dicasdePortugueseLiteratura

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DICAS DE PORTUGUÊS:
Vem ou vêm? Tem ou têm? Intervém ou intervêm?
1) Os verbos vir e ter na 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo, apesar de serem
monossílabos tônicos terminados em: em, recebem o acento circunflexo para diferenciarem-se
da 3ª pessoa do singular.
Ex: ele vem – eles têm

/
Ele tem – eles têm
Os verbos derivados de ter e vir, deter, manter, reter, intervir, convir, etc., por não
serem monossílabos obedecem à regra das oxítonas. Na 3ª pessoa do plural, entretanto,
usa-se o acento circunflexo para a diferenciação.
Ex: Ele intervém – Eles intervêm
mantêm
/
Ele mantém – Eles
2) Não se deve confundir o plural dos verbos citados com o dos verbos crer, ler, ver e dar:
Ex: Ele crê – Eles creem
deem
/ Ele lê – Eles leem /
Ele vê - Eles veem / Ele dê – Eles
LITERATURA: VIAGEM SEM RETORNO
A boa leitura é a que provoca inquietação
De fato, uma pessoa pode passar a vida inteira sem ler uma única página. No entanto,
acredito que, por mais feliz que ela seja sua existência será mais pobre por causa da falta da
leitura. Os livros não mudam a vida, mas nos fazem ter uma perspectiva diferente dela. Uma
perspectiva, nos melhores casos, menos iludida – sobre os outros e sobre nós mesmos.
(Mario Sabino, jornalista e escritor)
A literatura é como o mar
A literatura é como o mar, me banha o tempo todo. É ela que me permite, como
jornalista, ter um olhar sempre diferenciado em relação ao mundo. Ela me deu essa abstração
romântica. Do ponto de vista pessoal, funciona como uma terapia, me levando a descobrir
personagens e sentimentos. Acho que a literatura o caminho da descoberta de emoções, de
novas possibilidades de olhar e de sentir.
(Gilberto Dimensteim, jornalista)
Para que serve a acentuação?
A acentuação serve para auxiliar a representação escrita da linguagem.
Quando ouvimos, distinguimos com facilidade uma sílaba tônica de uma sílaba átona.
Quando lemos, entretanto, isso não é tão fácil, o que pode dificultar a leitura. Assim, os sinais
de acentuação cumprem o papel de distinguir, na escrita, palavras de grafia idêntica, mas de
tonicidade diferente, como: secretária / secretaria, babá /baba, mágoa / magoa, público /
publico, etc.
Emprego do x ou ch
Emprega-se a letra x normalmente:
 Depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa (exceções: gaúcho, recauchutar,
recauchutagem)
 Depois de: me – inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados)
 Depois de: en – inicial: enxurrada, enxaqueca (exceção: encher, encharcar,
enchumaçar e seus derivados.
Emprego do s ou z
Emprega-se a letra s:
 Nos sufixos: -ês, -êsa e –isa usados na formação de palavras que indicam
nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos: chinês, chinesa, burguês,
burguesa, poetisa.
 Nos sufixos: -oso e –osa (que indicam “cheio de”), usados na formação de adjetivos:
delicioso, gelatinosa.
Emprega-se a letra z:
 Nos sufi xos –ez e –za, usados para formar substantivos abstratos derivados de
adjetivos: rigidez(rígido), riqueza(rico).
Emprego do J ou g
Emprega-se a letra j nas palavras:
 De origem árabe, africana e indígena: pajé, jiboia biju;
 Nas palavras derivadas de outra que já possuem j em seu radical: laranjeira(laranja),
sujeiro(sujo).
Emprega-se a letra g:
 Nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.
 E, geralmente nas terminações – agem, -igem, - ugem: garagem, ferrugem.
 Exceções: pajem e lambujem.
LITERATURA
Ninguém = Ninguém
(Humberto Gessinger)
Há tantos quadros na parede
Há formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma igual a outra
(ninguém = ninguém)
Me espanta que tanta gente sinta
(se é que sente)
A mesma indiferença
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase
(ninguém = ninguém)
Me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros.
Minha mãe muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem móveis e
roupas, livros não poderiam faltar. E estava absolutamente certa.
Entrei na universidade e tornei-me escritor. Posso garantir: todo o escritor é, antes
de tudo, um leitor.
(Moacyr Scliar)
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