Gestão de Processos Data: 03/05/2012 Nome: Israel de Oliveira Leite – 09/44521 Grupo: P05 CINZA UMA MELHOR FORMA DE GESTÃO No atual mundo dinâmico e competitivo das organizações, as empresas estão em busca da abordagem de gestão mais adequada às suas necessidades. Algo que se tornou uma realidade nas organizações é a visão da organização como um sistema. No conceito de sistemas, considera-se os sistemas abertos e sistemas fechados. Os sistemas fechados desconsideram o ambiente externo em que a organização está, e as interações desse com a organização. Entretanto, a competitividade exige que a organização veja a si mesma como um sistema aberto, que influencia e é influenciado pelo ambiente. Nesse ambiente consideram-se elementos como fornecedores, clientes, produtos e serviços concorrentes, sociedade, governo, entre outros. Quando se considera a Gestão por Processos nas organizações, deve-se considerar o ambiente e como ele influencia a organização. Isso se justifica pelo fato de o ambiente gerar insumos para transformações nos processos da organização. Dessa maneira, os processos são criados de forma a melhor se adaptar aos desafios e oportunidades do ambiente. Trabalha-se também em relação ao ambiente a ideia de cenário, que diz respeito à realidade cultural, econômica, social, etc., em que a organização está inserida. Entretanto, quando se fala em processos, é interessante abordar as origens dos estudos do tema, que remetem ao início dos estudos em Administração. Dessa maneira, Frederick Taylor trouxe a ideia de requisitos mínimos para o trabalho e tempo de execução. Henry Ford, por sua vez, fez uso de susas ideias desenvolvendo e aperfeiçoando o sistema de trabalho em linhas de montagem. Posteriormente, na década de 70, foi introduzido o conceito de Gestão da Qualidade Total, apoiado pelo desenvolvimento da automação na época. Em outro momento, surgiu a Reengenharia de processos, que se contrapunha à Gestão da Qualidade Total por pregar a remodelagem de processos “a partir do zero”. Mais recentemente, a tecnologia da informação foi introduzida e hoje é uma realidade forte quando se aborda o assunto processos. A tecnologia da informação permitiu a padronização, o aumento da rapidez de processos, e a automatização, diminuindo, principalmente, tempo e custos dos processos. Um processo é uma série de atividades que recebe uma entrada e a transforma em uma saída gerando valor. Também é gerado feedback para o processo, o que dá insumos para melhorias potenciais nos mesmos. Quando se pensa em processos, é importante pensar nos elementos que o compõe, como pessoas, recursos, tempo, entre outros. Os processos podem ser descritos em vários níveis, sendo a necessidade de descrição mais detalhada dependente da profundidade de análise a que se pretende chegar. Nessa linha de raciocínio, fala-se da Hierarquia de Processos, em que um processo é composto de subprocessos, que são compostos de atividades, que, por sua vez, são compostas de tarefas. Entretanto, essa nomeclatura pode mudar ou se ampliar em número de níveis dependendo do autor abordado. Os processos de uma organização podem também ser classificados por tipo, sendo chamados de processos de negócios (ou essenciais) os processos que justificam a existência da empresa, ou seja, os processos relacionados àquilo que a organização se propõe a servir para seu público, seja como produtos ou como serviços. Os processos de gestão (ou suporte), dão suporte à organização e à execução de seus processos fim. Outros autores separam esses dois tipos de processos em Processos Gerenciais e Processos de Suporte, sendo os primeiros voltados para processos que lidam com gestão da mudança, gestão estratégica, etc., e os últimos voltados para alguns processos financeiros, de gestão de pessoas, de tecnologia da informação, etc. Para a representação dos processos, existem as técnicas de modelagem, sendo a mais conhecida a BPMN, que quer dizer Notação de Modelagem de Processos de Negócios. Um fluxo nessa notação pode ser visto abaixo. As técnicas de modelagem facilitam a compreensão dos processos. Dessa maneira, torna-se mais fácil observar pontos a melhorar nos processos e oportunidades de melhoria. Entra então o conceito de redesenho de processos, em que se classifica como As Is os processos como são de fato na organização em um determinado momento, e To Be, em relação ao formato ideal do processo. Entretanto, o modelo To Be nem sempre é factível para a realidade de uma organização, mas serve como um guia para o processos a ser redesenhado para ela. Abaixo segue o exemplo de um processo de controle de fluxo de caixa nas formas As Is e To Be. AS IS TO BE Entretanto, a representação de processos dessa maneira, geralmente vem em um momento posterior da modelagem. Considera-se primeiro que deve-se entender o negócio da organização de maneira geral, para então, baseado na melhor compreensão da realidade da organização, propor melhorias em processos específicos. A representação geral do negócio da organização geralmente é representada me macroprocessos na Cadeia de Valor, que, de maneira geral, mostra quais são os Macroprocessos de Negócio, Gestão e Suporte. Segue abaixo um exemplo de cadeia de valor. Dessa maneira, a Gestão por Processos busca consolidar-se, não como um modismo, mas como uma maneira de gerir a organização, uma melhor maneira de abordar a gestão. No Brasil hoje, ela está começando a se popularizar, mas possui o potencial de tornar melhor a gestão das organizações, e tornar mais integrada a visão de seus membros acerca delas.