algumas diferenças entre antropologia e sociologia

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ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA
ANTROPOLOGIA – ciência do homem como ser social e animal.
Em Sociologia – estudo do homem em geral. O termo tem duas significações, uma
filosófico e outra científica. Conforme a primeira, é o estudo do homem na sua unidade,
como composto substancial de corpo e alma. Conforme a segunda, é um dos grandes ramos
das ciências naturais, é a história natural ou Zoologia da espécie humana. Mais exatamente,
a antropologia se constitui de várias ciências, ou partes daquelas que tem em vista o
homem. Assim, ela abrange a Anatomia, a Fisiologia, a Psicologia, a História e a Préhistória, a Sociologia e a Arqueologia. Seu objetivo principal é o estudo da espécie humana,
sua origem e diferenciação em raças, sua evolução e adaptação nas várias partes do globo.
A antropologia utiliza-se do método de imersão, através da etnografia (estudo dos
índios, por exemplo) e etnologia (interpretação), para realizar suas pesquisas.
Enquanto que a sociologia, utiliza-se de entrevistas, questionários, observações
participativas.
SOCIOLOGIA – a palavra foi criada por Augusto Comte que começou a usá-la no tema
IV (1839) da sua obra Curso de Filosofia Positiva, em substituição à expressão Física
Social. Seguindo o critério da complexidade crescente e da generalidade decrescente,
Comte elaborou a seguinte classificação e hierarquia das ciências: Matemática, Astronomia,
Física, Química, Biologia e Sociologia, acrescentando posteriormente a Moral. Com isso, a
Sociologia não só ficou constituída como ciência, mas também obteve uma posição
proeminente entre todas elas, pois Comte a considerava o fruto por excelência do estado
positivo da humanidade. Dois aspectos fundamentais foram distinguidos na Sociologia: a
Estática Social e a Dinâmica Social, governada esta última pela Lei dos três estados. O
objeto da Sociologia comtiana era a humanidade em seu conjunto, na qual ficava então
subsumida a vida individual. Daí o seu caráter enciclopédico. Todos os fenômenos sociais
pertencem ao seu campo de estudo; era a ciência das manifestações da vida grupal. Essa
concepção influenciou sobremodo nos “sistemas” que se lhe seguiram, e ocasionou o
aparecimento de trabalhos que, com pretensão de sociológicos, tratavam dos mais variados
assuntos encarados sob os mais diversos pontos de vista. Passado o fluxo da influência
direta de Comte, a Sociologia começou a procurar seu objeto específico de estudo; em
outras palavras, buscou distinguir o sociológico do social. Essa revisão crítica, iniciada nos
últimos anos do séc. XIX, ganhou real incremento em princípios da centúria corrente. A
Sociologia contemporânea caracteriza-se, através de todas as diferenciações de métodos e
de técnicas, pelo estudo do social, enquanto social, não enquanto cultural, educacional,
econômico ou jurídico. Procura compreender como se formam ou se desintegram as
associações humanas; estuda a influência dos agrupamentos sobre os indivíduos, e as
relações entre os homens. Note-se que esse estudo é realizando partindo e permanecendo no
domínio do fato. Não procura normas, juízos de valor (o que não siginfica negar-lhes a
legitimidade), mas somente aprender aquilo que sucede.
Para o francês Emile Durkheim, a Sociologia estuda o “Fato Social”, o que é o geral no
âmbito de determinada sociedade, independente das manifestações individuais.
Para o alemão George Simmel, é o estudo das formas de associação humana.
Para o inglês Morris Ginsberg, “a Sociologia, no seu sentido mais amplo é o estudo das
ações e reações dos homens entre si, suas condições e conseqüências”.
Para Gilberto Freyre, “o objeto de estudo especial da Sociologia é antes o constituído pelas
formas, funções e processos sociais e de cultura e pelas personalidades consideradas como
agente ou veículos de socialização e aculturação que pelos conteúdos temporais, regionais
ou mesmo universos de tais formas ou personalidades”.
Para o russo naturalizado americano, Sorokin, “o objeto da Sociologia é o estudo:
a) das relações e correlações entre as diversas classes de fenônemos sociais
(econômicos e religiosos, família e moral, jurídicos e econômicos, etc.);
b) das relações entre os fenômenos sociais e os não sociais (geográficos, biológicos,
etc.);
c) dos caracteres gerais comuns a todas as classes de fenômenos sociais”.
Sociologia do Direito – é o estudo da plena realidade social do Direito, desde suas
expressões tangíveis e exteriormente observáveis nas condutas coletivas e nas bases
materiais.
Também considerada o estudo das relações íntimas de causa e efeito existentes entre o
Direito e os processos sociais. Estuda o complexo das normas jurídicas como fato social.
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