RESUMO CURTO Rede urbana e fluxos migratórios de estrangeiros

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RESUMO CURTO
Rede urbana e fluxos migratórios de estrangeiros em
áreas selecionadas do Brasil
Ralfo Matos1
Carlos Lobo2
Com o censo de 2010, o Brasil passou a contar com quatro fontes de dados sobre
migrações internas e externas comparáveis, em alguma medida. As tendências
inscritas no Censo de 2010 em termos de redes de lugares articulados por fluxos
migratórios são similares às da década de 1980? Provavelmente não,
especialmente se os dados de origem e destino dos municípios brasileiros forem
controlados por meio da variável relativa à procedência e país de nascimento dos
migrantes de data fixa. Há uma rede urbana se desdobando com alto grau de
contiguidade em áreas de fronteira do Brasil com países latino americanos? Quais?
Esse paper procura mensurar e cartografar o grau de adensamento dessa rede
urbana segundo correntes migratórias recorrentes entre dois períodos afastados
por 20 anos, o que corresponde ao quinquênio 1986/1991 e o quinquênio
1995/2010. Além do esperado crescimento na frequência (número de conexões
intermunicipais) e na intensidade dos fluxos (volume de migrantes), os resultados
também sugerem particularidades da rede quando observadas as diferenças
regionais. A despeito de as grandes metrópoles serem os núcleos de convergência
da rede migratória, outros laços se intensificam e diversificam em determinadas
regiões do país, tais como: na zona fronteiriça com Cone Sul, incluindo parte sul do
Centro-Oeste brasileiro; no interior paulista; e na faixa ampliada do litoral
nordestino.
1
Doutor em Demografia. Professor Titular do Departamento de Geografia do IGC/UFMG. Email: [email protected].
2
Doutor em Geografia. Professor Adjunto do Departamento de Geografia do IGC/UFMG. Email: [email protected].
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