ESTUDO DE INICIAÇÃO CRISTÃ GRUPO EVANGÉLICO DA REDUC GERE RIO, 03 DE JULHO DE 2008 1 INDICE 1-BIBLIOLOGIA 2-IGREJA 3-O DEUS TRIUNO 4-CRIAÇÃO E QUEDA 5-SALVAÇÃO 6-BATISMO NAS ÁGUAS 7-SANTA CEIA 8-DÍZIMOS E OFERTAS 9-LOUVOR E ADORAÇÃO 10-JEJUM E ORAÇÃO 11-A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO 12-DONS DO ESPÍRITO SANTO 13-O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO 2 EDITORIAL Este curso tem como principal motivação instruir homens e mulheres recém convertidos e/ou já experientes na fé que desejam aprender um pouco mais a cerca das Escrituras Sagradas. Tenho plena consciência de que muitos de nós temos muitas fraquezas. Ser crente em Cristo Jesus é sem a menor sombra de dúvida ser perseguido, independente de morar-mos em uma nação em que existe a liberdade religiosa ou não. Fica então muito mais difícil quando não nascemos em um lar tipicamente evangélico praticante. Quando entrei aqui na REDUC, eu era como muitas pessoas que aqui trabalham católico não praticante ou em raras visitas a igrejas evangélicas. O impacto com a minha conversão foi muito grande. Não quero neste momento dar um testemunho pessoal como muitos podem dar, mas lembrar de como foi muito importante para mim há alguns anos atrás saber que havia pessoas que dobravam seus joelhos e oravam por mim e pelos colegas que trabalham aqui um dia por semana na hora do almoço. Ter um espaço também para cantar-mos hinos de louvor a Deus e também um momento para ouvir a palavra de Deus ministrada a fim de ter uma direção em que tomar em nosso dia a dia. Lembro-me de um livro "Em seus passos o que faria Jesus" e podemos ver que a instrução bíblica é muito importante para todos nós. Temos em nosso meio muitas denominações evangélicas tradicionais, pentecostais ou não. E este estudo procurou ser antes de tudo cristocêntrico, cristológico e centrado unicamente nas Escrituras Sagradas, dando direção ao novo convertido para o caminhar em sua vida cristã como está descrito em cada Jornal Geração na 1ª página na Declaração de Propósitos a cada trimestre. Por Ricardo Fernandes Barbosa “A mensagem do evangelho incorpora três elementos distintos; um anúncio, uma ordem e um convite. Anuncia as boas novas da redenção consumadas com misericórdia; ordena que todos os homens de todas as partes do mundo se arrependam e convida a todos para que se submetam às condições da graça por meio da fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador”. Verdadeiras Profecias A.W.Tozer Pg.53 “Não são muitos cristãos que se consideram estrangeiros “em terra estranha”. Mas é exatamente isso que somos se somos cristãos. Se começamos a jornada e estamos vivendo a vida crucificada, este mundo certamente não é o nosso lar. É por isto que nunca deveríamos estar muito confortáveis nesta vida”. “Alguns foram mal informados sobre a vida cristã e a vida crucificada. Por algum motivo, eles pensam que é um caminho fácil. Acreditam que Deus eliminará todos os problemas e dificuldades e que eles serão capazes de viver sem nenhum tipo de distração ou perturbação. Como qualquer um que tenha feito essa jornada sabe, não é o que acontece. Se a sua jornada não é atravancada de dificuldades, provocações e fardos, você simplesmente pode estar no caminho errado”. “É impossível ler a Bíblia e não ver que cada homem e cada mulher de Deus enfrentaram dificuldades e problemas extremos. A história da igreja também está repleta de casos de lutas enfrentadas pelos cristãos, até maiores que os mártires da igreja sofreram”. A Vida Crucificada A.W.Tozer Editora Vida 3 1-BIBLIOLOGIA A Palavra Bíblia deriva do vocábulo “biblos”, que quer dizer “livros”. A Bíblia também é chamada de Escritura ou Palavra de Deus. A Bíblia é um livro sem par. Deus se revela nas suas páginas. Vemos, através de vários estilos literários (história, poesia, exposição didática, profecia direta) a revelação da Pessoa de Deus e de seus propósitos. Ela foi inspirada por Deus exatamente para que o homem soubesse quais os parâmetros do relacionamento que ele estabelece conosco. Ela mostra a relação de Deus com sua criação, com a história, com uma nação peculiar, com o destino da terra e com você. A Bíblia é, portanto um livro que tem como seu assunto principal a Pessoa e o plano de Deus – a SALVAÇÃO do homem através de Jesus. Dizendo isso de outro modo, podemos afirmar que a Bíblia é um livro teológico (sobre Deus). Não é um livro cientifico ou um tratado político sociológico. A Bíblia não pode ser considerada um livro técnico sobre economia ou História Geral. Ela se dedica em mostrar a razão do Universo em que vivemos. Ela mostra o inicio e o fim de todas as coisas e demonstra claramente que o centro de toda a existência humana é achado no Criador. Isto não quer dizer que não haja nas páginas conceitos que abrangem todas as disciplinas da vida. Mas temos que lê-la com a compreensão de que ela se ocupa de um assunto principal, isto é, Deus, e como tudo que existe se relaciona com Ele. A Bíblia é mais do que literatura. Em suas palavras há poder (Rm 1; 16; Ef 6:17). A pessoa que a estuda com fé e passa a conhecê-la bem sofre mudanças no seu íntimo (Jo 8:32, 51). O aluno devotado passa a conhecer Deus melhor. Sua fé toma vulto e a fibra de sua experiência cristã se fortalece. O aluno ganha segurança na sua jornada e se torna menos suscetível ás ondas e modas teológicas que sopram periodicamente, levando muitos ao erro e até ao prejuízo de suas vidas (Ef 4:11_14). Esta palavra tem sido combatida em todos os tempos. Muitos tentam desacreditála, no entanto, ela continua intacta (Is 40:8; Mt 24:35). Este fato tem provocado admiração, pois nunca livro algum manteve uma unidade tão perfeita como a Bíblia. A Bíblia é composta por sessenta e seis livros, escritos por cerca de quarenta diferentes autores, vindos de várias condições e níveis de vida, e também possuidores de diversos graus de cultura (reis, escribas, agricultores, pescadores, um médico, um cobrador de impostos, etc.). Muitas pessoas têm uma compreensão errada da expressão “Palavra de Deus”, entendendo-a como se Deus tivesse chamado os escritores da Bíblia e ditado para eles palavra por palavra, sílaba por sílaba, letra por letra, sem respeitar as características de cada escritor. Se assim fosse a leitura da Bíblia seria enfadonha porque seria apenas um ditado do professor para o aluno, sem qualquer ênfase própria de cada escritor; seria um livro apenas de Deus e não um livro divino-humano como realmente é a Bíblia. É a história da redenção plena do homem. Por isto, quando estiver lendo este livro faça-o com carinho porque está escrito: Jo 5:39 “Examinais as Escrituras, porque pensais ter nelas a vida eterna [Salvação]. São estas mesmas escrituras que testificam de mim [Jesus]”, -Grifo e colchetes do autor. 4 1.1-AS DIVISÕES DA BIBLIA A Bíblia é única e indivisível. Ao falarmos em divisões da Bíblia, estamos apenas facilitando a compreensão dos seus livros. Devemos guardar esta verdade; toda a Bíblia, composta de 66 livros, representa um só pensamento, em virtude de ter sua origem na mente do Criador. A divisão entre o Antigo e o Novo testamento enfatiza a grande mudança que a Pessoa e a obra de Cristo provocaram na administração do relacionamento entre Deus e o homem. Os livros do Antigo Testamento podem ser divididos em: -Livros da Lei: Cinco (5) primeiros livros (Pentateuco ou Torah, em hebraico). -Históricos: Doze (12) livros, de Josué a Ester. -Livros Poéticos: Cinco (5) livros, de Jó a Cantares. -Livros Proféticos: Dezessete (17) livros, divididos em profetas maiores (de Isaías a Daniel) e profetas menores (de Oséias a Malaquias). Os livros do Novo Testamento são classificados como: -Livros Evangélicos: Quatro(4), de Mateus a João. -Livros Históricos: Um (1), Atos. -Epístolas Paulinas: Treze (13), de Romanos a Filemon. -Epístolas Gerais: Oito (8), de Hebreus a 3ªJoão. -Livros Proféticos: Um (1), Apocalipse. 5 2-IGREJA Igreja (do grego εκκλησία [ekklesia] e latim ecclesia) é uma instituição religiosa cristã separada do Estado. Cabe à igreja administrar o dinheiro do dízimo, construir templos, ordenar sacerdotes e muitas vezes mantê-los e repassar para seus crentes sua interpretação da Bíblia. Igreja também pode significar um templo cristão, por exemplo, a "Igreja de São Pedro" (refere-se ao templo dedicado ao São Pedro). Igreja é uma palavra de origem grega escolhida pelos autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os judeus para designar a assembleia geral do "povo do deserto", reunida ao apelo de Moisés. 2.1-Definição segundo a Bíblia No contexto bíblico, o termo igreja pode designar reunião de pessoas, sem estar necessariamente associado a uma edificação ou a uma doutrina específica. Etimologicamente a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa para fora e klesia que significa chamados. No texto bíblico, no "Novo Testamento", a palavra Igreja aparece por diversas vezes, sendo utilizada como referência a um agrupamento de cristãos e não a edificações ou templos, nem mesmo a toda comunidade cristã em alguns momentos. Em Mateus 18:15-17, encontramos as seguintes palavras de Jesus: "Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano.", na qual a Igreja se refere ao grupo de cristãos a que pertençam tais irmãos. Na Sagrada Escritura encontramos muitas imagens que mostram aspectos complementares do mistério da Igreja. O Antigo Testamento privilegia imagens ligadas ao povo de Deus; o Novo Testamento, a Cristo como Cabeça desse povo, que é o seu Corpo e tiradas da vida pastoral (aprisco, rebanho, ovelhas), agrícola (campo, oliveira, vinha), de moradia (morada, pedra, templo), familiar (esposa, mãe, família). A palavra Igreja aparece no Novo Testamento pela primeira vez no livro em Mateus 16:18, no evento conhecido como Confissão de Pedro. 6 2.2-Protestantismo O Protestantismo é um dos principais ramos (juntamente com a Igreja Romana e a Igreja Ortodoxa) do cristianismo. Este movimento iniciou-se na Europa Central no início do século XV como uma reação contra as doutrinas e práticas do catolicismo romano medieval. Os protestantes também são conhecidos pelo nome de evangélicos. No entanto, no contexto brasileiro, o nome 'protestante' deve ser usado mais corretamente para se referir às igrejas oriundas da Reforma Protestante, como a Presbiteriana, a Luterana, Anglicana e Batista (esta última, em parte); e o termo 'evangélico' é mais utilizado para se referir aos pentecostais e neopentecostais. As doutrinas das inúmeras denominações protestantes variam, mas muitas incluem a justificação por graça mediante a fé somente, conhecida como Sola fide, o sacerdócio de todos os crentes, e a Bíblia como única regra em matéria de fé e ordem, conhecido como Sola scriptura. No século XVI, seguidores de Martinho Lutero fundaram igrejas "evangélicas" na Alemanha e Escandinávia. As igrejas reformadas (ou presbiterianas) na Suíça e França foram fundadas por João Calvino e também por reformadores como Ulrico Zuínglio. Thomas Cranmer reformou a Igreja da Inglaterra e depois John Knox fundou uma comunhão calvinista na Igreja da Escócia. 2.2.1-Etimologia O termo protestante é derivado (via francês ou alemão Protestan) do latim protestari. Significa declaração pública/protesto, referindo-se à carta de protesto por príncipes luteranos contra a decisão da Dieta de Speyer de 1529, que reafirmou o Édito de Worms de 1521, banindo as 95 teses de Martinho Lutero do protesto contra algumas crenças e práticas da Igreja Católica do século XVI. O termo protestante não foi inicialmente aplicado aos reformadores, mas foi usado posteriormente para descrever todos os grupos que protestavam contra a Igreja Católica. Desde aquele tempo, o termo protestante tem sido usado com diversos sentidos, muitas vezes como um termo geral para significar apenas os cristãos que não pertencem à Igreja Católica, Ortodoxa ou Ortodoxa Oriental (inclusive àqueles cristãos que não pertencem à Igreja Anglicana, pois esta mesma não se auto define como católica ou protestante). 7 3-O DEUS TRIUNO A Bíblia é a revelação específica de Deus e de seus atributos. O que iremos estudar é o que a Bíblia diz a respeito de Deus em dois sentidos: -Quem Ele é em relação ao homem (questões morais e redentoras). -Quem Ele é (questões ontológicas; existenciais). Primeiro devemos compreender que o nosso Deus é: -Deus Triuno. Há um só Deus, uma só essência divina. Não há três deuses. Mas há três pessoas em um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Estas duas verdades estão contidas na Bíblia, porém está além da capacidade humana compreendê-las. É um mistério da fé. -Deus Pessoal (Um relacionamento com Ele, embora não sendo como outro relacionamento qualquer, não deixa de ser um encontro pessoal). -Ele é o autor da vida, o alfa e o ômega, o princípio e o fim de toda a existência (Ap 22:13). -Deus é amor (1ªJo 4:16). -Deus é espírito (Jo 4:24). Esta é a visão cristã de Deus. Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que em santo amor cria, sustenta e governa tudo (Hb 1:3). A revelação bíblica de Deus foi progressiva e utilizou-se de diversos métodos. O nome revelado de Deus mais os títulos que o povo de Israel ou o próprio Deus lhe conferiu faz parte desta revelação progressiva de Deus, revelando o seu ser, a sua essência e sua relação com sua criatura de forma geral. O Velho Testamento caracteriza Deus na pessoa do Pai, entretanto os nomes de Deus revelam a essência de Deus dentro desta revelação progressiva. Vejamos alguns dos nomes de Deus: -El (Gn 33:20) Deus no singular. Normalmente é usado como prefixo de nomes compostos para Deus, como: a)El Shaddai (Ex 6:3 – Deus Todo Poderoso). b)El Elyon (Gn 14:20 – Deus Altíssimo). -Elohim (Gn 1:1) Plural de El e foi usado para ressaltar a sua grande importância, e não para mostrar que havia muitos deuses, já que o plural no hebraico tem várias funções além das que existem no português. -Yhwh (Ex 3:14_15 – Eu Sou). 8 4-CRIAÇÃO E QUEDA 4.1-CRIAÇÃO DO HOMEM 4.1.1-O HOMEM CRIADO À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS Este assunto demanda de absoluta revelação, considerando-se que a ciência não alcança o estado original do homem, a não ser por meio de suas várias teorias de evolução. Portanto o Senhor Deus é o único capaz de nos dizer como fez o homem e quando saiu de suas mãos uma nova criação. Assim quando lemos que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança devemos entender: (A)Imagem e Semelhança Natural... Assim como Deus é um Ser pessoal, o homem feito à sua imagem é um ser pessoal, isto é não foi criado por espécie, mas de modo pessoal e particular (Sl 139:16). O homem não pode perder a sua personalidade, porque se diz que a personalidade permanece no homem como parte da semelhança de Deus. A semelhança natural visto que uma coisa em que se distingue a personalidade é o exercício da vontade em vista dos fins. O animal não exerce a vontade da mesma maneira que o homem. (B)Imagem e Semelhança Moral... Na santidade temos a semelhança moral de Deus. Em Deus a santidade é o atributo fundamental. O homem tem perdido a santidade, mas tem permanecido na capacidade de renová-la (1ªPe 1:16). (C)Domínio sobre o Reino Animal... Segundo as Escrituras o homem foi criado como cabeça da criação animal. Na queda o homem perdeu a perfeição deste domínio. No estado original o homem tinha o domínio reconhecido pela criação animal, e segundo o quadro apresentado no Gênesis, os animais voluntariamente estavam sujeitos ao homem (Gn 1:28). 4.2-ORIGEM DO PECADO NO ATO PESSOAL DE ADÃO Com respeito à origem desta natureza pecaminosa que é comum a raça, a qual é o motivo de todas as presentes transgressões, a razão não oferece nenhuma luz. As Escrituras, entretanto, se referem à origem desta natureza ao ato livre dos nossos primeiros pais pelo que eles se afastaram de Deus, corromperam-se a si mesmos e trouxeram sobre si próprios as penalidades da Lei (Rm 5:19). 4.2.1-O REGISTRO BÍBLICO DA TENTAÇÃO E QUEDA EM GENESIS 3:1_7 4.2.1.1-Seu caráter geral não é místico nem alegórico, mas histórico, por que: (A)Não há insinuação no registro em si mesmo que não seja histórica. 9 (B)Como uma parte de um livro histórico, a conclusão é que esta parte em si mesma seja histórica. (C)Os mais antigos escritores se referem ao pecado em seus detalhes históricos. (D)Este ponto de vista em que a narrativa é histórica não nos impede de admitir que as árvores da vida e do conhecimento eram símbolos de verdade espirituais embora ao mesmo tempo fossem realidades visíveis (externas). 4.2.1.2-O andamento (curso) da tentação e a queda resultante. A tentação seguiu os seguintes estágios: (A)Um apelo da parte de Satanás a inocentes apetites. O primeiro pecado estava no fato de Eva escolher a busca de seu próprio prazer sem buscar a vontade de Deus. Esta condição a levou a ouvir o tentador em lugar de refutá-lo ou afastar-se dele. (B)A negação da verdade de Deus por parte do tentador, com uma acusação contra Deus de ciúme e fraude em manter as suas criaturas em uma posição de ignorância e dependência. 4.2.2- CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA 4.2.2.1-Morte – Esta morte vista sob dois aspectos: (A)Morte física – ou separação da alma do corpo. A semente da morte, naturalmente implantada na constituição do homem, começou a se desenvolver em si mesma no momento em que o acesso a arvore da vida foi negado ao homem. O homem daquele momento em diante era uma criatura morta (Rm 5:12). (B)Morte espiritual – ou separação da alma de Deus. Nisto podemos incluir a perda do brilho da semelhança moral de Deus no homem. Também a depravação de todos os poderes integrantes da personalidade humana. Em outras palavras, a cegueira do seu intelecto, a corrupção de suas emoções e a escravidão de sua vontade. Procurando ser um deus, o homem se tornou um escravo. Procurando independências ele deixou de ser dono de si mesmo (Rm 3:23). 4.2.2.2-Exclusão positiva e formal da presença de Deus Isto significa: (A)O término do relacionamento familiar com Deus e a colocação de barreiras entre o homem e seu criador, (querubins e sacrifícios). (B)O banimento do jardim do Éden, onde Deus tinha especialmente manifestado a sua presença. Tanto o Éden como Adão antes da queda são revelações de Deus a nós que um mundo sem pecado poderia existir. Esta exclusão positiva da presença de Deus, 10 com a tristeza e dor que ela envolve, pode ter servido para ilustrar ao homem a natureza da morte eterna da qual ele agora precisava buscar libertação. 4.2.3-IMPUTAÇÃO DO PECADO DE ADÃO A SUA POSTERIDADE Temos visto que todos os homens são pecadores, que todos os homens são por natureza destituída da glória de Deus, culpados e condenáveis; e que a transgressão de nossos primeiros pais até onde se refere à raça humana, era o primeiro pecado. Nós ainda precisamos considerar a conexão entre o pecado de Adão e a depravação, culpa e condenação da raça. (A)A escritura ensina que a transgressão de nossos primeiros pais constituiu a sua posteridade pecadora (Rm 5:19). Assim, o pecado de Adão é imputado a cada membro da raça humana, da qual ele, Adão, era o “gérmen” o cabeça (Rm 5:16). Por causa do pecado de Adão que nós nascemos destituídos da glória de Deus e sujeitos à penalidade de Deus. Em outras palavras, o pecado de Adão é a causa e base da depravação, culpa e condenação de toda a sua posteridade, simplesmente porque Adão e sua posteridade são um e por virtude desta unidade orgânica, o pecado de Adão é o pecado da raça. (B)A doutrina do pecado original é somente a interpretação ética de fatos biológicos – os fatos de hereditariedade e de enfermidade congênita universal, que requer uma base e explanação ética. C)A idéia do pecado original tem correlação com a idéia da graça original ou da constante habitação e operação de Cristo, o Deus Altíssimo, em cada membro da raça humana. 11 5-SALVAÇÃO É a libertação do homem do império das trevas e sua entrada no reino de Deus (Cl 1:13). 5.1- O HOMEM PODE SALVAR-SE A SI MESMO? Não. O homem está perdido nos seus pecados e precisa da salvação. Não se levam em conta as idéias de auto-salvação: por obras, por merecimento ou por aperfeiçoamento (Sl 14:2; Rm 3:23). 5.2- SOMOS SALVOS DE QUÊ? Da culpa do pecado (justificação – Rm 5:1; 8:1_2). Do poder do pecado (santificação – Rm 6:14). Da morte eterna ( Rm 6:22_23). Da influência de Satanás. Falta ainda sermos salvos da presença do pecado (Hb 12:1), quando da plenitude da salvação por meio de novo corpo (1ªCo 15:42_49 - Glorificação), novos céus e nova terra (2ªPe 3:13). 5.3- O QUE ENVOLVE A LIBERTAÇÃO DO PECADO Esta libertação envolve fé, arrependimento e confissão de pecados (At 3:19; 1ªJo 1:8_9). 5.3.1-O ARREPENDIMENTO (AT 2:38). “Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E Recebereis o dom do Espírito Santo”. A Palavra indica uma mudança de direção na vida da pessoa, mais do que apenas uma alteração mental de atitude ou sentimento de remorso; arrependimento significa o repúdio de modo de vida pecaminoso e ímpio. Segundo Calvino, o arrependimento é uma “Dádiva de Deus” (At 5:31). 5.3.2-CONVERSÃO (At 3:19) “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor”. A palavra significa voltar-se ou retornar para Deus. Voltar-se para Deus, em quaisquer circunstâncias, psicologicamente considerado, é ação do próprio homem, deliberadamente considerada, livremente escolhida espontaneamente realizada. No entanto a Bíblia também deixa claro que, num sentido mais fundamental, é operação de Deus sobre o homem. O Antigo Testamento ensina que os pecadores só voltam para Deus quando são por ele voltados (Jr 31:18 e seg.; Lm 5:21). O Novo Testamento ensina que quando o homem deseja e opera em prol da vontade de Deus relativa à salvação do homem, é a operação de Deus que faz com que assim ajam (Fp 2:12 e seg.). Além disso, o Novo Testamento descreve a conversão inicial dos incrédulos para Deus como resultado de uma operação divina sobre eles que, por sua própria natureza, não pode desfrutar do concurso dos mesmos, visto tratar-se essencialmente da cura da impotência espiritual que impedira que se 12 voltassem para Deus até então: é uma ressurreição dentre a morte (Ef 2:1 e segs.), um novo nascimento (Jo 3:1 e segs.), um abrir do coração (At 16:14), um abrir e iluminar de olhos cegos (2ª Co 4:4_6), uma doação de nova compreensão (1ª Jo 5:20). O homem corresponde afirmativamente ao Evangelho somente porque Deus primeiro opera nele afim de que assim reaja. Além disso, os relatos sobre a conversão de Paulo e as várias referências ao poder e a convicção proporcionados pelo Espírito à palavra conversora (cf Jo 16:8// 1ª Co 2:4 e seg.; 1ª Ts 1:5) demonstram que Deus atrai os homens para Si mesmo sob poderoso, e realmente avassalador senso de compulsão divina. Por isso é que o hábito de certas versões, ao traduzirem o verbo ativo ‘voltar-se’, apresentam-no como passivo interpretativo, ‘sede convertidos’, apesar de má tradução é boa teologia bíblica. Convergir significa parar de seguir determinado rumo e iniciar retorno. Quando falamos em conversão, estamos falando de atitude! A conversão é o ato imediatamente subseqüente ao arrependimento. Arrependimento sem conversão é posição ideológica inútil, pois, do que adianta o homem arrepender-se sem mudar a circunstância geradora do arrependimento. O cumprimento das duas etapas é muito importante para que a Obra Redentora de Cristo seja completa em nossas vidas. 5.4- PARA QUE SOMOS SALVOS? Somos salvos não apenas para escapar da condenação, mas para estarmos religados com Deus a fim de que a sua vontade que é boa, perfeita e agradável se cumpra em nós (Rm 12:1_2). Somos incluídos no plano divino não somente em relação à Terra, mas também em relação a eternidade vindoura (2ªCo 5:15). 13 6-BATISMO NAS ÁGUAS Mt 3:1_13//Mt 28:18, 19 Vamos examinar o que chamamos de “iniciação cristã”, com ênfase no Batismo nas Águas. A pessoa que ouve a declaração da verdade do Evangelho de Jesus Cristo e se rende a Deus começa uma vida nova com ele. Tudo se faz novo (IICo 5:17). Dentro do seu ser há uma nova lei em ação, e há uma resolução íntima de fazer a vontade de Deus. Isto é obra do Espírito Santo. O que nos acontece no íntimo tem conseqüências externas. Uma delas é o ingresso na comunhão dos membros do corpo de Cristo. Este Corpo tem muitas partes que vivem sob muitas “denominações”. Mas todos fazem parte do mesmo Corpo. O Batismo não é, portanto, um ritual de adesão a uma denominação, mas parte integral da iniciação do convertido na Igreja do Sr Jesus Cristo. Seu sentido, no entanto, se limita à entrada na Igreja. O Batismo tem um significado e um efeito mais profundo. O Batismo é a nossa identificação no Corpo de Cristo. Definição: A palavra Batismo vem da palavra grega “Baptismo” que significa mergulho, imersão. O Batismo é uma ordem do Senhor Jesus (Mc 16:16) e deve ser obedecida. Para aqueles que querem viver neste mundo em plena certeza de fé, o Batismo é um ato fundamental. No Batismo somos unidos com Cristo na sua morte e ressurreição. Batismo é uma expressão de fé e dedicação ao Senhor Jesus. Examinemos, portanto, esta ordenança da Igreja. 6.1-É FUNDAMENTAL ENTENDER QUE O BATISMO É ORDENADO POR CRISTO E PELOS AUTORES DO NOVO TESTAMENTO Façamos leitura da algumas referências onde se encontra a instrução para o Batismo (Mc 16:16; At 2:38; 8:12; 22:16).Nesses casos, esta ordenança foi associada ao processo de salvação (aquele que crê deve ser batizado para a remissão dos seus pecados), em contraste com o batismo de arrependimento praticado por João, com o objetivo de preparar o povo para a chegada de Jesus Cristo, aquele que, de fato, nos redimiu dos pecados e nos batiza com o Espírito Santo. 6.2-QUER DIZER QUE PARA IR PARA O CÉU DEVO SER BATIZADO? Não necessariamente. O ladrão na cruz não foi batizado. Mas para viver neste mundo em plena certeza de fé em Cristo, o Batismo, é um ato fundamental. Até mesmo quando nos aproximamos de Deus podemos fazê-lo com muito mais confiança se já tivermos passado pelo Batismo (Hb 10:22, 23). Além disso, ele foi ordenado por Cristo. Quem crê em Cristo e não é batizado está em franca desobediência à sua palavra, o que conduz ao empobrecimento da sua fé. 6.3-SE O BATISMO É UMA DECLARAÇÃO FÍSICA, TANTO PARA DENTRO COMO PARA FORA, O QUE DECLARA? Em Rm 6:4_6 o Apóstolo Paulo mostra claramente o significado do Batismo: pela fé, nós fomos unidos a Cristo na sua morte e ressurreição. Isto significa que está em Cristo está direta e irremediavelmente unido ao poder da vitória de Jesus na cruz. 14 Nossos pecados são perdoados e passamos a viver agora com um novo poder no nosso íntimo, o poder da própria ressurreição de Cristo. O nosso “velho homem” foi unido a ele na morte, não tendo mais poder para reger nossa vida como Senhor absoluto. Não somos mais escravos do pecado, cujo efeito e condenação foram cancelados. Nossos pecados foram remidos pela fé. Tal fato é evidenciado no Batismo, num ato solene que marca as nossas vidas com a certeza de ter Jesus Cristo realizado esta obra de fato e de uma única vez. 6.4-MAS O BATISMO BASEIA-SE NA MINHA FÉ OU NA PROMESSA DE DEUS? No Batismo proclamamos a nossa fé em Jesus (tanto para nós mesmos – para dentro, como para as testemunhas – para fora) e somos profundamente marcados com a certeza da promessa de redenção. Esta marca não se limita a uma experiência, mas tem o poder de autenticar, selar, a certeza da promessa perpétua com que fomos marcados neste ato público e solene. Assim como Abraão foi marcado pela circuncisão, nós somos marcados pelo Batismo, selando a aliança entre nós e Deus que durará para sempre. Leiamos Cl 2:8_15 e observemos a certeza vitoriosa que o apóstolo exprime baseado no sinal que Cristo colocou nos nossos corações, e que foi evidenciado pelo ato público que selou definitivamente o cristão. 6.5-ENTÃO SEMPRE QUE EU PRECISAR DE REFORÇO NA MINHA FÉ DEVO SER BATIZADO DE NOVO? Absolutamente! O Batismo é um ato que nos marca de uma vez por todas. Não é como a Santa Ceia, que deve ser perpetuada no culto público. É um ato que fala da entrada no Reino, suficiência da obra de Cristo e da natureza definitiva da sua obra em nossa vida. 6.6-E A PESSOA QUE FOI BATIZADA COMO CRIANÇA? A seqüência de fé, seguida do Batismo, é algo que nós defendemos. Por esta e outras razões não batizamos crianças. Com freqüência vemos pessoas oriundas de tradições evangélicas que foram batizadas na sua infância, mas não sentem, no seu íntimo, o efeito desse ato. Cremos que há margem para uma nova ministração desta ordenança que não constitui um ato de re-batismo, mas um único ato de batismo mediante a fé. Há outros, no entanto, que, ao serem regenerados pelo Espírito Santo, seguindo-se a fé na obra suficiente de Cristo para remissão dos pecados, se reportam ao Batismo da sua infância e acham nele um encontro real de fé, sentindo-se selados. Nestes casos, não exigimos que a pessoa da nossa comunhão seja “re-batizada”, uma vez que ela encontra substância suficiente no seu Batismo como criança. 6.7-O GERE COMO GRUPO EVANGÉLICO EFETUA O BATISMO NAS ÁGUAS? Não, mesmo porque não há um local específico para as nossas reuniões até o presente momento. Igualmente, é necessário um batistério (*), local apropriado para efetuar o batismo, algo que não possuímos. (*) Batistério O batistério (no Brasil) ou baptistério (em Portugal) (do latim: baptisterium) é um local específico para a realização do batismo entre os cristãos. Na arquitetura cristã é 15 uma estrutura separada do plano central da igreja que serve para envolver e guarnecer a pia batismal. Este pode ser incorporado ao corpo da igreja ou da catedral e provido de uma capela e altar. Nos primórdios do cristianismo, os catecúmenos eram instruídos e o sacramento do batismo era administrado no batistério. Os rituais realizados no batistério foram sendo alterado ao longo do tempo e variam, dependendo da confissão religiosa do batizando. 6.8- ENTÃO PORQUE ESTE TEMA É ABORDADO NO CURSO DE INICIAÇÃO CRISTÃ DO GERE? Simplesmente porque é uma ordenança bíblica, ou mais especificamente, pelo próprio Senhor Jesus, a todos. O batismo é um dos sacramentos (*) estabelecidos na iniciação cristã. (*) =Sacramento significa, para a grande maioria das confissões cristãs, como um sinal ou um gesto divino instituído por Jesus Cristo. 6.9-CONCLUSÃO O Batismo é uma das duas ordenanças instituídas por Jesus Cristo. É um ato solene, sinal (dramatização) e selo (marca da certeza do cumprimento da promessa de redenção) da graça de Deus, fundamental para viver neste mundo em plena certeza de fé. Quem desobedece à ordem de Jesus passa a viver uma fé empobrecida, deixando de desfrutar uma vida cristã abundante. Quem é batizado é unido com Cristo na sua morte e na sua ressurreição. O nosso compromisso como grupo evangélico é instruir apropriadamente o novo convertido a procurar uma instituição cristã, ou casa de fé, local onde poderá crescer e se desenvolver como bom despenseiro da multiforme graça de Deus, e para isto o curso de iniciação cristã do GERE é excelente para tal. No contexto do batismo, é o local onde o novo convertido deve dar este passo de fé. 16 7-SANTA CEIA Na noite em que foi traído Nosso Senhor tomou o pão e disse aos seus discípulos “este é o meu corpo”. Certamente não houve dúvida de que naquele momento os discípulos estavam participando de um acontecimento de importância cardeal. Jesus estava instituindo uma ordenança, que seria, segundo as suas próprias palavras, repetido em sua memória (Lc 22:19). 7.1-QUAL A ORIGEM DA SANTA CEIA? Na noite em que foi traído, Jesus participou de uma celebração solene chamada Páscoa. Esta refeição é celebrada pelo povo judeu desde sua libertação da escravidão no Egito, sob a liderança de Moisés. A Páscoa foi instituída por Deus para que o seu povo se lembrasse sempre da grande libertação que o Senhor havia operado na nação (Ex 12). A refeição representava uma renovação da aliança entre Deus e seu povo. Jesus interrompeu a refeição da celebração da páscoa e instituiu o que nós celebramos hoje como a Santa Ceia (Mt 26:17_30; Mc 14:12_25; Lc 22:1_20). Ele usou linguagem figurativa ao falar do pão e do vinho, como símbolos do seu corpo e do seu sangue. 7.2-O QUE SIGNIFICA A SANTA CEIA? A Ceia representa a mesma promessa que nos marca no Batismo. Só que ela funciona como uma renovação da nossa fé. Nesse sentido, o Batismo serve como sinal e selo enquanto que na Ceia, além disso, participamos de um memorial, ou seja, uma celebração que se repete trazendo-nos a memória a obra de Cristo na cruz. A Ceia é uma ordenança, isto é, uma pregação viva que alimenta nossa alma e a nossa fé. Não é uma cerimônia apenas. É um momento em que trazemos a memória seu sacrifício (morte) voluntário e ressurreição para nos libertar do império da morte, mantendo sempre acesa a “chama” da sua volta em que todos nós iremos participar juntos das bodas do Cordeiro. Segue abaixo o link de um hino – Nada Além do Sangue - Fernandinho https://youtu.be/ZKeYWCrMqUY 7.3-O GERE COMO GRUPO EVANGÉLICO CELEBRA A SANTA CEIA? No tempo em que assumi a liderança do grupo evangélico instituímos a Santa Ceia na Semana Santa, anualmente. Normalmente convidávamos um homem com a chancela pastoral para a Santa Ceia. A única observação que normalmente afirmávamos para a participação da Santa Ceia era com relação ao homem ou a mulher ter o Senhor Jesus como Senhor e Salvador de sua vida e ter sido batizado nas aguas. Nestes dias utilizávamos normalmente suco de uva e pão árabe (*) comprado em panificações. (*) Pão árabe ou ainda, pão sírio é um pão de trigo usado no Oriente Médio para a alimentação com as mãos. O khubz arabi é feito de farinha de trigo, fermento, açúcar, sal, azeite e gergelim. Atualmente não vejo barreiras para que a mesma seja praticada nos intervalos de almoço, cabendo ao líder atual, observando as condições do período, fazer novamente. 17 Mesmo porque me lembro de que na década de noventa praticamos a Santa Ceia na vila das empreiteiras uma vez. O mais importante é que esta prática se deu nos horários de intervalo de almoço, sem interferir em nossas responsabilidades nos respectivos setores de trabalho. Segue abaixo o link de um hino – Santa Ceia – Louvor de Fernanda Brum https://youtu.be/K-xkyi-lq5c 7.4-PORQUE A CELEBRAÇÃO DA SANTA CEIA PELO GERE? A celebração da Santa Ceia se deu desde os primórdios do cristianismo. Participamos de um memorial, ou seja, uma celebração que se repete trazendo-nos a memória a obra de Cristo na cruz. A Ceia é uma ordenança, isto é, uma pregação viva que alimenta nossa alma e a nossa fé. Não é uma cerimônia apenas. 7.5-QUEM PODE PARTICIPAR DA SANTA CEIA? Como citei no tópico 7.3 a única observação que normalmente afirmávamos para a participação da Santa Ceia era com relação ao homem ou a mulher ter o Senhor Jesus como Senhor e salvador de sua vida e ter sido batizado nas aguas. Igualmente, cabe a cada pessoa examinar a si mesmo, como descrito em: 1ª Co11:28 “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.” 18 8-DÍZIMOS E OFERTAS Quero falar sobre um assunto que para muitas pessoas é motivo de perda de sua vida, por não entenderem, nem considerarem, como um assunto espiritual. Refiro-me ao dinheiro. Dinheiro é neutro, mas pode se transformar num Deus. Jesus disse que aqueles que se apegam às riquezas (dinheiro), acabam vivendo por amor ao mesmo. Em Mt 6:24 Jesus fala a respeito do Reino de Deus, Ele diz: “... Não podeis servir a Deus e as riquezas (Mamon – deus das riquezas)”. E Jesus manda que ajuntemos tesouros nos céus, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde ladrões não escavam nem roubam (Mt 6:20). Seja uma pessoa fiel. No Livro de Malaquias capítulo 3 versículo 10, há uma promessa para aqueles que são fiéis, promessa de abertura das janelas dos céus, das bênçãos de Deus derramadas. Portanto, crie oportunidade para Deus abençoar a sua vida, abençoando a obra de Deus nesta terra. Contribua para o crescimento da obra de Deus “Daí, e dar-se-vos-á. Boa medida, recalcada, sacudida e transbordante, generosamente vos darão...” (Lc 6:38). 8.1-OBJETIVO Dt 14:23 ...Para que aprenda a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. Nm 18:21 Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que exercem, o serviço da tenda da congregação. Ne 10:37 Ml 3:6_12 O ROUBO A DEUS 8.2-O QUE É DÍZIMO? O dízimo representa os primeiros 10% (primícias) da nossa renda. É a parte que devolvemos a Deus, num ato de confiança. Este ato de fé e obediência traz vários benefícios para nossa vida. É de algum significado que esta lei é a única que Deus nos desafia a obedecer, para que façamos prova dele e da sua fidelidade. Em Malaquias 3:10_12 temos a passagem clássica sobre o dízimo. Observe os detalhes desta passagem: -Os dízimos devem ser trazidos para a casa de Deus, para que haja mantimento. Hoje em dia sabemos que isto se aplica à igreja onde mantemos nossa residência espiritual. O dízimo, portanto, é a parte da nossa renda que trazemos integralmente ao nosso pastor ou à liderança da nossa igreja. É algo que a própria igreja tem a responsabilidade de administrar bem. Há pessoas que dividem seu dízimo, ou entendem que podem enviá-lo para ministérios “mais necessitados”. Mas, o sentido do texto é o de que cada um traga “todo” o seu dízimo para o seu lugar de culto, para que haja mantimento na casa de Deus. É através do dízimo que a Igreja funciona e continua a exercer seus ministérios: programas de rádio, sustento dos seus pastores e funcionários (1ªTm 5:18), abertura de novas obras, manutenção do próprio templo, etc. 19 -Deus manda que o coloquemos a prova neste particular. Se assim fizermos, ele promete: 1)Abrir as janelas do céu. 2)Derramar benção (ser fecundo, frutífero) sem medida. 3)Repreender o devorador -Estas promessas não têm somente conotações financeiras, mas tem relação com a nossa vida como um todo. Há pessoas que possuem muito dinheiro, mas que não vivem contentes e felizes, por falta de saúde, de paz no coração, de um casamento harmonioso, de filhos abençoados, etc. “Ser próspero é não ter falta de nada”. "Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume;" (Provérbios 30: 8). 8.3-QUAL É A DIFERENÇA ENTRE DÍZIMOS E OFERTAS? Há quem pense que seja a mesma coisa, porém não o são. O dízimo é uma ordenança divina que não nos cabe distribuir, ou dispensar, mas sim, trazer à casa de fé onde nos congregamos. As ofertas são aquelas contribuições voluntárias que excedem ao dízimo. De fato, não se começa a ofertar sem que antes tenha sido dado o dízimo. Já ouvi dizer: Eu não dou o dízimo, mas dou ofertas. Entretanto, a oferta não substitui o dízimo, nem o dízimo pode ser configurado como oferta. As duas coisas são completamente diferentes. 8.4-O GERE COMO GRUPO EVANGÉLICO RECEBE OS DÍZIMOS? Não. Conforme já foi descrito acima, o dízimo é uma ordenança divina que não nos cabe distribuir, ou dispensar, mas sim, trazer à casa de fé onde nos congregamos. 8.5-O GERE COMO GRUPO EVANGÉLICO RECEBE OFERTAS VOLUNTÁRIAS? É obvio que sim. Muitas das vezes podemos fazer campanha por algo. Eu mesmo, quando na distribuição dos Novos Testamentos na REDUC, estive a frente para a coleta de ofertas voluntárias de várias pessoas. 20 9-LOUVOR E ADORAÇÃO 9.1- O QUE É O LOUVOR? Louvor significa elogio, glorificar, dar glória, enaltecer, falar palavras de elogio, oferecer sacrifícios (Lv 22:29). Deus criou o homem para louvá-lo, ou seja, para satisfazer sua própria necessidade. Existe louvor quando a criatura está em harmonia com o seu criador. O Senhor Jesus Cristo veio a este mundo para reconciliar a criatura com o Criador e desfazer toda a obra do diabo. O diabo não quer que o homem louve a Deus, quer roubar o louvor para ele. Veja a oferta que ele fez ao Senhor Jesus Cristo (Lc 4:6_8). O povo escolhido é chamado para louvar a Deus (Ex 5:1_13). Quando conhecemos o Senhor Jesus como Senhor e Salvador das nossas vidas, somos transportados para o Reino de Luz, com o propósito de louvá-lo. São esses que Deus procura os verdadeiros adoradores (Jo 4:23_24). 9.2- O LOUVOR NA IGREJA No culto, Deus é o centro das atenções. Nosso coração deve estar totalmente voltado para o Senhor. Esse é o louvor coletivo (Sl 149:1). Devemos celebrar a Deus com júbilo, servir a Deus com alegria, entrar nas portas do átrio com hinos de louvor. Deus habita no meio dos louvores, e coisas sobrenaturais acontecem. Cura, libertação, batismo com o Espírito Santo. Salomão, ao terminar a construção do templo, o consagrou a Deus. Quando terminou de orar a glória de Deus encheu o santuário. Devemos louvar a Deus conforme diz o Salmo 150, com palmas (Sl 47:1) e com nossos cânticos (Sl 92:1). 21 10- JEJUM E ORAÇÃO Oração é a conversa íntima de um filho com o Senhor tendo o auxílio do Espírito Santo (Rm 8:26). 10.1- ESTRUTURA DA ORAÇÃO A oração pode ser dividida em 4 partes: (1ª)Louvor e adoração. Ao orarmos devemos ter em mente a certeza de que Deus nos ouve e nos responderá. Deus busca adoradores, aqueles que o adoram em espírito e em verdade, de forma sincera que sai do coração (Hb 13:15). (2ª)Agradecimento. Devemos agradecer a Deus por tudo que temos recebido (1ªTs 5:18). (3ª)Confissão. Devemos ter mãos limpas e coração puro para chegarmos a Deus, confessando os nossos pecados (Rm 10:9_10). (4ª)Petição. A última coisa que apresentamos a Deus em nossas orações são os nossos pedidos. Deus já os conhece antes que nós coloquemos em palavras. Devemos orar em primeiro lugar pelo povo de Deus, por nós, nossa família e todos os homens. A oração deve ser dirigida somente a Deus, em nome de Jesus Cristo, e sob a inspiração do Espírito Santo de Deus (Jo 15:16; 1ªTm 2:5). A oração se torna eficaz quando unimos os seguintes elementos: -Fé (Mc 11:24). -Submissão (Mt 26:39_42). -Consciência pura (1ªTm 2:8). -Concordância (Mt 18:19). -Perseverança (1ªTs 5:17; Lc 18:1). -Homens casados devem honrar a mulher (1ªPe 3:7). Na Bíblia, o jejum se acha associado à oração (Sl 35:13; Mt 6:5_18). Devemos jejuar numa manifestação de arrependimento e reconhecimento da dependência de Deus (2ªCr 7:14). O jejum fortalece o espírito, diminuindo a influência que a carne exerce sobre nós (Mt 6:33). 10.2- POR QUE JEJUAR? Devemos jejuar porque pelo jejum obtemos soluções e bênçãos de Deus. Muitos fardos são aliviados (Is 58:6). Sabedoria obtida por meio do jejum (Dn 10:1_4). O avivamento vem por meio de jejum (Is 58:8). Proteção de Deus contra os perigos (1ªRs 21:27_29). Cura de entes queridos (Sl 35:13). 22 Preparação para exercer determinada atividade ou Ministério (Mt 4:2). 10.3- TIPOS DE JEJUM Jejum típico: abster-se de alimentos sólidos (II Sm 12:17; Lc 4:2 (?)). Jejum completo: abster-se de alimentos e água (Ex 34:28; Ed 10:6; At 9:9). O tempo de jejum varia podendo durar desde algumas horas até vários dias. Jejum parcial: Caracterizado pelo que se come e a freqüência com que se come. Igual a abster-se de certos alimentos por determinado tempo (Dn 1:12; 6:18). 23 11-A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO Em João 14-17, temos registrado o discurso de despedida de Jesus. Mesmo enfrentando a maior angústia da sua vida, o maior desafio e o sofrimento e morte certos, ele teve o cuidado de preparar os seus discípulos para os eventos que estavam por vir. Mas ainda, ele se preocupou em dar-lhes ânimo para os anos vindouros. Jesus estava para deixá-los. Para onde ele iria os discípulos pela primeira vez em três anos, não poderiam seguir. Era necessário que Cristo voltasse ao Pai. Ele prometeu, porém mandar outro em seu lugar para que seus seguidores nunca estivessem sem a presença de Deus em suas vidas. Aquele que viria seria o próprio Espírito de Deus. Ele continuaria a fazer com os discípulos o que Jesus fazia: guiar, ensinar, etc. Faria ainda mais, pois poderia estar com todos coletiva e individualmente, até o fim dos tempos. Deus andou entre nós em forma humana. Mas esta dimensão do seu ministério encerrou-se com a ascensão de Jesus. Agora, Deus está entre nós em espírito. Jesus falou para a mulher samaritana que Deus é espírito. Sua essência é espiritual, por assim dizer. Então, ao falar do Espírito Santo, estamos falando da própria pessoa de Deus. Quem é esta pessoa que se destaca, portanto dos outros membros da Santíssima Trindade, cujo nome pode ser aplicado às outras duas pessoas, ou seja, ao Pai e ao Filho? O Pai conhecemos. Ele falou e o universo veio a ser. O Filho nos mostrou o Pai e andou no meio de nós. Mas quem é esta outra pessoa? A presença de Deus na Igreja é a da Terceira Pessoa da santíssima trindade. Ele fala aos nossos corações, aplica o poder da cruz às nossas vidas, opera milagres e dá dons aos homens. Ele ilumina as escrituras sagradas, convence do pecado, enfim, é o agente divino entre nós – não um poder somente, mas uma pessoa, Deus conosco. 11.1-A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO Todo cristão é templo do Espírito Santo (1ªCo 3:16), mas a plenitude é algo mais. Os evangelhos nos mostram que existe ainda um Batismo, que não é realizado por homens, mas pelo próprio Senhor. Ele é quem batiza com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11, 12//Mc 1:8//Lc 3:16, 17). Em relação ao Batismo no Espírito Santo, a palavra de Deus mostra que existe uma experiência que é totalmente separada, diferente da experiência do Batismo nas águas. Sem querer criar polêmicas em relação a uma experiência tão linda como esta, quero apenas mostrar que precisamos desfrutar desta promessa e que ela é realmente para todos os crentes em Jesus (At 2:4), e que é diferente do Batismo nas águas, visto que, todos (120 cristãos) que estavam reunidos já eram batizados nas águas. (Jl 2:28//At 1:8; 11:16_18; 19:1_7). Segue abaixo o link de um hino – Celebração da Unidade http://youtu.be/78LJZtB1KiY 11.2-O PROPÓSITO DA PLENITUDE NO ESPÍRITO SANTO É o poder (dínamos) que recebemos para sermos poderosas “Testemunhas” (At 1:8) do Senhor Jesus no mundo. Isto envolve o nosso testemunho verbal e também uma qualidade de vida que produz o testemunho visível a que Jesus se refere em Mt 24 5:16. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Deus quer que você seja como uma chama viva a arder neste mundo (Mt 3:11, 12). Ele também quer consumir, queimar a palha, purificar, refinar, santificar a sua vida. 12- OS DONS DO ESPÍRITO SANTO Os Dons são uma dádiva, um presente de Deus para sua igreja e não devem ser ignorados (1ªCo 12:1). A finalidade dos dons é a edificação, exortação e consolação da igreja (1ªCo 14:3). Os dons são distribuídos segundo a vontade de Deus (1ªCo 12:11). Os dons não são distribuídos por mérito pessoal (Ef 2:8_9). 12.1- A CLASSIFICAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS Há nas Escrituras Sagradas cinco (5) listas de Dons do Espírito Santo, porém estudaremos a princípio apenas a primeira lista de 1ªCo 12:8_10. Os dons espirituais, para serem mais bem compreendidos, são divididos em três categorias: a) Dons de Revelação (1ªCo 12:8). -Palavra de Sabedoria (Mt 21:24; 2ªRs 3:15_17). -Palavra de Conhecimento (Jo 1:48). -Discernimento de espíritos (1ªCo 12:10; At 8:23; 13:6_13; 16:16_18). b) Dons verbais ou de locução (1ªCo 12:10). -Profecia: Trata-se de um dos mais conhecidos e procurados. Mas também é o mais perigoso, devido ao seu mau uso. Não tem finalidade de estabelecer normas ou dirigir a igreja. Também não deve ser visto como forma de consultar o futuro. -Variedade de Línguas. -Interpretação de Línguas. c) Dons de Poder (1ªCo 12:9_10). -Dom da Fé: Aqui não se revela a fé salvadora, ou seja, aquela que é necessária para a salvação. Antes, está em foco uma fé especial, um alto grau de fé. Foi essa modalidade de fé que sustentou os cristãos que foram perseguidos e martirizados, porém conservaram sua fé em Cristo (At 6:8_15). -Dom de Curar: Significa que alguém será usado por Deus para ministrar curas de enfermidades. Porém, isso não quer dizer que essa pessoa está habilitada para curar todos os doentes. -Dom da Operação de Milagres: Todos nós temos em mente uma forma bem definida sobre o que vem a ser um milagre. Para exemplificar esse dom, apresentamos o ministério de Jesus (Mt 8:26, Jo 6:11). 25 13- O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO Fruto é a expressão daquilo que somos, ou do que estamos nos tornando ao vivermos a vida no Espírito Santo (Mt 7:15_23). Nosso Senhor nos adverte de que os verdadeiros profetas, mestres, etc, serão reconhecidos pelos seus “frutos” e não pelos seus “dons”. O fruto do Espírito Santo é a expressão de virtudes cristãs que contrariam a nossa velha natureza. Enquanto é natural para o homem carnal roubar, matar, mentir, ser impuro, lascivo, idólatra, ciumento, irado, etc, o homem espiritual é amoroso, alegre, pacífico, longânimo, bom, fiel, manso e sabe controlar a si mesmo (Gl 5:16_26). 13.1- COMO PRODUZIMOS FRUTO Jesus disse: “Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto: porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 14:4). Em Cl 1:9_10, Paulo disse: “Por essa razão, também nós, desde o dia em que ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda sabedoria e entendimento espiritual, a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra, e crescendo no pleno conhecimento de Deus...”. 13.2- CONCLUSÃO Busquemos com zelo os melhores dons, como disse o Apóstolo Paulo, mas atentemos ao que ele disse em Gl 24:25: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”. 26 13.3 - CARÁTER CRISTÃO Em João 13.35 diz: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” O pilar em que se alicerça o caráter e as virtudes de um cristão é o amor fraterno em Cristo Jesus. Mesmo que se tenha um comportamento, atitudes e ações aparentemente fraternas e piedosas, se não tiver amor valor nenhum terá. O Apóstolo Paulo escreveu à igreja de Corinto, em sua primeira epístola, o seguinte: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” Concluímos que o Amor é a base de tudo para o Caráter Cristão. Agora, fazemos a seguinte pergunta: Quem é a pessoa que nos ensina a ter o caráter cristão? Quem é a pessoa que nos faz lembrar os ensinamentos do SENHOR para alcançarmos a estatura de varão perfeito com a mente de Cristo, e assim possuirmos verdadeiramente o caráter de um genuíno cristão servo do SENHOR? A passagem bíblica transcrita abaixo pode responder às questões acima: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (João 14.26). O SENHOR Jesus prometeu aos Seus discípulos apóstolos que lhes seria enviado o Espírito Santo para ensiná-los e lembrá-los tudo que Ele havia dito e realizado no período em que o SENHOR esteve com eles. Alguns dos discípulos registraram as coisas que foram aprendidas com o Mestre dando origem ao Novo Testamento, que nos auxilia no entendimento e conhecimento da vontade do SENHOR para alcançarmos a plenitude de Cristo. O mesmo Espírito Santo prometido aos discípulos pelo SENHOR hoje está conosco, a Igreja Fiel, nos conduzindo e governando nossas vidas na lembrança de todas as coisas que Cristo ensinou, formando em cada um de nós, servos de Deus, o caráter de Cristo. O apóstolo Paulo escreveu à Igreja de Éfeso o seguinte texto: 27 “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguem à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.” [Ef. 4:11-16] O mesmo apóstolo, em outra de suas cartas à Igreja de Corinto, escreveu: “Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” [I Co. 2.16]. Racionalmente, está inferido nas seguintes declarações do apóstolo Paulo, quais sejam: à medida da estatura da plenitude de Cristo e termos a mente de Cristo, uma transformação interior que reflete em ações e atitudes características de alguém que tenha um caráter irrepreensível, tal qual o caráter de Cristo. O SENHOR, em todas as Suas ações durante Seu ministério terreno, era dirigido pelo Espírito Santo. A Bíblia mostra esta característica do SENHOR em diversas passagens contidas nos Evangelhos. O cristão genuíno deve procurar direção e o governo do Espírito Santo em sua vida tal qual o Seu SENHOR em Seu estado humano. O homem natural, não cristão, possui dentro de si a intenção do erro que o leva à prática do erro. Ele discerne as coisas pela sua própria consciência impura. O cristão, por ser também humano e na condição de pecador, possui essa mesma intenção do erro. Entretanto, logo após o arrependimento e o reconhecimento do Senhorio e a Graça Salvadora de Cristo, o Espírito Santo passa a influir em suas decisões e ações acerca do que agrada ao SENHOR, ou não. Isso faz com que o cristão aja baseado em valores e padrões diferentes dos padrões do mundo, revelando-se como uma pessoa de bom caráter e princípios diante de todos aqueles que o circundam. O apóstolo Paulo no texto da carta aos efésios, transcrita acima, nos exorta a um crescimento espiritual e nos alerta quanto à intenção do erro (ou seja, a maquinação do erro) quando diz: “... para que não mais sejamos meninos... pela astúcia tendente à maquinação do erro...”. Por fim, a meditação na Palavra de Deus constantemente, a busca do Espírito Santo e a comunhão com o Corpo de Cristo (A Igreja Fiel) são aspectos importantes no 28 crescimento espiritual do cristão; e que, por conseguinte, aprimora o seu caráter como pessoa diante da sociedade em que vive. 29 Bibliografia (1)Apostila Pr Edson Tinoco Seminário Teológico Betel (2)Apostila Pr Aderbal Barreto da Silva Seminário Teológico Betel (3)Bíblia de Referência Thompson (4)Apostilas do SETEB e do Curso de Iniciação Cristã (IPNV). (5) Irmãos Marcelo, Aguinaldo e Heraldo 12.3 CARÁCTER CRISTÃO (6)Jejum e Oração – Igreja Pentecostal de Nova Vida de Mal Hermes – Março 2003 (7)Wikipédia, a enciclopédia livre. 30