípcios acreditavam que o faraó se elevaria e se
juntaria ao Sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses todo por do Sol.
A pirâmide tinha a função de abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences dos
saqueadores de túmulos. Logo, estas construções tinham de serem bem resistentes e protegidas e de difícil
acesso. Os engenheiros, que deviam guardar os segredos de construção das pirâmides, planejavam
armadilhas e acessos falsos dentro das construções. Tudo era pensado para que o corpo mumificado do
faraó e seus pertences não fossem acessados.
As pirâmides foram construídas numa época em que os faraós exerciam máximo poder politico, social e
econômico. Quanto maior a pirâmide, maior seu poder e gloria. Com mão de obra escrava, elas eram
construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas,
demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos. Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e
executar a construção da pirâmide.
A matemática foi muito empregada na construção das pirâmides. Conhecedores desta ciência, os
arquitetos planejavam as construções de forma a obter o máximo de perfeição possível. As pedras eram
extraídas das pedreiras, cortadas e encaixadas de forma perfeita, o transporte e o resto de materiais
empregados, assim como a elevação correta das rampas, a organização de toda mão de obra necessária,
que poderia chegar a 100.000 trabalhadores. Grande parte dos blocos eram colocados sobre trenós de
madeira e arrastados sobre uma longa rampa que era levantada ao mesmo tempo em que a construção,
ficando totalmente descartado o uso da roda. Sua base hexagonal (seis lados) e seus quatro lados eram
desenhados e construídos de forma simétrica, fatores que explicam a preservação delas até os dias atuais,
revestida com calcário liso e de uma cor clara, seus alicerces contém esferas e cavidades, está sujeita a
movimentos de expansão e contração sob ação do calor ou do frio, o revestimento original de alabastro
(gesso) era feito de 144 mil pedras ao todo e era tão brilhante que poderia ser visto a quilômetros de
distância.
Encostado a sua parte leste, um templo funerário servia de sede do culto real e lugar de oferendas ao Ka
(espirito) do faraó. Uma calçada coberta unia o templo funerário com o templo do vale, o lugar na qual eram
realizados os processos de mumificação e onde se embarcavam as estatuas nas procissões. Também
algumas possuem ao lado outras subsidiarias menores, chamadas pirâmides das rainhas.
Elas possuem inscrições hieroglíficas, contando a vida do faraó ou trazendo orações para que os deuses
soubessem dos feitos realizados pelo governante.
Entre todas se destacam as três célebres pirâmides de Gizé, IV Dinastia. A grande pirâmide de Quéops é
um colossal monumento de 230 metros de lado, a de Quéfren conserva o revestimento original de calcário na
sua ponta. Junto ao templo do Vale encontra-se a conhecida Esfinge de Gizé, cujo rosto é do próprio faraó
Quéfren e que representa a divindade solar, em forma de leão andrógino (hermafrodito) e em posição imóvel.
A de Miquerinos com 66 metros, menor em dimensões que as anteriores, possuem duas câmaras funerárias
e três pirâmides subsidiarias.
Os Faraós
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Os faraós eram os reis do Egito. Possuíam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida
politica, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era
escolhido através do voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó. Eram considerados deuses vivos. Os
egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como
intermediários entre os deuses e a população. Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois
esta deveria ser o tumulo para o seu corpo. No sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando
todas as coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios
acreditavam que Osíris iria utiliza-la para julgar os mortos.
O faraó mais jovem foi Tutancâmon, casou com 10 anos, assumiu o trono com 12 anos e morreu com 19
anos, em 2010 descobriu que ele morreu com malária, tinha saúde fraca com uma doença que enfraquecia os
ossos.
A maldição do faraó: no começo do século XX, os arqueólogos descobriram várias pirâmides no Egito.
Nelas, encontraram diversos textos, entre eles, um que dizia: “morreria aquele que perturbasse o sono eterno
do faraó.” Alguns dias após a entrada nas pirâmides, alguns arqueólogos morreram de forma estranha e sem
explicação. O medo espalhou-se entre muitas pessoas. Porem, após alguns estudos, verificou-se que os
arqueólogos morreram, pois inalaram, dentro das pirâmides, fungos mortais que atacavam os órgãos do
corpo.
A Mumificação
De acordo com a religião egípcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida após a morte.
Portanto, devia-se preservar este corpo para ele recebesse de forma adequada a alma. Preocupados com
esta questão, os egípcios desenvolveram um complexo sistema de mumificação.
 O processo de mumificação:
1) O cadáver era aberto na região do abdômen e retiravam-se as vísceras (fígado, coração, rins,
intestinos, estomago, etc.). O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes à parte. O
cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de acido pelas narinas,
esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retiravam-se pelos mesmos orifícios os
pedaços de cérebro com uma espátula de metal.
2) O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também
matar bactérias.
3) Após desidratar, enchia-se o corpo com serragem. Aplicavam-se também alguns perfumes e
outras substancias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.
4) O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre
estas faixas.
Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado a pirâmide para ser
protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os
dias de hoje. Para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época. Portanto, apenas os faraós
e sacerdotes eram mumificados. Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram
mumificados.
A Pintura
Grande parte das pinturas era feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós,
as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa.
Os pintores egípcios estabeleceram várias regras que foram seguidas durante muito tempo, ao longo do
Antigo Império. Entre elas, a regra da frontalidade chama a atenção pela frequência com que aparece nas
obras.
Segundo essa regra, o tronco e um dos olhos do retrato deviam ser desenhados de frente para o
observador, enquanto a cabeça, os pés e as pernas deviam ser desenhados de perfil.
Provavelmente os artistas da época achavam difícil desenhar uma pessoa com pernas e pés virados para
frente.
A regra determinava também que o desenho e a pintura deviam mostrar tudo o que havia de mais
característico nos seres retratados, pois o observador tinha de entender facilmente as imagens.
Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica. As tintas eram obtidas na
natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc.).
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Aspectos técnicos como perspectiva, proporção entre as figuras e ponto de vista do autor da obra ainda não
preocupavam os pintores egípcios. Tudo era mostrado como se estivesse de frente para o observador.
A rigidez dessas regras só seria quebrada no reinado de Amenófis IV, no Novo Império. Ele transferiu a
capital de Tebas para Amarna e pôs fim à religião politeísta, impondo ao povo uma religião monoteísta, cujo
único deus era Aton, o deus Sol, e adotando o nome de Akhnaton em homenagem a ele.
Akhnaton encomendou pinturas e relevos em que ele, o faraó, não era visto em posturas solenes e austeras
como seus antecessores.
Após a morte de Akhnaton, a tendência para a informalidade nas representações artísticas perdurou em
algumas obras do início do reinado de Tutancâmon, seu filho e sucessor.
Quando Tebas voltou a ser a capital do Egito e o politeísmo foi restaurado, muitos artistas voltaram a
representar os governantes em posturas formais.
A escultura
A escultura é a mais bela manifestação da arte egípcia no Antigo Império. Apesar das muitas regras
existentes para esse tipo de arte, os escultores criaram figuras bastante expressivas. Os egípcios
acreditavam que, além de preservar o corpo dos mortos com a mumificação, era importante encomendar a
um artista uma escultura que reproduzisse seus traços físicos.
Essa concepção da escultura não era aplicada apenas às obras que representavam mortos. Para os
egípcios, todas as esculturas deveriam revelar as características do retrato, como a fisionomia, os traços
raciais e a condição social.
Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas de ouro. Os artistas conheciam
muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da
religião politeísta. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para
o rosto da múmia.
Os Deuses Egípcios
 Rá = Sol
 Toth = Sabedoria, conhecimento, representante da Lua.
 Anúbis = Os mortos e o submundo.
 Bastet = Fertilidade, protetora das mulheres grávidas.
 Hathor = Amor, alegria, dança, vinho, festas.
 Hórus = Céu
 Khnum = Criatividade, controlador das águas do rio Nilo.
 Maet = Justiça e equilíbrio.
 Ptah = Obras feitas em pedra.
 Seth = Tempestade, mal, desordem e violência.
 Sobek = Paciência, astucia.
 Osíris = Vida após a morte, vegetação.
 Ísis = Amor, magia.
 Tefnut = Nuvem e umidade.
 Chu = Ar seco, luz do sol.
 Geb = Terra.
A Cleópatra
Ultima Rainha da dinastia Ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele pais. Filha de
Ptolomeu XII com sua irmã, ela subiu ao trono aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Contudo, ela teve
que dividir o trono com seu irmão Ptolomeu XIII com quem se casou, e depois, com Ptolomeu XIV. A luta pelo
poder entre ela e seus irmãos gerou uma forte instabilidade politica e econômica. Diante disso, ela acabou
exilada e decidiu pedir o auxilio de Roma. Num plano audacioso e arriscado, ela enviou a si própria,
embrulhada dentro de um tapete, como presente a Júlio César. Tornaram se amantes e ele a ajudou
assassinar seu irmão em 51 a.C. após isto, ela tornou-se a rainha e foi para Roma, onde deu a luz a
Cesarion. A rainha retornou-se a terra natal após o assassinato de César, em 44 a.C. ainda mais ambiciosa,
ela tomou conhecimento da posição importante que Marco Antônio se encontrava na Anatólia, que ocupava o
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cargo de governador da porção oriental do Império Romano. A rainha seduziu este outro romano iniciando
com ele um relacionamento amoroso. Ela deu dois filhos a Marco Antônio que, em troca, devolveu-lhe os
territórios de Cirene e outros, que até aquele momento, estavam sob o domínio do Império Romano. A atitude
de Marco Antônio, que se deixava dominar cada vez mais pelo poder de sedução da rainha, devolvendo-lhe
as terras que haviam sido conquistadas pelo Império Romano, incomodou de tal forma o Senado romano,
que, este, declarou guerra a ambos. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, ambos
cometeram suicídio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente. Após isto, o Egito voltou às mãos de
Roma.
Pintura
Escultura
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Esfinge
Pirâmides e a Esfinge
Pintura
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Hieroglifos
Nefertite
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