UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Dilma de Sousa Mercadante
Matrícula: 2007.02.4001
2º período – Letras/Literatura - Tutoria 1 – Informática
Professor: Antônio José Dias da Silva
Ecologia Cognitiva
O termo “Ecologia Cognitiva” torna-se conhecido através de Pierre Lévy em seu
livro: “As Tecnologias da Inteligência”, baseado nas idéias de Gregory Bateson sobre a
ecologia da mente.
A ecologia cognitiva constitui um espaço de agenciamentos, de pautas interativas de
relações constitutivas, no qual se definem e redefinem as possibilidades cognitivas
individuais, institucionais e técnicas. E é neste espaço de agenciamento que são
conservadas ou geradas as formas de conhecer, de aprender, de pensar, de constituir novas
tecnologias e instituições. Visto que a “ecologia” aponta para a existência de relações,
interações, diálogos entre diferentes organismos, vivos ou não vivos, enquanto a palavra
“cognitiva” indica a relação com um novo conhecimento. Desta forma a ecologia cognitiva
deve envolver uma nova dinâmica de relações entre sujeitos, objetos e meio ambiente, que
propiciem outras formas de perceber e entender os processos de construção do
conhecimento.
A ecologia cognitiva não afirma o valor social do uso positivo de substâncias
psicoativas. Porém, ações integradas de indivíduos e grupos a considerar como base para a
argumentação contra a suposta “lógica proibicionista”.
Pierre Lévy considera ecologia cognitiva como uma nova disciplina, que se dedica
ao estudo sistemático da tecnologia da informática na organização institucional das
sociedades humanas. A história do processo civilizatório pode ser identificada a grosso
modo como a maneira pela qual a espécie humana gerou através dos mais variados
artifícios uma espécie de segunda natureza na sua relação com o mundo. Essa segunda
natureza passou a construir o meio ambiente efetivo no qual atuamos. Uma segunda
natureza que hoje em dia é preenchida predominantemente por redes complexas onde
interagem uns grandes números de atores humanos, biológicos e técnicos. Os seres e coisas
não se encontram mais separados por uma cortina de ferro ontológica, esse amálgama de
ser humano enquanto agente cognitivo, mundo e objetos tecnológicos constituem o objeto
de estudo da ecologia cognitiva concebida como “o estudo das dimensões técnicas e
coletivas da cognição”. É nesse sentido que Pierre Lévy afirma que “não há nem razão pura
nem sujeito transcendental invariável. Desde seu nascimento, o pequeno humano pensante
se constitui através de línguas, de máquinas, de sistemas de representação que irão
estruturar sua experiência”.
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