O Jogo da Paixão Poemas românticos escritos nos salões de alguns Bingos por uma doce sonhadora Esta antologia contém poemas escritos por mim, durante dias e noites de trabalho no salão dos Bingos Cristal, Imperial, Bingo do Fábio (onde eu memorizava cada inspiração para escrever mais tarde, em casa, já que foi o único onde, como estagiária de locução e de vendedora eu não tinha tempo de parar para anotá-las) e Bingo Independente todos entre uma e outra rodada. São simplesmente poemas... nem sempre vão aparecer aqui na ordem em que foram escritos... pois muitos foram escritos no verso de cartelas, de comandas do bar, de bloquinhos de rascunho... Hoje, (Novembro de 2009), este amado lugar encontra-se fechado, mas os sentimentos ainda vivem, eternamente. Bob Chenselnihar Cristalzinha Índice: Somente um segundo (Bingo Independente, outubro de 2008) Amor (Bingo Cristal, maio de 2008) Busca eterna (Bingo Cristal, 09 de junho de 2008) Apenas palavras desconexas (Bingo Cristal, Junho de 2008) Indagações (Bingo Cristal, Junho de 2008) Despedida (Bingo Cristal, Junho de 2008) No amor (Bingo Cristal, Junho de 2008) Eternidade (Bingo Cristal, Junho de 2008) Sorriso e olhar (Bingo Cristal, Junho de 2008) Flores e cores (Bingo do Fábio, Setembro de 2008) Música (Bingo Cristal, Junho de 2008) Segredos (Bingo Cristal, Junho de 2008) Coração Perdido (Bingo Cristal, Junho de 2008) Sem título I (Bingo Cristal, 2008) Num dia qualquer (Bingo Cristal, 2007) Sem título II (Bingo Independente, Julho de 2008) Destino (Bingo Independente Julho de 2008) Sem título III (Bingo Imperial, 2007) Sem título IV (Bingo do Fábio, agosto de 2008) Sem título V (Bingo Independente, agosto de 2008) Por Amor (Bingo do Fábio, setembro de 2008) Sem título VI (Bingo independente, outubro de 2008) Sem título VII (Bingo Independente, 22-10-08) Sem título VIII (Bingo Independente, 30-09-08) Sem título IX (Bingo Independente, 22-10-08) Doce amor... Primeira vez (Bingo Cristal, 15-12-08) Sem título X (Bingo Cristal, Janeiro 2009) Sem título XI (Bingo Cristal, Fevereiro de 2009) Homenagem a todos os Bingos (Bingo do Fábio, Novembro de 2009) Somente um segundo. Somente um segundo Um último toque Um último suspiro Um último olhar O tempo passa... Não, não desista, Não sem antes me dar Um último adeus Um último olhar Somente um segundo É tudo, tudo o que preciso Pra mostrar Que o amor não morreu Somente um toque Um último toque Pra te incendiar Um último suspiro Esperança Um olhar Lágrimas Somente um segundo Um toque, um suspiro Um olhar antes do Adeus Pra lembrar teu coração Que ele jamais deixou de me amar. Amor Amor eterno, amor insano Como posso escolher Seguir meu coração E viver este louco sentimento Ou seguir a razão E te perder? Amor... Dor lancinante Do constante não ter O que mais desejamos Mesmo que apenas queiramos Um brilho no olhar... Um sorriso... Uma voz Como foi brotar Em minha alma calejada Este querer Que tanto dói Que quase me mata Mas que, no entanto Sem ele, Sou nada... Busca eterna Se a cada amanhecer Eu pudesse ainda Ao menos abraçar-te Em minha alma Haveria de nascer Um brotinho de esperança Onde anda você? Onde anda aquele olhar, Que a cada dia Foi minha alegria E aqueceu meu coração. Onde está a luz, Que minha alma em vão procura Mas só encontra Quando nossos olhares se cruzam? Ah, você... Você que amo Sem dever E sem querer Que eu busco em todos os pensamentos Em todos os momentos Dia-a-dia Veja só, luz do meu olhar Como é belo o espetáculo De um amor a brotar, A crescer Rompendo um coração Que já machucado Novamente sangra A dor de te amar. Apenas palavras desconexas O frio do ar gela meu coração E nessa tarde de outono Teu olhar Selvagem e doce Faz-me flutuar pela imensidão E me vem à mente Palavras desconexas Frutos da doce ilusão Dessa amarga paixão Claridade e escuridão Dor paixão Amor Calor Solidão Sentimentos brotam Incontroláveis Nessa tempestade De amar a quem Está-se condenado A jamais poder tocar. Indagações Pergunte-me quem sou E te responderei Sou aquela que te ama Idolatrando teu corpo e alma Que quer se consumir No fogo do teu amor Sou a paixão cega e mortal Ardente e fria Que é minha vida E minha morte Sou a imensidão de um sentimento Que não se pode sufocar Temporal e calmaria Tempestade de paixão Sou da rosa pétala e espinho Sou aquela que o amor tornou doce E de tão doce, Amarga... Ser que vaga perdido Num mundo que sem você Não tem brilho Nem por que Despedida Tanto amor Ilusão sem fim Paixão que machuca Alegria que mata Tristeza que corrói Tanto amor Tanta solidão Tanta saudade De um beijo Um abraço Um sorriso Uma voz Tão perto e tão distante Por que amo, Se aos poucos o amor me mata? Se meu coração hoje sofre, É por que um dia Um beijo de mel O envenenou com o Amor Amor... Veneno lento que mata aos poucos E aos poucos meu coração Vai se despedindo deste mundo Mas parte contente Lembrando do teu beijo o sabor... No amor No amor Vida e morte Alegria e dor A alma encontra Lágrima e riso Misturam-se Na dança da paixão Onde bailam os amantes Mais alegres que antes Menos tristes que amanhã No amanhecer nublado Onde toda a ilusão se despedaça E a felicidade, sentimento alado Voando se vai como nuvem de fumaça E já não há nestes tristes braços Ninguém para amar Eternidade Quero-te Pela eternidade de cada instante Em que estivemos juntos Quero amar Teu corpo e alma Por uma vida ou Um momento Na entrega completa Sem pudores Ou temores Apenas do amor a música e tremores Eu e você Dois corações Uma vida Sorriso e olhar Você me tem com um sorriso E com um olhar me manda embora E se meu coração se quebrar E lágrimas eu derramar Ainda assim Basta você sorrir Sua luz irradiar E me aquecer Para as feridas secar E, como o sol que volta a iluminar Cada amanhecer Voltarei a te amar Flores e cores Flores e cores Amores Paixões Muitos verões Alegres E solitários invernos Uma vida Para te conhecer E um minuto Para me apaixonar E saber Que nem a eternidade Será suficiente Para te esquecer Música Sinos tocam A música da alma Numa orquestra Regida pelo teu olhar E meu corpo treme Minha voz geme Quando nossas peles se tocam E dançam Esse balé dos sentimentos E sentidos No teatro do universo Espetáculo da vida Segredos As estrelas no firmamento Guardam divinos segredos Mistérios insondáveis do infinito Meu peito, pequeno e aconchegante Guarda estrelado sentimento O amor tão grande Que secreto Brilha aqui dentro Sei que jamais esquecerei Teu olhar Teu corpo Teu beijo Juro que sempre te amarei Mesmo sabendo que, Talvez, Nunca mais te tocarei Coração perdido Sob estrelado céu Vaga um coração perdido Buscando na imensidão Abrigo Que em vão Em tua alma buscou Alguém que nesta vida Muito te amou E hoje, de partida deste mundo De dor suspira fundo E chora por ter que partir Mas da dos de amar Não se há de fugir E se o importante é ser amado Amado ser Sei que muito amei E amado não fui Mas agora Nada mais importa Chegou a hora Desta vida fecho a porta E parto para sempre E se um dia lembrares-se de mim Não chora não se desespera Olha para o céu E procura Sentirá da brisa a doçura Serei eu Que d’outro mundo voltarei Apenas para lhe tocar Como anjo peregrino E deixar em tua pele O derradeiro ósculo Teu olhar Flor que desabrocha Pétala ao vento Brisa que me toca Desalento... ...amar-te Vida que se inicia E encerra Guerra De paixões Profecia De alguém Que já não sei Os amores Apenas vilões Deságüem Lágrimas Em meu peito presas Seca Como Seca Seja meu pranto o Sol a Terra o Sol que castiga Seca meu pranto Seca minha alma Para que nela não reste Vestígios de amor Ou compaixão Faz-me Marmórea escultura apenas Sem amor, sem sentimentos Sem vida, sem sofrer... Talvez assim Haja alento em meu viver Num dia qualquer E assim Num dia qualquer Num lugar qualquer Num qualquer eterno instante Duas almas Num olhar se cruzaram Assim Elas se amaram Conto de fadas Amor impossível Imprevisível Domínio do coração sobre o ser Ou do ser sobre si mesmo Assim As pobres almas se feriram Sangraram E quanto mais sofreram Mais se amaram (15 de Dezembro 2006, exatamente um mês após ser admitida no Bingo... acho que este foi o primeiro poema que escrevi naquele salão..) Esquece coração Os beijos que ele deu Esquece as juras vãs De jamais te olvidar Esquece a paixão O mel Os beijos, as mãos amigas, irmãs E amantes Jamais volte a lembrar Sua voz a sussurrar Seu corpo a tremer Em seu amor viver Sonhos de prazer, Amor Flor de primavera Eterna dor Destino Destino? Amar a ti mais do que a mim Querer-te E num suspiro aflito Chamar-te Chama que me consome Primavera que me desabrocha Olhar que me leva À vida Ou às profundezas do vale Onde cruel a morte impera E a todos nós espera Com sua negra capa E sua foice Dama impiedosa Amiga dos amantes Que se querem e neste mundo Não se podem ter E resta-lhes apenas Pacientes Sua visita aguardar Sua visão buscar Num obscuro lampejo de esperança De no infinito finalmente Amar, de maneira inocente Como criança À luz do luar Teus braços buscar Em outro mundo, muito além daqui Amar Sentimentos... Poeiras de ilusão São das ninfas os cantos A chama da paixão Doce veneno Alento Vida Lágrima muda Cristais quebrados Espalhados Do coração arrancados Olhos que já não choram Não brilham Flores não falam E paixões se calam Viajarei nos raios do Sol E me deixarei levar pelo vento Dormirei sob o paiol Nas noites sem alento Amarei sem limites Tentando dar vida A meus olhos tristes Pela dor de tua partida Lágrimas a cair Fertilizando a terra árida Ao longe, cães a ganir Como adivinhando a dor invisível Ferida incurável Fato imutável palpita em minha alma gélida O vento a sussurrar Um último lamento Grandes árvores sob ele se curvam a chorar Ah! Dor, d’alma alimento... Ah vida perversa Ingrato destino Que a dor atravessa Sofrendo em desatino Oh, solidão gloriosa De próximo ao bem amado viver E, nesta estrada pedregosa Nem notado ser... Se as juras de amor Nada valem Que então se calem As canções do romântico trovador E nas quentes noites Sejam as brisas açoites E na primavera Descubra o coração, que o amor é uma quimera E o covarde arqueiro cego Que aos poucos nos envenena Veja enfim como nossa alma pequena Aos poucos se desfaz Sob seus golpes de algoz Vida, morte fugaz Amor, que será de nós? Por Amor Por amor Junto os pedaços aqui dentro E procuro encaixar da melhor maneira As pecinhas deste quebra-cabeça Em que você transformou meu coração Por amor Tento em vão cobrir os espaços em branco Deste livro chamado vida Linhas que você deixou vazias Ao me esquecer num canto qualquer Por amor, Só por amor Procuro você e não encontro E teus olhos já não me buscam mais Por amor Vivo e morro Respiro; grito; calo Por amor... Negar o inegável E disfarçar o óbvio Já não adianta mais Calar do coração A canção Perder-me em teu olhar E em teu corpo me encontrar Não, tarde demais Para tentar matar o sentimento Imortal Mesmo que ele me seja fatal Risco não calculado Amar-te demais E não poder em meus braços Reter-te E nos teus Deter-me Qual o sentido Da existência solitária Da dor Do amor Desse mundo perdido Da perdida inocência? Do alto do castelo Espero o herói encantado Mas o castelo há muito se desfez E me resta apenas a janela A rua E uma alma nua Mais um capítulo do conto de fadas desventurado Desse mundo de insensatez Mundo apressado Onde a ilusão acaba E o amor é tênue chama de uma vela E tudo o que resta Espera E, em silencio, Amar Pedacinhos de mim Simples assim E complexo Reflexo Espelho quebrado Sete anos de azar Um coração partido Com sede de amar Espalhados estão meus pedaços Nos olhos tristes dos palhaços Em palavras ao vento Perdidas em doce lamento Palavras de lábios cor de carmim Suaves, como dizendo assim: Desejo impetuoso herói Que me tome o corpo e o sexo A alma, a essência e mostre que não O sentimento não é complexo O coração machucado Irá se curar E a tristeza é tempo ido Que jamais vai voltar Já não estão tristes os palhaços Você juntará meus pedaços E como por encanto Desaparecerá, e em seu lugar novamente ficará Apenas um suspiro, um lamento. Em simples palavras Venho homenagear Sentimento fugaz A paixão que nos vem tomar O amor, que nos vem matar Magoar E alegrar E a vida nos dar O inconseqüente O inconsciente Anjo menino Cego arqueiro, poderoso e pequenino Com palavras dispersas A ti venho brindar Em nome de todos nós - humanos, tuas presas Com os quais, pequeno deus cruel, vens brincar Tuas flechas não nos matam Nem nos calam Afogam-nos em lágrimas Tristes dádivas Brindemos ao Amor A sua glória Sua dor Sua eterna memória. Doce Amor... Imaginei Teu corpo sobre o meu Tua carne sobre a minha, ainda imaculada Teu beijo de mel Eu em teus braços atada Sonhei Com teu hálito quente Tuas mãos ardentes Um gemido entre os dentes Um grito de prazer do corpo da gente Fantasiei Você... Amante Amado, amigo Herói Vivi Destino Prazer Desatino Em teu corpo senti Sonhei Tremi Provei Teus sabores Teu beijo Teu gosto Teu corpo E mais ainda eu quis Tocar Cheirar Amar Engolir, guardar Você dentro de mim Em teus olhos me ferir Nos teus braços me curar Quero te amar E te amar Simplesmente amar Não quero te prender Nem te perder Quero-te livre Quero ser teu ninho Pra onde cansado, qual passarinho Voltarás Em vários corpos sei que viverás Várias amarás De várias maneiras Por motivos vários Mas sempre que quiser Doce mel, beijos com sabor de lar Sei que de mim vai lembrar E a mim irá voltar. Sublime é teu gosto Teu corpo Sublime é teu prazer Sublime em ti me perder Sublime voar Revoar Navegar Sublime dor Amar Sublimes lágrimas Pétalas Rosas Sangue... Orvalho Paixões Sublimes atitudes Ímpetos Sublimes Paixões Sublimes Dores Que pra sempre em meu peito Hão de ficar Corro meus olhos pelo horizonte Aninho-me em meus pensamentos Enquanto minha alma se deita como Sol poente E minha pele arrepia-se, lembrando doces momentos Perco-me querendo te encontrar Em cada flor, em cada espinho Em cada olhar Buscando você, que deixou vazio o ninho Ninho de amor Onde tantas vezes e com tanto ardor Perdestes-te ao me encontrar E, sem palavras, disse me amar Aguardo paciente o telefone tocar Tarde após tarde Meu corpo arde, e me invade A vontade de te amar. Bingo... Brincar de cartelas marcar Imaginar, torcer para que a próxima dezena venha te premiar Nunca cansar, sentir a cadência do cantar de cada rodada: 2, 5, 17, 23, 43 Gritar de emoção, a cada linha completada, a cada cheia sorteada Onde, sem um Bingo, se divertir, amar? Versão pro Orkut (a original fica desencontrada por causa do espaço dos depoimentos, por isso alguns dos meus amigos do Orkut receberam este: Bingo... Brincar de cartelas marcar Imaginar, torcer para a próxima dezena te premiar Nunca cansar,da cadência do cantar de cada rodada Gritar de emoção, a cada linha, cada cheia sorteada Onde, sem um Bingo, se divertir, amar?