INFORME OFICIAL DA SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE, EDITADO PELA GERÊNCIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – EDIÇÃO Nº 01/OUTUBRO DE 2007 NESTA EDIÇÃO Controle da Dengue na Paraíba Transmissão do Vírus da Dengue Nº de casos de Dengue por semana epidemiológica; Febre Hemorrágica Dengue; Principais criadouros. CAPACITAÇÕES REALIZADAS A Secretaria de Estado da Saúde capacitou 165 médicos da atenção básica e da rede hospitalar (recursos do VIGISUS) e com apoio dos municípios prioritários treinou 114 médicos nas ações de diagnóstico e tratamento clínico da Dengue, visando melhorar a qualidade da assistência. REUNIÕES TÉCNICAS A Gerência Operacional de Vigilância Ambiental, Gerência Operacional de Vigilância Epidemiológica em parceria com a Agência de Vigilância Sanitária promoveram oficinas com as Gerências Regionais de Saúde e os 223 municípios para avaliar o cumprimento das metas doa ano de 2006 e monitorar as metas do 1º semestre de 2007, que foram pactuadas na Programação de Ações Prioritárias de Vigilância em Saúde – PAP- VS. SUPERVISÕES CONTROLE DA DENGUE Em 2007 o regime pluviométrico foi bastante favorável à proliferação do Aedes aegypti e ao aumento da transmissão da Dengue na Paraíba. O Índice de Infestação Predial (IIP) é uma importante atividade do Programa de Controle da Dengue, por permitir verificar as regiões com maior infestação, direcionando as ações para os principais criadouros, priorizando determinadas áreas para intensificação das ações. É também instrumento de avaliação das atividades realizadas durante o tratamento de focos, que consiste na inspeção e eliminação de criadouros em 100% dos imóveis da área trabalhada. O Estado da Paraíba dos 223 municípios apresenta risco 90 que são considerados de alto risco (IIP >=3%), 110 de médio (1% =< IIP =< 3%), e apenas 23 de baixo risco (< 1%), ou seja, a concentração de larvas de Aedes aegpty nos imóveis é alta, quando o nível tolerado pela OMS é de 1%, pois acima deste percentual o município torna-se mais vulnerável à transmissão da doença. Mesmo com esse quadro, o processo de transmissão não foi epidêmico na Paraíba, restringindo-se essa situação a alguns municípios. Com o aumento dos IIP há chances de surtos de Dengue com os sorotipos circulantes no Estado (1, 2 e 3) e de epidemias com o sorotipo 4, cuja introdução no Brasil é provável, já que sua presença foi identificada em países vizinhos como Venezuela e Colômbia, além de alguns paises do Caribe, conforme afirmação do Ministério da Saúde. Até a semana epidemiológica 41(terminada em 20 de outubro), foram notificados 10.862 casos de dengue. Mosquito pica / Transmite vírus Mosquito pica / Adquire vírus Período de incubação intrínseco Período de incubação extrínseco Viremia Viremia 0 5 8 12 16 DIAS Doença Ser humano 1 20 24 28 Doença Ser humano 2 Período de incubação (humanos): 5-6 dias (3-15) Viremia: -1 ao 6 dia de doença A doença está distribuída em 183 municípios (82%). Os casos estão concentrados nos municípios de João Pessoa (2865), Patos (550) e Carrapateiras (411), com 26,4 %, 5,1% e 3,8% dos casos de Dengue respectivamente. Diferente dos anos anteriores a redução no número de casos notificados, se deu tardiamente, a partir da 36ª semana epidemiológica (Gráfico 1). Gráfico 1- Nº. de Casos Notificados de Dengue por Semana Epidemiológica Paraíba, 2006-2007 800 700 600 500 2006 400 2007 300 200 100 Fonte: SINANNET/GEVS/SES/PB 52 49 46 43 40 37 34 31 28 25 22 19 16 13 10 7 4 0 1 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE Avenida D. Pedro II, 1826 – Torre FONE: (083) 2187455 FAX: 2187480 e-mail: [email protected] Expediente: SECRETÁRIO DE SAÚDE - GERALDO DE ALMEIDA FILHO. GERÊNCIA EXECUTIVA DE VIG. EM SAÚDE – DIONÉIA GARCIA. – GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL – EMANOEL LYRA. –Chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas: GERLÂNAI SIMPLICIO ASSESSORIA ADMINISTRATIVA - SUELY CAVALCANTE – Transmissão do Vírus do Dengue pelo Aedes aegypti Ações desenvolvidas: As atividades foram desenvolvidas em todos os municípios do Estado. O trabalho de inspeção é feito de forma amostral em 33% dos imóveis de cada município para a identificação de focos do Aedes aegypti. Os depósitos de água para consumo humano (cisterna, tambor, pote, etc) foram os que apresentaram a maior proporção de focos com 76,47%, seguida dos depósitos de água para consumo humano elevados, ligados à rede (caixas d’ água) 6,73%. É preciso estar atento a esses números e desencadear as medidas de prevenção, que se fundamentam, essencialmente, na participação comunitária. FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE - FHD Figura 01 - Casos Confirmados de FHD na Paraíba em 2007 Fonte: SINANNET/GEVS/SES/PB Em 2006 foram identificados 10 casos de FHD, sendo todos de João Pessoa. Em 2007, a capital manteve-se com maior número de casos (51), os outros municipios foram: Sousa-5 casos, Brejo dos Santos – 3, Patos e Areia -2 e os demais municípios com apenas 1 caso; Cabedelo, Bayeux, Tacima, Areeiras, Riacho de Santo Antônio, Parari, Água Branca, Princesa Isabel, São José de Lagoa Tapada e Uiraúna (ver Figura 01). Como era esperado, a população menor de 15 anos foi a mais acometida por estar mais suscetíveis. Febre Hemorrágica da Dengue: a)febre de no mínimo 7 dias, b) trombocitopenia, c) manifestações hemorrágicas: (Hemorragias na pele: petéquias, púrpuras, equimoses; Sangramento gengival; Sangramento nasal; Sangramento gastrointestinal: hematêmese, melena, hematoquezia, Hematúria; Metrorragia em mulheres; Prova do laço positiva, d) extravasamento de plasma; e) confirmação laboratorial: sorologia ou isolamento viral