Considero a música na educação infantil importante tema a ser

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Considero a música na educação infantil importante tema a ser estudado pelo fato de que
desde cedo a criança demonstra interesse por ritmos e sons musicais.
Acredita-se que a música, junto com suas atividades proporciona um satisfatório
desenvolvimento nas crianças. Segundo Bréscia (2003) ao se envolverem com a música as
crianças melhoram sua audição, interpretação e suas capacidades de compreensão, também
ajuda na linguagem oral e sua coordenação motora.
Esse projeto tem como objetivo analisar este contexto, mostrando a importância da
expressão musical, para que haja uma busca da interação da criança no momento da criação
da música e não só apenas uma reprodução.
Assim sendo, essa pesquisa poderá possibilitar às pessoas envolvidas, uma percepção da
importância
trabalhar o lúdico da criança para que a criança se sinta à vontade no ambiente escolar.
A música conta como um fator importante para desenvolver esse meio propício no
ambiente escolar, pois a musicalização faz parte do cotidiano da criança antes de ela ser
inserida na educação. E sua continuidade no contexto escolar influencia em um ambien
A musicalização se constitui uma forma abrangente de educação, através de um processo
pedagógico participativo que procura uma motivação diferente do ensinar, em que é
possível favorecer a auto-estima, a socialização e o desenvolvimento do gosto e do senso
musical das crianças dessa fase. Maffioletti (citado em CRAIDY; KAERCHER 2001,
p.130) nos afirmam que: 6
Quando a criança começa a freqüentar a escola, o novo ambiente precisa tornar-se, o mais breve
possível, familiar e aconchegante. Além das novidades do ambiente físico, o mundo sonoro é
completamente desconhecido. A música pode se tornar um espaço a partir do qual os primeiros
vínculos são criados a mantidos. Além disso, as aprendizagens de formas de expressão que
comunicam estados de ânimo são imediatamente empregadas para expressar alegria e satisfação.
As professoras do berçário ficam muito admiradas quando observam que os bebês aprendem e
reconhecem com extrema facilidade aquelas músicas que lhes proporcionam momentos de
descontração e alegria. O canto é uma atividade eminentemente social, é uma abertura para o
outro e um enorme enriquecimento pessoal.
As atividades musicais realizadas na escola não visam à formação de músicos, e sim,
através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais
sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo
para a formação integral do ser. Propiciar a criança um aprendizado de uma forma que seja
natural, através da alegria e não com algo que deixará a criança sem vontade de fazer o que
lhe é proposto.
Atentando para o tema em questão, pretendemos buscar respostas para os seguintes
Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de
mãos etc., são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade
musical, além de atenderem a necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética
e 10
cognitiva. Aprender música significa integrar experiências que envolvem a vivência, a
percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez mais elaborados (BRASIL, 1998,
p. 48).
A música está presente nas mais diversas situações, está presente na sociedade através de
manifestações culturais, festas, comemorações religiosas, na escola em datas
comemorativas, nas manifestações cívicas, entre outras. Ao longo da história ela vem
desempenhando um papel importanteUniversidade Luterana do Brasil - ULBRA
Simone Vesper Binow
Curso de Licenciatura em Pedagogia
RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar a música como elemento contribuinte para o
desenvolvimento da inteligência e a integração do ser. Explica como a musicalização pode
contribuir na aprendizagem e analisa o papel da música na educação. Lembra também 'a
Inteligência Musical, apontada por Howard Gardner, como uma das múltiplas inteligências e à
capacidade que a música tem de influenciar o homem física e mentalmente, podendo
contribuir para a harmonia pessoal, facilitando a integração e a inclusão sócia, principalmente
na Educação Inclusiva.
INTRODUÇÃO
Como a música pode ajudar no processo de ensino-aprendizagem? Durante a idade média, a
música teve um lugar destacado dentro das escolas, principalmente quando se falava em
música sacra e poesia. Através dos tempos, tem sido inegável o papel da música como um dos
fatores na formação do homem. Grandes autores como Howard Gardner e Vera Lúcia Bréscia
relataram em suas obras a importância da música na sala de aula, não só no aspecto lúdico,
mas também no aprendizado e na leitura crítica da mesma e seu conjunto.
As escolas hoje trabalham a música dentro das salas de aula, mas muitas sem considerar os
aspectos emocionais em que ela pode influenciar. A música faz com que as crianças aprendam
com mais facilidade e se sintam mais acolhidas no ambiente de estudo.
Com base em dados pesquisados em obras literárias consagradas, como as obras de Howard
Gardner e Vera Lúcia Pessagno Bréscia, esse artigo quer apresentar em forma de pesquisa
bibliográfica qualitativa o que é Música e quais são as suas principais características.
Quermostrar a necessidade de encorajar as escolas a buscar na música recursos para melhorar
e tornar mais prazeroso o "aprender".
O artigo abordará também o papel fundamental que a música exerce no processo de ensinoaprendizagem e os benefícios que ela pode trazer para a vida das crianças, tanto no aspecto
emocional quanto no Físico. Apontará algumas questões elaboradas por Howard Gardner,
sobre a Inteligência Musical e a importância da música como instrumento de Inclusão de
Deficientes.
DE ONDE VEM A MÚSICA?
A música, segundo a teoria musical[2], é formada de três elementos principais. São eles o
ritmo, a harmonia e a melodia. Entre esses três elementos podemos afirmar que o ritmo é a
base de toda expressão musical.
Sem ritmo não há música. É o único elemento que pode existir independente dos outros dois:
a harmonia e a melodia.
A harmonia, segundo elemento mais importante, é responsável pelo desenvolvimento da arte
musical. Foi da harmonia de vozes humanas que surgiu a música instrumental [3].
A melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão de capacidades musicais, pois se
desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras e forma uma sucessão de notas
característica que, por vezes, resulta num padrão rítmico e harmônico reconhecível.
A Música sempre esteve presente na vida das pessoas, seja por peças grandemente
elaboradas, como em simples letras cantaroladas pelas crianças, ou até mesmo pela melodias
dos pássaros.
A palavra música vem do grego ¼¿Åùº® Äǽ· - musiké téchne e quer dizer Arte das Musas.
Trata-se de uma combinação de sons agradáveis ao ouvido.
Algumas hipóteses são levantadas quando se fala do surgimento da música. Alguns autores
defendem que ela surgiu a partir da imitação dos cantos dos pássaros, outros defendem a
música como forma de confraternização religiosa, com o uso de tambores e outros
instrumentos rústicos. Outros ainda acreditam que os movimentos rítmicos do corpo humano
tenham originado a música.
De acordo com Bréscia (2003), em algumas civilizações antigas, como a Grécia, o ensino da
música era obrigatório e há indícios que naquela época já havia pequenas orquestras. Os
gregos acreditavam que determinada combinação de sons poderia até curar algumas
enfermidades. Outro ponto interessante é a Bíblia. Nela encontramos diversas citações que
falam da música principalmente como forma de adoração em Cultos religiosos.
Atualmente existem diversas definições para música. Mas, de um modo geral, ela é
considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre os elementos musicais são
relações emocionais, matemáticas e físicas; a arte manifesta-se pela escolha dos arranjos e
combinações.
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DE GARDNER
Para entender a importância da musicalização no ensino-aprendizagem, também é importante
analisar a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner. Sua teoria das inteligências
múltiplas sugere que existe um conjunto de habilidades, chamadas de inteligências, e que cada
pessoa as possui em grau e em combinações diferentes. Segundo Gardner (1995, p. 21): "Uma
inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são
importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural". São sete as inteligências
apresentadas por Gardner: musical, corporal-cinestésica, lógico-matemática, lingüística,
espacial, interpessoal e intrapessoal. Essas inteligências não têm nada a ver com herança
genética e sim com o ambiente em que as pessoas são criadas e estímulos que recebem
principalmente durante a infância.
A inteligência musical é caracterizada pela habilidade para reconhecer sons e ritmos, gosto em
cantar ou tocar um instrumento musical. Essa inteligência pode estar relacionada também ao
interesse por variados tipos de artes, como dança teatro, pintura, escultura e outras.
MUSICALIZAÇÃO: FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO SABER
A musicalização é um processo de construção do conhecimento musical, que tem como
objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, estimulando e contribuindo para a formação
física e emocional do indivíduo. A música sempre deve estar interligada a outros tipos de arte,
como por exemplo, a pintura, escultura, teatro e dança. A educação musical deve ser inter e
multidisciplinar, assim como as técnicas pedagógicas, adaptadas a cada realidade, sem
esquecer-se do conteúdo humano e social da música.
Ao falar em musicalização, um dos recursos mais eficazes para despertar o interesse da criança
é o movimento associado à canção. Um exemplo é usar técnicas teatrais durante o canto.
Pode-se pedir para que elas imitem um animal ou o movimento de um carro.
Em outras canções, podemos solicitar a memória e o raciocínio rápido, onde a seqüência de
movimentos cobrados aumenta gradativamente, sendo necessária uma lembrança imediata
do que acabou de ser dito, mas que por vezes torna-se difícil pelo acúmulo de informações.
Não podemos nos esquecer também que para a aprendizagem ser eficiente é necessário que
tenhamos uma metodologia adequada para determinado público. É necessário dividir a música
em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e, em seguida, junto
com as demais aprendidas.
O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO
A experiência com música deve acontecer antes do aprendizado do código convencional. Na
música podemos perceber, sentir, imitar, criar e refletir. Ela mexe com os nossos sentidos e
pode interferir no nosso modo de agir e pensar.
A música tem um papel importantíssimo no processo de formação de um indivíduo. É muito
valioso que crianças tenham contato com esta arte desde pequenas, e que ela seja inserida no
currículo escolar.
Muitos professores usam a música para ensinar conteúdos de geografia, história e até
matemática aos seus alunos. No processo de alfabetização, isso acontece ensinando as letras,
brincando com as palavras em forma de música, o que é também uma forma de chamar a
atenção daqueles alunos inquietos na sala de aula.
Mas a música na educação tem muito mais importância do que isso, cientificamente
comprovado, ela estimula diversas áreas do cérebro, e facilita o aprendizado. A iniciação
musical é de extrema importância, e ela deve acontecer o mais cedo possível.
Desenvolver a musicalidade nas crianças com a faixa etária de 3 a 10 anos é muito importante
não só para que se tornem artistas de grande talento, mas para que outras áreas do cérebro
sejam estimuladas também.
De acordo com Gardner a área cerebral responsável pela música está muito próxima da área
de raciocínio lógico-matemático, pois as conexões nervosas acionadas ao se executar uma
obra clássica são muito próximas daquelas usadas ao se fazer uma operação aritmética ou
lógica. A música é uma das ferramentas mais potentes para estimular os circuitos do cérebro.
Além disso, contribui para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
A música compõe o cotidiano do ser humano por sermos envolvidos emocionalmente pela
letra e melodia. Ela libera em nós personagens que são carregados sem ter a consciência de
que existem (inteligência intrapessoal). Fazendo uso deste poder da música sua utilização no
aprendizado de novas línguas pode ser bem sucedida. A música pode ainda ser usada apenas
como uma ferramenta lúdica, se levada em consideração, à hipótese de que o aprendizado
ocorre como resultado de um processo sem tensão ou ansiedade. Pode-se afirmar ainda, que a
música contribui para aumentar a qualidade da relação entre professor e aluno (inteligência
interpessoal).
O uso apropriado da música como ferramenta didático-pedagógica oferece aos alunos a
oportunidade de integração das quatro habilidades da língua: ouvir, falar, ler e escrever, bem
como permite a revisão de vocabulário e estruturas gramaticais, pois retratam a língua no seu
contexto real (inteligência lingüística). Além disso, permite aos alunos a discussão dos aspectos
lingüísticos e culturais da língua encontrados na letra.
MUSICA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Por meio de um programa de educação musical bem estruturado e com objetivos bem
definidos é possível promover o desenvolvimento físico, intelectual e afetivo da criança com
necessidades especiais. Os indivíduos com algum tipo de deficiência emocional, mental ou de
aprendizagem conseguem se organizar e responder bem às exigências do ambiente quando é
oferecida a eles uma rotina, com exercícios familiares.
Segundo Birkenshaw-Fleming (1993) há diferentes princípios e formas e observação que
podem ajudar no ensino de crianças especiais. Quanto mais conhecimento o professor tem
sobre o estudante, maior é a adequação de suas propostas de ensino e maior é a sua
segurança para promover o desenvolvimento dos alunos. O professor deve ser um pesquisador
em busca de novas possibilidades de desenvolvimento de seus alunos e deve conhecer muito
bem as limitações e dificuldades de cada um deles.
Esse conhecimento pode ser conseqüência de um processo constante de leituras específicas
sobre as características dos alunos, entrevistas e conversas com pais, professores,
coordenadores, diretores e outros profissionais que componham as equipes de trabalho das
escolas que as crianças freqüentam. No entanto, o que parece mais importante é o
conhecimento gerado por meio de uma observação profunda dos alunos e de uma interação
de afeto e respeito, considerando sempre as possibilidades de cada um.
Isso pode ser oferecido com um trabalho contínuo com a música. As atividades de
relaxamento são muito importantes para construir um ambiente tranqüilo de observação.
Planejar alguns exercícios de relaxamento que envolva músicas lentas ou suaves no início ou
no final da aula, ou ainda entre outras atividades musicais como apresentação de cantigas de
roda que remetam a eles uma sensação de segurança pode diminuir consideravelmente as
tensões do ambiente, tanto para os educadores quanto para os educandos.
CONCLUSÃO
Com base nos dados demonstrados durante o artigo, evidencia-se que as diversas áreas do
conhecimento podem ser estimuladas com a prática da musicalização. A música é conhecida
como um universo que conjuga expressão de sentimentos, idéias, valores culturais e facilita a
comunicação do indivíduo consigo mesmo e com o meio em que vive. Ao atender diferentes
aspectos do desenvolvimento humano: físico, mental, social, emocional e espiritual, a música
pode ser considerada um agente facilitador do processo educacional. Nesse sentido faz-se
necessária a sensibilização dos educadores para que se conscientizem sobre as possibilidades
que música oferece para o bem-estar e o desenvolvimento dos alunos, pois ela fala
diretamente ao corpo, à mente e às emoções.
A presença da música na educação auxilia a percepção, estimula a memória e a inteligência,
relacionando-se ainda com habilidades lingüísticas e lógico-matemáticas ao desenvolver
procedimentos que ajudam o educando a se reconhecer e a se orientar melhor no mundo.
As atividades de musicalização também favorecem a inclusão de crianças portadoras de
necessidades especiais. Pelo seu caráter lúdico e de livre expressão, não apresentam pressões
nem cobranças de resultados, são uma forma de aliviar e relaxar a criança, contribuindo para o
envolvimento social, despertando noções de respeito e consideração pelo outro, e abrindo
espaço para outras aprendizagens.
REFERÊNCIAS
BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São
Paulo: Átomo, 2003.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a Teoria das Múltiplas Inteligências. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1994. Publicado originalmente em inglês com o título: The frams of the
mind: the Theory of Multiple Intelligences, em 1983.
_________________. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas,
1995.
LOURO, V. S. Educação musical e deficiência: propostas pedagógicas. São José dos Campos: Ed.
do autor, 2006
SCHLICHTA, Consuelo Borba Duarte e TAVARES, Isis Moura. Artes Visuais e Música: Curitiba:
IESDE Brasil, 2006
TOZONI REIS, Marília Freitas de Campos. Metodologia de Pesquisa: Curitiba: IESDE Brasil S.A,
2005
http://www.mec.com.br
http://www.almanaque.folha.uol.com.br/musicaoquee.html
http://www.rededuc.com/page_32.html
http://www.inep.com.br
[1] Artigo apresentado na Disciplina de Estágio Curricular IV ao Curso de Graduação em
Pedagogia Licenciatura EAD, da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para
conclusão de Curso.
[2] Teoria musical ou Teoria da Música é o nome dado a qualquer sistema ou conjunto de
sistemas destinado a analisar, classificar, compor, compreender e se comunicar a respeito da
música.
[3] Muitos instrumentos musicais surgiram a partir da observação da harmonia de sons
realizados pelos corais.
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