SARA, mulher de Abraão, Gn 17,15. Sara ou Sarai significa "princesa", porque ela será mãe de príncipes. 15 Deus disse a Abraão:«Não chamarás mais à tua mulher, Sarai, mas o seu nome será Sara. 16 Abençoá-la-ei e dar-te-ei um filho, por meio dela. Será por mim abençoada, e será mãe de nações, e dela sairão reis.» DÉBORA, profetisa e juiz, Jz 4,4. Ora Débora, profetisa, mulher de Lapidot, exercia por essa altura as funções de juiz em Israel. RUTE O nome Rute significa “a amiga”. Rute é uma história bíblica em que Deus se faz presente, não através de acontecimentos extraordinários, mas no cumprimento das normas sociais mais comuns. Este Deus discreto, quase silencioso, não é, porém, menos actuante e surpreendente na manifestação da sua fidelidade. Rute era uma mulher moabita de Booz, um israelita. Não abandona a sua sogra, entra para o Povo de Israel tornando-se uma ascendente de Jesus. Na história de Rute pode ver-se como o Deus de Israel, que permitiu a uma moabita entrar na genealogia de David (e por isso mesmo, na do próprio Jesus Cristo: Mt 1,5-17), não podia ser tão rigoroso que excluísse as estrangeiras do seu povo. O nome Rute significa “a amiga”. Rute é uma história bíblica em que Deus se faz presente, não através de acontecimentos extraordinários, mas no cumprimento das normas sociais mais comuns. Este Deus discreto, quase silencioso, não é, porém, menos actuante e surpreendente na manifestação da sua fidelidade. Rute, 1, 15-16 15Noemi disse-lhe: «Vês, a tua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Vai tu também com a tua cunhada.» 16Mas Rute respondeu: «Não insistas para que te deixe, pois onde tu fores, eu irei contigo e onde pernoitares, aí ficarei; o teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus. JUDITE, filha de Merari, piedosa viúva, Jdt 8,1. O nome da heroína, Judite, que lhe serve de título, simboliza “a judia”, expressão frágil e desamparada do próprio Israel, sob a ameaça dos inimigos. O importante, contudo, é a lição que nos é dada pelo seu cântico: só os que temem o Senhor podem ser grandes em todas as coisas.Bela, ajuizada, mulher de decisões no meio da cidade desamparada, ela leva a sua audácia até à temeridade, firme, corajosa, permaneceu viuva, mesmo que muito pretendida, depois de ter derrotado Holofernes. ANA, mulher de Elcana, mãe de Samuel 1 Sm 1,20-21 Elcana conheceu Ana, sua mulher, e o Senhor lembrou-se dela. 20Ana concebeu e, passado o seu tempo, deu à luz um filho, ao qual pôs o nome de Samuel, porque dizia: «eu o pedi ao Senhor.» 21Elcana, seu marido, foi, com toda a sua casa, oferecer ao Senhor o sacrifício anual e cumprir o seu voto. Estas mulheres representam o Povo Eleito, a quem Deus ama, como sua Esposa, e com quem quer viver em Aliança. A Igreja deseja dar graças a Deus pelo « mistério da mulher » — por toda mulher — e por aquilo que constitui a eterna medida da sua dignidade feminina, pelas « grandes obras de Deus» que na história das gerações humanas nela e por seu meio se realizaram. Em última análise, não foi na Mulher e por meio da Mulher que se operou o que há de maior na história do homem sobre a terra: o acontecimento pelo qual Deus mesmo se fez homem? A Igreja, portanto, dá graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade social; pelas mulheres « perfeitas » e pelas mulheres « fracas » — por todas: tal como saíram do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza da sua feminilidade; tal como foram abraçadas pelo seu amor eterno; A Igreja agradece todas as manifestações do «génio » feminino surgidas ao longo da história, no meio de todos os povos e Nações; todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na história do Povo de Deus; todas as vitórias que deve à fé, à esperança e caridade das mesmas; todos os frutos de santidade feminina; João Paulo II, Carta Apostólica sobre a Dignidade e a Vocação da Mulher, n.31 3 Mulheres, padroeiras da Europa (…) após uma oportuna consulta, completando o que dispus em 31 de Dezembro de 1980, ao declarar co-Padroeiros da Europa, juntamente com São Bento, dois santos do primeiro milénio, os irmãos Cirilo e Metódio, pioneiros da evangelização do Oriente, pensei em integrar a lista dos Padroeiros celestes com três figuras igualmente emblemáticas em circunstâncias cruciais do segundo milénio, que está a terminar: Santa Brígida da Suécia, Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz. Três grandes santas, três mulheres que, em épocas distintas duas no meio da Idade Média e uma no nosso século se destacaram no amor efectivo pela Igreja de Cristo e pelo testemunho prestado à sua Cruz. João Paulo II, 1.10.1999