Economia e modelização: a internet e as novas formas de ensinar e aprender nos cursos de economia Considerando a preocupação – real – relacionada ao esvaziamento dos cursos de economia, destacada entre os objetivos do presente Encontro, e a possibilidade de que tal esvaziamento seja conseqüência, pelo menos em parte, da não incorporação de novas tecnologias por parte das instituições de ensino, o texto aqui apresentado tem a ambiciosa pretensão de servir a diferentes propósitos, entre os quais: 1. Resgatar a questão da modelização na economia; 2. Refletir sobre a falsa dicotomia entre “economics” e “political economy”; 3. Defender o uso combinado do ensino presencial e do ensino virtual (blended learning) como estratégia de adequação dos cursos de economia às expectativas do mundo contemporâneo; 4. Chamar a atenção para o extraordinário potencial da internet para a pesquisa e o ensino de economia, sem deixar de reconhecer os problemas que pode acarretar; 5. Apresentar a webquest (como apêndice do texto) como um novo e eficiente recurso para o ensino e o aprendizado. Sendo assim, após considerações introdutórias de caráter metodológico, o texto focaliza os dois enfoques dominantes dos cursos de economia, dando destaque à questão do uso cada vez mais disseminado de modelos de análise eminentemente quantitativos adotados nos cursos de viés predominantemente neoclássicos. E, como decorrência disso, a eventual perda de prestígio do economista que passa a ser visto como um charlatão: alguém que se apresenta como uma espécie de futurólogo e se dispõe a oferecer algo que não pode, ou seja, previsões econômicas dotadas de absoluta precisão. Apesar de seu enfoque multidisciplinar, diante da divisão considerada para efeito de organização do presente Encontro, o texto enquadra-se a categoria de Histórias e Eletivas.