estudo dirigido – prova final – 24-11

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ESTUDO DIRIGIDO – PROVA FINAL 22/11 - QUESTÕES: SÓCRATES E PLATÃO
QUESTÃO 1. Sócrates é tradicionalmente considerado um marco divisório da filosofia grega. Os
filósofos que o antecederam são chamados de pré-socráticos. Seu método, que parte do
pressuposto “só sei que nada sei”, é a maiêutica que tem como objetivo:
I – “dar luz a ideias novas, buscando o conceito”. Para ele, o conceito não muda, não é relativa.
II – partir da ironia, reconhecendo a ignorância até chegar ao conhecimento. Sócrates se colocava
na sua posição de ignorância.
III – encontrar as contradições das ideias para chegar ao conhecimento. F
IV – trazer as ideias do céu a terra. F
Assinale:
a)
b)
c)
d)
e)
Se apenas I e II estiverem corretas.
Se apenas I e III estiverem corretas.
Se apenas II, III e IV estiverem corretas.
Se III e IV estiverem corretas.
Se I e IV estiverem corretas.
QUESTÃO 2. O método argumentativo de Sócrates (469 – 399 a.C.) consistia em dois momentos
distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que:
I – Torna o interlocutor um mestre na argumentação sofística. F
II – Leva o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo conteúdo era
repleto de conceitos vagos e imprecisos. Retifica as proposições/argumentos
III – tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor confessar suas próprias
contradições e ignorâncias. O método se baseava no reconhecimento da ignorância.
IV – tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor. F
Assinale:
a)
b)
c)
d)
se apenas a afirmação III é correta.
Se as afirmações I e IV são corretas.
Se apenas a afirmação IV é correta.
Se as afirmações II e III são corretas.
QUESTÃO 3. A Alegoria da Caverna de Platão, além de ser um texto de teoria do conhecimento, é
também um texto político. No sentido político, é correto afirmar que Platão sustentava um modelo.
a) monárquico, cujo governo deveria ser exercido por um filósofo e cujo poder deveria ser absoluto,
centralizador e hereditário.
b) aristocrático, baseado na riqueza e que representava os interesses dos comerciantes e nobres
atenienses, por serem os mecenas das artes, das letras e da filosofia.
c) democrático, baseado, principalmente, na experiência política de governo da época de Péricles.
d) aristocrático, cujo governo deveria ser confiado aos melhores em inteligência e em conduta
ética.
“A cidade justa seria aquela em que os melhores estão no poder.”
QUESTÃO 4. Sobre a Alegoria da Caverna de Platão pode-se afirmar que
a) o filósofo deve ter uma vida exclusivamente contemplativa
b) a educação do filósofo visa também a atividade política.
“Os filósofos seriam os melhores, aqueles que tem alma OURO,
prudência/sabedoria e precisam estar na classe governante.
c) os sentidos são fundamentais para o conhecimento.
d) qualquer um pode encontrar em si mesmo, pela intuição, a luz para o conhecimento.
possuem
QUESTÃO 5. (UEM – 2008) “Sócrates: imaginemos que existam pessoas morando numa caverna.
Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação
que existe na frente dela. Os seus habitantes esta lá dentro desde a infância, algemados por
correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar pra trás, e só
podem ver o que ocorre à sua frente. (...) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna,
a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta
na parede ao fundo da caverna?”.
(PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).
Em relação ao celebre mito da caverna e as doutrinas que ele representa, assinale o que for correto.
01. No mito da Caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando
como era a vida e a organização social dos homens no principio do seu processo evolutivo, quando
habitam em cavernas. F
02. O mito da Caverna faz referencia ao contraste ser e parecer, isto é, realidade a aparência,
que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua
famosa teoria das ideias.
“aparência e essência”
04. O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da
filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos
preconceitos.
08. É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e
mundo sensível; o primeiro ocupado pelas ideias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos,
que participam daquelas Ideias ou são suas copias imperfeitas.
16. No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna,
devendo voltar á caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na
concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.
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QUESTÃO 6. (UFF – 2011) Segundo Platão, as opiniões dos seres humanos sobre a realidade são
quase sempre equivocadas, ilusórias e, sobretudo, passageiras, já que eles mudam de opinião de
acordo com as circunstâncias. Como agem baseados em opiniões, sua conduta resulta quase
sempre em injustiça, desordem e insatisfação, ou seja, na imperfeição da sociedade.
Em seu livro A República, ele, então, idealizou uma sociedade capaz de alcançar a perfeição, desde
que seu governo coubesse exclusivamente
a)
b)
c)
d)
e)
aos guerreiros, porque somente eles teriam força para obrigar todos a agirem corretamente.
aos tiranos, porque somente eles unificariam a sociedade sob a mesma vontade.
aos mais ricos, porque somente eles saberiam aplicar bem os recursos da sociedade.
aos demagogos, porque somente eles convenceriam a maioria a agir de modo organizado.
aos filósofos, porque somente eles disporiam do conhecimento verdadeiro e imutável.
QUESTÃO 7. (UFF – 2011) A Apologia de Sócrates é relato da defesa de Sócrates, escrito pelo seu
discípulo Platão, diante do tribunal de Atenas. Um dos assuntos abordados nessa obra é a relação
entre ignorância e conhecimento. Sócrates sentiu-se constrangido quando o oráculo de Delfos o
proclamou como o “mais sábio dos homens”, já que ele se achava, ao contrário, muito pouco sábio.
Mas, ao conversar com pessoas que atribuíam a si mesmas muita sabedoria, e ao constatar que elas
eram tão ou mais ignorantes que ele, concluiu mesmo que deveria ser o mais sábio, pois, ao menos,
ele tinha consciência de sua própria ignorância.
Comente a declaração de Sócrates de que a pior ignorância é não ter consciência dela e de que o
primeiro passo no caminho do conhecimento é reconhecer a própria ignorância.
O enunciado dessa questão, baseado na Apologia de Sócrates, de Platão, obra indicada no
Programa deste vestibular, está concentrado nas relações entre ignorância e conhecimento,
bem como no papel que a consciência da própria ignorância pode desempenhar na busca do
conhecimento propriamente dito. Assim, há diversas alternativas de respostas: o candidato
poderá fazer o relato da narrativa e exposição de Sócrates, poderá apontar suas
consequências para concepção de conhecimento associada a Sócrates e/ou a Platão, como
poderá desenvolver reflexões sobre o tema em geral, sem estar preso ao contexto doutrinário
e histórico da Filosofia grega, cabendo perfeitamente aplicar esta reflexão ao mundo
contemporâneo.
QUESTÃO 8. (UFU – MG 2007) O trecho seguinte, do diálogo platônico Górgias, refere-se ao modo
de filosofar de Sócrates.
“Assim, Cálicles, desmanchar o nosso convênio e te desqualificas para investigar comigo a verdade,
se externares algo com tua maneira de pensar”
PLATÃO. Górgias. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2002, p. 198, 495a.
Marque a alternativa que expressa corretamente o procedimento empregado por Sócrates.
a)
A base da filosofia socrática é a procura da perfeição da alma, mediante o exame de si
mesmo e dos concidadãos, que é a condição da excelência moral. A refutação socrática é,
sobretudo, um modo de testar a verdade da excelência da vida.
b)
A base da filosofia socrática é a procura da verdade acerca do conhecimento da Natureza e da
maneira de pensar sobre os princípios racionais que governam o cosmos a partir do conhecimento
acumulado pelos filósofos anteriores. NÃO TEM A VER COM NATUREZA
c)
A base da filosofia socrática é a refutação, a partir de um convênio em busca da verdade, de
todas as proposições de seus interlocutores com o intuito de demonstrar que o conhecimento das
questões morais é impossível.
d)
A base da filosofia socrática é a educação mediante os discursos políticos e jurídicos
encenados nos tribunais atenienses. Sócrates parte das proposições dos adversários para encontrar
um discurso oposto que seja retoricamente persuasivo.
QUESTÃO 9. (UFU – 2008) Leia o trecho abaixo.
E que existe o belo em si, e o bom em si, e, do mesmo modo, relativamente a todas as coisas que
então postulamos como múltiplas, e, inversamente, postulamos que a cada uma corresponde a uma
ideia, que é única, e chamamos-lhe que é sua essência (507b – c).
PLATÃO. República. Trad. De Maria Helena da Rocha Pereira. 8ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1996.
Marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Platão.
a)
Somente por meio dos sentidos, em especial da visão, pode o filósofo obter o conhecimento
das ideias.
b)
No pensamento platônico, o conhecimento das ideias permite ao filósofo discernir a
unidade inteligível em face da multiplicidade sensível.
c)
Para que a alma humana alcance o conhecimento das ideias, ela deve elevar-se às alturas do
inteligível, o que somente é possível após a morte ou por meio do contato com os deuses gregos.
d)
Tanto a dialética quanto a matemática elevam o conhecimento ao inteligível; mas, somente a
matemática, por seu caráter abstrato, conduz a alma ao principio supremo: a ideia de Bem.
QUESTÃO 10. (UFU – MG 2004) O trecho abaixo faz uma referência ao procedimento investigativo
adotado por Sócrates.
“O fato é que nunca ensinei pessoa alguma. Se alguém deseja ouvir-me quando falo ou me encontro
no desempenho de minha missão, quer se trate de moço ou velho (...) me disponho a responder a
todos por igual, assim os ricos como os pobres, ou se o preferirem, a formular-lhes perguntas,
ouvindo eles o que lhes falo.”
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Belém: EDUFPA, 2001. (33a – b)
Marque a alternativa que melhor representa o “método” socrático.
a)
Sócrates nada ensina porque apenas transmite aquilo que ouve do seu daímon. Seu
procedimento consiste em discursar, igualmente para qualquer ouvinte, com longos discursos
demonstrativos retirados da tradição poética ou com perguntas que levam o interlocutor a fazer o
mesmo. A ironia é o expediente utilizado contra os adversários, cujo objetivo é somente a disputa
verbal.
b)
A profissão de ignorância e a ironia de Sócrates fazem parte do seu procedimento geral
de refutação por meio de perguntas e respostas breves (o élenkhos), e constituem um meio de
reverter os argumentos do interlocutor para fazê-lo cair em contradição. A refutação socrática
revela a presunção de saber do adversário, pela insuficiência de suas definições e pela aporia.
c)
Sócrates nunca ensina pessoa alguma, porque a profissão de ignorância caracteriza o modo
pelo qual encoraja seus discípulos a adquirirem sabedoria diretamente do deus do Oráculo de
Delfos. A ironia socrática é uma dissimulação que, pela zombaria, revela as verdadeiras disposições
do pequeno número dos que se encontram aptos para a Filosofia.
d)
Sócrates nunca ensina pessoa alguma sem antes testar sua aptidão filosófica por meio de
perguntas e respostas. Seu procedimento consiste em destruir as definições do adversário por meio
da ironia. A ignorância socrática encoraja o adversário a revelar suas opiniões verdadeiras que, pela
refutação, dão a medida da aptidão para a vida filosófica.
QUESTÃO 11. O trecho abaixo, que descreve o momento da origem do Kosmos, faz uma referência
ao paradigma platônico das Formas.
“Outro ponto que precisamos deixar claro é saber qual dos dois modelos tinha em vista o arquiteto
quando o constituiu (o Kosmos): o imutável e sempre igual a si mesmo ou o que está sujeito ao
nascimento? Ora, se este mundo é belo e for bom seu construtor, sem dúvida nenhuma este fixara a
vista no modelo eterno; e se for o que nem se poderá mencionar, no modelo sujeito ao nascimento.”
PLATÃO. Timeu. Belém: EDUFPA, 2001. (28c – 29a)
Marque a alternativa que caracteriza corretamente o modelo das Formas.
a)
Para explicar a origem do Kosmos, Platão divide todas as coisas em duas ordens inteiramente
separadas e distintas: um modelo eterno, e outro sujeito ao nascimento e às mudanças. O primeiro é
somente inteligível e constitui o alvo da atividade filosófica. O segundo é sensível, sujeito à
destruição, e não tem qualquer relação ou parentesco com o modelo eterno que serve de base para
a arquitetura do mundo.
b)
Platão postula as Formas, um paradigma eterno, que constitui a causa e a origem de
todas as coisas sensíveis. Seres sensíveis são efeito das causas inteligíveis, que lhes dão a
existência e os nomes. As Formas, ou Ideias, são eternamente idênticas a si mesmas,
imutáveis e unas. Tudo que é sensível existe porque participa das Formas e se assemelha a
elas, do mesmo modo que uma imagem em relação ao modelo real.
c)
Na formação do Kosmos, Platão adota dois modelos: o modelo imutável e o modelo sujeito ao
nascimento. O modelo imutável é constituído pelas Formas inteligíveis e serve de base para a
arquitetura do mundo porque é belo e somente pensável. O modelo sujeito ao nascimento constitui
as Formas sensíveis, que dão origem as coisas mutáveis e destrutíveis.
d)
Platão postula dois modelos cosmológicos na sua Filosofia: o modelo bom e eterno, e o
modelo ruim e sensível. O modelo eterno representa o plano arquitetônico do kosmos, que se
identifica unicamente com o que é inteligível. O modelo sensível representa tudo que é corporal. As
Formas são uma duplicação inteligível do mundo sensível e servem para explicar o parentesco do
pensamento com o divino.
QUESTÃO 12. “(...) Que pensamentos então que aconteceria, disse ela, se a alguém ocorresse
contemplar o próprio belo, nítido, puro, simples, e não repleto de carnes, humanas, de cores e outras
muitas ninharias mortais, mas o próprio divino belo pudesse em sua forma única contemplar?
Porventura pensas, disse, que é vida vã a de um homem olhar naquela direção e aquele objeto,
como aquilo [a alma] com que deve, quando o contempla e com ele convive? Ou não consideras,
disse ela, que somente então, quando vir o belo com aquilo que este pode ser visto, ocorrer-lhe-á
produzir não sombras de virtude, porque não é em sombras que estará tocando, mas reais virtudes,
porque é no real que estará tocando?”
Platão. O Banquete. Trad. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 42-43.
A partir do trecho de Platão, analise as assertivas abaixo:
I – O belo verdadeiro para Platão encontra-se no conhecimento obtido pela observação das coisas
humanas.
II – A contemplação do belo puro e simples é atingida por meio da alma.
III – Cores e sombras são virtudes reais, visto que se possa, ao tocar nelas, tocar no próprio real.
IV – Há, como na Alegoria da Caverna, uma relação direta para Platão entre o conhecimento e a
virtude.
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.
a)
b)
c)
d)
I e II são corretas
II e IV são corretas
III e IV são corretas
I, II e III são corretas
QUESTÃO 13. (UEL – 2006) Para Platão, havia outra forma de conhecer além daquela proveniente
da experiência. Em sua Teoria da reminiscência, a razão é valorizada como o meio de acesso ao
inteligível. De acordo com a Teoria da Reminiscência de Platão, é correto afirmar que o
conhecimento é:
a) Estruturado empiricamente como condição para a realização das atividades da razão.
b) Proveniente da percepção sensível, na qual os sentidos retêm informações evidentes sobre o
mundo material.
c) Originado da ação que os objetos exercem sobre os órgãos dos sentidos, produzindo um
conhecimento inquestionável do ponto de vista da razão.
d) Reconhecido mediante intuição intelectual, ao se referir às ideias adquiridas anteriormente
e relembradas na vida presente.
e) Fruto da ação divina que, por meio da iluminação interior, revela ao ser humano verdades eternas.
QUESTÃO 14. (UEL – 2009) Leia o texto a seguir a responda à questão.
Considera pois - continuei - o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua
ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que
alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a
olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos
cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só
vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para
objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem
com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os
objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?
O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna.
Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.
I – A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, e
do conhecimento verdadeiro do ser.
II – Explica como Platão concebe e estrutura o conhecimento
III – Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar á caverna,
aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos
companheiros.
IV – Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais
e relativistas.
Assinale a alternativa correta.
a)
b)
c)
d)
e)
Somente as afirmativas I e IV são corretas
Somente as afirmativas II e III são corretas
Somente as afirmativas III e IV são corretas
Somente as afirmativas I, II e III são corretas
Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
QUESTÃO 15. “Quando é, pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela
deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana
radicalmente.
- Dizes uma verdade.
- Não é, por conseguinte, no ato de raciocinar, a não de outro modo, que a alma apreende, em parte,
a realidade de um ser
- Sim
[...] – E é este então o pensamento que nos guia: durante todo tempo em que tivermos com o corpo,
e nossa alma estiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos completamente o objeto de
nossos desejos! Ora, esse objeto é, como dizíamos, a verdade.”
(PLATÃO. Fédon. Trad. Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 6667.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de verdade em Platão, é correto afirmar:
a) O conhecimento inteligível, compreendido como verdade, está contido nas ideias que a
alma possui.
b) A verdade reside na contemplação das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo
sensível.
c) a verdade consiste na fidelidade, e como Deus é o único verdadeiramente fiel, então a verdade
reside em Deus.
d) A principal tarefa da filosofia está em aproximar o máximo possível a alma do corpo para, dessa
forma, obter verdade.
e) A verdade encontra-se na correspondência entre um enunciado e os fatos que ele aponta no
mundo sensível.
QUESTÃO 16. (UEM – Verão 2008) “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa
caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena
elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados
por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás,
e só podem ver o que ocorre à sua frente. (...) Naquela situação, você acha que os habitantes da
caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o
fogo projeta na parede ao fundo da caverna?”. (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo
Perine). São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).
Em relação ao célebre mito da caverna e às doutrinas que ele representa, assinale V para as
questões corretas e F para as Falsas.
( F ) No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando
como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo, quando
habitavam em cavernas.
( V ) O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que
marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua famosa teoria
das Idéias.
( V ) O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia
é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos.
( V ) É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e
mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Idéias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que
participam daquelas Idéias ou são suas cópias imperfeitas.
( V ) No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna,
devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção
platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.
QUESTÃO 17. Platão achava que as coisas que percebemos são somente imagens, as sombras
projetadas em nossa pequena caverna, oriundas de realidades superiores que existem, perenes,
imutáveis, perfeitas, no mundo das ideias Acima de tudo, a ideia do bem. Isso corresponde à Teoria
das Ideias?
a) Sim, é parte do resumo dos conceitos de Platão.
b) Não, este resumo trata de uma conversação entre Sartre e Heidegger.
c) outra resposta
QUESTÃO 18. No famoso mito da caverna, Platão (428-347 a.C.) imagina uma caverna onde
estão acorrentados os homens desde a infância, de tal forma que, não podendo se voltar para a
entrada, onde á ma fogueira, apenas enxergam o fundo da caverna. A luz da fogueira projeta,
nesse fundo, sombras das coisas que passam as suas costas. Ora, se um desses homens se
libertasse das correntes e chegasse à luz o dia, voltaria contando aos outros o que são realmente os
verdadeiros objetos. Entretanto, seus companheiros o tomariam por louco, pois não acreditariam em
suas palavras. Esse mito pode ser analisado sob dois pontos de vista: o epistemológico (como surge
o conhecimento humano) e o político aquele que apreende as ideias verdadeiras é apto para
governar). Do ponto de vista epistemológico (do conhecimento), é CORRETO afirmar:
1. Acima do mundo ilusório sensível, há o mundo das idéias gerais e essências imutáveis.
2. O mundo dos fenômenos só existe se participa do mundo das idéias.
3. O homem atinge as essências imutáveis através da contemplação e da depuração dos enganos
dos sentidos.
4. A alma humana pode elevar-se das coisas múltiplas e mutáveis às coisas unas e imutáveis.
5. As idéias unas e imutáveis são hierarquizadas e no topo delas está a idéia de Bem.
ASSINALE a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1, 4 e 5 são verdadeiras.
c) As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 3, 4 e 5 são verdadeiras.
QUESTÃO 19. No livro VII da República, Platão apresenta o célebre mito (ou alegoria) da caverna.
Pode-se afirmar que com esse mito ele pretendia
a) demonstrar que a democracia não é um bom sistema de governo.
b) provar a imortalidade da alma humana.
c) mostrar que os cidadãos são geralmente injustos com aqueles que querem ser justos.
d) esclarecer algumas questões sobre a importância da educação dos filósofos, que viriam a
ser
no futuro, os governantes da cidade justa.
QUESTÃO 20. O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre
Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.
I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o
do
conhecimento do verdadeiro ser.
II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento.
III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele
que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros.
IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e
relativistas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
QUESTÃO 21. As figuras abaixo são um fragmento da obra do cartunista Maurício de Souza em que
borda ludicamente o Mito da Caverna de Platão. Acerca do referido mito, analise as assertivas a
seguir assinale a alternativa correta.
I- Apesar da “distância histórica” da obra de Platão (427-347 a.C), a mesma continua exercendo
influência nos dias de hoje devido aos temas que suscita, relacionados à liberdade, alienação,
ceticismo, dentre outros.
II- No Mito da Caverna, Platão demonstra, alegoricamente, a dualidade da existência humana, o
conflito entre realidade e aparência.
III- O papel do filósofo no Mito da Caverna é desmistificar as diversas construções da “realidade”.
IV- Para Platão, a condição de quem vive nas sombras é de completa vida enganada, portanto, cabe
ao filósofo fazer com que ele enxergue um mundo que está além das sombras e da caverna.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas IV está correta.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
QUESTÃO 22. A opinião (doxa), no pensamento de Platão representa um saber sem fundamentação
metódica. É um saber que possui sua origem:
a) Nos mitos religiosos, lendas e poemas;
b) Nas imprevisões e nas sensações das coisas sensíveis;
c) No discurso dos sofistas na época da democracia ateniense;
d) Num saber eclético, provenientes do pensamento de alguns filósofos.
QUESTÃO 23. Quem deve ser o governante, segundo Platão?
a) O rei
b) O sábio
c) O eleito democraticamente
d) O mais forte do poder militar
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